sexta-feira, 11 de agosto de 2006

Um artigo de Fernanda Câncio, no DN

Assumir a relação
Aquela coisa que em tempos era, com sobranceria, apelidada de coscuvilhice alcandorou-se a profissão. Há gente que vive de policiar a vida alheia. Há revistas só para isso, jornais que fingem fazer outras coisas mas só fazem isso, tempo de antena para isso.
No programa da manhã da SIC, uma ex-Miss Portugal e uma astróloga ou taróloga ou lá o que é, mais uns rapazes que para além daquilo não se sabe o que fazem, discutem com desembaraço vidas sortidas, explicando o que se pode e não se pode fazer, o que fica e o que não fica bem, e quais as "obrigações" das "figuras públicas". Na TVI, um grupo de senhoras que parecem ter sido escolhidas por não se saber quem são e o que fazem discorrem com igual alegria sobre os mesmos assuntos.
E os assuntos são, invariavelmente, quem anda e não anda com quem, quem está feliz e quem está infeliz, quem assume a relação e quem não assume a relação. Para este universo, o "assumir da relação" é uma espécie de climax. Para a indústria chamada "do coração", que vive de vigiar as "relações", existentes ou a existir, entre os que apelida de "famosos", as assunções plenas e fotografadas olhos nos olhos e mão na mão junto à lareira/piscina, com declarações mútuas de dedicação para além da morte e de paixão e felicidade sem limites, são uma exigência. Tudo o que não se pareça com isso é clandestino, suspeito, talvez até ilegal.
"As pessoas têm o direito de saber", ouve-se nas rodas de comadres das TV e repete-se em publicações consideradas de "informação geral", em nome, imagine-se, da "democracia". Este "direito de saber" inclui as fotos à traição e à força, "revelações" sobre quem dançou com quem , quem beijou quem, quem fez topless. As regras são simples: é fora de casa, é público; é público, é publicável; quem se mostra uma vez legitima todas as intrusões; quem não se mostra está a esconder algo, logo, legitima todas as intrusões. A indústria tem sempre razão.
Contra isto, nenhum argumento é aceite, nenhuma lei eficaz. Proteste-se ou processe-se e é-se acusado de "falta de transparência", "censura", ou, mais uma vez, "ter algo a esconder". Para esta nova polícia de costumes, preservar é sonegar, recusar "esclarecimentos" é crime. Em poucos anos, aqueles que decorreram desde o triunfo desta inquisição, o que era considerado o cúmulo da vulgaridade - a exposição da intimidade -, passou a norma. Na relação entre o direito à reserva da vida privada, garantido pela Constituição, e o "direito" à intrusão, proclamado pela confederação dos alcoviteiros, ganhou o que vende mais. Perdeu a liberdade, claro. E essa coisa chamada amor. Mas isso, assuma-se, nunca interessou a ninguém.

ARTE DA XÁVEGA

Barco da "xávega"
:: Autarquia recria Arte Xávega na Vagueira ::
Agendada para sábado, da parte da tarde (se o estado do mar o permitir), a acção visa promover turisticamente a praia da Vagueira, ao mesmo tempo que pretende preservar e valorizar os usos e costumes daquela região.
A safra, como vulgarmente é conhecida, tem alguns nomes de referência na Vagueira. Gente amargurada mas com «alma boa», habituada a sofrer que deixou a Escola muito cedo e passou a vida inteira a trabalhar e a olhar o mar. «Isto é a minha vida, não quero outra», disse um dos filhos do João da Murtosa, que nunca se acobarda porque «se a gente desanima o barco vai ao fundo».
Com o desaparecimento do António Maltez, recentemente falecido num brutal acidente de viação no cruzamento da Estrada do Meio», o «patrão» da pesca na Vagueira continua a ser João da Murtosa.
João da Murtosa é rapaz para 70 anos. Está na Vagueira desde 1957. Moliceiro experimentado, «encalhou» o barco, como costuma dizer, na Gafanha do Cale da Vila (Ílhavo) quando tinha 18 anos. E por ali ficou até completar 22. Começou por atar «chicotes» (nome dado à corda que andava sempre atrás dos bois, quando se puxa a rede), na Torreira. Depois de casado transferiu-se para a Vagueira, que viu crescer como praia há mais de três décadas.
Pediu dinheiro emprestado ao tio, para comprar um barco usado, porque queria trabalhar por conta própria. Foram «apenas» 500 escudos, porque na altura um barco novo custava dois contos e quinhentos. Pagou em quinze dias àquele familiar, que entretanto já tinha negociado o referido a dívida com o Zé Ribeiro, que lhe ficou com uma eirada de milho.
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Leia mais no Diário de Aveiro

Tempo de férias na Torreira

Posted by Picasa
Torreira: Ria de Aveiro
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Cristãos na praia
sem férias para Deus ::
O tempo de férias é aproveitado por muitos cristãos para, além do descanso, "fazerem a sua revisão de vida espiritual". Nas paróquias onde há praias, a afluência às igrejas aumenta e, apesar das actividades do Ano Pastoral terem encerrado, os párocos não têm mãos a medir na assistência aos veraneantes. Esta é a imagem do que acontece na Praia da Torreira, na diocese de Aveiro, onde ontem à noite D. António Marcelino foi falar do religioso e do sagrado. Perante uma assembleia participativa, o bispo de Aveiro iniciou o primeiro de seis encontros a realizar em praias e estâncias termais daquela região, numa iniciativa que "surpreendeu positivamente" o pároco de Torreira. Colocado naquela localidade em Setembro de 2005, o padre Abílio Araújo confessou à Agência ECCLESIA ter "alguma curiosidade" sobre o que seria esta passagem do bispo pela praia em tempo de férias. "Há em muita gente com vontade de crescer espiritualmente", destacou, compreendendo, por isso, que esta atitude do prelado tem "importância pastoral" e "deixa referências e marcas nas pessoas". Nesta época estival o padre Abílio Araújo tem observado que "entre as pessoas que aparecem na paróquia, muitas delas tem uma forte vivência religiosa e aproveitam este tempo de maior descanso para fazer a sua revisão de vida espiritual". Disse, ainda, que é muito procurado no tempo normal de atendimento. "A Paroquia da Torreira não tem um programa específico para esta época, mas eu procuro estar mais atento e estar mais pela paróquia para o acolhimento às pessoas". "Esta é uma preocupação mais do ponto de vista pessoal do que de estrutura organizada da paróquia", explica. Apesar do aumento significativo da presença de fiéis «forasteiros» nas celebrações, tudo decorre com normalidade, pelo que observa: "Não há distúrbios de celebração". :: Fonte: Ecclesia

Um artigo de Gonçalo Cardoso, na Ecclesia

Ver objectos pessoais dos pastorinhos, conhecer os povos africanos

Santuário de Fátima

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Museu de Arte Sacra
e Etnologia de Fátima:
sugestão para estas férias
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É uma sugestão para estas férias. Se vem a Fátima, para além de participar nas cerimónias religiosas não deixe de visitar o Museu de Arte Sacra e Etnologia. O Museu de Arte Sacra e Etnologia guarda na “Sala dos Pastorinhos”, objectos pessoais dos beatos Francisco, e Jacinta Marto, O barrete de Francisco foi oferecido a este museu, propriedade dos missionários da Consolata, pelo “ti Marto”, pai do vidente. Da Jacinta, está patente uma pedra do seu túmulo, guardada pelo seu pai após a trasladação para a Basílica. Para além de uma fantástica colecção de arte sacra portuguesa, repleta de Meninos Jesus, presépios, oratórios e Cristos, o visitante poderá fruir de uma interessante colecção de objectos etnográficos de povos africanos, índios e orientais, trazidos pelos missionários para o velho continente, ao longo dos anos. Até final de Agosto, está patente, uma exposição de fotografia “24 horas com os índios yanomami”, uma reportagem fotográfica do missionário Elísio Assunção. Pertencente aos Missionários da Consolata, é um museu de grande qualidade, de características únicas em Portugal e que permite o visitante conhecer algumas das realidades encontradas pelos missionários no mundo. É o único espaço museológico de Fátima integrado na Rede Portuguesa de Museus e dispõe de um serviço educativo que realiza visitas orientadas através de guias com excelente formação científica e pedagógica. Ali, pode ainda usufruir de um pátio interior com um agradável jardim onde poderá repousar ou ler um livro e visitar também os belos e cuidados jardins dos Missionários da Consolata onde o museu está integrado. Um museu que surpreende e encanta. Venha conhecer.

Pelo Desporto falar da Igreja

“PONTA DE LANÇA”
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O actual responsável do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil acaba de publicar o livro «Ponta de Lança», uma síntese de 15 anos de colaboração com o jornal regional “Correio do Vouga”, da diocese de Aveiro. Esta é uma "súmula de textos transportados para livro", que "surgiu para agradecer o trabalho de um vasto conjunto de pessoas que pertenceu às equipas no Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil", explicou o autor Manuel Oliveira de Sousa à Agência ECCLESIA. Nas páginas desportivas do “Correio do Vouga”, Oliveira de Sousa apresenta, desde há 15 anos, uma coluna de "ensaios de filosofia social", uma "perspectiva social com ilustração desportiva e, por vezes, com fundamento desportivo, acerca da realidade da vida da Igreja e da sociedade em geral". "Em «Desportivamente e pelo desporto», se vão anotando problemas sociais e humanos, dando pistas para uma maior sensibilização e acção em relação aos mesmos", refere o Bispo de Aveiro, D. António Marcelino, na apresentação da contracapa deste livro editado pela Paulinas Editora. Oliveira de Sousa foi responsável, durante 13 anos, pela Pastoral Juvenil da Diocese de Aveiro e, nesta coluna semanal do jornal diocesano que agora passa a livro, "a grande preocupação era a de manter os jovens e a pastoral juvenil sempre em agenda", o que sente ter sido benéfico, "não deixando os jovens esquecidos". "Ainda bem que «Ponta de Lança» passa a livro, pois há pepitas que não se podem perder pelo ouro que comportam", escreve o Bispo de Aveiro. : Fonte: Ecclesia

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Centro de Reflexão Cristã

Centro de Reflexão Cristã renova publicação
O Centro de Reflexão Cristã (CRC) acaba de publicar um novo número da sua revista, “Reflexão Cristã”, que inicia uma nova série, com novo grafismo e novo formato. Este número dá realce à celebração do 30º aniversário do CRC, com a publicação do texto do José Leitão "CRC - Trinta anos de Presença Cristã" e publica um conjunto de intervenções que foram proferidas nas Conferências de Maio de 2005 - BOA NOVA NA CIDADE MODERNA. Os textos são de D. Carlos Azevedo, Jorge Wemans, Graça Franco, Catarina Pereira Miguel, Pe. Hermínio Rico, Manuel Vilas Boas, Acácio Catarino, Pe. António Janela, Maria José Nogueira Pinto, Alfredo Bruto da Costa e Pe. José Manuel Pereira de Almeida. Publica-se também o resumo da intervenção do Presidente do CRC na Catedral de Notre-Dame de Paris, durante o Congresso Internacional da Nova Evangelização. Criado em 1975, por um grupo de leigos cristãos para analisar a realidade do país nos seus diversos sectores, o CRC assume-se como um espaço de diálogo entre cristãos de diferentes sensibilidades e entre cristãos e não cristãos. Quando tomou posse como presidente do CRC, Guilherme de Oliveira Martins, em entrevista à Agência ECCLESIA referiu que ao aceitar a presidência do CRC “fi-lo a partir de um projecto que é a presença dos cristãos na sociedade e essa presença dos cristãos na sociedade obriga-nos a empenharmo-nos em gestos e em iniciativas que suscitem a tomada de consciência de que uns dependemos dos outros”.
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Foto: Guilherme de Oliveira Martins
Fonte: Ecclesia

Gastronomia em Ílhavo

Bacalhau e pão de Vale de Ílhavo
A proximidade do Concelho de Ílhavo com o mar influencia directamente a sua gastronomia.
Os 500 anos de tradição de mar do povo Ilhavense, em especial na Terra Nova e Gronelândia, levaram o fiel e amigo Bacalhau a assumir o papel de rei e senhor, podendo as inúmeras formas de confecção ser encontradas em praticamente todos os restaurantes do Concelho.
A referência económica, social e cultural do Bacalhau no Concelho motivou o aparecimento, durante 1999, da Confraria Gastronómica do Bacalhau, cujo principal objectivo é preservar os pratos feitos à base do bacalhau e promovê-los junto das gerações mais novas. Exemplo disso, é a realização anual da Mostra Gastronómica “Tasquinhas de Ílhavo”, integrada nas Festas do Município/Mar Agosto.
Sem querermos ser exaustivos, a influência marítima também poderá comprovar-se no magnífico peixe fresco, quer em fritadas ou simplesmente grelhado num local junto ao mar. O marisco tem vindo a ganhar terreno na oferta gastronómica do Concelho e dos restaurantes, muito apreciado essencialmente na época balnear.
Por último, realçamos a importância do Pão e Folar de Vale de Ílhavo, um pilar económico, gastronómico e cultural do lugar de Vale de Ílhavo.
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Fonte: Site da CMI

AVEIRO: "O Efeito Estufa"

"O Efeito Estufa"
- ateliê ambiental no dia 12
de Agosto, no Jardim da Baixa
de Santo António
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A Câmara Municipal de Aveiro programou um ateliê ambiental - “O Efeito Estufa” - para o próximo sábado, dia 12 de Agosto, das 15.20 às 16 horas, no Jardim da Baixa de Santo António. Trata-se de uma iniciativa desenvolvida no âmbito da Campanha Bandeira Azul, pela Hera – Associação para a Valorização e Promoção do Património, sendo dirigida a grupos escolares.
O principal objectivo da acção é apresentar os mecanismos e as dinâmicas do efeito estufa, com a realização de algumas experiências científicas de fácil compreensão para os participantes.
As actividades, que vão decorrer através da adopção de uma metodologia apropriada, permitirão aos participantes entrar em contacto directo com o meio ambiente, sensibilizando-os para a importância da preservação da natureza e para os problemas ambientais ligados à poluição.
A interacção com figuras profissionais ligadas ao património, nomeadamente os biólogos, também proporcionará aos participantes o acesso a áreas temáticas muito específicas.
Os interessados em participar devem estar junto ao café “Drinks Bar”, pelas 15.20 horas, não sendo necessário efectuar inscrição.
A participação é gratuita.
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Fonte: Site da CMA

Banco Alimentar Contra a Fome

ISABEL JONET, PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DOS BANCOS ALIMENTARES:
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Bancos Alimentares
Contra a Fome servem
para combater o desperdício
Maria Isabel Torres Baptista Parreira Jonet, nasceu em Lisboa a 16 de Fevereiro de 1960, é casada e tem cinco filhos. Licenciou-se em Economia em 1982, na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa. Desde 1993 trabalha em regime de voluntariado no Banco Alimentar Contra a Fome, sendo actualmente Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome de Lisboa e Membro do Conselho de Administração da Federação Europeia dos Bancos Alimentares. Nessa qualidade apoiou a criação dos 11 Bancos Alimentares portugueses. É fundadora e Presidente da ENTRAJUDA, instituição de apoio a instituições de solidariedade social numa óptica de gestão e organização. Trabalhou no Comité Económico e Social das Comunidades Europeias, em Bruxelas, entre 1987 e Julho de 1993. Foi adjunta da Direcção Administrativo-Financeira da Sociedade Portuguesa de Seguros entre Março de 1983 e Dezembro de 1986 e da Direcção Financeira da Assurances Général de France em Bruxelas em 1987.
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Leia mais em SOLIDARIEDADE

Trilho entre a Ria e a Floresta

:: Ria e Floresta
de mãos dadas
A HERA - Associação para a Valorização e Promoção do Património e o GEMA convidam os amantes da natureza para o próximo passeio, que se realizará no dia 13 de Agosto. A iniciativa desenvolve-se por ocasião da inauguração do trilho entre a "Ria e a Floresta", projecto da Câmara Municipal de Ílhavo, em parceria com aquelas organizações.
O ponto de encontro é no largo da Bruxa (Gafanha de Encarnação), pelas 9.30 horas, com o fim do passeio previsto para as 16.
Mais uma vez, a visita será guiada por biologos da HERA.
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Para ver imagens do último passeio, clique aqui

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

ÍLHAVO: Pintura artística

Artistas ilhavenses
esperam por si
Com uma larga tradição na cerâmica e na porcelana, devido à implantação da Fábrica Vista Alegre no ano de 1824 naquela localidade do Concelho, existe uma grande quantidade de pequenos ateliês de pintura à mão, em porcelana.
Estes artesãos adquirem a porcelana branca e fazem pequenas maravilhas decorativas. A sua principal incidência geográfica está concentrada no próprio lugar da Vista Alegre, onde o seu museu justifica uma visita. Poderá, porém, encontrar estas maravilhas um pouco por toda a cidade de Ílhavo.
Em férias ou fora delas, não deixe de procurar e de conhecer os artistas ilhavenses. Verá que vale a pena.

Imagens da Ria

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Museu Marítimo de Ílhavo: Ex-voto ao Senhor dos Navegantes. Pintura popular do século XIX. Mais um bom motivo para passar pelo Museu de Ílhavo, onde há sempre algo de importante para ver e admirar. Aproveite. As férias também são para isto.

Santiago de Compostela

Santiago de Compostela:
um caminho
de descoberta de Deus
O caminho de Santiago de Compostela tem ganho um grande dinamismo. Diz, quem já o fez, ser um caminho de reconversão e descoberta. O ano de 2004 foi ano de São Tiago.
Com o objectivo de chamar a atenção para este Ano Santo, a Associação Espaço Jacobeu, entretanto formalizada como associação católica, formou-se e muitos são os que a procuram. As principais preocupações variam consoante a altura mas são principalmente "sobre o caminho português, sobre o apostolo São Tiago, sobre o fenómeno em si. No Verão, o maior contacto é já feito por pessoas que desejam partir para a peregrinação, pedem a credencial do peregrino (documento a apresentar durante o caminho de Santiago, que a associação gere e distribuiu), procuram saber dos albergues, como fazer uma mochila...", afirma Amaro Franco da associação. E acrescenta: "estamos disponíveis via Internet, por telefone e também nos pontos de convívio que habitualmente organizamos."
Este fenómeno gera curiosidade também em alguns grupos não católicos, que querem fazer a experiência do caminho e procuram informações sobre quem era São Tiago, o porquê do caminho e o seu lado mais histórico ou cultural.
O objectivo é preparar pessoas para fazer a peregrinação. Desde o início, perceberam o receio de alguns em fazer o caminho sozinhas. "Tentamos encaminhar as pessoas. A própria associação promove uma peregrinação mais profunda com o lema "Não passes pelo caminho, deixa antes que o caminho passe por ti, com grupos mais pequenos", onde se privilegia não os quilómetros percorridos por dia mas antes os quilómetros percorridos interiormente.
Refere que têm "algumas dificuldades em estabelecer os grupos, porque tentamos que todas as peregrinações sejam acompanhadas por guias voluntários, pessoas que já tenham feito o caminho, mas é difícil encontrar pessoas disponíveis".
Reconhce, no entanto, que o trabalho tem sido frutífero. "Temos testemunhado o surgir de vocações no caminho e é interessante constatar um despertar religioso por parte de muitos", aponta Amaro, que finaliza, dizendo, que "o caminho é cristão. Apoiamos quem nos procura, mas consideramos que este pode ser um caminho de pré e de nova evangelização, um caminho de descoberta de Deus".
Para mais informações consultar www.jacobeus.web.pt
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Fonte: Ecclesia

terça-feira, 8 de agosto de 2006

Concurso de fotografia "A VER A RIA"

ENTREGA DOS TRABALHOS ATÉ DIA 9 DE SETEMBRO
No âmbito do Programa "Sorria - Jornadas da Ria de Aveiro, a Câmara Municipal de Aveiro informa que o Concurso de Fotografia “A ver a Ria” se encontra a decorrer até ao dia 9 de Setembro.
Com o objectivo de promover a Ria de Aveiro e permitir que as mais diversas pessoas possam mostrar um novo olhar sobre a mesma, a Câmara Municipal de Aveiro e as Juntas de Freguesia de Aradas, Cacia, Esgueira, Glória e Vera Cruz promovem um concurso de fotografia intitulado “A ver a Ria”.
O concurso de fotografia “A ver a Ria” surge no âmbito do programa “Sorria – Jornadas da Ria de Aveiro” que tem como principal objectivo sensibilizar os aveirenses para o património cultural e natural que é necessário proteger, revitalizar e promover – a Ria de Aveiro.
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Leia mais em CMA

Um artigo de António Rego

Os momentos
luminosos
O mundo rola com os seus dramas e progressos, na história que prossegue em cada minuto, indiferente aos tropeços de fundo ou de circunstância que cada tempo propicia. O tempo de Verão, entre nós mais institucionalizado como de férias, origina situações pessoais e sociais de grande complexidade. Teoricamente é um tempo de encontro também para as famílias que passam grande parte do ano distantes dos idosos com a patriótica desculpa que o trabalho está acima de tudo. Essa frase deve ser particularmente irritante para aqueles que levaram uma longa vida de trabalho e, agora, mesmo na circunstância (excepcional) duma reforma desafogada, sentem o acumular da solidão, da aparente inutilidade e da falta de resposta para uma pergunta estimulante em cada dia: o que tenho hoje para fazer? A esperança de vida como que se voltou contra a própria vida ao oferecer tempo de sobra para nada fazer. E se os governos se inquietam a fazer contas com pouca gente jovem a trabalhar para muitos idosos, mais complexa é a teia de sofrimentos oriundos duma vida que parece ter perdido o sentido. E não é fatal que assim seja. As contas da natalidade são, por vezes, mal feitas no mundo com maiores recursos. A perspectiva do que é útil ou inútil padece frequentemente de desfoques imediatistas, esvaziados de perspectiva. E os afectos familiares dissipam-se, quantas vezes, por redundância de objectos que se tornam substitutos de pessoas. Não é fatal que o prolongamento de vida gere a maldição da tristeza e do isolamento. Os momentos luminosos de cada existência projectam-se nos tempos onde parecem imperar as sombras. Não é uma teoria de circunstância dizer que a velhice se prepara com o mesmo empenho e carinho com que se prepara o apogeu da vida. A cena da Transfiguração descrita nos Evangelhos transporta-nos a essa luminosidade transcendente de Jesus que no seu próprio coração e no dos discípulos encontrou sentido para as etapas da morte e da ressurreição. Ninguém entende a sua vida sem a referência aos grandes tempos luminosos da sua existência. E em boa verdade ninguém pode dizer que os não viveu.

Imagens da Ria

Museu de Aveiro:
"Mulheres da região de Aveiro",
aguarela de Alberto de Sousa

Um poema de Sebastião da Gama

NAUFRÁGIO 
Não era por mal… 
A onda que vinha 
não vinha por mal. 

Mas veio, mas veio… 
E logo a barquinha 
partiu pelo meio. 

Nem homens, nem velas. 
– : Quanto a bordo ia, 
com fé abalara, 
morreu já sem ela. 

Mas, se a onda veio, 
não veio por mal: 
era irmã daquela 
que chegou à praia, 
que embala barquinhos 
de meninos pobres. 

Os meninos brincam. 
Navegam em barcos 
feitos de cortiça, 
feitos de jornal. 
Quase à mesma hora, 
longe, os pais naufragam 
sem nenhuma ajuda. 

Mas não é por mal…
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 In "Cabo da Boa Esperança"

Museu Marítimo de Ílhavo celebra aniversário

Homem do Leme, foto de "Faina Maior",
de Francisco Marques e Ana Maria Lopes
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Museu Marítimo com entradas gratuitas hoje ::
O Museu Marítimo de Ílhavo comemora, hoje, o seu 69º aniversário com a inauguração de uma exposição que fará um «Tributo aos Homens que foram para o Bacalhau». Durante o dia de hoje, as entradas são gratuitas, das 10 às 24 horas, como forma de assinalar a data.
O Museu Marítimo de Ílhavo nasceu no dia 8 de Agosto de 1937, começando por assumir uma vocação etnográfica e regional. Constitui o testemunho da forte ligação dos habitantes de desta terra ao mar, e à Ria de Aveiro. Este museu constitui, no edifício que habita deste Outubro de 2001, um belo exemplar da arquitectura moderna em tons de preto e branco.
As comemorações deste 69º aniversário têm início às 18 horas, com a inauguração de uma exposição temporária denominada «Caixa da Memória – Tributo aos Homens que foram ao bacalhau» (instalação e fotografia). Trata-se de um memorial em forma de cubo, onde estão presentes centenas de rostos de protagonistas da «faina maior» (pesca do bacalhau à linha com dóris de um só homem) e respectivos nomes. Esta ideia invulgar, inovadora, e intensa, resultou de um processo de restauro e digitalização do espólio de 20 mil fotografias e fichas de tripulantes de navios bacalhoeiros.
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Leia mais no Diário de Aveiro

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Encontros com a arte

Pintura de Amadeo de Souza-Cardoso
O Caramulo
fica à sua espera
O "EXPRESSO", na sua revista "ACTUAL" desta semana, recomendou encontros com a arte e com a tecnologia, propondo um passeio até ao Caramulo e uma visita ao seu "eclético museu". Diz assim:
"A saída aponta para a N-234 em direcção a Mortágua e ao IP-3. Mas antes, espreite-se a Praia do Curval na Barragem da Aguieira. Depois, em Tondela, procure-se 'Os Três Pipos' para um bom almoço. Por fim, já no Caramulo, o Museu da Fundação Abel de Lacerda fará as honras e a surpresa. Antes de se visitar a colecção de automóveis de todas as épocas - do Peugeot de 1896 ao Lamborghini Miura, passando pelos carros de Salazar -, veja-se o óleo que Picasso ofereceu a este museu, os Vieira da Silva, Amadeo de Souza-Cardoso, um Dali, um Léger, peças de porcelana Ming e outros objectos de igual interesse."

APELO URGENTE DE BENTO XVI

Papa apela a cessar-fogo imediato
no Líbano Bento XVI voltou ontem a fazer um apelo "urgente" para um "cessar-fogo imediato" na "atormentada" região do Médio Oriente e lamentou que "não sejam escutadas as vozes" dos que pedem o fim imediato da violência. O Papa fez este pedido antes da oração dominical tradicional do Angelus, em Castel Gandolfo, a cerca de 30 quilómetros a sul de Roma, onde passa as suas férias estivais. Bento XVI insistiu no facto de ser necessário que todas as partes "dêem a sua contribuição para a construção de uma paz justa e duradoura" na região. "Perante a amarga constatação de que até agora não foram ouvidas as vozes que pediam um imediato cessar-fogo naquela região martirizada, sinto a urgência de renovar nesse sentido o meu premente apelo, pedindo a todos que colaborem efectivamente para a construção de uma paz justa e duradoura", afirmou. Os bombardeamentos israelitas no Líbano fizeram pelo menos mil mortos e mais de três mil feridos em três semanas de guerra. O conflito também já fez quase um milhão de desalojados, dos quais 220 mil deixaram o território libanês. Bento XVI tem feito nos últimos dias vários apelos para incitar à paz no Médio Oriente, o último dos quais no sábado, quando, numa entrevista a duas televisões alemãs e à Rádio Vaticano, insistiu que a guerra não "traz nada de bom, nem mesmo aos vencedores aparentes".
: Fonte: Ecclesia

Imagens da Ria

Gafanha da Nazaré: Seca do bacalhau e navios
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É sempre interessante apreciar fotografias antigas. Elas dão-nos retratos de outros tempos, que nos ajudam a compreender a história e a descobrir as nossas raízes. Cultivem, por isso, este gosto em época de férias ou nas horas vagas, ao serão, com a família. E depois digam-me se é ou não é coisa saborosa.

Festival de Folclore na Praia da Barra

Festa a não perder, no sábado
No próximo dia 12, sábado, vai ter lugar na Praia da Barra o IX Festival Nacional de Folclore "Praia da Barra 2006", integrado nas festas do município "Mar Agosto". A organização é do Grupo Etnográfio da Gafanha da Nazaré e o apoio vem da Câmara Municipal de Ílhavo.
A recepção aos grupos convidados vai ser às 16.30 horas, seguida de uma visita à Casa Gafanhoa, pólo museológico de muito interesse, para se conhecerem os usos e costumes da região. Aí haverá a cerimónia de boas-vindas, com entrega de lembranças.
O festival propriamente dito começa, com desfile, às 21.30 horas.
Os grupos participantes vêm um pouco de todo o País. São eles o Rancho Folclórico "As Lavradeiras da Lixa", o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Pontével (Cartaxo), o Rancho Folclórico de Aldeia Nova (Matosinhos), o Rancho Folclórico da Seroa (Paços de Ferreira), o Rancho Folclórico de Vilar d'Arca (Cinfães) e o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré.
Esta será, sem dúvida, uma festa a não perder, numa noite por certo agradável e, por isso mesmo, convidativa.

O mundo não aprendeu a lição

De piloto de combate
na II Guerra Mundial
a padre Carmelita
61 anos depois dos bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagasaki, O Pe. Peter Hinde lamenta que “o mundo não tenha aprendido a lição” sobre as verdadeiras consequências da guerra.
A história deste Carmelita é muito particular: durante a II Guerra Mundial, serviu a Força Aérea dos EUA como piloto de combate em Okinawa e voou em três missões sobre o Japão. Numa delas passou sobre Nagasaki, apenas três dias após o bombardeamento, e testemunhou a destruição que tinha sido provocada.Logo após o final da Guerra tornou-se religioso Carmelita e foi ordenado em 1952, destacando-se pelo seu trabalho na América Latina.
De passagem por Portugal, onde participa na Conferência carmelita sobre “Justiça e Paz num mundo globalizado”, o Pe. Hinde explica à Agência ECCLESIA que a crise no Médio Oriente “é “alarmante”. “Que poderá haver de mais trágico do que ver Jerusalém – a cidade da paz – no meio desta situação horrenda que dura há anos?”, pergunta.
A presença dos EUA no Iraque é fortemente criticada por este antigo combatente: “atacámos outro país e destruímos grandes cidades, afectando boa parte da população”. Apesar deste cenário, os media norte-americanos preferem “centrar-se na tecnologia dos instrumentos de guerra e não nos danos humanos que são provocados”.
A “alienação” da população, em especial da juventude, é justificado pelo que o Pe. Peter Hinde classifica como “pornografia militar”, tentando seduzir as pessoas com os instrumentos de guerra.
Este Carmelita gostaria que a comunicação social desse mais destaque a “movimentos de paz” que surgem no interior dos próprios exércitos, com militares a recusarem qualquer envolvimento em conflitos que consideram injustos. “Só nos EUA há 8 mil objectores de consciências que se recusam a partir para o Iraque e estão a ser punidos por isso”, relata.
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Fonte: Ecclesia

domingo, 6 de agosto de 2006

Um poema de Alexandre O' Neill

Amigo Mal nos conhecemos Inaugurámos a palavra «amigo». «Amigo» é um sorriso De boca em boca, Um olhar bem limpo, Uma casa, mesmo modesta, que se oferece, Um coração pronto a pulsar Na nossa mão! «Amigo» (recordam-se, vocês aí, Escrupulosos detritos?) «Amigo» é o contrário de inimigo! «Amigo» é o erro corrigido, Não o erro perseguido, explorado, É a verdade partilhada, praticada. «Amigo» é a solidão derrotada! «Amigo» é uma grande tarefa, Um trabalho sem fim, Um espaço útil, um tempo fértil, «Amigo» vai ser, é já uma grande festa! ::
in “No Reino da Dinamarca”

Imagens da Ria

O MAR É SEMPRE ATRACÇÃO

Quer queiramos quer não, o mar é sempre atracção. Mesmo os que não gostam de molhar os pés sabem apreciar a frescura que ele, no Verão, nos oferece. Para além disso, que já não é pouco, o mar proporciona-nos paisagens a perder de vista. Hoje, dia dos mais quentes do ano, vale bem a pena procurar o sabor do mar de mistura com retratos que as nossas retinas fixam para sempre.

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Deus
e fuga do mundo
Os cristãos professam que Deus criou todas as coisas, as visíveis e as invisíveis - este é mesmo o primeiro artigo do Credo. Também dizem acreditar que Deus se fez homem em Jesus Cristo. De tal modo assumiu a humanidade em toda a sua realidade que os fariseus, os escribas e os sacerdotes se escandalizavam, acusando-o de "comer com publicanos e pecadores" e chamando-lhe "glutão e bebedor".
Os cristãos dizem também que no núcleo da sua fé está a ressurreição dos mortos, significando com isso que esperam a salvação da pessoa toda e não a salvação da alma. Essa salvação inclui toda a realidade mundana - esperam "novos céus e nova terra".
Segundo a fé cristã, a salvação não se encontra fora do mundo, mas no mundo - "fora do mundo não há salvação", fórmula do grande teólogo E. Schillebeeckx, que deve substituir a antiga: "Fora da Igreja não há salvação."
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sábado, 5 de agosto de 2006

Do Livro da Sabedoria

Eu supliquei
e a inteligência
me foi dada Eu supliquei e a inteligência me foi dada, invoquei e o Espírito de Sabedoria veio a mim. Eu a preferi a ceptros e tronos, comparando-a considerei a riqueza como nada. Não a equiparei à pedra mais preciosa, pois todo o ouro, a seu lado, é areia apenas e a prata vale tanto como o barro. Amei-a mais que à saúde e à beleza e quis tê-la como luz, pois seu brilho não conhece ocaso. Com ela me vieram por acréscimo todos os bens, em suas mãos havia riquezas incalculáveis. De todas gozei, pois é a Sabedoria quem as traz, eu ainda não sabia, mas ela é a mãe de tudo. Sem maldade aprendi, distribuo sem inveja sua riqueza não escondo: é um tesouro inesgotável para os homens, quem a adquire atrai a amizade de Deus, pois o Dom da instrução os recomenda. : In “Rosa do Mundo”, com tradução de José Tolentino Mendonça

Igreja das Carmelitas sem turistas

Igreja das Carmelitas encerrada ao público
As visitas à Igreja das Carmelitas, na Praça Marquês de Pombal, continuam a não ser possíveis até ser celebrado um protocolo entre a Câmara de Aveiro, Paróquia da Glória, Museu de Aveiro e Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR).O vereador dos Assuntos Culturais, Miguel Capão Filipe, fez saber ao Diário de Aveiro que a Câmara aprovou recentemente o protocolo em reunião. Aguarda neste momento que os restantes parceiros façam o mesmo para todos se sentarem à mesa e rubricarem o documento.
O protocolo incumbe a Câmara de Aveiro de apoiar a paróquia da Glória, nomeadamente ao nível dos recursos humanos necessários à vigilância, e na promoção de acções culturais no edifício. À paróquia caberá a gestão da igreja, vigilância e a utilização eclesiástica. O Museu de Aveiro contribuirá com o seu «know-how» sobre conservação e o IPPAR terá a tarefa de gerir a loja que será futuramente instalada. Miguel Capão Filipe acredita que o protocolo será assinado em breve.
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Um artigo de Francisco Sarsfield Cabral, no DN

O Estado promove o atraso nos pagamentos
O Governo colocou na Net uma curta lista de faltosos em matéria de impostos, alegadamente para suscitar a reprovação pública da evasão fiscal. Soube-se, entretanto, que o Tribunal de Contas juntará ao parecer sobre a Conta Geral do Estado, a publicar em Dezembro, uma lista dos principais credores do Estado. Um passo contra o hábito estatal de dois pesos e duas medidas. Infelizmente, ficarão de fora as dívidas das autarquias e das regiões autónomas.
Com a honrosa excepção do CDS/PP, os atrasos na liquidação de dívidas das entidades públicas raramente são abordados pelos políticos. Sejam eles do Governo (o que, não se justificando, até se percebe), sejam da oposição (o que já se entende menos).
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sexta-feira, 4 de agosto de 2006

FÁTIMA: Peregrinação do Migrante e Refugiado

"Sinal dos
Tempos Novos"
A Peregrinação do Migrante e do Refugiado, em Fátima, a 12 e 13 de Agosto, será presidida por D. Dionisio Lachovicz, responsável da Igreja Greco-Católica pelas Comunidades Ucranianas no Exterior, coadjuvado por D. António Vitalino, bispo de Beja e presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana. Terá como tema: "Sinal de Tempos Novos"
: Veja programa

Folclore na Costa Nova

Costa Nova
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Para uma noite diferente
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Hoje à noite, por volta das 22 horas, vai ter lugar na Costa Nova um espectáculo de Folclore, com organização do Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo. Esta iniciativa está integrada nas Festas do Município, que se prolongam por todo o mês de Agosto. Porque há a garantia de que vamos ter uma bonita noite, sugiro aos meus amigos que não percam esta oportunidades de presenciar, ao vivo, representações etnográficos de várias regiões do país.

Prémio literário para professor da Gafanha da Nazaré

João Alberto Roque vence

"Concurso Conto Infantil

Matilde Rosa Araújo"

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João Alberto Roque conquistou a 5ª edição do “Concurso Literário Nacional – Conto Infantil, Prémio Matilde Rosa Araújo”, organizado pela Câmara Municipal da Trofa.

Natural da Gafanha da Nazaré, o professor de Ciências Naturais da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré foi o vencedor com o conto “Pirilampos e os deveres da Escola”. Uma história fictícia, mas baseada em factos reais. “É inspirada na personalidade do meu filho mais novo e na gata que foi abandonada aqui em casa”, afirma João Roque que, quando apresentou o trabalho, não pensava em ganhar. O concurso contou com a participação de 314 contos infantis. Do júri fizeram parte diferentes personalidades da área da literatura infantil nacional. Os escritores António Torrado Armandina Maia, Matilde Rosa Araújo, Viale Moutinho e o vereador do pelouro da cultura da Câmara da Trofa, António Pontes.

João Alberto Roque sempre gostou de escrever. O prémio acaba por ser uma consequência natural do prazer da escrita, mesmo tratando-se de um professor de uma área distinta das letras. “A minha escrita é muito simples e quando se tem quatro filhos acaba-se sempre por escrever contos infantis”, acrescenta.

João Alberto Roque espera, agora, que seja possível editar o conto infantil. A Câmara Municipal da Trofa está a desenvolver esforços nesse sentido. “Seria muito bom”, confessa. Fonte: Rádio Terra Nova

Um artigo de Maria José Nogueira Pinto, no DN

A casa
O Governo apresentou um conjunto de medidas de política social de habitação. Sem prejuízo de uma avaliação mais substantiva da coerência intrínseca deste pacote e, sobretudo, do respectivo modelo de operacional, a oportunidade de dar um novo rumo à habitação social, em Portugal, é inquestionável.
Desde logo porque a recente aprovação da lei do arrendamento urbano obriga a relançar o mercado de arrendamento e a criar um mercado de reabilitação urbana, versus um mercado quase exclusivamente vocacionado para a construção. E tal como então disse e escrevi, considerando a elevada degradação atingida pelo parque habitacional nos grandes centros urbanos, torna-se igualmente necessário um quadro coerente de incentivos e de financiamento público para alavancar uma operação gigantesca na sua dimensão e nos seus custos.
Pensando na cidade de Lisboa, porta de entrada do País e ponto de destino de múltiplos movimentos migratórios, internos e externos, com um tecido urbano gerador de mecanismos de exclusão e segregação, com uma elevada percentagem de população sem rendimentos do trabalho ou de qualquer actividade económica, muitos senhorios pobres e inquilinos paupérrimos e uma demografia desalentadora e perigosa, sabemos que só a concertação criteriosa de recursos e instrumentos permitirá a reabilitação progressiva da cidade e um novo equilíbrio populacional assente numa saudável mistura de residentes.
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quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Um artigo de D. António Marcelino

TEMPO DE FÉRIAS
O tempo de férias é tempo propício para refazer o nosso interior, mais desgastado que o nosso corpo. Tempo no qual, tanto a palavra como o silêncio são chamados a ser luz, riqueza, sentido, eloquência serena, repouso activo, comunicação profunda. Quem vive a vida com sentido, também se desgasta, mas sabe como recompor-se.
As férias são um ansiado porto de abrigo para a barca frágil que nós somos, todos os dias batida por fúrias e ventos sem controle, que nos ferem e fustigam. Fazer das férias tempo de maior cansaço, da alienação que já vem de trás, de um atordoamento procurado, é ter menos respeito pela sua vida e menos capacidade para a viver, com qualidade e dignidade. Respigo do último livro de Susanna Tamaro “Cada palavra é uma semente”(2004), alguns pensamentos enriquecedores que podem sempre ajudar quem ainda pensa. “Sem a ideia de redenção, a História transforma-se numa arena onde os vencedores passam a vida a amontoar os corpos dos vencidos, na brincadeira de um cachorro que confunde a sua cauda com uma presa e a persegue, rodando sobre si mesmo, cada vez mais excitado, cada vez mais feroz, até ficar exausto.” “Sem a ideia de redenção, a vida dos seres humanos não é muito diferente da de excursionistas surpreendidos pelo nevoeiro. Por que estrada viemos? Para onde vamos? Ninguém tem bússola, avança-se às cegas, voltando sempre pelo mesmo caminho e, por isso, quando a morte chegar, teremos gasto as solas dos sapatos, parados no mesmo sítio.” “Um céu vazio, o céu da chamada liberdade, da emancipação, transforma-se assim num céu grávido; gera ídolos com a mesma frequência generosa com que os afídeos põem ovos. Há o ídolo do progresso, da tecnologia, da religião, da propriedade, do domínio, das ideologias, da imortalidade e, depois, há os ídolos mais pequenos, os modestos totens pessoais que fabricamos dia após dia, para conseguirmos sobreviver.” “O pecado do nosso tempo e de todos os tempos não é o mal, mas a idolatria. É ela que leva o homem a andar à deriva e transforma a história da Terra numa corrida desenfreada, rumo à aniquilação.” “A ausência do silêncio e o palavreado constante fizeram-nos esquecer o poder e o mistério que se escondem na profundidade da palavra.”. “Cada palavra é uma semente e o campo onde medra é o coração do homem.” “Todas as criaturas vivas são capazes de reconhecer a beleza, a harmonia e essa percepção transforma-se espontaneamente em alegria, dança, produção de vida.” “Se tenho de pensar num factor unificador da nossa época, é justamente o alarido. O silêncio morreu e, ao desaparecer, arrastou consigo tudo o que constitui a base do ser humano.” “A beleza só poderá mudar o mundo se os homens conseguirem voltar a vê-la. Mas, para a verem, terão de percorrer o caminho que transforma o coração de pedra em coração de carne, o caminho que elimina a opacidade do olhar, tornando-o vivo e constantemente aberto ao espanto. Esse caminho que permite que os ouvidos se ponham à escuta, rejeitem o ruído e acolham o silêncio. Acolher e esperar. Esperar com paciência que o silêncio fale como murmúrio de uma leve brisa.” Cada palavra faz ir mais longe, até onde o silêncio é palavra. A contemplação do mar, do nascer ou do pôr do sol, da brincadeira alegre de uma criança à beira- mar, dos pais embevecidos com as repetidas gracinhas do bebé, tudo enriquece quem está atento e sabe observar, purificando assim a mente e o coração da poluição acumulada nos dias da normalidade e da corrida apressada. São para isto as férias, para purificar a vida.

Provedores da RTP e da RDP esperam por nós

As nossas críticas

e sugestões

vão ser muito importantes

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Os provedores da RTP e da RDP, Paquete de Oliveira e José Nuno Martins, respectivamente, já estão à espera das nossas sugestões e das nossas críticas. Penso que esta medida governamental foi muito oportuna, esperando-se agora que os portugueses não fiquem indiferentes. É preciso participar em tudo o que diz respeito à nossa sociedade, numa perspectiva de progresso sadio.

Tenho visto que muitos de nós temos o hábito de criticar sobretudo alguns programas televisivos, acusando os seus autores e responsáveis. É um direito que nos assiste, mas não podemos, nem devemos, ficar por aqui, pela contestação inconsequente à mesa do café ou em privado. A intervenção cívica tem de bater às portas certas para trazer benefícios para todos.

Quando houver razões para falar, não podemos ficar calados nem alheios ao mundo que nos envolve, aceitando tudo o que alguns tentam impingir-nos. Neste caso, se acharmos que algo é contrário ao bem comum, devemos intervir, com delicadeza mas com firmeza, para que o “lixo” que nos impõem, por vezes, seja erradicado da RTP e da RDP, meios de comunicação social pagos pelo dinheiro dos contribuintes.

Queremos que os programas, televisivos e radiofónicos, possam ser vistos e ouvidos por todas as famílias portuguesas, tendo em conta o bem de todos, isto é, que contribuam para a formação integral das pessoas, tendo por base princípios e valores que têm enformado a nossa sociedade.

As críticas e sugestões podem ser remetidas por fax, carta ou via on-line.

Fernando Martins

Quadros da Ria de Aveiro

"Aveiro, cidade de água, sal, argila e luz"
Aveiro é isso mesmo no dizer de Manuel Ferreira Rodrigues em livro que merece ser lido nas férias e não só. O autor, docente universitário e historiador, oferce-nos, com pinceladas expressivas e bem escolhidas, imagens de Aveiro dos nossos dias e de tempos idos. A edição, bilingue (Português e Inglês), é da Câmara Municipal de Aveiro e dirige-se a todos os que apostam em conhecer a região marcada pela Ria, sejam nacionais ou estrangeiros. Logo a abrir, em jeito de convite poético, pode ler-se um excerto bastante conhecido de D. João Evangelista de Lima Vidal, primeiro bispo da restaurada diocese de Aveiro, em que sublinha: "Nós, os de Aveiro, somos feitos, dos pés à cabeça, de Ria. De barcos de remos, de redes, de velas, de montinhos de sal e areia, até de naufrágios. Se nos abrissem o peito, encontrariam lá dentro um barquinho à vela, ou então uma bóia ou fateixa, ou então a Senhora dos Navegantes." Aqui fica, portanto, o convite para que leiam, nestas férias, o livro que hoje recomendo. Fernando Martins

Artesanato e gastronomia em Aveiro

FARAV
com fortes atractivos
No próximo sábado, 5 de Agosto, pelas 15 horas, no Parque de Exposições de Aveiro, será inaugurada a Farav 2006 – XXVII Feira de Artesanato da Região de Aveiro; XIX Mostra Regional e Internacional de Artesanato e I Mostra Nacional de Gastronomia Regional.
A Farav vai decorrer até 13 de Agosto. O horário de visita é, de segunda a sexta-feira, das 17 às 24 horas, e aos sábados e domingos, das 15 às 24 horas. A entrada é 1,5 euros.
Organizado pela Câmara Municipal de Aveiro, Aveiro-Expo – Parque de Exposições de Aveiro, Região de Turismo da Rota da Luz, Instituto de Emprego e Formação Profissional de Aveiro e Associação de Artesãos da Região de Aveiro - A Barrica, este certame vai contar com a participação de 70 artesãos a trabalhar ao vivo, diversas Câmaras Municipais, entidades e associações, e 14 representações estrangeiras.
No recinto, entre os dois pavilhões, foi criada uma zona de Tasquinhas Regionais, que vai contar com dez standes e respectivas esplanadas. Na área do recinto exterior vai decorrer a I Mostra Nacional de Gastronomia Regional, em que vão participar 13 restaurantes representativos da gastronomia regional que existe em todo o país, nomeadamente, da região de Aveiro, Verde Minho, Algarve, Évora, entre outras. A Feira de Artesanato da Região de Aveiro e Mostra Nacional e Internacional de Artesanato acontece todos os anos no mês de Agosto e constitui, na actualidade, uma das maiores e melhores iniciativas culturais do género. A importância crescente que esta feira tem revelado é directamente proporcional ao papel específico que o artesanato tem vindo a alcançar na sociedade e no tecido económico.
Em simultâneo, vai decorrer a Mostra Nacional de Gastronomia Regional, organizada pela Região de Turismo Rota da Luz, que vai apresentar os concelhos integrantes no distrito de Aveiro. : Fonte: “Site” da CMA

Voluntariado

Voluntariado,
um contributo cívico
O voluntariado assume dimen-são na sociedade actual, princi-palmente em tempo de férias, altura de maior disponibilidade. Não é, no entanto, uma acção nova ou temporal mas reveste-se actualmente de grande dimensão social, e aparece de uma forma mais estruturada na sociedade, como reflecte Eugénio da Fonseca, Presidente da Comissão Instaladora da Confederação Portuguesa do Voluntariado, no “Espaço Solidário”, periódico da Obra Diocesana de Promoção Social. “A acção desenvolvida pelo voluntariado permite descobrir, na sociedade, a existência de vidas humanas que necessitam e merecem ser tidas em conta, teimando contrariar a linguagem utilitarista e individualista da nossa cultura.” O voluntariado é um contributo cívico e chama a atenção para a misericórdia, generosidade e gratuidade mas “este apelo não pode esquecer a justiça e as suas mediações nem deixar de operar transformações estruturais positivas que dão credibilidade aos voluntários e às instituições”. É necessário que se aposte numa formação que dê bases para uma continuidade voluntária que motive e suscite nos mais novos “um compromisso de serviço desinteressado aos outros”, salienta Eugénio da Fonseca. Reconhecer o voluntariado “é um sinal de esperança” salienta o Presidente da Cáritas Portuguesa. É necessário, pois continuar apostar em acções de voluntariado e “que ninguém se sinta dispensado desta missão”. O Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado disponibiliza informações em www.voluntariado.pt
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Foto: Eugénio da Fonseca
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Fonte: Ecclesia

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Nova contagem

Com a opção por novo grafismo, perdi, sem saber como, o contador que me acompanhava desde a primeira hora. Hoje, portanto, recomeçou o registo do número de visitantes. Os mais de 32 mil, registados até há dias, ficaram para a história, com esta nota.
Saudações para todos.
Fernando Martins

Um trabalho de férias

AUGUSTO MARQUES, PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA E DA CASA DO POVO DE QUIAIOS

Augusto Marques escuta recado da utente Ricardina

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Cargos políticos e sociais

são complementares

Quiaios tem data de baptismo do ano 897 da era cristã, mas o seu nascimento foi muito antes. Hoje é uma freguesia do concelho da Figueira da Foz, com 4500 habitantes. Na época estival, porém, a população duplica, graças à tranquilidade da sua praia e às condições de alojamento que oferece. Terra simpática, como é, mostra ao visitante sinais da sua antiguidade e importância social. E para ajudar nos problemas mais candentes da população residente tem uma instituição dinâmica – Casa do Povo de Quiaios –, fundada em 1973, essencialmente para apoiar os trabalhadores rurais. Como IPSS, estatuto que adquiriu em 1991, assumiu outros serviços, mais vocacionados para a família, mas não ficou por aí. Para conhecermos melhor o que faz e o que pretende fazer, o SOLIDARIEDADE foi ouvir o seu presidente Augusto Marques, que o é há nove anos, sendo também presidente da Junta de Freguesia, em segundo mandato.

Fernando Martins

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Leia a reportagem em SOLIDARIEDADE

Férias diferentes

Experiências de missão

em tempo de férias

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. Os campos de férias são trabalhos missionários em que diversos movimentos juvenis apostam, agora em tempo de descanso escolar e de trabalho. É uma forma de trabalhar em Igreja, habitualmente circunscrito às paróquias, mas que ganha grande dimensão em tempo de Verão.

Susana Canhoto, da Juventude Hospitaleira, explicou ao programa Ecclesia como surgiu a necessidade de no movimento a que pertence “não perder o rasto destes jovens durante todo o ano. A Juventude Hospitaleira que teve o seu início em 1988, e conta com jovens entre os 13 e os 30. Apostamos numa forma de sensibilizar a juventude para uma solidariedade comprometida e estamos ligados aos irmãos e irmãs que trabalham com doentes e deficientes mentais.” Estes jovens disponibilizam-se durante 10 dias no Verão, para partir e ir ao encontro de uma comunidade que lhes é estranha, mas que os acolhe para o trabalho missionário, especificamente com doente mentais, mas não só.

Os Jovens sem Fronteiras, outro movimento que aposta nos campos de férias, são um ramo mais novo da congregação dos missionários do Espirito Santo. Marta Vilas Boas explica que “é um movimento que conta com 23 anos de história e tem por objectivo viver o ideal missionário e aprofundar a solidariedade e fraternidade universal”. Trabalham em Portugal mas também além fronteiras com acções de voluntariado. Nos campos de férias trabalham com idosos e com crianças desfavorecidas em diversas iniciativas.

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Um texto de Luísa Silveira, para ler na Ecclesia

Um artigo de António Rego

«A guerra começa sempre no coração»
A PACIFICAÇÃO
E quando acontece a guerra redobra em nós o desejo da paz. A menos que nos possuam momentos delirantes em que uma fúria justiceira de ataque ou defesa, surja, cegamente, como impulso irrefreável, ainda que diabólico. A nível individual pode ter consequências muito graves. A nível social, político ou religioso, pode converter-se em avalanche, de efeitos catastróficos em cadeia para o presente e para o futuro. Assim se faz a guerra. Guerra, conflito ou choque são sempre semente de fogo lançada do coração, que se não sabe como crescerá nem quando será extinta. A soma das duas lógicas – inimigo contra inimigo – reúne todos os dados para uma ferida sem cura à vista durante séculos ou milénios. Basta reparar na história. Por isso nenhuma guerra perdura apenas durante o tempo real do conflito directo. Alastra-se como lava incandescente em direcções imprevisíveis e com efeitos incontroláveis. A guerra começa sempre no coração. Nem vislumbramos o bem que fazemos a nós mesmos e à humanidade quando conseguimos percorrer a longa estrada da reconciliação, não apenas com os outros mas também connosco. É a experiência da serenidade, do diálogo reencontrado, do silêncio sem violência, da pacificação sem injustiçados. Alguém lembrou “o martírio da paciência” como pista principal para o diálogo e reconciliação. E se nos tempos de paz nem sempre se entende essa evidência, em tempo de guerra ganha uma urgência que se antepõe ao pão para a boca. Jesus disse: Bem-aventurados os construtores da paz.

terça-feira, 1 de agosto de 2006

Bispo de Aveiro nas praias e termas

Encontros de Verão nas praias e termas
da diocese O Bispo de Aveiro, D. António Marcelino, vai, durante o mês de Agosto, continuar a tradição da visita às praias e estâncias termais da zona diocesana, presidindo às celebrações dominicais e orientando em todas um encontro de reflexão e debate. Estas visitas realizar-se-ão de harmonia com o seguinte programa:
- Torreira, celebrações, dias 5 e 6 de Agosto; e encontro, dia 9;
- Praia da Barra, celebrações, dias 12 e 13 de Agosto; e encontro, dia 16;
- Costa Nova, celebrações, dias 12 e 13 de Agosto; e encontro dia 17;
- Termas da Cúria, celebração, dia 15 de Agosto; e encontro dia 10;
- Praia da Vagueira, celebração, dia 19 de Agosto; e encontro dia 22;
- S. Jacinto, celebração e encontro, dia 20 de Agosto.
Nas Termas do Vale da Mó (Moita - Anadia), se se justificar e houver condições, far-se-á este ano o primeiro encontro, em data a combinar.
O tema dos encontros será, neste verão, "O 'religioso' e o 'sagrado', ainda actuais, suscitam algum interesse?"

Arte em Aveiro

Bienal Internacional
de Arte Contemporânea
Aveiro também vai ter a sua I Bienal Internacional de Arte Contemporânea, entre 11 de Novembro e 30 de Dezembro, com organização da Câmara Municipal de Aveiro e da associação de artistas AveiroArte. Trata-se de uma iniciativa que não deixará de alcançar grande expressão cultural, tanto em Aveiro como no próprio País. A Bienal, que servirá, sem dúvida, de estímulo à criação artística, vai abranger pintura, fotografia, desenho, gravura e escultura, havendo um prémio, denominado Prémio Aveiro, no valor de dez mil euros. A obra premiada ficará a pertencer ao espólio artístico da autarquia aveirense. Os interessados em participar nesta I Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Aveiro podem inscrever-se na Câmara Municipal.

Quadros da Ria de Aveiro

Palheiro de José Estêvão, na Costa Nova
(Foto publicada em "Imagens do Portugal Queirosiano",
com data de 1976)

José Estêvão, a esposa e seu filho Luís (Foto publicada no livro "José Estêvão - Estudo e Colectânea", com data de 1962)

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DESTES OCASOS D'OIRO
E DESTE CERÚLEO MAR
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Destes ocasos d’oiro e deste cerúleo mar, Desta mesma risonha e plácida paisagem, Quantas vezes, meu Pai, a luminosa imagem Se reflectiu no teu embevecido olhar! Era aqui, nesta paz, que vinhas descansar, Refazer, para a luta, as forças e a coragem, Vendo a planície verde ao fundo e, sob a aragem, Brancas, no azul da Ria, as velas deslizar… Por isso o coração aqui me prende assim! E, da saudade, quando, ao remorder acerbo, Tua figura evoco e ressuscito em mim, Vejo-te errar na praia – emocionante engano! – Buscando a inspiração do teu ardente verbo No esplendor do Infinito e o tumultuar do Oceano!

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Soneto de Luís de Magalhães,

filho de José Estêvão Coelho de Magalhães,

em que evoca a Costa Nova e o seu próprio pai

: In “José Estêvão – Estudo e Colectânea”

Um artigo de Alexandre Cruz

Pequenos, mas grandes vedetas!
“(A)pareço,
logo existo”
1. Nos nossos dias a televisão é uma autêntica produtora de vedetas. São dia-a-dia, também com a ajuda das praias dos veraneantes, criados e fomentados heróis cujo sonho é aparecer na novela. Sejam “morangos”, com ou sem açúcar, mas com floribelas à mistura, tudo foi pensado, criado, idealizado para criar hábito, estilo, moda. Se formos a ver e analisar o fenómeno destas novelas de concorrência que criou moda em Portugal, a certa altura apercebemo-nos de que o segredo está em trazer e consagrar a “realidade”, viva (nos “morangos”) ou sonhada (na “floribela”) para o ecrã da televisão. Nesta forma hábil e implacável de captação pela proximidade estará todo um mundo de contextos sociológicos, de vontades pessoais que se projectam, e de vedetas, heróis, que se criam simplesmente por aparecerem e dizerem uma “coisas” que, porventura, todos os dias se dizem, com calão à mistura, por aí. Na táctica do descomplicar para atrair, toda uma geração de gente nova do nosso país, mais coisa menos coisa, se revê no seu herói, se projecta nesse ideal que é tão banal quanto próximo, mas que existe e fala “como nós”…e assim sendo, pensará o adolescente, estamos a um passo de lá ir, de aparecer, de também “ser herói”. Tudo tão simples, tão prático, nem é preciso fazer nada de especial… Para a vedeta heróica bastará “aparecer”, mostrar a imagem e o “bronze”, o que é bem melhor que estudar!... 2. Este império das vedetas construídas na “banalidade” está aí, é irrefutável! Só nas consequências em futuro próximo se perceberá totalmente a grandeza desta ilusão colectiva da “malta” nova. E depois, quando acabar a novela? E quando se descer à realidade e todo esse castelo se desmoronar pela “fama” que, afinal, não existe? Se pensarmos que muitas vezes até as pessoas adultas (artistas, desportistas, “jet set”!) que atingem certo patamar de visibilidade e fama, se até estas pessoas, quer fartas da perseguição da imprensa cor-de-rosa quer pelo fim do próprio protagonismo e visibilidade, não aguentam o “choque” da realidade caindo no vazio… Então com crianças e adolescentes, como será?!... Quem não se lembra do famoso “caso Zé Maria”, o herói das galinhas do primeiro Big Brother, que de fama e dinheiro abundante desceu até à miséria do “abismo” da tentativa de suicídio. Por muito que se diga que as crianças e os adolescentes que aparecem na “novela” estão preparados para tudo, a verdade é que não estão preparados para nada disto; são pessoas em construção de sua identidade, personalidade, ideias, esperanças, projectos de vida. Com toda a liberdade realista fará sentido perguntar: quem pagará a factura de sua possível desorientação de vida, ansiedades, possível dificuldade em conviver com o “mundo real” onde não há heróis? O canal de televisão ou a produtora pagarão a despesa do médico, psicólogo,…?!... 3. Dizem-nos, habitualmente, que até uma certa idade é proibido trabalhar, e até em interpretações mais radicais não será permitido à criança começar a ajudar em casa, a lavar a loiça, limpar, aspirar, por a mesa, regar o jardim! E até assistimos a “processos-crime” atribuídos a instituições que acolhem crianças abandonadas por seus pais porque são iniciadas no realista mundo do trabalho, onde há esforço, de forma progressiva… Afinal, o que se passa com este mundo do espectáculo televisivo? Crianças em novelas e filmagens (tarefa muitíssimo exigente) não será trabalho infantil? Pertencerão ao mesmo país as normativas que de um lado proíbem e do outro permitem com visibilidade espectacular o duro trabalho de crianças na TV? O que e passa que por trás de tudo isto, fazendo dando às produtoras de televisão toda a isenção? O trabalho de crianças em novelas é ou não é trabalho infantil?!... 4. Grandes conseguem ser os pais e as famílias que, no máximo esforço da vida de cada dia para estarem sempre presentes, procuram transmitir aos “seus” os verdadeiros valores, ajudando a “pensar” e a dar valor de forma proporcionada. Como é natural, e este também é um tempo especial para quem tem essa oportunidade, dando lugar em férias ao entretenimento saudável que retempere as forças, a energia, a esperança, o ânimo fundamental (mesmo nas circunstâncias mais complicadas da vida, esta bem exigente que não é uma novela fictícia)… Depois de tudo, uma coisa é certa, e aponta o caminho do verdadeiro bronzeado a seguir: partindo do célebre pensamento grego “mente sã em corpo são”, talvez seja, a bem de todos os futuros, de dar mais “espaço” e valor ao “bronze da mente”! Afinal, a verdadeira grandeza, e o único caminho da verdadeira construção que não cai, mesmo com o “sonho”, reside no que se “é” e não no que se quer mostrar ou parecer ser! O filósofo, no seu tempo, apostava na palavra certeira ao dizer: “penso, logo existo!” E não, como em algumas modas actuais: “apareço…pareço, logo existo!” (Esquecendo o “pensar”, estaremos a regredir no tempo em termos de Humanidade?!...)

Visita às Dunas de São Jacinto

No dia 5 de Agosto, vai realizar-se mais uma visita guiada às Dunas de São Jacinto, acompanhada por biólogas da HERA-avpp. Esta actividade enquadra-se no projecto "Bandeira Azul" da Câmara Municipal de Aveiro.
As inscrições, obrigatórias, têm de ser feitas até 3 de Agosto, pelo Telm 969 145 152.
Programa:
15h25: Encontro dos participantes em frente da estação da CP, em Aveiro. 15h35: Partida para a Reserva natural de S. Jacinto. 16h25: Visita Guiada 18h45: Fim das actividades e regresso. A visita é gratuita, sendo o preço das deslocações (Autocarro, lancha: Aveiro-S.Jacinto / S. Jacinto-Aveiro) a cargo dos participantes.