terça-feira, 8 de abril de 2014

Férias da Páscoa num navio bacalhoeiro




«O Museu Marítimo de Ílhavo vai dinamizar a ação “Férias da Páscoa a bordo de um navio bacalhoeiro”, entre os dias 9 e 11 e 15 e 17 de abril. O mote é embarcar na aventura da pesca do bacalhau, sugerindo às crianças participantes vestirem a pele de pescador, de piloto ou de capitão e conhecerem o dia-a-dia a bordo de um navio bacalhoeiro da pesca à linha, através de histórias, jogos e oficinas.»
Felicito quem organiza ações que aproximam as crianças e jovens das nossas tradições marítimas e não só. 

Fonte: MMI

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Luso-Americanos

Crónica de Maria Donzília Almeida


Dadas as condições económicas precárias num Portugal rural, no século passado, (e hoje?) houve um grande surto de emigração para países europeus, bem como para alguns do continente americano, nomeadamente os Estados Unidos da América. Este funcionou no imaginário de muitos proletários, como a verdadeira “árvore das patacas”!
A presença portuguesa nos Estados Unidos remonta ao século XVI, quando o navegador Miguel Corte Real aí chegou pela primeira vez e João Rodrigues Cabrilho explorou a costa da Califórnia.
No século XVIII um grupo importante de descendentes de judeus portugueses, perseguidos pela inquisição em Portugal e depois no Brasil, fixou-se em New York, na altura, New Amsterdam, fundando ali a primeira comunidade judaica da América do Norte. Porém, só se pode falar de uma efetiva emigração portuguesa para o país, a partir de meados do século XIX.

Mons. João Gaspar é o Administrador da Diocese de Aveiro


Mons. João Gaspar

Em obediência ao preceituado no Código de Direito Canónico, o Colégio de Consultores da Diocese de Aveiro elegeu para Administrador Diocesano Mons. João Gaspar, cargo que ocupará até à vindo do novo Bispo.
Congratulo-me com esta eleição, já que Mons. João Gaspar, para além de conhecer profundamente a Igreja Diocesana, é estimado por todos os aveirenses, crentes ou não crentes, mantendo com toda a gente uma enorme capacidade de diálogo e de proximidade. Para mim, esta escolha não constituiu qualquer novidade. 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

IRREGULARIDADES NAS CONTAS DOS PARTIDOS

"O Tribunal Constitucional (TC) detectou irregularidades nas contas de 2009 de quase todos os partidos políticos, entre as quais donativos indirectos, deficiências nos documentos de suporte contabilístico e a impossibilidade de confirmação da origem de algumas receitas."

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NOTA: Bem prega frei Tomás: Olha para o que eu digo e não para o que eu faço.


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NÃO DEVEMOS TER MEDO DA BONDADE




«Nos Evangelhos, os discípulos de Jesus aparecem como homens fortes, corajosos, trabalhadores, mas no seu íntimo sobressai uma grande ternura, que não é virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude e de compaixão. Não devemos ter medo da bondade. Só pela bondade aprenderemos a fazer do poder um serviço, da autoridade uma proximidade e do ministério uma paixão pela missão de anunciar a alegria do evangelho. O evangelho é tudo o que temos e somos.
As Igrejas Diocesanas que servi, mas sobretudo ultimamente a Igreja de Aveiro, acompanhar-me-ão sempre como bênção, de que preciso, e como renovado incentivo ao serviço humilde, concreto, rico de fé e cheio de alegria. Obrigado, Igreja de Aveiro! Obrigado Aveirenses!
A todos, nestas Igrejas Diocesanas procurei amar e servir. Sinto-me hoje acompanhado na amizade e na oração pelos sacerdotes, diáconos, consagrados e leigos, pelas autoridades locais e pelas gentes simples, cuja presença amiga e dedicada de todos, nesta Igreja Catedral, tanto me penhora e sensibiliza.
Assim quero, a partir de hoje, continuar na Igreja do Porto. Apenas quem serve com amor e ternura, que são as linhas do rosto de compaixão e de misericórdia de Deus, é capaz de cuidar, de proteger, de promover e de salvar o seu Povo. Por isso, irmãos e irmãs, ajudai-me a ser pastor ao jeito do coração de Deus e a seguir em todos os passos o exemplo de Cristo, o belo e bom Pastor.»

Da homilia de D. António Francisco
na Eucaristia solene da sua entrada na Diocese do Porto

Ler toda a homilia aqui

domingo, 6 de abril de 2014

POBREZA

"Entre nós é vergonhoso reconhecer a própria pobreza; 
mas pior do que isso é não esforçar-se por escapar dela"

Tucídedes (-460/-396) 
historiador da Grécia Antiga

A RELIGIÃO CRÍTICA E A CRÍTICA DA RELIGIÃO

CRÓNICA DE FREI BENTO DOMINGUES
NO PÚBLICO


1. Conheci o casal luso-catalão, Inês Castel-Branco e Ignasi Moreta, no Parlamento Mundial das Religiões, celebrado em Barcelona no âmbito do Fórum Universal das Culturas, em 2004. Esse jovem casal, apaixonado pelo diálogo inter-humano, inter-religioso e intercultural, falou-me, então, do seu projecto familiar no campo da edição. Pretendia criar um território cultural de bons livros que rompessem com a banalidade e onde reinassem, em conexão, o rigor, as ideias e o prazer, um autêntico hedonismo de leitura pausada e saboreada. Sabor e sabedoria têm, aliás, uma etimologia comum. A leitura e a vida verdadeira não são conceitos antagónicos. São sinónimos.

Peça a peça, a Fragmenta Editorial foi-se tornando uma referência do universo de pensamento crítico e reflexivo. Para o seu conselho de assessores, as respostas institucionais às perguntas religiosas entraram em crise, mas as perguntas antigas e novas, de muitas origens, não se calam. O que já não existe são respostas tranquilizadoras. Andamos, por isso, todos à procura. Não aceitamos que os outros pensem, investiguem e escolham por nós. O que importa é pôr a circular ideias, pensamentos, pistas, críticas, isto é, tentativas de subversão das ideias feitas. Mas não será isto o que caracteriza o chamado “pensamento débil”?

sábado, 5 de abril de 2014

D. António Francisco já tomou posse

Bispo do Porto assume 
as suas responsabilidades 
perante os cónegos portuenses



Entre a minha alegria e a minha tristeza, D. António Francisco dos Santos já tomou posse como Bispo do Porto. Amanhã será a sua entrada solene na Sé do Porto, que o mesmo é dizer na Diocese do Porto, uma das maiores de Portugal. Sinto alegria, por ver reconhecida a sua indesmentível capacidade pastoral e a visão de futuro que o anima, alicerçadas numa fé apaixonada e contagiante. Sinto tristeza por ver partir um bispo próximo, dialogante, atento e disponível, sempre com a palavra certa para as nossas inquietações e dúvidas, mas também para os nossos comodismos, incapacidades e fraquezas.
Sei, pelo que vi durante este tempo em que foi pai espiritual e pastor do povo de Aveiro, desde o oceano e ria até à serra tantas vezes esquecida, que D. António vai para a Diocese do Porto, com os seus mais de dois milhões de habitantes e quase 500 paróquias, bem acompanhado por Deus Trino, de quem vêm as forças, a coragem, a visão profética e a sabedoria necessárias para levar a bom termo  a missão de que foi incumbido pelo Papa Francisco. Sei ainda que continuará, agora entre o povo portuense, a ser uma testemunha fiel e comprometida da bondade, do bem, do sentido do acolhimento e do serviço aos feridos da vida.
Que Nossa Senhora nunca o desampare, são os meus votos.

Fernando Martins

Acesso à internet na escola?


Tito de Morais com estudantes 

«Quanto ao acesso à internet na escola, ele é inevitável. A escola é chamada a ajudar os alunos a desenvolverem as suas competências e a ensiná-los a distinguirem os exemplos “inspiradores” dos “destruidores” que as tecnologias apresentam.
Na opinião de Tito de Morais, o Ministério da Educação não deve cortar os acessos a determinados serviços da internet, nos horários por si estipulados. Serão as escolas que, na sua autonomia, deverão gerir os acessos dos diversos elementos da comunidade escolar.
A internet pode ser um risco ou um meio excelente de trabalho, de conhecimento e de socialização. Tudo depende da forma como a quisermos usar. A decisão depende de cada um, enquadrado pela escola, pela família e pelos amigos.»

Ler ainda Temos uma “audiência invisível” na internet, texto de Teresa Correia

O DINHEIRO FAZ A FELICIDADE?

Crónica de Anselmo Borges 

Lá está Epicuro: "É preciso meditar sobre o que traz a felicidade, pois, se ela estiver presente, temos tudo, mas, se estiver ausente, fazemos tudo para obtê-la." E é o que faz F. Lenoir, num belo livro recente, exigente e acessível, Du bonheur. Un voyage philosophique: como alcançar a felicidade, ser feliz. E não podia faltar um capítulo sobre o dinheiro: ele traz a felicidade?

J. Renard atirou: "Se o dinheiro não faz a felicidade, dê-o." Mas quantos estão dispostos a isso? No entanto, num artigo célebre de 1974, o economista americano R. Easterlin mostrou que no seu país, embora o rendimento bruto por habitante tenha dado o salto extraordinário de 60%, entre 1945 e 1970, a proporção de pessoas a considerar-se "muito felizes" não tinha variado: 40%. Não se confirma a fórmula mágica do capitalismo liberal: crescimento do PIB = aumento da felicidade. Aliás, as estatísticas do Insee diziam o mesmo em relação à França: embora entre 1975 e 2000 se observe um crescimento global do PIB superior a 60%, a proporção das pessoas "satisfeitas ou muito satisfeitas" permaneceu à volta de 75%. Mas há mais. Na Inglaterra, por exemplo, enquanto a riqueza nacional quase triplicou em meio século, as pessoas que se declaram "muito felizes" passaram de 52% em 1957 para 36% em 2005. E quando se compara o índice de satisfação em países com níveis de vida incomparáveis? Ao contrário do que se poderia esperar, a taxa de satisfação é praticamente a mesma nos Estados Unidos ou na Suécia e no México ou Gana, embora o rendimento por habitante nestes países divirja numa escala de um a dez.

JESUS FAZ REVIVER LÁZARO MORTO

Reflexão de Georgino Rocha 
para esta semana



“Lázaro, sai para fora” – grita Jesus com voz forte e determinada. E ele levanta-se e sai, amortalhado como havia sido colocado na sepultura. Jesus continua, dirigindo-se aos circunstantes: “Desligai-o e deixai-o ir”. E João, o narrador do sucedido, conclui: “Ao verem o que Jesus fez, acreditaram n’Ele”.
A revivificação de Lázaro constitui um sinal, na sequência de outros, que visam manifestar quem é Jesus e provocar a adesão à sua pessoa e mensagem: a água transformada em vinho nas bodas de Caná; o pão abençoado e repartido pela multidão; a cura do paralítico junto à piscina e a do cego de nascença; a doação da própria vida como belo e bom pastor; a vitória sobre a morte, simbolizada em Lázaro, e realizada aquando da ressurreição. Estes e outros sinais credenciam um conjunto de ensinamentos sobre a acção inovadora do Messias e induzem as testemunhas a tomar posição, aceitando ou rejeitando o que presenciam e ouvem.
Qual a nossa atitude perante tantos sinais de novidade que a vida nos traz? Deixamo-nos interpelar e somos consequentes?

quinta-feira, 3 de abril de 2014

No baú da memória...

Crónica de Maria Donzília Almeida

Casa de Serralves

O Porto como cidade multicultural sempre foi um pólo de atração para estrangeiros vindos de vários quadrantes do mundo.
Evoca-se aqui o grande afluxo de famílias inglesas que se fixaram no Porto, no século XVIII, ligadas à produção e comercialização do, mundialmente afamado, vinho do Porto.
A vida da alta burguesia inglesa foi fielmente tratada por Júlio Dinis, no século XIX, no seu conhecido romance “Uma Família Inglesa”.
Com paladar suave, encorpado e doce, o Vinho do Porto é a bebida escolhida para apadrinhar as mais diversas comemorações, não faltando em nenhuma casa portuense e portuguesa.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

“O Deus das Maravilhas — por cientistas da NASA”




Este livrinho, de apenas 55 páginas, vem acompanhado de um DVD e tem por título “O Deus das Maravilhas”. Um DVD que é um regalo para os olhos e para o espírito, tal é a força das imagens do planeta que habitamos, com mar e rios, céu luminoso ou estrelado, galáxias e mundos sonhados e estudados, montanhas e glaciares, tempestades e serenidades, enfim, o mundo vegetal e animal e o ser humano como rei, criado à imagem e semelhança de Deus. O universo com todas as suas grandezas incomensuráveis para o comum dos mortais vem até nós pelos sublinhados e explicações de cientistas credenciados, dos mais variados quadrantes, com a Palavra de Deus por valiosíssima companhia. 
O DVD que acompanha o livro tem uma história bonita: «Foi oferecido ao Carmelo de Aveiro por uns amigos, ligados à investigação científica, D. Joana, Srs. José e Domingos Garcia Y Garcia, com licença para o reproduzir.» 
As Irmãs do Carmelo «ficaram maravilhadas» e decidiram fazer cópias para oferecer aos amigos e benfeitores «como prenda do Menino Jesus». Depois nasceu esta edição com a sugestão de que poderemos «fazer as cópias» que quisermos, obviamente para servirem de prendas para muitos outros.
São diversos os cientistas que refletem sobre as maravilhas de Deus, e logo nas primeiras páginas o Dr. John Whitcomb convida cada leitor: «acompanhe-nos enquanto exploramos a mensagem da Criação, da Consciência e a Glória de Deus.» E quem o acompanhar nesta viagem há de encontrar no caminho o Poder de Deus, O Deus da sabedoria, Grandes são as obras do Senhor, E Deus disse: façamos o homem à nossa imagem e semelhança, Deus da Justiça, Deus do Amor. Por fim, a Oração “Louvai ao Senhor, todos os seus servos” (Cântico de Daniel — 3,57-88.56).

“O Deus das Maravilhas — por cientistas da NASA”, 
edição do Carmelo de Aveiro, 
dezembro de 2013

Fernando Martins

ÁGUAS MIL EM ABRIL

"EM ABRIL, ÁGUAS MIL"

Nota: Os provérbios têm muito ou tudo da experiência ou sabedoria popular. E este ano, para já, temos a chuva, tal como este provérbio diz. Vamos esperar que tudo mude para melhor, mas por enquanto temos a chuvinha, com regularidade, para manter as albufeiras cheias, com água para uns anos. Depois se verá o que virá...

A VAIDADE

"O homem prefere ser exaltado por aquilo que não é, a ser tido em menor conta por aquilo que é. É a vaidade em ação."

Fernando Pessoa (1888-1935)





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terça-feira, 1 de abril de 2014

A vida é curta

«Os homens dizem que a vida é curta, 
e eu vejo que eles se esforçam para a tornar assim»

Jean Jacques Rousseau (1712-1778),
 filósofo e escritor francês

O SONHO

Crónica  de Maria Donzília Almeida



I have a dream” frase lapidar, atribuída a Martin Luther King, foi proferida no dia 28 de Agosto de 1963, na áurea década de 60 em que eu estava no dealbar da minha juventude. Iniciava o discurso que haveria de marcar a história americana, quando não a história universal, no qual falava da necessidade de união e coexistência pacífica entre negros e brancos nos EUA.
Tendo como palco os degraus do Lincoln Memorial em Washington D.C. integrando a Marcha de Washington pelo emprego e pela liberdade, foi um momento decisivo na história do Movimento Americano pelos Direitos Civis.
O orador teve um desfecho trágico, mas o poder do seu sonho galvanizou uma plateia de mais de duzentas mil pessoas que apoiava a causa.
Sendo um dos motores da atividade humana, tal como Gedeão disse, “O sonho comanda a vida!”


Toda a gente acalenta sonhos e vai lutando para a realização dos mesmos. É bom sonhar, pois dizem alguns entendidos que o homem só envelhece quando os sonhos dão lugar aos lamentos.
Faz parte intrínseca da condição humana, sonhar... e é muito salutar.
Neste contexto do sonho, também eu alimentei, ao longo dos tempos, um pequeno... grande sonho, dependendo da perspetiva.
Segundo Fernando Pessoa “O Homem é do tamanho do seu sonho!” logo perante a lógica pessoana, está aí justificada a minha pequena estatura.
Possuir um esquilo como animal de estimação foi crescendo como intenção, acabando por se tornar um sonho, avolumando-se, com o passar do tempo. Parece que os meus gostos/sonhos se materializam em criaturas de reduzidas dimensões, tal como na súbita aparição do patinho real, há duas semanas.
Nos Estados Unidos, um país pioneiro em muita coisa, o squirrel (cuja sonoridade é muito semelhante à nossa palavra esquilo) já é considerado animal de estimação. Com temperamento social e pacífico, limpo e sem produzir mau cheiro, seria uma ótima ideia para embelezar o meu bosque.
Dado o meu gosto por esta espécie de roedor, fiquei a saber que os seus dentes incisivos precisam ser desgastados, pois crescem continuamente. Galhos ou cascas de árvores ajudam no controle, distraem o animal e são abundantes no bosque.
Muito vivaz, o esquilo não pára quieto. Gosta de fazer ninhos com qualquer material que encontra pela frente, diverte-se com brinquedos e sobe e desce rampas, quando ao seu alcance, no seu habitat. De dia ou à noite, tem como hábito alternar períodos de vigília com descanso. A expectativa de vida do bichinho é de apenas três anos, com possibilidade de atingir, no máximo, quatro anos, o que muito me entristece.
Por esse mundo fora, deliciei-me a observar espécies de esquilos, nos parques londrinos, a fazerem as delícias dos transeuntes. Apreciadores de sementes, era vê-los de pé, nas patinhas posteriores, a descascar com perícia os amendoins que lhes atiravam e que eles devoravam num ápice.
Na Índia, proliferam nos parques naturais e correm à nossa frente, esgueirando-se por entre arbustos e plantas como se fizessem fintas aos turistas. Com uma cauda farfalhuda para um corpinho minúsculo são uma prenda com que a natureza nos afaga.
Conhecendo a divina Providência estes meus gostos e agora que os dias estão a crescer e a hora mudou, contemplou-me com a dádiva de um casalinho de esquilos castanhos de cauda listrada... que irão fazer as delícias do meu olhar... e de tantas criancinhas!
 Já noutros tempos, estacionavam os seus velocípedes para a contemplação das cabrinhas anãs, especialmente na altura em que as crias de palmo e meio começavam a cabriolar, graciosamente, pelo bosque.


01.04.2014

segunda-feira, 31 de março de 2014

Grandes Aveirenses


Aveiro, Canal Central (Foto FM)


Inspirado pelo programa televisivo dos “Grandes Portugueses”, o Correio do Vouga pediu a 10 figuras de relevo da atualidade que escolhessem cinco grandes aveirenses. Como critérios, o nosso jornal sugeriu que considerassem aveirenses, além dos naturais de Aveiro (mesmo que não tivessem desenvolvido a sua ação na cidade), os que nasceram noutro local, mas que viveram na cidade da Ria a parte mais significativa das suas vidas, ou seja, os que Aveiro fez seus. Aqui ficam os eleitos. Na próxima semana, o Correio do Vouga apresentará dados biográficos de algumas personalidades que neste número são apenas nomeadas.

Fernando Martins

Anterior diretor do Correio do Vouga, escolheu: D. João Evangelista de Lima Vidal; José Estêvão; Homem Cristo; Jaime de Magalhães Lima e Antónia Rodrigues

D. João Evangelista de Lima Vidal. Primeiro bispo da restaurada Diocese de Aveiro, depois de muitos anos ao serviço da Igreja e do País. Foi, para mim e para muitos, de uma importância crucial na restauração da Igreja Aveirense. Como Bispo da Diocese de Aveiro, soube abrir caminhos para uma sociedade mais cristã e, por isso mesmo, mais fraterna. Mostrando grande amor à Igreja e aos aveirenses, soube intervir na sociedade, com oportunidade e poesia, falando e escrevendo com rara sensibilidade sobre as nossas gentes e coisas.

José Estêvão. Grande orador parlamentar, foi, sem dúvida, pela sua intervenção cívica e política, um arauto dos interesses de Aveiro e sua região. Pelo dinamismo que sempre pôs em tudo o que fez, pela visão com que levou o Estado a abrir caminhos de progresso entre nós, pelo exemplo de envolvimento na coisa pública, ainda hoje a sua coragem e a sua acção são recordadas em Aveiro.

Homem Cristo. Jornalista e pedagogo, político e cidadão, representou, pela sua tenacidade e espírito aguerrido, coragem e exemplo, todo o Povo de Aveiro. Lutando incansavelmente pela liberdade, pela justiça, pela educação e pela verdade, deixou-nos um ótimo testemunho de vida. Defensor de causas, batia-se com coragem em sua defesa, quando sentia que eram importantes para as pessoas e instituições, mesmo que diretamente não lhe dissessem respeito.

Jaime de Magalhães Lima. Escritor e pensador, político e conferencista, agricultor e ecologista, contemplativo e homem bom, foi e é, tanto quanto posso perceber, uma das figuras mais veneráveis de Aveiro. Amante da natureza, crente fervoroso e cultor do espírito franciscano, foi amigo e confidente de figuras gradas do seu tempo. Homem de cultura universal, multifacetado na vida e na arte de escrever, defendeu as suas ideias em inúmeros livros, revistas, jornais e conferências.

Antónia Rodrigues. Heroína de Mazagão, foi uma mulher aventureira, encarnando, de maneira original, o espírito determinado da alma aveirense. Disfarçando-se de grumete, combateu com tal tenacidade, em Mazagão, ao ponto de ser considerada(o) o “terror dos mouros”. A sua coragem foi reconhecida por Filipe II e o seu exemplo foi cantado por escritores e artistas.

Ver outras propostas:  CV - Fevereiro 1, 2007 

Ações dos homens

«Sempre considerei as ações dos homens 
como as melhores intérpretes dos seus pensamentos»

 John Lock (1632-1704), 
filósofo inglês

domingo, 30 de março de 2014

Cuidar da Mãe Terra e amar todos os seres

Um texto de Leonardo Boff


«O amor é a força maior existente no universo, nos seres vivos e nos humanos. Porque o amor é uma força de atração, de união e de transformação. Já o antigo mito grego o formulava com elegância: “Eros, o deus do amor, ergueu-se para criar a Terra. Antes, tudo era silêncio, desprovido e imóvel. Agora tudo é vida, alegria, movimento”. O amor é a expressão mais alta da vida que sempre irradia e pede cuidado, porque sem cuidado ela definha, adoece e morre.»

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