sábado, 25 de fevereiro de 2012

POESIA PARA ESTE SÁBADO

Sugestão do Caderno ECONOMIA DO EXPRESSO



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História de amor que passa a história de desamor


Um livro de Aida Viegas

Aida Viegas

“Laura — Um Grito no Silêncio”

Participei ontem, em Aveiro, na Casa da Cultura, no lançamento do mais recente livro da escritora Aida Viegas, “Laura — Um Grito no Silêncio”, uma edição da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro. Trata-se de um romance que casa bem na obra de Aida Viegas, que inclui poesia, contos, história e memórias. A autora é ainda artista plástica, oferecendo à comunidade a sua envolvência empenhada e qualificada em diversas áreas do saber e da cultura. A sessão foi organizada pela Academia de Saberes a que Aida Viegas está ligada.

Idália Sá Chaves

A apresentação do livro esteve a cargo de Idália Sá Chaves, amiga da autora e apreciadora do seu labor literário, que elucidou os presentes, com riqueza de pormenores, num trabalho escrito e muito bem elaborado, a trama romanesca do livro “Laura — Um Grito no Silêncio”, que aborda, com largo sentido de oportunidade, a problemática da violência doméstica de todos os tempos e tão notória nos dias de hoje. E a este propósito, Idália Sá Chaves sublinhou que sabemos ensinar artes e ciências, mas nenhuma universidade ainda conseguiu ensinar «a didática do amor». A apresentadora adiantou que se impõe, no século XXI, «ensinar os valores para uma sociedade mais equilibrada».
Sobre o livro, considerou que este romance de Aida Viegas  se apresenta com «laivos de realismo», bem patentes nos temas sociais que a autora aborda, sem descurar o estilo memorialista num espaço da Bairrada do século XX, concretamente dos anos 60 e 70.
Idália Sá Chaves frisa que se torna necessário ampliar o «eco do grito», numa clara alusão aos recentes crimes de Beja e de Águeda. E sobre Laura, a figura principal do romance, avança, em jeito de quem sugere a leitura do livro, que ela protagonizou uma história de amor, que evoluiu para uma história de desamor.


O Papa e as intrigas no Vaticano

Uma crónica de Anselmo Borges,
no DN



Dizia-me uma vez em Bruxelas, admirado e pesaroso, um ilustre teólogo da Universidade de Lovaina (Joseph Ratzinger até o cita num dos seus livros sobre Jesus de Nazaré; não é herege): "Como é que foi possível o movimento desencadeado por Jesus, essa figura simples e amiga dos pobres, que acabou crucificado, desembocar no Vaticano, com um Papa chefe do Estado?" Entende-se, quando se estuda a História, mas é preciso reconhecer a tremenda ambiguidade da situação e o perigo constante de traição da mensagem cristã.

Hoje, concretamente, como já aqui chamei a atenção, citando o livro de Hans Küng, Ist die Kirche noch zu retten? (A Igreja ainda tem salvação?), a Igreja Católica, a maior, a mais poderosa, a mais internacional Igreja, essa grande comunidade de fé, está "realmente doente", "sofre do sistema romano de poder", que se caracteriza pelo monopólio da verdade, pelo juridicismo e clericalismo, pelo medo do sexo e da mulher, pela violência espiritual.

Cesário Verde: 25 de fevereiro




Evoca-se hoje, a data de nascimento deste poeta parnasiano. (1855-1886) que estudei, na juventude. De poesia delicada, com tendências ecologistas, (!?) Cesário empregou técnicas impressionistas, com extrema sensibilidade, ao retratar a cidade e o campo, seus cenários prediletos. Usa um vocabulário muito concreto, com que retrata o quotidiano, aproximando-se do naturalismo.



Naquele pique-nique de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
 houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!
Cesário Verde

Mª Donzília Almeida
25.02.2012

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Um livro de João Gonçalves Gaspar: 1.ª República Portuguesa e Igreja Católica


A República abriu um espaço novo de liberdade para a Igreja

No Prefácio de mais este trabalho de João Gonçalves Gaspar, Manuel Clemente, Bispo do Porto, refere: «De grande oportunidade é o presente estudo, na esteira das comemorações do centenário da implantação da República, que deu azo a muitas publicações sobre o assunto.» E adianta que, «Graças a estas publicações, temos hoje uma visão muito mais pormenorizada e circunstanciada do que sucedeu em Portugal nas primeiras décadas do século passado». 
Frisa a seguir que «Monsenhor Gaspar nos dá boas contribuições, com referências documentais que não conhecíamos ou precisavam de integração», referindo que «o equilíbrio dos seus comentários coincide geralmente com o resultado geral das referidas publicações do centenário». 
Por sua vez, João Gonçalves Gaspar diz, na Introdução, citando Bento XVI, aquando da sua viagem apostólica ao nosso país, que «A viragem republicana, operada há cem anos em Portugal, abriu, na distinção entre a Igreja e o Estado, um espaço novo de liberdade para a Igreja, que as duas concordatas de 1940 e 2004 formalizariam, em contextos culturais e perspectivas eclesiais bem demarcadas por rápida mudança. Os sofrimentos causados pelas mutações foram enfrentados geralmente com coragem». 
O autor afirma que o seu propósito se situou em «ordenar alguns factos sobre o que se passou no decurso dos anos da 1.ª República em Portugal, no que concerne às relações entre o Governo e a Igreja Católica». E acrescenta: «se houve pontos negativos com incontroláveis desacatos, injustas perseguições e múltiplas dificuldades que advieram da legislação civil, a Igreja também beneficiou muitíssimo, conquistando a sua própria autonomia, com muita persistência e tenacidade.» 


1.ª República Portuguesa e Igreja Católica, 
de João Gonçalves Gaspar, 
Edição da Diocese de Aveiro, 
novembro de 2011

BISPO DO PORTO NA 13.ª EDIÇÃO DO CORRENTES D'ESCRITAS





«Onde estamos, afinal? Simbolicamente, não num sítio muito diverso do que era o nosso há vinte anos, mas desta vez e para sempre não sós» (Eduardo Lourenço, Vence, 23 de outubro de 2000)

Agradeço o convite para estar aqui convosco, na 13ª edição do Correntes d’Escritas, embora sinceramente algo me custe, sobretudo por mim. Com o vosso convite, só posso ganhar e ganhar muito. Significa-me um misto de oportunidade e deslocação, não geográfica, que é curta, mas pessoal, por não ser propriamente um escritor. Escritor, que para o Dicionário da Academia é a “pessoa que escreve obras literárias ou científicas”. Isto não sou nem nunca fui bastantemente, ainda que tenha escrevinhado e poetado alguma vez, ou seguido um percurso académico discente e docente, com os respetivos encargos de investigação e redação. Nada que justifique o título.

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OVELHA DOLLY - 24 de fevereiro


Um texto de Maria Donzília Almeida

Descansadinha
Homónima da verdadeira, a minha ovelha Dolly, foi uma criatura lãzuda que viveu dois anos de existência feliz, no pomar de minha casa. Com o objetivo de ser o meu corta-relva, doméstico, a tempo inteiro e em contínuo funcionamento, é, aqui, lembrada, no dia em que a inspiradora do nome é notícia 
A ovelha Dolly (5 de Julho de 1996 — 14 de Fevereiro de 2003) foi o primeiro mamífero a ser clonado, com sucesso, a partir de uma célula adulta. Foi criada por investigadores do Instituto Roslin, na Escócia, onde viveu toda a sua vida. O mérito pela clonagem, foi atribuído a Ian Wilmut, mas este admitiu, em 2006, que Keith Campbell seria, na verdade, o maior responsável pela clonagem. 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Artista da Universidade Sénior


A Gafanha da Nazaré também é terra de Artistas! Eis um trabalho feito pelo aluno da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo, J.Teixeira, que foi apresentado na aula de fotografia. Afinal, há tanta gente com tanto para dar à comunidade. Ficamos  à espera de mais.

Nota: gentileza de Carlos Duarte

COMUNIDADE DE LEITORES NA BIBLIOTECA DE AVEIRO

O Grupo Poético de Aveiro, na sua missão de estimular a leitura e a partilha das reflexões de obras, irá promover um total de seis sessões durante o presente ano aos sábados de manhã: 25 de fevereiro, 7 de abril, 26 de maio, 21 de julho, 8 de setembro e 10 de novembro. Valter Hugo Mãe e Miguel Torga são alguns dos autores que serão abordados em sessões que contarão com a moderação de membros do Grupo Poético de Aveiro – Aida Viegas e Rita Capucho.

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PARTICIPAÇÃO DOS GUARDAS DA JARBA - 1925-1949

Inauguração no Museu da Cidade em 10 de março


Ponte-cais da Torreira, 1936


No próximo dia 10 de março, pelas 16:00, vai proceder-se, no Museu da Cidade de Aveiro, à inauguração da exposição “PASTA 76 e 76-A - Participações dos guardas da Junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro e avulsos – 1925-1949”.
Na ocasião será assinado um Acordo de Parceria entre a Administração do Porto de Aveiro e o Museu da Cidade de Aveiro, entidades que há anos vêm mantendo profícua colaboração.
A exposição, de natureza documental, é composta por documentos constantes da “Pasta 76 e 76-A”, uma das muitas pastas existentes no Arquivo Histórico-Documental da APA (AHDAPA) e que se encontram a ser digitalizadas.