(Clicar na imagem para ampliar)
domingo, 5 de fevereiro de 2012
SÃO CURADOS OS QUE VIVEM ATORMENTADOS
Um texto de Georgino Rocha
Cafarnaúm
Jesus anda por terras de Cafarnaúm. Vive uma jornada intensa de trabalho. Sai da sinagoga e vai a casa de Simão. Encontra com febre a sogra deste. Estende-lhe a mão e fica curada. Depois, ao cair da noite, depara-se com muitas pessoas atormentadas por diversos males. Cura umas e liberta outras. A sua fama vai aumentando. O estatuto social do carpinteiro de Nazaré começa a ter novo apreço. E ele tem de travar o “falatório” para não antecipar o ritmo normal da realização do seu projecto. Recolhe-se, por isso, em oração para verificar a sintonia com o querer de Deus-Pai. Deixa aquelas terras e vai para as povoações vizinhas. É preciso anunciar que o reino de Deus está em realização. Há que ser coerente e não parar nos primeiros passos.
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 276
PITADAS DE SAL – 6
EU E AS MARINHAS
Caríssima/o:
As marinhas sempre foram para mim um irrecusável convite e um violento desafio.
Cinco-seis anitos frágeis, descalços, remelentos.
“Acorda, meu filho! Olha, vamos que o tio já está à espera!...”
Acorda, vamos... espera! Ah, já me esquecera da conversa da véspera:
"Amanhã é Domingo... Vou à pesca com o meu irmão António...Vamos de bote ..."
Então é isso: vamos de bote! Para onde não interessa... que a aventura compensa sempre!
“P'rà frente! E senta-te!”
Palavras mágicas e... não fora o frio (na altura não separava os meses, seria Dezembro... ou Janeiro?!... Mas estava frio que os pés bem o acusaram ao pisarem a geada estaladiça da areia do caminho...), pois se não houvesse frio o quadro era perfeito:
céu azul e o chap-chap da água a bater nas tábuas do barco que rápido avançava pelo Esteiro Grande para Norte, para a seca do Egas (foi o que ouvi...).
Lá vão o TiTóino e o Artur a puxar à corda!
O barco parou e eles saltaram para dentro...
Levantei o pescoço e olhei para a frente da proa e só vi água a correr velozmente...
Agora pegaram nos remos e... molharam-me todo! Risota... e a minha camisola ficou toda ensopada...
Passado muito tempo (tanto que me parece que adormeci... valeu-me um saco de sarapilheira em que me embrulhei para aquecer...) senti que o bote deu um solavanco.
Todos saíram e cada qual pegou no seu utensílio e puseram-se a andar, deixando-me o meu Pai a sua palavra:
“Anda, levanta-te e vem atrás da gente!”
Pois sim... quando atingi aquele valado por onde eles foram, o junco cortado fez-me saltar como um cabrito... e picava que tinha raios!
Lá mais em baixo, o chão era liso...Consegui chegar, mas que sensação dolorosa, umas pedrinhas brancas a reluzir picavam mais que os juncos! Eram alfinetes! Levantei os olhos para ver onde ia o meu Pai e ...
“Ina! SAL! Um MONTE DE SAL!”
Manuel
sábado, 4 de fevereiro de 2012
FERIADOS PARA QUÊ?
Um texto de Anselmo Borges
no DN
no DN
Não esperava voltar aos feriados. Se volto, é por causa da troika e do debate que se gerou. Não creio que o atraso nacional se deva propriamente aos feriados ou que seja a sua supressão que nos vai fazer dar um salto em frente. As razões do atraso - a ordem é arbitrária - são mais fundas: sem negar manchas felizes de excelência, uma educação coxa; falta de produtividade; não temos uma cultura do trabalho - a religião também influenciou; uma industrialização atrasada; o velho encosto ao Estado protector, que engordou desmesuradamente; incompetência na governação; assimetrias sociais gritantes; a corrupção e a aldrabice atávicas - não apareceram agora, por causa do fisco, mais de cem mil filhos inexistentes, e, nos centros de saúde, dois milhões de utentes-fantasmas?; excesso de administradores nas empresas públicas, com privilégios e prémios imerecidos; justiça lenta e sentida como desigual; desemprego galopante; uma multidão ondulante pendurada da política e dos partidos; cumplicidades entre a política e interesses privados... Quando se lê o estudo recente "A Qualidade da Democracia em Portugal: a Perspectiva dos Cidadãos", há razões sérias para preocupação.
DIA MUNDIAL DO CANCRO - 4 de fevereiro
Um texto de Maria Donzília Almeida
O cancro é uma doença insidiosa que pode surpreender-nos, em qualquer esquina da vida. E, como um assaltante de estrada, ataca indiscriminadamente, não olhando a idade, sexo, estatuto social, credo religioso, ou filiação partidária.
Contra esse assalto imprevisível e inesperado, erguem-se barreiras de defesa, em campanhas de prevenção. A LPCC (Liga Portuguesa Contra o Cancro) que promove uma campanha profilática, permanente, tem vindo a desenvolver um trabalho meritório, no combate a esta terrível doença.
É conhecida, há milénios, a presença do cancro na humanidade. Desde Hipócrates (377 a.C.) que há registos de patologias semelhantes aos vários tipos de cancro dos nossos dias.
Surge o cancro, quando as células têm um crescimento anómalo, o sistema imunitário se revela incapaz de as destruir e se criam metástases em várias partes do corpo. É uma doença, em que a célula sofre mutações ao nível do ácido desoxirribonucleico, (ADN)
É a doença mais temida e temível, de todas as que afetam o ser humano. A investigação, constante, tem permitido conhecer melhor as suas causas e novas formas de o prevenir e debelar.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Passeios da Avenida José Estêvão sem árvores
Quando foram plantadas árvores nos passeios da Av. José
Estêvão, decerto com as melhores intenções, talvez poucos pensassem que a ideia
não seria boa. Com o tempo, porém, veio a provar-se que as árvores, em passeios
estreitos, só prejudicam a mobilidade e provocam estragos. A Câmara Municipal
de Ílhavo (CMI), com a decisão de arrancar as árvores, veio pôr termo aos muitos protestos que ao
longo do tempo lhe foram chegando.
Fernando Caçoilo, vereador da autarquia ilhavense e
responsável pelo setor, falou-nos das razões que levaram a CMI a retirar as
árvores, já com uns anos de vida. E garantiu-nos que a Av. José Estêvão não tem
dimensões para manter árvores nos passeios laterais, sublinhando que os
plátanos, que estão a ser arrancados, são, normalmente de grande porte.
As queixas insidiam sobre as dificuldades de circulação de
cadeiras de rodas, carrinhos de bebés, carros de compras e mobilidade das
pessoas que se viam, em certos lugares, na necessidade de saltar para a avenida,
para contornarem os obstáculos. As folhas entupiam as caleiras de casas e as sargetas,
e as raízes rebentavam a calçada e os muros das habitações.
A operação que tem estado em curso leva os calceteiros a
repararem de imediato os estragos, como seria de esperar, para se evitarem mais
transtornos às populações.
Questionado sobre a possibilidade de se plantarem novas
árvores, de características diferentes, Fernando Caçoilo adiantou-nos que não
está prevista essa hipótese, frisando que os passeios não permitem, por serem
demasiado estreitos, qualquer obstáculo à livre circulação. Disse ainda,
valorizando a importância da árvore na paisagem urbana, que, no fundo, as
pessoas devem estar em primeiro lugar, na hora das decisões.
Subscrever:
Mensagens (Atom)