domingo, 23 de julho de 2006
Representações do sagrado e conflito de liberdades - 3
Uma opção corajosa
sexta-feira, 21 de julho de 2006
Um artigo de D. António Marcelino
Um artigo de Tiago Mendes, no Diário Económico
Imagens da Ria
Representações do sagrado e conflito de liberdades - 2
quinta-feira, 20 de julho de 2006
Quadros da Ria de Aveiro
Os quadros da Ria de Aveiro que aqui deixo são um desafio aos meus leitores para que visitem a laguna aveirense. Mas também um apelo para que a apreciem com olhos de ver. Hoje ofereço o olhar e a arte muito própria do artista Zé Penicheiro.
Citação
Um artigo de Alexandre Cruz
Procriação Medicamente Assistida
CARTA ÀS INSTITUIÇÕES DO PRESIDENTE DA CNIS
quarta-feira, 19 de julho de 2006
Um artista ilhavense
Textos ensanguentados
Textos
ensanguentados
como feridas
Gralhas
ensanguentadas
Textos
gelados
como árvores
no Inverno
Textos
como árvores
cortadas
aos bocados
Textos
como lenha
Textos
como linho
Textos
brancos
como a noite
Textos
brancos
como a neve
Textos
sagrados
Textos
bifurcados
como ramos
Textos
unos
como troncos
In “Sur la croix”
Um artigo de Daniel Serrão
Férias do Papa
Um artigo de António Rego
terça-feira, 18 de julho de 2006
Um artigo de João Carlos Espada, no EXPRESSO
Representações do sagrado e conflito de Liberdades - 1
Representações do sagrado
e liberdade de expressão
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A recente polémica em torno das caricaturas de Maomé voltou a colocar ao Ocidente uma dúvida sempre delicada: numa sociedade laica, como conciliar a total liberdade de expressão com o total respeito pelo sagrado? Ou de uma forma mais crua: em democracia, a religião pode impor limites à liberdade? A resposta da maioria dos dirigentes políticos e religiosos ocidentais, independentemente de crenças ou descrenças, foi apelar ao bom senso. Mas esta resposta a nada responde, porque o bom senso não se legisla nem se decreta. E a experiência demonstra que é suficientemente elástico para que alguns, em seu nome, concedam ao Islão uma reverência que nunca teriam pelo Cristianismo. Significa isto que o único direito verdadeiramente democrático seja (assim chegou a dizer-se entre nós) o “direito à blasfémia”? De modo nenhum. Em certo sentido, a blasfémia é também um atentado à liberdade dos crentes, como o é um insulto racista para as pessoas de cor ou uma piada anti-semita para os judeus. Nos três casos, ataca-se a legítima “exigência de reconhecimento” de uma comunidade, para usar o conceito do filósofo canadiano Charles Taylor que fundamenta a sua defesa do multiculturalismo. Será possível, então, arbitrar um tão radical conflito de direitos? Não. Como muitos outros conflitos de direitos, também este é irresolúvel. Onde há qualquer forma de representação do sagrado, e ao longo da história nenhuma cultura ignorou o fenómeno religioso, existe a possibilidade dialéctica de blasfemar. Uma cultura que jamais desrespeitasse os símbolos do sagrado, hipótese meramente académica, seria talvez uma cultura sem símbolos do sagrado. A blasfémia é a outra face do sagrado. E a outra face, diz o Evangelho, torna-se por vezes objecto de violência. Na verdade, quase podemos distinguir as sociedades pela forma - muito variável e sempre objecto de compromisso - como regulam essa violência. Mesmo na Europa medieval, onde o Cristianismo tinha um peso maioritário, a inquisição convivia com a mais desbragada sátira anticlerical. Será a apropriação dos tribunais de consciência pelos Estados (primeiro os católicos e depois os protestantes) a mudar as coisas. Colocando ao serviço da unidade religiosa os cada vez maiores recursos das burocracias nacionais, a modernidade vai tentar resolver definitivamente a tensão entre liberdade individual e fé colectiva. Em vão. Porque, ao mesmo tempo, o Ocidente seculariza-se profundamente, conhecendo aquilo a que Max Weber chamou “o desencantamento do mundo”. O que não ajuda a resolver o dilema, muito pelo contrário. A perda do sentido religioso na nossa civilização, em contraste com o mundo islâmico, leva a que o caso das caricaturas seja visto sob uma óptica muito diferente dos dois lados do Mediterrâneo. Para o Islão, que não permite a representação de Alá e Maomé excepto pela palavra, as caricaturas são uma ofensa gravíssima. Para o Ocidente, que há dois mil anos representa Deus sob os traços de um crucificado ou de uma criança, as caricaturas são um mal menor. Não quer dizer que nós tenhamos razão e eles não. Mas, se hoje os crentes são obrigados a tolerar um certo desrespeito pelos seus símbolos mais sagrados, isso deve-se a uma consciência em certos aspectos mais viva da liberdade por parte dos não crentes. Uma liberdade que os cristãos apenas têm de pedir também para si. Pedro Picoito Historiador, ISEC
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In "Observatório da cultura"
Barco Moliceiro candidato a Património da Humanidade
segunda-feira, 17 de julho de 2006
FAROL DA BARRA DE AVEIRO
Foco luminoso, eléctrico, foi montado há 70 anos