domingo, 31 de maio de 2009

Dom de Deus por excelência

O SOPRO DE JESUS
Jesus escolhe o gesto do sopro para comunicar o Espírito Santo, o dom de Deus por excelência. Comunica-o aos discípulos, fazendo deles apóstolos, comunica-o à Igreja a fim de ultrapassar as fronteiras da sinagoga e se abrir sem medos à universalidade da missão; comunica-o a cada um de nós para que – como São Paulo – vivamos para o Senhor e para os outros e não apenas para nós mesmos.
Antes de fazer o gesto, Jesus identifica-se. Mostra as mãos onde se mantêm as cicatrizes da crucifixão e apresenta o lado com as marcas da flagelação. Sou eu mesmo e não um fantasma – afirma. Vivo uma vida nova que não se parece em nada com a vida material ou virtual. Compreendei o gesto que vos faço. Acolhei e apreciai o Espírito que vos confio em nome do Pai. Deixai-vos guiar por Ele, pois fica constituído em memória permanente e viva de quanto vos transmiti e em garante fiel de quanto vos vai ser pedido para realizardes a missão que vos entrego.
O sopro de Jesus é para os discípulos o que o alento de Deus foi no alvor da criação, dando vida a todas as coisas e gerando a harmonia do universo; é para os profetas o que a brisa suave foi para Elias, atestando a presença qualificada de Deus junto de quem permanece fiel, mesmo no meio da perseguição; é para a Igreja ao longo da história o que foi para os membros da primeira comunidade cristã: agente de transformação, força de comunhão que vai integrando diferenças legítimas, linguagem de comunicação que a todos quer fazer chegar a novidade de Jesus, em favor da humanidade inteira.
Mas quantas vezes, os ruídos se infiltraram e surgiram os monólogos e as deturpações, a comunhão cedeu lugar à desunião e ao mútuo desconhecimento, a renovação foi suplantada pela manutenção e conservação das tradições, a brisa suave foi varrida pela tempestade violenta das guerras, sem conta, o alento criador foi usurpado pelas forças da morte, de todos os naipes.
O sopro de Jesus tem sempre uma importância vital para os discípulos, a Igreja enquanto comunidade instituída, a humanidade com família de irmãos. Ele é Espírito e não os espíritos, as forças ocultas e malfazejas, as correntes dinâmicas de esoterismo, os estados sentimentais e fundamentalistas. O sopro de Jesus constitui o gesto da nossa marca e do nosso estilo. Faz-nos apelos à intervenção coerente, lúcida e realista, numa sociedade cheia de luzes e sombras. Georgino Rocha

Os portugueses gostam de telenovelas

Quando toca a crianças, é uma alegria
Os portugueses gostam de telenovelas. Gostam mesmo. Penso que esse gosto vem de há muitos anos, quando os brasileiros nos mostraram algumas que apaixonaram muita gente. Não condeno esse simpático gesto. Cada um dá o que tem e o que pode. Conheço gente que já não consegue viver sem elas. Venham elas à hora que vierem, é certo e sabido que não faltam telespectadores. Cada um come do que gosta. Eu também vi algumas, mas depois achei que estava a perder tempo. Senti-me preso, manipulado, dependente. Era como uma droga leve. Depois libertei-me, tornei-me independente e mandei à fava essa perda de tempo. Os portugueses aprenderam a lição que veio dos brasileiros, como aprendem tudo o que é novo. E se vier do estrangeiro tanto melhor. Cheira a coisa fina. Depois começaram a imitá-los. Pelo que tenho ouvido, imitam bem e em alguns casos até os ultrapassam. Dizem… Os temas foram recriados, ampliados e divulgados por literatura da especialidade. As telenovelas têm consumidores. Mas de vez em quando os nossos órgãos de comunicação social acham que é preciso inovar, inventando ou aproveitando assuntos que dão para uma infinidade de capítulos. Pedofilia da Casa Pia, negócios do Freeport vida privada de políticos, escândalos sociais, corrupção. E quando toca a crianças, então é uma alegria. Se ela for estrangeira, tanto melhor. Até fazem filmes. Joana, Maddie, Esmeralda e Alexandra. Esta, que é russa, até dá pano para mangas. Claro que ainda não descobriram umas meninas e meninos cujos pais não têm pão para lhes dar, nem dinheiro para as vestir e educar, ou sem pais e sem família. Uma coisa vos garanto: quando essas telenovelas acabarem, estou cá a pensar que algum guionista vai inventar uma história capaz de as substituir. Os portugueses gostam…
FM

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 133

BACALHAU EM DATAS - 23

O FRACASSO DO “ELITE”

Caríssimo/a: Voltemos ao ELITE e ouçamos a opinião do capitão Valdemar que nos ajudará, mais uma vez, a entrar com segurança em águas profundas: «A alternância verificada no âmbito do apoio hospitalar às suas frotas, entre franceses e portugueses, ficou a dever-se às diferentes políticas económicas de desenvolvimento adoptadas pelos dois países, sobretudo após a entrada no século XX. Dissemos acima que o princípio da mudança entre os franceses foi anunciado com o aparecimento dos primeiros arrastões nos bancos no início do século, mais concretamente em 1907; no entanto, o grande incremento, a verdadeira grande revolução, só após o término da I Guerra Mundial se verificaria de modo fulgurante. À medida que a nova modalidade - pesca de arrasto - se ia impondo por força das incomparavelmente melhores capturas, com muito menos riscos para o pessoal, os navios veleiros da pesca à linha iam sendo gradualmente convertidos ou abatidos, consoante se tratasse ou não de unidades de boa dimensão e em bom estado de conservação. Mas a muito curto prazo, até esses navios transformados tinham desaparecido, sendo pois a frota francesa constituída na sua totalidade por unidades novas, feitas de raiz. E, em poucos anos, a visão dos veleiros franceses nas águas da Terra Nova era coisa de arquivo, fotografia em parede de escritório, ou recordação gravada na memória. Em Portugal tudo se processou de modo bem diferente, mas por razões que convém esclarecer! Não se pense que não houve entre nós qualquer reacção aos ventos de mudança! Antes pelo contrário, o entusiasmo foi enorme e imediato, Entre nós, a primeira tentativa de enviar à Terra Nova um arrastão ocorreu em 1909 e partiu da Parceria Geral de Pescarias, da casa Bensaúde, sediada na Ilha do Faial, nos Açores. A escolha deste porto de armamento, situado a meio do Atlântico e, por conseguinte, a meia distância entre Portugal Continental e os bancos da Terra Nova, obedeceu a um plano estratégico bem delineado. O navio, chamado "ELITE", era de propulsão mecânica a carvão e estava preparado para trazer o bacalhau eviscerado, conservado em gelo granulado, fazendo viagens relativamente curtas – cerca de três semanas – entre saída e chegada ao porto de armamento. Eram estas, aliás, o tipo de viagens que entre nós se faziam ao Cabo Branco, quer em duração quer em conservação pelo gelo. Mas, infelizmente, por várias razões de ordem técnica, a experiência não correu bem, não resultou, o que foi pena, porque o fracasso desta iniciativa tão louvável, e levada a cabo num momento tão próprio, terá muito possivelmente contribuído para o abandono precipitado da modalidade nascente e para um maior apego à manutenção e desenvolvimento da modalidade ancestral, aliás apoiada numa mão de obra barata e de facílimo recrutamento ao longo de todo o litoral português, E esta é uma razão de consequência que não deve ser omitida.» HDGTM, 42
E ao ELITE regressaremos, em breve, mas por outras razões. Manuel

sábado, 30 de maio de 2009

Férias em tempo de crise

Gafanha da Nazaré 
com muito para nos oferecer



A Gafanha da Nazaré, mesmo sendo uma terra nova (faz 100 anos, como freguesia, em 2010), tem muita coisa para desfrutar. Paisagens cheias de água por todos os lados, mata centenária com muito para descobrir, mar para contemplar e ria para viajar, ruas e mais ruas para passear, museus para visitar.
O mar e a ria são riquezas incalculáveis à espera de serem consideradas, por muitos de nós, como mais-valia para as nossas férias. Praias de areais convidativos e beira-ria que nos desafiam a pescar são bons locais para relaxar. 
A praia da Barra está à nossa espera. Com mais ou menos areal, podemos escolher um recanto de onde se aviste a ondulação que nos convida a um mergulho em tempo de canícula. Até ver, não se paga nada por isso. Então aproveitemos. 
A Casa Gafanhoa, antiga habitação de um lavrador rico, dos princípios do século XX, e o navio-museu Santo André, bem enquadrado pelo Jardim Oudinot, são preciosidades que não podem ser menosprezadas. Para visitas obrigatórias em época de férias profissionais, de preferência com a família toda. 
O Jardim Oudinot, o maior parque de lazer da Ria de Aveiro, começa a merecer a preferência de muita gente, em tempos de férias e não só. Espera-se que na época de Verão haja festas programadas para todas as idades, tanto de âmbito recreativo e cultural, como desportivo e social. Mesmo sem isso, as paisagens já por si são um chamamento, onde há recantos para uma boa merenda com familiares e amigos. Antigamente, o Jardim Oudinot servia essencialmente para isso. O actual não descurou a componente de unir a família. 
Na igreja matriz há um pequeno mas bonito museu paroquial, que merece a nossa atenção. Na mata da Gafanha, o Santuário de Schoenstatt, com os seus jardins sempre bem cuidados, é um convite a horas de meditação e de descontracção. 
O nosso Farol costuma oferecer, na época balnear, sobretudo, a possibilidade de contemplar, lá de cima, a mais de 66 metros de altura, paisagens deslumbrantes e únicas. E o Forte da Barra, que há tanto tempo espera por uma solução de restauro que o dignifique, pode ser motivo para ali, à sua sombra, imaginarmos a espera feita por soldados a eventuais inimigos da Pátria.

Fernando Martins

Cavaco Silva em Aveiro defende preservação do moliceiro

Não deixeis desaparecer o moliceiro,
porque nele está a alma aveirense
«O presidente da República, Cavaco Silva, apelou ontem à defesa do barco moliceiro, no discurso que proferiu na sessão comemorativa dos 250 anos de elevação de Aveiro a cidade, que decorreu nos Paços do Concelho. "Não deixeis desaparecer o moliceiro, porque nele está a alma aveirense", disse o presidente da República, assinalando que "preservar a identidade atrai os visitantes e cria os alicerces em cima dos quais se constrói o futuro".»
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Jesus Zing
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Que se entende por saúde?

"... o doente, que continua a ser um ser humano integral, na unidade tensa e viva de inconsciente, consciente, corpóreo, afectivo, psíquico, espiritual, espera certamente do médico e dos profissionais de saúde em geral competência científica e técnica, mas que também não esqueçam a sua própria humanidade integral. Assim, a uma medicina que, dados os seus prodígios desde o século XIX, corre o risco da unidimensionalidade científico-técnica, é necessário lembrar o princípio da humanitariedade, segundo o axioma ético-médico: "salus aegroti suprema lex" (a lei suprema é a saúde, também no sentido de 'salvação', do doente)."
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Anselmo Borges
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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Carminho canta Fadinho Serrano

Acabei de ler uma entrevista, no Ípsilon, da fadista Carminho. Os elogios justificam-se. Com aplausos. Digam lá se não é bonito.

Há idosos, mesmo doentes, que vivem para a comunidade


A mensagem de que é urgente envelhecer bem, vivendo o presente e tendo projectos de futuro adequados à situação de cada um, foi tónica dominante na última sessão das Conferências Primavera 2009, organizadas pela paróquia da Gafanha da Nazaré, em parceria com diversas organizações. Esta sessão, que se realizou ontem, quinta-feira, 28, no salão Mãe do Redentor, da igreja matriz, contou com o contributo de Liliana Sousa e Daniela Figueiredo, docentes da Universidade de Aveiro (UA), que apresentaram retratos sociais para um futuro humano, assumindo-se a pessoa idosa como centro de novos desafios comuns a empreender pela sociedade.
As convidadas da paróquia defenderam que urge construir imagens realistas da velhice, combatendo a ideia de que os idosos são solitários e abandonados pelas famílias. A este propósito, Liliana Sousa lembrou que os mais recentes estudos garantem que, afinal, 80 por cento dos cuidados de que as pessoas mais velhas carecem “são assumidos pelos familiares”. Para aquela docente da UA, “envelhece bem quem vive o presente e tem projectos de futuro adequados à sua situação”.
Daniela Figueiredo adiantou que a imagem negativa que há sobre as pessoas idosos são fruto de doenças, havendo nestes casos muito a fazer, numa perspectiva de as ajudar a ultrapassar essa fase de algum pessimismo. “Há idosos, mesmo doentes, que vivem para a comunidade”, referiu. Entretanto, frisou que a sociedade tem procurado criar recursos e avançado com valências que são respostas concretas, tanto para apoiar os mais velhos, como para aliviar os próprios familiares.
Valorizando a permanência dos idosos no seio das suas famílias, apontou a existência de Centros de Dia como uma mais-valia a ter em conta. E sobre os Centros de Noite,  Daniela Figueiredo considerou-os uma valência importante, embora “não generalizada”. O interesse cada vez maior pela ciência geriátrica e pela formação de técnicos vocacionados para este sector foi sublinhado pelas duas conferencistas. Salientaram que todos os estudos apontam a necessidade de provocar o envelhecimento activo ou bem sucedido, promovendo comportamentos saudáveis, criando ambientes amigáveis, ao mesmo tempo que se torna imperioso capitalizar a experiência e o saber acumulados ao longo da vida.
Sendo certo que cada idade tem a sua maturidade própria, as docentes da UA acrescentaram que os velhos nos dão lições de vida, sendo uma fonte inesgotável de contributos sociais, profissionais e éticos, que têm de ser aproveitados.

 FM

L'Osservatore Romano elogia lição de futebol e estilo do Barcelona

O diário L’Osservatore Romano elogiou o jogo limpo da equipa do Barcelona durante a final da Liga dos Campeões, em que venceu o Manchester United por 2-0. A partida disputou-se na última quarta-feira, em Roma. Em artigo intitulado “Il calcio, finalmente” (O futebol, finalmente), o jornal louvou o comportamento do treinador da equipa espanhola, Pep Guardiola, os jogadores e os adeptos, ante “um ambiente muitas vezes castigado por polémicas exasperadas e violências criminosas”.
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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Banco Alimentar organiza nova campanha de recolha de alimentos

É preciso olhar à nossa volta
Nos dias 30 e 31 de Maio, 23 mil voluntários, ligados ao Banco Alimentar Contra a Fome, vão estar nos sítios certos para recolherem alimentos destinados a quem tem fome. Vai ser um fim-de-semana aberto à solidariedade e um desafio para esquecermos as futilidades que nos ameaçam. Urge olhar mesmo para quem precisa de pão para enganar o estômago. Estamos tão fartos de engolir promessas e mais promessas, estudos e mais estudos sobre a fome que existe no mundo, em Portugal e, naturalmente, à nossa porta. Vamos, pois, olhar para o lado. É que as soluções políticas, para erradicar a pobreza, tardam.

Uma reflexão necessária, talvez incómoda

A celebração eucarística
é sempre uma riqueza a defender,
para bem do povo crente
"As celebrações prolongam-se demasiado, rompe-se o seu equilíbrio e unidade, atropelam-se momentos importantes, queima-se tempo necessário para o silêncio… Uma celebração eucarística não é um cabide onde cada um dependura coisas a seu gosto, nem uma assembleia com vários pelouros de gente independente. Tem presidência responsável, regras de culto público, ministérios ao serviço da assembleia. Não tem o rigor de uma cerimónia militar, mas não dispensa a ordenação correcta de um acontecimento respeitável. A Igreja quer que ela seja festiva, mas não a qualquer custo. Não é fácil extirpar abusos. Sei isso, por experiência. Quando me vi surpreendido, já no altar, por intervenções inesperadas e, na sacristia, chamei a atenção para isso, vi reacções de desagrado. Quando, terminada a celebração quis encontrar-me com o grupo coral para dizer o que, por dever, me competia, ouvi: “O senhor manda no altar, no coro mandamos nós”. Quando pedi a um coro que escolhesse cânticos que o povo cantasse, foi-me respondido: “Na igreja só tem direito a cantar quem faz parte do coro e vem aos ensaios”. São os tais pelouros que se foram constituindo por falta de formação e ganharam força ao verem e ouvirem o que se faz nas missas da televisão e da rádio, quando não mesmo por ali mais perto. A celebração eucarística é sempre uma riqueza a defender, para bem do povo crente." António Marcelino
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AVEIRO: Feira do Livro e do Disco no Rossio

Rossio, em Aveiro
A Feira do Livro e do Disco, no Rossio de Aveiro, abre hoje, 28, e prolonga-se até ao dia 7 de Junho. A edição de 2009 conta com 16 livreiros e várias editoras de música. HORÁRIO: de segunda a quinta-feira, das 17 às 23 horas, à sexta-feira, das 17 às 24 horas, ao sábado das 15 às 24 horas, ao Domingo das 15 às 23 horas e no dia 1 de Junho das 10 às 23 horas. A inauguração está marcada para as 17 horas desta quinta-feira. Paralelamente à venda de livros e discos decorrem actividades para as diversas idades (música, hora do conto, “workshops”). O programa pode ser consultado em http://www.cm-aveiro.pt/.

Semana do Ambiente do Município de Ílhavo

Praia da Barra
“+ ECO 2009”
A Semana do Ambiente do Município de Ílhavo, “+Eco 2009”, vai começar a 30 de Maio, com o 1.º Acampamento Municipal dos Agrupamentos de Escuteiros do nosso concelho. Do programa, destacamos a realização de uma Conferência de Imprensa, no próximo dia 2 de Junho, terça-feira, pelas 15.30 horas, na Biblioteca Municipal de Ílhavo, e uma Cerimónia do Hastear das Bandeiras Azul e Praia Acessível 2009, no dia 5 de Junho, pelas 11 horas, nas Praias da Barra e da Costa Nova.

Presidente da Câmara de Ílhavo angaria fundos nos EUA para o Hospital de Cuidados Continuados da Misericórdia

O presidente da CMI, Ribau Esteves, deslocar-se-á aos Estados Unidos da América, em visita oficial, de 28 de Maio a 1 de Junho, na sequência de um convite da comunidade ilhavense radicada na Cidade de Newark e arredores, que em boa hora entendeu organizar uma acção de angariação de fundos a favor da obra do Hospital de Cuidados Continuados da Santa Casa de Misericórdia de Ílhavo. O “Grande Pic-nic”, como foi denominado o encontro, decorrerá na Cidade de Newark a 31 de Maio e conta já com a inscrição de algumas centenas de pessoas. Nos dias 29 e 30 o presidente da CMI visitará a Cidade de New Bedford, MA, onde presidirá a um jantar oficial com a Comunidade Ilhavense ali radicada e procederá à inauguração da nova sede da “Associação Humanitária Os Amigos de Ílhavo”. O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo, professor Fernando Maria Paz Duarte, acompanhará o presidente Ribau Esteves nesta viagem.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Um poema de Domingos Cardoso

Risos É sempre doce a lembrança que me fica Das brincadeiras puras dessa infância Que, recordada, assim a tal distância, Tem um encanto bom que não se explica. E a vã saudade um templo santifica Onde guarda, para sempre, a tal fragrância Que nem o Tempo, com a sua arrogância, Desvirtua, molesta ou danifica. Sinto no peito o repicar do sino De todos os meus risos de menino Que me invadem o corpo de candura. Sei bem que nada fiz para o merecer Mas queria, quando a luz se escurecer, Por eles ser levado à sepultura. Domingos Freire Cardoso

terça-feira, 26 de maio de 2009

VOLUNTÁRIO no meio prisional com bom humor

Voluntários optimistas
. O padre João Gonçalves, Coordenador Nacional da Pastoral Penitenciária, diz que "O voluntário em meio prisional deve ter muito bom humor, ser bem disposto e optimista", porque tem de dialogar com pessoas carregadas de problema. "Não basta ter boa vontade", lembrou.
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Gafanha da Nazaré: I CICLO DE CONFERÊNCIAS Primavera 2009

28 Maio, Quinta 21h - Auditório Paroquial Mãe do Redentor Momento musical: Agrupamento de Escuteiros 588 GN Maresia
Retratos Sociais para um futuro mais humano
Liliana Sousa: Desenvolvimento humano e social regional Daniela Figueiredo: A pessoa do idoso e os novos desafios comuns Entrada Livre

Maria João e Mário Laginha no Centro Cultural de Ílhavo

Sábado, 6 de Junho, 21.30 horas

“Chocolate”

“Chocolate”, assim se chama o novo trabalho que marca o regresso da cantora e do pianista. Com “Chocolate”, Maria João e Mário Laginha privilegiam uma das suas influências mais fortes: o jazz. Este novo trabalho inclui temas originais, com músicas de Mário Laginha e letras de Maria João, e standards adaptados à linguagem e ao estilo musical muito próprio da dupla.

Um poema de Miguel Torga

PRESERVAÇÃO Uma gaivota pousada No telhado. Convido-a a entrar. Recusa. Tem receio que a musa Dos meus versos Esteja em casa E desencante o azul encantamento – O mar e o firmamento – Que traz em cada asa. Miguel Torga In Diário XII

Dia do vizinho - 26 de Maio

“Mais vale um vizinho à mão,
que no estrangeiro um irmão!”
Traduzido neste aforismo popular, está sintetizado o valor precioso de uma boa vizinhança. Num mundo em que a globalização tende a afastar as pessoas em vez de as unir, o que é verdadeiramente um paradoxo, tem muito sentido este revivalismo de valores antigos. Ouvi na rádio que hoje, Dia do Vizinho, um casal, em Lisboa, teve a ideia genial de oferecer um chá aos vizinhos. Brilhante! Fantástico! Aqui se pode inferir como o ser humano tem potencialidades e uma criatividade fora do comum. Na verdade, quando o homem quer, quando o homem sonha, a obra nasce. Arranjar um motivo, um argumento para se estreitarem laços com as pessoas que nos cercam, começando pelos nossos vizinhos, é de louvar, aplaudir e incrementar. Eu, que vinha inopinadamente a conduzir o meu carro para o local de trabalho, ouvi, digeri e planeei pôr em prática essa iniciativa. Não que tenha qualquer desaguisado com os vizinhos, mas, o stress da vida actual, a luta desenfreada pela sobrevivência a todos os níveis, retiram-nos, muitas vezes o tempo e a disponibilidade para darmos dois dedos de conversa ao próximo. E...é tão salutar a boa relação com ele! Tão frutuoso este convívio! Quem tem dificuldades, no relacionamento com os seus pares, ali ao lado, tê-las-á, a um nível mais alargado, no universo dos seus contactos humanos. Vivemos numa era de isolamento de ensimesmamento em nós, criaturas sociáveis e comunicativas. A vida agitada que levamos propicia a este isolamento a este divórcio dos valores primordiais da nossa existência de seres gregários. Estamos a assistir a um retrocesso nos valores civilizacionais, a uma perda de raízes...a um regresso à barbárie! Recordo ainda os tempos em que, nestas terras das Gafanhas, no ainda recente século passado, todas as pessoas se saudavam na rua, quer fossem vizinhos, quer não. Aí, tinha sentido dizer-se que a Gafanha era uma aldeia global, em que toda a gente se conhecia e comunicava. Era saudável esta forma de viver que afastava dos seus membros, as enfermidades dos tempos modernos que hoje nos avassalam, tal como a depressão. Não havia terreno fértil para deixar germinar estas “pragas”. A boa relação, o diálogo a comunicação entre as pessoas eram o melhor antídoto para elas. Viva a vida, a comunicação, a boa vizinhança! Hoje mesmo, à hora do 5 o’clock tea, terei o prazer de confraternizar com os meus vizinhos e saborear um delicioso chá verde!
M.ª Donzília Almeida

Mensagem e mensageiros

As plataformas digitais
desafiam sobretudo
os mensageiros
;
"O Dia Mundial das Comunicações Sociais é uma ocasião para avaliar ou criticar, propor ou projectar a presença da Igreja Católica nos media. Este ano a acontecer entre um abundante caudal informativo sobre intervenções e presenças católicas, proposições acerca do carácter tecnológico das comunicações - que encontra na Mensagem do Papa um certeiro contributo - e a realização de projectos que testemunham o envolvimento eclesial nessas ferramentas mediáticas digitais. O seu carácter determinante nos processos de comunicação motiva a necessidade frequente de não hiper-valorizar os meios, por mais poderosos e eficazes que sejam. Para acentuar a certeza da necessidade de uma mensagem, a ser comunicada através de um mensageiro. Ela é de todos os tempos, também de hoje."
Paulo Rocha

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Crónica de um Professor…

Filosofia de vida
“Se não temos o que amamos…devemos amar o que temos…! Saltou-lhe aos olhos esta frase, quando circulava pelas coxias da sala de aula. Estava inscrita numa pequena caixa de plástico de forma paralelipípeda, pousada na carteira de uma aluna. Continha os apetrechos para a caracterização das personagens, daquela peça que iam levar à cena. O tema Cidadania, abordado e exaustivamente trabalhado na Área de Projecto, estava a dar os seus frutos. Os alunos empenhavam-se, e cada grupo decidira apresentar os resultados da forma que mais lhes agradava. Aquele resolvera fazer a dramatização duma peça em que o tema era apresentado com uma ingénua teatralidade. E… para grande espanto da teacher, estes alunos, de tão tenra idade ainda, conheciam os truques, as nuances que fazem da arte dramática algo de apetecível, de lúdico e também pedagógico. Queriam imitar a gente grande e quem sabe se ali não estará o alfobre de futuros talentos na arte de bem dizer!. A caixinha da maquilhagem… com uma panóplia de acessórios, continha as pinturas, os batons, os eyeliners de que qualquer guarda-roupa não prescinde. Mas... aquela inscrição ficara a laborar na mente da teacher… era uma frase profunda! Traduzia uma filosofia de vida que lhe era muito cara! Se, na verdade, a aplicarmos às nossas vivências, concluiremos que pode fazer uma mudança nas nossas vidas. Quando nos debruçamos e perdemos tempo a lastimar aquilo que não temos, e às vezes temos tanto a que não damos o real valor, não nos restará tempo, ânimo e disponibilidade mental, para apreciarmos, valorizarmos e desfrutarmos daquilo com que a natureza, tão prodigamente, nos dotou. À memória vem aquela pergunta insidiosa feita a duas pessoas, exactamente sobre a mesma coisa, mas que obteve duas respostas diametralmente opostas. Apresenta-se uma garrafa contendo vinho, até metade e pede-se a um homem sóbrio, e a um alcoólico, que descrevam o que vêem. - Ainda está meia cheia! Diz o homem sóbrio. - Já está meia vazia! Diz o alcoólico. Duma situação tão simples, aparentemente linear, há duas perspectivas, absolutamente opostas. Uma positiva, outra negativista, derrotista. Assim se passa nas nossas vidas. Há aqueles que desbaratam a vida a ver o que a garrafa não tem, a parte vazia, e não chegam a desfrutar do precioso néctar que a garrafa contém, até meio. - De que lado da barricada estás? Perguntam. Contrariando qualquer tendência etílica, responderia, de imediato, que se fica pela inscrição latina: In vino veritas! Ou Bonum vinum laetificat cor hominum! “Se te lamentas, porque não vês o sol, então nunca verás as estrelas!” E… a teacher gosta muito de contemplar um céu estrelado, nestas terras abençoadas das Gafanhas!
M.ª Donzília Almeida

Efemérides aveirenses

Olho da cidade, na Ponte-Praça, visto do canal central
1952-Maio-25 Três melhoramentos foram inaugurados, em Aveiro, neste dia, mas há 57 anos. Foram eles a Ponte-Praça, o Liceu Nacional de Aveiro e o Reservatório de água para o abastecimento da rede urbana. Fonte: Calendário Histórico de Aveiro

A campanha para as europeias aí está em grande

É preciso votar; a abstenção só prejudica o futuro
A campanha para as europeias aí está em grande. É preciso votar, porque a abstenção só prejudica o futuro. Não podemos nem devemos esquecer esta realidade. Mesmo zangados com alguns políticos, temos de fazer o esforço que mais se impõe em tempo de crise, para nos tornarmos co-responsáveis nas políticas europeias. Cada vez mais, as leis que nos regem são lançadas pelas estruturas comunitárias. O Parlamento Europeu é o único órgão da UE escolhido pelo povo. Razão mais do que suficiente para começarmos a acreditar nele. A Europa comunitária precisa de ideias novas que combatam o neoliberalismo desenfreado, ligado aos grandes grupos económico-financeiros, autores da actual crise. Temos mesmo de pensar no nosso futuro e no futuro dos que hão-de vir depois de nós. Para já, os nossos políticos, de uma maneira geral, estão mais interessados em politiquices e na política interna, do que noutra coisas qualquer. Importa questioná-los sobre o que pretendem fazer a nível europeu. Depois, olhando para as propostas dos partidos políticos e dos candidatos, procuremos tomar opções que se coadunem com os nossos valores e com as propostas com que mais nos identificamos. De forma livre e consciente. Fernando Martins

Aprendiz de viajante

Santuário de Schoenstatt
Hoje sei que o viajante ideal é aquele que, no decorrer da vida, se despojou das coisas materiais e das tarefas quotidianas. Aprendeu a viver sem possuir nada, sem um modo de vida. Caminha, assim, com a leveza de quem abandonou tudo. Deixa o coração apaixonar-se pelas paisagens enquanto a alma, no puro sopro da madrugada, se recompõe das aflições da cidade. A pouco e pouco, aprendi que nenhum viajante vê o que outros viajantes, ao passarem pelos mesmos lugares, vêem. O olhar de cada um, sobre as coisas do mundo, é único, não se confunde com nenhum outro. Viajar, se não cura a melancolia, pelo menos, purifica. Afasta o espírito do que é supérfluo e inútil; e o corpo reencontra a harmonia perdida - entre o homem e a terra. O viajante aprendeu, assim, a cantar a terra, a noite e a luz, os astros, as águas e a treva, os peixes, os pássaros e as plantas. Aprendeu a nomear o mundo. Separou com uma linha de água o que nele havia de sedentário daquilo que era nómada; sabe que o homem não foi feito para ficar quieto. A sedentarização empobrece-o, seca-lhe o sangue, mata-lhe a alma - estagna o pensamento. Por tudo isto, o viajante escolheu o lado nómada da linha de água. Vive ali, e canta - sabendo que a vida não terá sido um abismo, se conseguir que o seu canto, ou estilhaços dele, o una de novo ao Universo. Al Berto (1948-1997)
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