domingo, 19 de janeiro de 2014

A urgência do diálogo ecuménico

Crónica dominical 
de Bento Domingues 
só amanhã no meu blogue

Consciência ecuménica, consciência baptismal
Frei Bento Domingues

Algumas frases: 

«A urgência do diálogo ecuménico nasceu, nos finais do séc. XIX, nas chamadas terras de missão, para vencer o contratestemunho das igrejas cristãs divididas que se hostilizavam no anúncio do Evangelho da paz. As vicissitudes do movimento ecuménico já foram historiadas.»

«O Movimento Ecuménico português já apresentou serviço: representantes das Igrejas Católica, Lusitana, Presbiteriana, Metodista e Ortodoxa, em Portugal, irão assinar, no próximo dia 25, em Lisboa, uma declaração de reconhecimento mútuo do baptismo. Ainda bem.»

«Em certas zonas do mundo, o cenário é devastador: matam-se os cristãos sem perguntar pela identidade eclesial. O cristianismo está a ser completamente eliminado. É urgente um ecumenismo global de socorro.»

«O Papa mandou uma carta aos futuros cardeais: “O cardinalato não significa uma promoção nem uma honra nem uma condecoração, é simplesmente um serviço que exige ampliar o olhar e alargar o coração”.»

sábado, 18 de janeiro de 2014

A "Ílhava já está no Museu de Ílhavo

A "Ílhava"


Quando se juntam forças a remar para o mesmo lado, quiçá contra ventos e marés, é certo e sabido que se concretizam sonhos. Quem um dia sonhou com a "Ílhava" no MMI e viu realizado esse sonho pode dar-se por muito feliz. Foi o que aconteceu aos Amigos do Museu ilhavense. E ela lá está para gozo de quantos apostam na preservação do nosso património histórico e cultural. Parabéns a todos.

Sobre a "Ílhava", pode visitar estes links para ficar mais elucidado:


Terra da Lâmpada I

Terra da Lâmpada II

Terra da Lâmpada III 

E mais:

Tudo sobre a "Ílhava" aqui


Os Caleiros


O APELIDO CALEIRO, NA GAFANHA
Orquídea Ribau

O apelido “Caleiro” existe espalhado por vários pontos do País,e até, por força da emigração, por diversos pontos do globo. Ao pensarmos na sua génese, somos levados a deduzir que surgiu como alcunha para distinguir alguém que produzia ou vendia cal, e se lhe colou definitivamente, sendo transmitido aos seus descendentes já como apelido legal.
No fechado mundo gafanhão da transição do séc.XVIII para o séc.XIX, José Fernandes Filipe, um dos filhos de Filipe Fernandes, foi contemplado com essa alcunha, que deixou de herança aos seus filhos e netos de forma oficial.
Por ter tido oportunidade de analisar com alguma atenção o meio geográfico e ambiental em que estavam inseridos, e as actividades económicas a que se dedicavam os gafanhões dessa época, atrevo-me a colocar a hipótese de não ter sido o facto de vender ou produzir cal que deu tal nome a este indivíduo.
Os canais principais da ria eram — e ainda são — designados por “cale” a que se segue um nome diferenciador, como: “dos Frades”, “do Espinheiro”, “da Vila”. Esta última, por sinal, deu o nome à zona gafanhoa que servia, e que ficou “lugar da Cale da Vila”.
Esses irmãos Fernandes Filipe foram tradicionalmente homens da ria. Um deles foi piloto da barra, creio que desde a sua abertura, e transmitiu essa profissão aos filhos e netos. O nosso José Fernandes Filipe (Caleiro) pode ter-se profissionalizado no transporte fluvial através das cales, e ganho a alcunha de caleiro, que o distinguiria do irmão piloto, e dos outros que exerceriam outras actividades parecidas.
A considerar…

NOTA: Mais uma boa curiosidade da Orquídea Ribau para nos estimular a trabalhar nesta área tão interessante. Seria uma mais-valia se outros a seguissem. Eu prometo divulgar.
Em mãos e à espera de tempo para as reescrever, agora no computador, tenho curiosidades sobre alcunhas e apelidos das nossas gentes. Verão a luz do dia logo que possível.

Gesto histórico de Bento XVI

Anselmo Borges


FRANCISCO E OBAMA
Anselmo Borges


Bento XVI teve um gesto histórico único ao determinar que no dia 28 do mês de Fevereiro passado, às 20 horas, a sede de Roma ficava vacante, abrindo assim caminho à eleição de um novo Papa. No dia 13 de Março, aconteceu pela primeira vez um Papa jesuíta: o cardeal de Buenos Aires, Bergoglio.
O nome escolhido, Francisco, foi todo um programa, que tem realizado. A sua atitude tem sido autenticamente franciscana. Conquistou o mundo, ao inclinar-se, despojado, perante a multidão e pedindo a sua bênção. Depois, com a sua humildade, simplicidade, bondade, compaixão, deixou o Palácio Apostólico para viver normalmente em Santa Marta. O seu interesse pelas pessoas é real e genuíno. Foi a Lampedusa, beija, diz piadas, sorri, ri, acaricia, escreve cartas, telefona. Não tem medo. Declara que também tem dúvidas.
Mas Francisco tem pela frente imensos problemas. Diria que o primeiro é tentar converter a sua Igreja ao cristianismo, começando pelos hierarcas. Que os cardeais, bispos, padres, católicos, se convertam ao Evangelho de Jesus.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

O ideal do amor fraterno

JESUS, É ELE O FILHO DE DEUS
Georgino Rocha


Esta afirmação manifesta a convicção profunda a que chega João Baptista, após um processo lento de busca e reconhecimento. Processo que fica como exemplo de quem se sente peregrino na fé e assume o desafio de procurar resposta para as interrogações do coração humano. Processo que revela, de modo especial, a inter-acção fecunda de Deus com o homem/mulher e a qualidade do encontro pleno desejado. 
João não conhecia Jesus, facto estranho que indicia uma nova dimensão de conhecimento. Sendo primos de sangue, a sua relação era familiar e, consequentemente, de parentesco próximo, de pertença à mesma tribo, de membros da comunidade que tinha encontros e convívios por ocasião de festas rituais. A este nível, o conhecimento era normal, espontâneo, natural. Mas João não mente. O seu amor à verdade está comprovado com o testemunho de vida honrada e com o assumir corajoso do risco ocorrente – a condenação à morte por ordem de Herodes. Que pena, haver quem desconhece Jesus ou fica apenas pelo conhecimento humano, respeitando-o como guru, benemérito da humanidade ou agente revolucionário da não-violência!

João Magueta: No atletismo há lugar para todos




João Carlos Magueta, 51 anos, pintor naval, atleta há 37 anos, treinador e dirigente do Grupo Desportivo da Gafanha (GDG) na secção de Atletismo, foi considerado pela Associação de Atletismo de Aveiro o atleta do ano 2013, pelo seu triunfo nos 3000 metros obstáculos, no escalão de Veteranos (M50). A prova realizou-se no Luso, no dia 13 de Julho, com o tempo de 12:01,45, marca que o consagrou como o melhor atleta nacional do seu escalão. Também é vice-campeão nacional dos 400 metros barreiras, no mesmo escalão. 

A sua paixão pelo atletismo começou em 1976, quando viu Carlos Lopes nos Jogos Olímpicos de Montreal. Tinha 14 anos e nunca mais parou, acumulando as responsabilidades de atleta com as de treinador e dirigente. «Muito do pelotão nacional de atletismo foi influenciado pelas vitórias da Carlos Lopes, Fernando Mamede e Rosa Mota», afiançou-nos.
Sem se mostrar cansado e muito menos desanimado, João Magueta sonha com novos colaboradores para que o atletismo no GDG não esmoreça, antes progrida, atraindo mais jovens de todas as idades para uma modalidade desportiva que é realmente uma verdadeira escola de virtudes. «No atletismo, os atletas apoiam-se mutuamente em momentos difíceis, independentemente das equipas a que pertencem», disse.

O Papa será de esquerda?


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Apoio a carenciados




«O Fundo Municipal de Apoio a Famílias e Indivíduos Carenciados foi criado em 2011 com o objetivo de constituir um instrumento importante para a concretização de uma política social mais estruturante, que tem sido utilizado pelos diversos parceiros do Atendimento Social Integrado. Com a utilização deste instrumento, julga-se caminhar para uma intervenção mais congregadora e reflexiva, reafirmando medidas de apoio com caráter inovador, que não se sobreponham às já existentes e que tenham sim uma funcionalidade complementar e por isso devidamente articulada entre as diversas entidades.»

Ler mais em CMI

NOTA: Penso que é importante sublinhar o apoio que as autarquias prestam às famílias e indivíduos carenciados, sobretudo em épocas de crise económica e social. Eu sei que toda a gente e todas as instituições precisam de ajudas, mas tem de haver prioridades. Nesta linha, as pessoas fragilizadas têm mesmo de estar na linha da frente.

Um livro de Manuel António Pina



“Coisas que não há: Sobre a escrita 
de Manuel António Pina”

Li num fôlego “Coisas que não há: Sobre a escrita de Manuel António Pina”. Um livro pequeno com apenas 72 páginas, mas que dá ao leitor momentos de prazer, sobretudo se gostar do escritor que, se fosse vivo, teria completado, em 2013, 40 anos de vida literária, como se lê na Nota Introdutória. Organizado por Sara Reis da Silva e João Manuel Ribeiro, o livro reflete um Simpósio que decorreu no Instituto de Educação da Universidade do Minho, em 29 de Maio de 2013, de homenagem ao poeta de O Pássaro da Cabeça. Para além disso, o leitor ainda tem acesso a uma entrevista que Manuel António Pina concedeu a Blanca-Ana Roig Rechou e Sara Reis da Silva.

Algumas ideias:

Famílias tradicionais da Gafanha



Assento de óbito de António Ferreira
Fonte: A.D.A., S.Tiago de Vagos, Óbitos, Lv. nº 16, Fl .nº 11-verso.
Foto obtida sob autorização do A.D.A.


CURIOSIDADES À VOLTA DE ALGUNS NOMES
 DE FAMILIA TRADICIONAIS DA GAFANHA

Orquídea Ribau

Como em qualquer outro universo comunitário, alguns nomes de familia, ainda hoje utilizados na Gafanha, têm uma origem muito particular e um pouco à revelia das diferentes“normas” aplicadas ao longo do período compreendido entre a fixação dos primeiros habitantes, no final do séc. XVII, e o final do séc. XIX. Esses nomes adoptados adquiriram tal importância dentro da comunidade que fizeram mesmo desaparecer um ou mais apelidos familiares oficiais. Eis alguns exemplos:

SARDO – Surgiu como alcunha. António Ferreira, assim se chamava o visado, obteve o nome por ser de “cor sardo e cabelo avermelhado”, de acordo com o assento de óbito. Pertencia à família Ferreira, uma das primeiras a fixar-se definitivamente nas areias da “Gafenha” no virar do séc. XVII para o seguinte. Viveu durante a segunda metade do séc. XVIII, e deixou de herança o apelido da familia e a alcunha aos seus descendentes – FERREIRA SARDO. Nas ocasiões em que tinham que mencionar oficialmente a sua filiação, tais como baptismos ou casamentos, os seus filhos identificavam-no como António Ferreira Sardo.
No séc. XIX fixou-se na Gafanha um indivíduo da Murtosa, Mateus Fernandes Sardo, sem ligação aparente à família da Gafanha. Aqui deixou descendentes com esse apelido, que deverá ter uma origem diferente.
O referido António Ferreira Sardo teve um sobrinho, filho de seu irmão mais velho Joaquim Ferreira, de seu nome José Ferreira, a quem, ainda não descobri porquê, apelidaram de “fidalgo”, alcunha que também vingou e se transmitiu como apelido até aos nossos dias - José FERREIRA FIDALGO.