sexta-feira, 26 de maio de 2017

EFEMÉRIDE: EMPRESA DE PESCA DE AVEIRO

1928 - 26 - maio 
Egas Salgueiro, o primeiro da direita, ao lado do PR Américo Tomás
Escritórios em Aveiro, na Ponte Praça

Instalações na Gafanha da Nazaré

«Lavrou-se a escritura notarial da constituição da "Empresa de Pesca de Aveiro", uma das primeiras sociedades aveirenses que modernamente se devotaram, em especial à pesca longínqua (Secretaria Notarial de Aveiro, Notário Dr. André dos Reis; Diário do Governo, III Série, n.º 155, 9-7-1928) – J.

Calendário Histórico de Aveiro, 
de António Christo 
e João Gonçalves Gaspar

Uma efeméride que não posso deixar escapar. A Empresa de Pesca de Aveiro completou hoje, 26 de maio, a bonita idade de 89 anos, segundo reza a escritura notarial registada no Diário do Governo, III Série, n.º 155. E faço-o com todo o gosto por reconhecer a importância que esta empresa teve na nossa região e no país, mormente na Gafanha da Nazaré onde teve as suas principais instalações, dando emprego regularmente a centenas de pessoas ligadas direta ou indiretamente às pescas.
Entre os gafanhões, era conhecida por Empresa do Egas, ou Seca do Egas, em homenagem carinhosa e respeitosa ao senhor Egas Salgueiro, dinâmico industrial da pesca longínqua, em especial do bacalhau.

FRANCISCO EM FÁTIMA (1)

Crónica de Anselmo Borges no DN

1 - Para mim, foi sempre claro que Francisco viria a Fátima no centenário das chamadas aparições. E veio. Viria, porque é profundamente mariano. Referindo-se a Maria, diz: "É a minha Mamã." E assim foi que, lá do alto do altar de Fátima, ele clamou, emocionado, para a multidão: "Temos Mãe, temos Mãe."
Veio. E quem o acompanhou pôde, mais uma vez, constatar que há nele um dinamismo sereno e contagiante de humanidade que a todos abraça, que quereria envolver todos num abraço forte e sentido de bênção, com beijos. Todos, mas de modo especial e único aqueles que ninguém abraça nem beija nem acaricia e dar-lhes confiança e esperança, a partir do Deus cujo nome é Misericórdia e que pode ajudar a converter os que têm o poder de ajudar na transformação do mundo a caminho de uma humanidade mais justa, fraterna, livre e a viver em paz.
Claro que Francisco tem de seguir protocolos, incluindo os de Estado, mas vê-se bem que esse não é o seu elemento. Onde está à vontade e é ele, é quando vai ao encontro das crianças, dos doentes, dos idosos, dos incapacitados, dos desempregados, dos presos... Então, o que se vê é o Evangelho, notícia boa e felicitante, a passar pelo mundo.
Ah! E aqueles oito minutos mágicos, de pé e em silêncio, perante a imagem da Senhora! Uma multidão de mais de meio milhão de pessoas em silêncio, com Francisco a presidir no silêncio e ouvindo o que só no silêncio se consegue ouvir e falar, lá na raiz de nós e de tudo. O que é que ele terá dito a ele mesmo, a Deus e à Senhora? O que é que cada um ouviu e disse a si mesmo, a Deus e à Senhora? "Deixai-me com as coisas/ Fundadas no Silêncio", pediu Sofia de Mello Breyner Andresen.

2 - O ser humano é rácio-emocional. Por isso, também na fé e na sua celebração, há uma dimensão de emoção. Mas a razão não pode ficar esquecida, obliterada. E há a bondade, mas acompanhada pela inteligência. E Francisco emocionou-se e apelou à bondade. Mas não postergou a razão e deixou uma mensagem de correcção teológica para Fátima. Aliás, ele tinha acabado de celebrar em Roma uma missa com a Caritas Internacional e lembrado as "intoleráveis injustiças" que os cristãos perseguidos vivem: "Façamos que todos tenham de comer e recordemos aos poderosos que Deus os chamará a julgamento", e tinha pedido a investigadores reunidos no Vaticano que "é preciso aceitar as novidades da ciência com total humildade".

Em Fátima, disse: "Olhando para Maria, voltamos a acreditar na "força revolucionária da ternura e do carinho". Nela, vemos que a humildade e a ternura não são virtudes dos fracos, mas dos fortes, que não precisam de maltratar os outros para se sentirem importantes." O Céu desencadeia em Fátima "uma verdadeira mobilização geral contra a indiferença que nos gela o coração e agrava a miopia do olhar. Não queiramos ser uma esperança abortada!" Pediu pela Igreja, "que brilha quando é missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor". Rezou a Maria pela humanidade inteira, pedindo a paz: "Olha as dores da família humana que geme e chora neste vale de lágrimas. Une a todos numa única família humana. Seremos peregrinos de todos os caminhos, derrubaremos todos os muros e superaremos todas as fronteiras, indo a todas as periferias, para nelas revelar a justiça e a paz de Deus." Queridos irmãos: "Rezamos a Deus com a esperança de que nos escutem os homens; e dirigimo-nos aos homens com a certeza de que nos vale Deus."

Não falou em aparições. "A Virgem Mãe não veio aqui para que A víssemos; para isso teremos a eternidade inteira, naturalmente se formos para o Céu. No dizer de Lúcia, os três privilegiados ficavam dentro da Luz de Deus que irradiava de Nossa Senhora. Fátima é sobretudo este manto de Luz que nos cobre, aqui como em qualquer outro lugar da Terra quando nos refugiamos sob a protecção da Virgem Mãe para Lhe pedir: "Mostrai-nos Jesus."" Para correcção teológica, numa Fátima dolorista e das promessas, onde Maria se anteporia ao seu Filho e hereticamente seguraria o braço justiceiro e implacável de Deus, ficou: "Sinto que Jesus vos confiou a mim e a todos abraço e confio a Jesus, "principalmente os que mais precisarem", como Nossa Senhora nos ensinou a rezar.

Sobre cada um dos deserdados e infelizes a quem roubaram o presente, dos excluídos e abandonados a quem negam o futuro, dos órfãos e injustiçados a quem não se permite ter um passado desça a bênção de Deus encarnado em Jesus Cristo. Esta bênção cumpriu-se cabalmente na Virgem Maria, pois nenhuma outra criatura viu brilhar sobre si a face de Deus como ela, que deu um rosto humano ao Filho do eterno Pai. Peregrinos com Maria... Mas que Maria? Uma mestra da vida espiritual, a primeira que seguiu a Cristo pelo "caminho estreito" da cruz dando-nos o exemplo, ou uma Senhora "inatingível" e, consequentemente, inimitável? A "bendita por ter acreditado" sempre e em todas as circunstâncias nas palavras divinas, ou uma "santinha" a quem se recorre para obter favores a baixo preço? A Virgem Maria do Evangelho venerada pela Igreja orante, ou uma Maria esboçada por sensibilidades subjectivas que a vêem segurando o braço justiceiro de Deus pronto a castigar: uma Maria melhor do que Cristo, visto como juiz implacável, mais misericordiosa do que o Cordeiro que se imolou por nós? Grande injustiça fazemos a Deus e à sua graça, quando se afirma em primeiro lugar que os pecados são punidos pelo seu julgamento, sem antepor - como mostra o Evangelho - que são perdoados pela sua misericórdia. Devemos antepor a misericórdia ao julgamento. Naturalmente, a misericórdia de Deus não nega a justiça. Em todo o caso, o julgamento de Deus será sempre feito à luz da sua misericórdia."

Assim, "possamos, com Maria, ser sinal e sacramento da misericórdia de Deus".

JESUS ENVIA OS DISCÍPULOS EM MISSÃO UNIVERSAL

Reflexão de Georgino Rocha

Festa da Ascensão do Senhor
Jesus vive momentos decisivos na sua missão. Escolhe um monte na Galileia para o encontro definitivo com os discípulos. Estes ainda têm dúvidas em relação ao acontecimento da ressurreição do Crucificado que agora vive para sempre. Apesar disso, prostram-se em gesto de adoração reverente e humilde e ficam na expectativa do que vai acontecer. Será censura pela sua incredulidade ou aprovação pela obediência de deixarem Jerusalém e virem para esta região, a terra dos gentios? Ou será antes alguma surpresa que o Mestre tem reservada para a hora da despedida? Aguardam.
Jesus toma a palavra com solenidade inusitada. “Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra. Ide e ensinai todas as nações…”. Mateus, o autor do relato, apresenta este envio a abrir novos horizontes à sua narrativa. Não faz qualquer referência à reacção dos apóstolos. Mas não será difícil de pressentir. Eles, fugitivos aquando da paixão, trancados em casa em Jerusalém, marcados pela experiência da missão entre os judeus… assumem o mundo e, nele todos os povos e cada pessoa, como “campo de trabalho”, como terra a evangelizar. Tarefa de gigantes para homens tão frágeis! Encargo de heróis para gente tão comum! Serviço de santos profetas para quem ainda sentia dúvidas. Jesus, hábil Mestre, conhecia-os bem e adianta-se na ajuda a oferecer-lhes. “Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos”. E promete enviar-lhes o Espírito da fortaleza e da sabedoria.

A missão dos discípulos/Igreja é clara: Ensinar o que Jesus viveu e que se pode resumir a fazer sempre a vontade de Deus Pai. São Cipriano, bispo e mártir, fala assim aos cristãos de Cartago: “O que Cristo fez e ensinou foi a vontade de Deus: a humildade na conduta, a firmeza na fé, a contenção nas palavras, a justiça nas acções, a misericórdia nas obras, a rectidão nos costumes; ser incapaz de fazer o mal, mas poder tolerá-lo quando se é vítima dele; manter a paz com os irmãos; querer ao Senhor de todo o coração; amar nele o Pai e temer a Deus; não pôr nada à frente de Cristo, pois Ele próprio nada pôs à nossa frente”.

A Igreja tem a missão de ver a realidade com os olhos de Jesus que sempre detesta o que indigno e desonesto, maldizente e corrupto, e ama entranhavelmente as pessoas envolvidas nessas situações para que se libertem. A missão de se fazer próximo de todos e de cada um para partilhar alegrias e tristezas, êxitos e insucessos, para oferecer e receber ajuda numa reciprocidade enriquecedora. A missão de investigar a trama dos acontecimentos e descobrir o seu rumo de modo a anunciar Jesus como boa notícia, como sentido pleno de todos os caminhos da história.

O Papa Francisco, na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais que hoje se celebra, recorre a uma metáfora muito expressiva para explicitar o envolvimento a que estamos chamados. “Já os nossos antigos pais na fé falavam da mente humana como de uma mó de moinho que, movida pela água, não se pode parar. Mas o moleiro tem a possibilidade de decidir se quer moer trigo ou joio. A mente do homem está sempre em acção e não pode parar de «moer» o que recebe, mas cabe a nós decidir o material que lhe fornecemos (cf. Cassiano o Romano, Carta a Leôncio Igumeno). O lema da referida mensagem é "Comunicar esperança e confiança no nosso tempo".

Cabe a nós decidir o que entra na nossa mente e, a partir dela, o que se faz conversa, comentário, opinião, convicção. O que se faz e difunde em comunicação a todos os níveis. Quem aprecia a saúde mental e cultural, relacional e espiritual, designadamente os discípulos de Jesus, a Boa Notícia por excelência, tem de estar preparado e tomar posição pelas notícias, boas e positivas, que geram apreço pela nossa comum humanidade e sua elevação ética, que geram laços de fraternidade universal e fomentam a harmonia do universo.

Ouçamos, de novo a voz do Papa Francisco na sua mensagem para este Dia. “Creio que há necessidade de romper o círculo vicioso da angústia e deter a espiral do medo, resultante do hábito de se fixar a atenção nas «notícias más» (guerras, terrorismo, escândalos e todo o tipo de fracasso nas vicissitudes humanas). Não se trata, naturalmente, de promover desinformação onde seria ignorado o drama do sofrimento, nem de cair num optimismo ingénuo que não se deixe atingir pelo escândalo do mal. (…) Gostaria, pois, de dar a minha contribuição para a busca de um estilo de comunicação aberto e criativo que não se prontifique a conceder ao mal o papel de protagonista, mas procure evidenciar as possíveis soluções, inspirando uma abordagem propositiva e responsável nas pessoas a quem se comunica a notícia. A todos gostaria de convidar a oferecer aos homens e às mulheres do nosso tempo relatos permeados pela lógica da «boa notícia»”. Gosto que é apelo a todos/as nós.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Aveiro: Feira do Livro — 26 de maio a 11 de junho



Nota: Ora aqui está uma boa notícia para os amantes da leitura e dos livros. Haverá, tanto quanto julgo saber, livros para todas as idades e gostos, uns mais atuais e outros que já desapareceram dos escaparates das livrarias, apesar do seu valor. As novidades, com direito a publicidade agressiva, por vezes, levam os livreiros a fechar a sete chaves bons livros, para não ofuscarem a venda dos mais recentes. Nas feiras há, portanto, lugar para todos os livros. E eu não deixarei de aparecer.

É preciso falar de Aquilino Ribeiro

Vi este convite no Facebook e cá estou  a ampliar a divulgação. Faço isto porque considero Aquilino Ribeiro um dos grandes prosadores da Língua Portuguesa. Não sei, francamente, a razão de o terem deixado cair no rol dos esquecidos. De vez em quando, porém,  volto à sua prosa para a saborear com gosto. E pode ser que Maria de Nazaré Matos nos  possa elucidar, já que é especialista na  matéria.

Ver aqui

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Gonçalo M. Tavares na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré


Gonçalo M. Tavares vai estar no “Convés” da Fábrica das Ideias, Gafanha da Nazaré, no próximo dia 29 de maio, pelas 19h30, para uma conversa com os seus leitores. Trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), integrada na rubrica “À conversa com…”. Entrada livre.
Gonçalo M. Tavares, refere a informação da autarquia, é «o escritor mais premiado da sua geração e tem diversas obras publicadas, num estilo que o tornou bastante apreciado pela crítica literária, mas ainda pelos amantes da leitura.
O seu mais recente livro — “A Mulher-sem-cabeça e o Homem-do-mau-olhado” — será apenas o ponto de partida para uma viagem pela obra do autor. A conversa será moderada por Sara Reis da Silva, docente na Universidade do Minho e nossa conterrânea. 
A nota da autarquia refere ainda que Gonçalo M. Tavares nasceu em 1970, tendo hesitado entre o futebol e a matemática pura, mas o seu percurso levou-o à escrita. Atualmente, é considerado um dos grandes escritores em Língua Portuguesa, reconhecido pela crítica internacional.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Cataplana à moda do Tiago Lourenço



Cataplana de Bacalhau, Amêijoa e Camarão 

Ingredientes (para 4 pessoas):

4 postas de bacalhau (lombo)
250 g de amêijoa da Ria de Aveiro
8 camarões
1 pimento verde
1 pimento vermelho
6 batatas médias
1 cebola grande
2 dentes de alho
Flor de sal q.b.
Azeite q.b.
Vinagre q.b.
Açafrão q.b.
Salsa fresca q.b.

Preparação:

Comece por colocar as amêijoas de molho em água e sal para abrir e retirar a areia (cerca de 30 minutos).
Coza o camarão em água e sal (coloque depois de a água levantar fervura, durante 3/4 minutos) e reserve.
Descasque as cebolas e corte-as em rodelas, assim como as batatas que deverá cortar em rodelas grossas.
Corte também os pimentos, descasque os dentes de alho e pique-os.
Corte os lombos do bacalhau em cubos.
Na cataplana disponha uma camada de cebola seguida dos pimentos. Acrescente as batatas e novamente a cebola, os pimentos, a salsa e o açafrão.
Tempere com flor de sal.
Coloque o bacalhau e as amêijoas, regue com um generoso fio de azeite e leve ao lume brando a cozinhar cerca de 30 minutos.
De vez em quando agite cuidadosamente a cataplana (movimentos circulares, nunca destapando).
Acrescente o camarão e a “moira” (alho picado com vinagre). Cerca de 1 minuto depois disponha num prato e sirva. 

Bom proveito

Receita publicada na agenda "Viver em..." da CMI

Notas:

1.Receita apresentada por Tiago Lourenço, vencedor do Concurso Gastronómico “O Meu Bacalhau é melhor do que o Teu”, no âmbito do Festival do Bacalhau 2016;

2. Quando soube que o criador deste prato e vencedor do Concurso Gastronómico do Festival do Bacalhau 2016 foi Tiago Lourenço fiquei agradavelmente surpreendido, porque conheço o Tiago desde menino mas não sabia do seu prazer pela Gastronomia. Eu já sabia, contudo,  que em casa dos seus pais, meus bons amigos, havia um gosto natural pelas artes, cultivado no dia a dia: Música, Decorações, Antiguidades, um museu recriado ao estilo dos nossos avós e outras artes que brotam espontaneamente. Longe estava de pensar, porém, que o Tiago tivesse, pelo que vi deste concurso, o tal dedo raro e palato afinado para criar pratos,  partindo de ingredientes que sempre andaram pelas mesas dos ílhavos e gafanhões.
Os meus parabéns, com a certeza de que optarei pelo teu prato no próximo Festival do Bacalhau, se alguma instituição tiver a coragem de seguir os teus conselhos, meu caro Tiago. Um abraço também com votos de que não esmoreças nas artes culinárias das nossas tradições, lutando contra a cozinha do descartável que nada tem a ver com os nossos hábitos alimentares. 

Fernando Martins 

Diáconos Permanentes de Aveiro celebram aniversário de ordenação

Luís Pelicano, Fernando Martins, Augusto Semedo, D. António Moiteiro, Fernando Reis, Joaquim Simões e Afonso Henrique 

Os primeiros diáconos permanentes (DP) da Diocese de Aveiro celebraram ontem, 22 de maio, o 29.º aniversário da ordenação, num encontro-convívio, depois da Eucaristia presidida pelo nosso Bispo, D. António Moiteiro, na igreja matriz de Travassô. Marcaram presença os DP Augusto Semedo, Afonso Henrique, Fernando Reis, Luís Pelicano, Joaquim Simões e Fernando Martins. As esposas dos DP também participaram, exceto a de Fernando Martins, por razões de tratamentos e consulta médica. Associaram-se ainda o pároco de Travassô, Padre Júlio Grangeia, e o Padre Hélder Ruivo, pároco de Requeixo. 

A igreja, quando chegámos, estava asseada. Organista com grupo coral pronto para animar a Eucaristia e membros da comunidade local na assembleia. O sinal evidente do cuidado posto na receção estava dado. O Padre Júlio, um pioneiro a nível eclesial da utilização das novas tecnologias de informação e comunicação, não brinca em serviço. E a missa deste dia, como as demais da sua comunidade, pôde ser seguida em todos os quadrantes da terra. Sinais dos tempos que muitos teimam em postergar teimosamente. E para melhor se enquadrar no corpo diaconal, que lhe tem «passado ao lado», o pároco de Travassô referiu que até fez pesquisas que, de alguma forma, o elucidaram. 
Gostámos de sentir esta espontaneidade e franqueza do Padre Júlio. Obrigado pelo acolhimento, simpatia e visão de futuro, capaz de projetar o sentir da Igreja no mundo dos homens e mulheres dos nossos dias e para os dias dos nossos vindouros. E apreciámos a sua franqueza quando nos disse, no final do almoço, que este nosso encontro foi para si uma lição, que o vai levar a estar mais atento à realidade que é o corpo diaconal da nossa diocese. «Apreciei a vossa fraternidade, a vossa espontaneidade e amizade, uma realidade que me tem escapado», disse. 

Ponto alto do encontro-convívio foi, indubitavelmente, a Eucaristia, centro indelével do nosso viver cristão e ponto de partida para a ação consequente. O nosso Bispo apresentou os DP do primeiro grupo da Diocese de Aveiro, um a um, dando nota do que fazem no seu dia a dia. Uns mais ativos e outros no silêncio e na oração, como tem sido a vida do nosso bom amigo Augusto Semedo, em fase de recuperação de um AVC que sofreu. Perfeitamente lúcido, apenas limitado, em alguns aspetos, na locomoção. Esteve presente, acompanhado da esposa e filha, mas também, garantidamente, nas preces de todos os colegas e amigos.

D. António evocou os DP que já faleceram, o Carlos Merendeiro, o Daniel Rodrigues e o João do Casal, presentes nas nossas memórias por tantas vivências partilhadas connosco, mas ainda, de forma especial, nesta celebração eucarística. Um filho do Carlos, o Jorge, fez questão de se associar a nós em representação de seu pai, gesto que apreciámos. 
D. António Moiteiro, à homilia, ofereceu-nos uma reflexão em torno do encontro de Paulo com Lídia, registado nos Atos dos Apóstolos, a tal negociante de púrpura da cidade de Tiatira [cidade da atual Turquia] que aceitou Jesus Cristo. Foi batizada juntamente com a família e convidou o Apóstolo para ficar em sua casa. E D. António partiu desse sentido de proximidade de Paulo, que procurou estar com as pessoas concretas no local em que se encontravam, para concluir que «a Igreja tem de aprender» e aplicar este método, levando à prática os conselhos do Papa Francisco que nos alertam para a urgência de sermos «uma Igreja em saída». Importa — afirmou o nosso bispo — mostrar que «Jesus é o rosto visível de Deus» para nós e para os nossos irmãos, acrescentando que, «quanto mais nós formos de Deus, mais verdadeiramente seremos o rosto de Deus para os nossos irmãos, os homens e mulheres do nosso tempo, e sinal para a humanidade». 

Fernando Martins



domingo, 21 de maio de 2017

Precisamos de um outro planeta para viver


«O físico britânico Stephen Hawking defende que temos apenas um século à nossa frente para encontrar um novo planeta onde possamos viver, se quisermos que a espécie humana sobreviva, explicou o cientista no programa da BBC "O mundo de Amanhã", citado pela revista Wired. São vários os factores que nos obrigarão a essa busca se quisermos sobreviver: alterações climáticas, a possibilidade de queda de um asteróide no planeta, epidemias e crescimento da população.»

Li aqui 

Nota: E andamos nós todos atarefados e ocupados com banalidades, quantas vezes, quando devíamos começar a pensar no futuro da humanidade. Eu sei que durante 100 anos nasce e morre muita gente, tal como acontece com as mais extraordinárias e impensáveis tecnologias e ciências, mas mais vale prevenir que remediar. Pelo sim pelo não vamos indo e vendo. 

F.M. 

Abertura a Deus




«A abertura a Deus dá credibilidade amor. Acolher, escutar, compreender, perdoar, eleger e viver inspirado no Evangelho. Não colocar limites à Misericórdia. Haverá sempre momentos difíceis, necessitamos sempre de purificação. No fundo, prestar ainda mais atenção ao ser Pessoa entre tempos e espaços divididos. Solidão e comunhão em todas as relações.»

Pedro José 

Li aqui