sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

O CANCRO DA IGREJA



Anselmo Borges 

1. "O Papa Francisco é hoje um dos homens mais odiados no mundo." Esta afirmação recente pertence a Andrew Brown, no The Guardian, que acrescenta: "E quem mais o odeia não são ateus, protestantes ou muçulmanos, mas alguns dos seus próprios seguidores."
Pessoalmente, não sei se trata mesmo de ódio, mas tenho a convicção firme de que Francisco tem na Igreja muitos opositores e inimigos, furiosos por causa das reformas que está a operar e por verem os seus interesses, incluindo o clericalismo e o carreirismo, ameaçados. Sobretudo na Cúria Romana, que, como já aqui escrevi, quando se olha de modo atento para a história, foi fazendo mais ateus do que Marx, Nietzsche e Freud juntos.
Mas, por outro lado, Francisco é hoje um dos líderes mundiais mais estimados, amados e influentes do mundo. A simplicidade e a humildade, a simpatia e o afecto, reais e genuínos, que manifesta pelas pessoas, a começar pelos mais débeis, fragilizados, abandonados, o seu amor pelas periferias geográficas e existenciais, tornaram-no uma figura popular em toda a parte.

VALDEMAR AVEIRO, O COMANDANTE DE HOMENS

Entrevista conduzida por Lúcia Crespo



«Tem 83 anos, nasceu em Ílhavo, terra de gente com salitre no sangue. Aos 16 anos, Valdemar Aveiro partiu para os mares da Terra Nova a bordo do Viriato, navio de pesca à linha. Era então moço de câmara. Estreou-se como capitão no Santa Joana, o primeiro arrastão português. Deixou o mar em 1988, mas continua ligado à pesca. “Tenho uma actividade que faz inveja a muita gente”, graceja.»

«"Ó menina, tenho uma maldição muito rara, que é pôr-me na pele dos outros." A frase sai-lhe assim, dorida e espontânea, como acontece com os homens grandes. Valdemar Aveiro tem 83 anos e é um dos capitães dos bacalhoeiros portugueses que andaram pelos mares do fim do mundo. Nasceu em Ílhavo, embarcou com 16 anos para a Terra Nova a bordo do Viriato, um navio de pesca à linha. Era então moço de câmara. Foi escalando na hierarquia de bordo e fez a sua estreia como capitão no Santa Joana, o primeiro arrastão em Portugal. Foi depois convidado para comandar o navio mais moderno de então, o Coimbra. Valdemar Aveiro correu o mundo como comandante de navios. E de homens.»

Li em negócios 

NOTA: Texto e foto do jornal NEGÓCIOS

FESTA DA EPIFANIA DO SENHOR



A ESTRELA QUE NOS GUIA PARA JESUS

Georgino Rocha


A estrela dos Sábios do Oriente que procuram Jesus, recém-nascido, surge como o grande referencial para quem deseja encontrar a verdade. Procura porque o seu espírito a intui e a vê partilhada por outros. Procura porque reconhece os sinais da novidade que vão surgindo um pouco por toda a parte e quer captá-los e entrar em sintonia. Procura porque sente o impulso de uma secreta esperança que anima os caminhos da vida.
Jesus, o procurado, irradia a sua luz a partir da encarnação, fazendo-se humano. Constitui assim um novo espaço de encontro com toda a humanidade: homens e mulheres, povos e raças, judeus e pagãos, novos e velhos, camponeses e citadinos. Hoje é o dia do encontro oferecido por Deus na gruta de Belém, aonde chegam os Sábios Reis vindos do Oriente, após terem feito um percurso que fica como iluminação de todos os que se dispõem a ser cristãos discípulos de Jesus, a Estrela por excelência. E a liturgia da Igreja destaca este encontro como meta de convergência do tempo de Natal que manifesta novos horizontes: A Belém acorrem os pastores; ao Templo, o velho Simeão e a profetisa Ana, símbolos queridos dos fiéis judeus; a Jerusalém se dirigem, rumo a Belém, os Sábios Reis. (Mt 2, 1-12).

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

“DESCOBRIR AVEIRO”

De Suzana Caldeira (textos) 
e Suzana Nobre (ilustrações)


«Com textos de Suzana Caldeira e ilustrações de Suzana Nobre, este livro partilha sítios e pormenores da cidade de Aveiro que de outro modo poderiam passar despercebidos. Focado no Bairro da Beira-Mar este é o número 1 da recém-criada coleção: “Descobrir Aveiro”, em que cada livro tratará um Bairro ou Temática especifica do distrito de Aveiro.
É um projeto de autoedição, em que as autoras assumiram todas as etapas do projeto criativo e assumindo sós todo o custo e risco de edição.
Este livro é dedicado à cidade de Aveiro: leve, ilustrado e de fácil leitura fala da cidade, do seu património, da cultura e das tradições, desenvolvido por duas pessoas não naturais de Aveiro, que se apaixonaram pela cidade.
O prefácio é de José Carlos Mota, docente no Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro que descreve o livro como “um trabalho de enorme qualidade a merecer louvor e apoio”.»

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ANIVERSÁRIO DO AQUÁRIO DOS BACALHAUS


O Aquário dos Bacalhaus do Museu Marítimo de Ílhavo, que se tornou num dos maiores atrativos do museu, celebra o seu 5.º aniversário no próximo dia 13 deste mês. As comemorações são sobretudo dedicadas à família, com dois momentos de puro deleite que permitirão, por um lado, experimentar a tranquilidade e a beleza do Aquário dos Bacalhaus e, por outro lado, conhecer mais acerca do silencioso mundo destes habitantes das águas geladas do Atlântico Norte.
De manhã, a partir das 10h, o Aquário ficará reservado a uma aula de Yoga para pais e filhos; à tarde, às 15h30, realiza-se uma visita especial que permitirá escutar o silêncio do fundo do mar. Durante este dia as visitas ao Museu Marítimo de Ílhavo são gratuitas, entre as 10 e as 18h
As inscrições para ambas as ações podem realizar-se até 11 de janeiro por telefone (234 329 990) ou por email (visitas.mmi@cm-ilhavo.pt).

Fonte: CMI, MMI

UA ASSINALA O SEU 44.º ANIVERSÁRIO

Entrevista com o Reitor Manuel António Assunção


"Temos uma Universidade reconhecida e líder em várias áreas"

«Numa altura em que a UA assinala o seu 44.º Aniversário, o Reitor Manuel António Assunção destaca os grandes marcos de uma instituição que considera ser hoje líder em várias áreas, capaz de servir muito bem a região e o país, internacionalmente reconhecida e dotada de um excelente ambiente físico e humano. Nesta entrevista, o Reitor dos últimos sete anos e meio aponta a Saúde como uma das questões que continuará a estar na agenda da Universidade e avança que a proteção do planeta, incluindo as alterações climáticas, a economia circular e a revolução digital serão alguns dos próximos grandes desafios a que a UA saberá certamente responder, garantindo assim a continuidade do seu relevante papel na sociedade.»

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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

DIA DO FESTIVAL DO SONO - 3 de janeiro

MaDonA


Sleeping is my favourite homework and I want more of this!” (Dormir é o meu trabalho de casa preferido e eu quero mais disto...) foi a inscrição estampada em letras brancas sobre o fundo preto da t-shirt. O Bruno tinha a irreverência de um aluno de onze anos e a força indomável do mar a correr-lhe nas veias. O mar da sua Costa Nova! Entrou na sala com ar desafiador, à espera da reação da teacher. Esta esboçou um sorriso de bonomia, pois não havia motivo para qualquer repreensão. Além do mais, os olhos do aluno de um azul celeste, em dia primaveril, enfeitiçavam a teacher. Tal como os do irmão mais novo: verde água, no rosto emoldurado por cabelos louros ondulados. Sempre que passava nas coxias da sala e me abeirava do Raimundo, quedava-me a contemplá-lo...”Tão pródigo o Criador” cogitava eu. E ele sabia, o malandro, lia-se no seu sorriso cúmplice. Aquela mãe, uma antiga aluna, roubara as cores do arco-íris. 
Se, nessa altura, soubesse da existência deste dia, a 3 de janeiro que coincide com o início do 2º período, ter-lhe-ia dado uma folga para “comemoração” da efeméride. 
Por mais hilariante que pareça, o Festival of Sleep Day tornou-se uma celebração popular, um feriado não oficial, promovido a nível mundial, há alguns anos, por gente bem humorada que gosta muito de dormir. 
Depois dos presentes de Natal, dos excessos alimentares, dos saldos e da festa de fim do ano, nada melhor do que um dia de descanso … a 3 de Janeiro, dedicado ao sono. 
Para recarregar energias para o novo ano de trabalho ou de escola que começa, deve-se descansar ao máximo, sendo este dia para lembrar a importância do sono. No caso dos adultos recomenda-se dormir 6 a 8 horas por noite. 
Como não há regras para a celebração deste dia, a pessoa pode simplesmente fechar os olhos e descansar da forma que mais lhe agradar, seja na cama, no sofá ou na cadeira favorita. Com o frio do inverno a convidar ao recolhimento, esta é uma oportunidade de ouro para hibernar e recuperar forças. 

Recomendam os organizadores do Festival: 

1 - Durma com o seu mais-que-tudo, o seu animal de estimação, o seu urso de  peluche... mas durma o mais possível a 3 de Janeiro! 

2 - Determine quanto tempo deseja “comemorar”! Uma sesta, as oito horas da praxe, ou simplesmente passar pelas brasas. O melhor é ser o dia inteiro… 

3 - Vista o seu pijama mais confortável e coloque a melhor roupa de cama (Lençóis polares!?) que tiver para o sono ser “delicioso”. 

4 - Se levar o Festival do Sono mesmo a sério, a cama não é tudo. Estire-se no sofá, ponha uma  almofada no chão e descontraia. Se tiver uma rede para balouçar tanto melhor… 

Uma espreguiçadeira num solário foi a minha opção..

SÃO GONÇALINHO - 10 A 18 DE JANEIRO


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MUSEU DE ÍLHAVO E SANTO ANDRÉ

DIA ABERTO - 14 DE JANEIRO 




O Museu Marítimo de Ílhavo e o Navio-Museu Santo André têm entrada gratuita no dia 14 de janeiro, domingo, encontrando-se aberto ao público entre as 14:00 e as 18:00. O segundo domingo de cada mês é dia aberto em ambos os espaços. Esta é uma boa oportunidade para ficarmos a conhecer melhor o nosso património histórico.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

2018 — ANO NOVO VIDA NOVA


Acordei hoje ao raiar da aurora. Da janela do meu sótão olho o horizonte e espero que o astro rei faça jus à sua natureza real e nos ilumine nos caminhos solidários da vida. Mas ele mostra alguma timidez, porventura fruto da passagem do ano vivida com muita festa, noite adentro, por todo o mundo. O Sol também precisará de descanso? Pelo que ouço e leio, ele, que ilumina e aquece a terra há milhões de anos sem conta, ainda tem pujança para outros tantos ou muito mais! Por aí, podemos ficar descansados. 
Se é assim com o Sol benfazejo, o mesmo não poderemos dizer da Terra que, dia após dia, tornamos inabitável, com agressões inauditas a toda a hora e em todos os cantos. É preciso pensar nisto, mas se quisermos, ainda estamos a tempo de a salvar com gestos simples e atitudes corretas, no respeito absoluto pela saúde do planeta que habitamos.
Bom ano!

Fernando Martins