quinta-feira, 31 de março de 2011

FIGUEIRA DA FOZ: Arte na Cidade

Parque das Abadias


A beleza, quando existe, desperta em nós sentimentos belos de admiração. Nem o cinzento frio e chuvoso que há dias nos envolvia fazia esconder a árvore (antes a sublinhava), de ramos ainda secos, mas à espera da primavera que tarda. Qualquer dia, quando por lá passar, prometo oferecer aos meus amigos essa outra imagem, que não fará esquecer a que hoje aqui partilho com o mundo.

Portugal entregue a golpes e contragolpes

A crise por que estamos a passar, com garantias de que o pior está para vir, talvez seja fruto dos golpes e contragolpes dos nossos políticos, que não poupam nas estratégias para ficar ou ocupar o poder. António Barreto, que não é um analista qualquer, fala, no i, desses golpes. Leia aqui 

Da inclinação para os ídolos já falava Moisés

Padre Américo

Sempre inclinados para os ídolos?


António Marcelino

«Os grandes da história não foram os que fizerem guerras ou inventaram objectos de morte. Ainda que discretos na sua história pessoal - são sempre assim as pessoas grandes - eles são os que a memória do tempo guarda e apresenta como modelos estimulantes de bem-fazer. Dos nossos tempos, basta recordar Teresa de Calcutá e o Padre Américo, que não se desviaram nunca do projecto que conduzia a sua vida. Por isso ela deixou sulcos inapagáveis. Na mesma linha estão milhares de anónimos das nossas terras. São eles que não deixam que este mundo, tonto e desfigurado, resvale para a barbárie. O seu número pode sempre crescer e é preciso que cresça. Todos lá temos lugar, se é que ainda o não ocupamos»Todas as pessoas, homens e mulheres, levam consigo, a tempo inteiro, e sem que alguém possa interferir nesta sua capacidade, serem capazes tanto do bem como do mal. O ambiente que nos cerca e os tempos que vivemos nem sempre favorecem a melhor opção, empurrando-nos para o que muitas vezes nós detestamos. Será sempre actual a palavra de S. Paulo ao dar conta, desolado, do que lhe ia na alma: “Ai de mim, que faço o mal que não quero e não faço o bem que quero!” Quem há aí que não tenha tido, em algum dia ou em muitos dias, esta dolorosa sensação?

quarta-feira, 30 de março de 2011

João Gonçalves Gaspar evoca Egas Moniz

Egas Moniz

Egas Moniz: «Que existe para além da morte?»

João Gonçalves Gaspar

No dia 29 de novembro de 1874, nasceu na vila de Avanca, na “Casa do Marinheiro”, o prof. doutor António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz, médico, cientista, escritor, orador, professor catedrático, político e estadista de renome mundial. Faleceu em 13 de dezembro de 1955, na cidade de Lisboa, e os restos mortais, trasladados para a terra natal, foram sepultados no cemitério local.
Lembro uma curiosidade interessante sobre os seus cognomes “Egas Moniz”, que não herdou de seus pais. O tio paterno e padrinho, padre Caetano de Pina Resende Abreu Sá Freire, sendo pároco de Pardilhó, levou-o para a sua companhia e cuidou dos primórdios da sua educação. Como o mencionado sacerdote se interessava pelas genealogias, convenceu-se de que os Resendes descenderiam diretamente de D. Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques, nosso primeiro rei; por isso, tomou a iniciativa de substituir no nome do sobrinho o patronímico “Resende” pelos apelidos “Egas Moniz”, com os quais ficaria a ser conhecido.

Ler todo o artigo aqui


A Economia é indissociável da Justiça

«Socialismo na gaveta»?

Acácio Catarino

Na luta contra a crise económica do início dos anos oitenta, o Dr. Mário Soares deixou cair a afirmação de que era necessário meter o socialismo na gaveta. A frase prestou-se, certamente, à deturpação das intenções do seu autor; agora, pode voltar a surgir, assim deturpada, num contexto muito mais desfavorável do que há trinta anos. O mais grave deste slogan, interpretado de maneira simplista, é afirmar exactamente o contrário do recomendável: No fundo afirma que, numa crise económica, não se pode atribuir prioridade à solução dos problemas sociais; devem meter-se na gaveta as preocupações de natureza social veiculadas pelo socialismo e por outras orientações de humanismo social, tais como, por exemplo, a social-democracia e a democracia cristã.

FIGUEIRA DA FOZ: Arte na Cidade


No jardim público da Figueira da Foz, tribunal de um lado e mercado do outro, há um tronco que sobressai entre árvores, arbustos e demais plantas e flores. Sobressai como sinal de teimosia para continuar a sua missão decorativa. A copa, que teria sido enorme, morreu. Mas o tronco, firme, forte e digno, ali está, não com sinais de vida, mas com certeza de presença que ainda desperta interesses. Pelo menos a mim.

Henrique Raposo garante que a sua relação com Deus é boa



Vagabundo do absoluto


Henrique Raposo, colunista e mestre em Ciência Política, fala da sua relação com Deus e do que espera no diálogo com a Igreja Católica, colocado no «Pátio dos Gentios»

As suas raízes alentejanas moldaram-lhe a personalidade, no entanto deixou de ser «vagabundo do relativismo». Com 32 anos, o colunista do «Expresso» Henrique Raposo confessa à Agência ECCLESIA que a sua relação “com Deus é boa”. Custa-lhe “o mistério pascal porque não consegue transformar este mistério em luz pascal…”
Com a Capela do Rato (Lisboa) a poucos metros, este homem da escrita – esteve no «Público», «Diário de Notícias», «Independente» e revista «Atlântico» -, nascido nos arredores de Lisboa (Loures), pede à Igreja para que saiba dialogar no «Pátio dos Gentios» e utilize a linguagem da Polis.

Ler a entrevista aqui

terça-feira, 29 de março de 2011

Como vai ser a próxima campanha eleitoral?

«Seria desejável que o ponto de ruptura a que chegámos pudesse suscitar uma espécie de exame de consciência nacional, em vez de mais uma troca de acusações mútuas»

João Carlos Espada,
 in PÚBLICO

Nota: Diz bem o Prof. Universitário João Carlos Espada, mas estou em crer que tal não vai acontecer. Até me parece que os portugueses, duma maneira geral, interiorizaram uma raiva inexplicável, quando falam sobre política. Normalmente num tom de voz agressivo, violento, acusatório, difamante… não havendo, por sistema, espaço para um diálogo sereno, pedagógico e construtivo. Estarei a exagerar? Penso que não. Será que, numa situação de crise a tantos níveis, vamos assistir, mais uma vez, a uma campanha eleitoral que contribua para afastar os portugueses da democracia?

FM

Saramago e a leitura

Costa Nova: Mar e ria despertam espiritualidade no Centro Jean Gailhac



«Entre a ria e o Atlântico, o Centro de Espiritualidade Jean Gailhac, em Ílhavo [Costa Nova do Prado], é um espaço de “calma e serenidade, onde a ansiedade e o barulho externo se diluem”, diz Cláudia Pacheco, uma das responsáveis da casa.
A religiosa de 41 anos é uma das cinco freiras do Instituto do Sagrado Coração de Maria pertencentes à comunidade situada na praia da Costa Nova, diocese de Aveiro, que a ECCLESIA visitou.
“O objectivo desta casa não é férias. Não é uma residencial nem um hotel”, acentua a irmã, realçando que a finalidade “exclusiva” deste centro católico, que recebe entre 800 a 900 pessoas por ano, é proporcionar “formação espiritual e oração”.
No interior opta-se pelo despojamento: “Tentamos ser sóbrias. Não é que seja uma casa austera, mas não gostaríamos que muita coisa fosse distracção visual”, explica Cláudia Pacheco, que aponta para breves passagens da Bíblia suspensas nas paredes.
Os quartos, com cama e escrivaninha, são “simples”, e o ambiente distancia-se da comodidade, obedecendo ao princípio de privilegiar a procura de Deus: “Gostaríamos que fosse um spa espiritual”, diz a religiosa, aludindo aos centros hoteleiros onde se promove o bem-estar físico e psicológico.»
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segunda-feira, 28 de março de 2011

Hélio Loureiro apresenta Chora e Línguas de Bacalhau

No sábado, na RTPN, o chefe Hélio Loureiro apresentou, exemplificando, mais uns pratos de Ílhavo: Chora e Línguas de Bacalhau. No ambiente do Museu Marítimo de Ílhavo, tendo como pano de fundo a exposição Faina Maior,  Hélio Loureiro contou com Ana Maria Lopes no papel de cicerone, competente mais do que ninguém, ou não fosse ela coautora da referida exposição e do livro que saiu recentemente em 2.ª edição, sobre a pesca do bacalhau à linha.

Ver aqui

Jeremias Bandarra: 50 anos de pintura

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Crise: Todos gostamos de conhecer alternativas às opções do PS

Sporting: sempre há cada lírico


Este "poeta" deve ter estragado as hipóteses de Dias Ferreira conseguir mais votos nas eleições do Sporting. Sempre há cada "lírico"...

FIGUEIRA DA FOZ: Arte na Cidade


No painel cerâmico exterior do edifício do tribunal da Figueira da Foz há muito para apreciar. Voltado para o jardim, muitos passam sem olhar sequer. Aqui fica a disputa da criança por duas mulheres. Uma é a mãe verdadeira. Salomão decidirá. E bem, reza a lenda ou história.

Um livro de João Gamboa: "As Palavras em Mão - Apontamentos de Literatura

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domingo, 27 de março de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 230

DE BICICLETA... ADMIRANDO A PAISAGEM - 13



SOU SEU DISCÍPULO!...

Caríssima/o:

Conto chinês – A bicicleta

Um mestre chinês viu cinco dos seus pequenos discípulos voltando das compras, pedalando as suas bicicletas.
Quando eles chegaram ao mosteiro e largaram as bicicletas, o mestre perguntou aos estudantes:
“Por que andam de bicicleta?”
O primeiro discípulo disse:
“A bicicleta carrega, para mim, os sacos de batata. Estou feliz por não ter de carregá-los às minhas costas!”
O mestre elogiou o primeiro aluno:
“Você é um rapaz muito inteligente! Quando crescer não andará curvo como eu ando.”
O segundo discípulo disse:
“Eu adoro ver as árvores e os campos por onde passo!”
O mestre elogiou o segundo discípulo:
“Os seus olhos estão abertos e você enxergará o mundo.”
O terceiro discípulo disse:
“Quando eu pedalo na minha bicicleta, fico feliz e cheio de energia.”
O mestre louvou o terceiro estudante:
“A sua mente se expandirá com a suavidade de uma roda novamente centrada.”
O quarto discípulo falou:
“Pedalando eu vivo em harmonia com todos os seres vivos.”
O mestre ficou feliz e disse ao quarto estudante:
“Você pedala no caminho dourado da bondade.”
O quinto aluno disse:
“Eu pedalo na minha bicicleta por pedalar”.
O mestre sentou-se aos pés do quinto estudante e disse:
“Sou seu discípulo!...”

Manuel

FIGUEIRA DA FOZ: Ribeiro das Abadias




O Ribeiro das Abadias vem de longe, da Serra da Boa Viagem, e atravessa, no centro da cidade, o parque que lhe dá o nome. Depois cai no Mondego. Para sempre. É um fiozinho de água, muito ténue no verão, mas corre. Devagarinho, mas corre. Há anos não estava lá muito limpo, o que era pena e parecia mal, mas depois foi arranjado e ali se mantém como sinal de frescura permanente. Para quem faz desporto e para quem passa, simplesmente. Visito-o com frequência, porque gosto dele ali.

Faina Maior no Museu de Marinha e a bordo do Gil Eanes

 
A  2.ª edição do livro "Faina Maior: A Pesca do Bacalhau nos Mares da Terra Nova", de Francisco Marques e Ana Maria Lopes, vai ser lançado no dia 31 de março, pelas 18 horas, no Museu de Marinha, em Lisboa. Depois acontecerá o mesmo a bordo do Gil Eanes, em Viana do Castelo.
 
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sábado, 26 de março de 2011

Jornal i: Tolentino Mendonça: "Um poema de Ruy Belo é um texto sagrado"

José Tolentino Mendonça


Se caminhar já é rezar, como dizia São Francisco de Assis,
esta não foi uma entrevista.
 Foi uma oração pelo Príncipe Real 



«A poesia é um sacerdócio que se ensina e que se aprende. Uma outra maneira de somar palavras para descrever o poeta, o sacerdote, o professor. Tolentino Mendonça, em suma, que afinal o nome que cada um carrega na bagagem é sempre mais forte que a bengala de um título. "O Tesouro Escondido", que entrou esta semana na terceira edição, segue caminho para Itália e Brasil. Pequeno pretexto para uma conversa maior com passagem pelo Teatro da Cornucópia, onde assistiu ao ensaio geral da "Morte de Judas". O dia foi de outra estreia: o interlocutor esqueceu-se da carteira em casa. Na da jornalista, não muito mais precavida, apenas um euro. A providencial moeda chegou para o café. Por sorte, ou por graça de Deus, nenhum dos dois ficou a lavar a loiça.»

Entrevista conduzida por Maria Ramos Silva

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A linguagem é um bem maior


Homem: animal que fala

Anselmo Borges

Entre as características ou "notas" que distinguem o ser humano dos outros animais, uma é determinante: a capacidade simbolizante, de tal modo que antropólogos, como E. Cassirer ou P. Laín Entralgo, o definiram, respectivamente, como animal simbólico e animal simbolizante.
O animal vive dentro do esquema estímulo-resposta. Com o homem, dá-se uma mudança qualitativa, já que, entre o estímulo e a resposta, se introduz o sistema simbólico. Ora, como escreve Gabriel Amengual, que sigo, esta nova aquisição transforma a totalidade da vida humana, pois, assim, o homem "já não vive apenas num puro universo físico, mas num universo interpretado, um universo simbólico". O homem, ao contrário dos outros animais, não vive na pura imediatidade das coisas, pois tudo lhe aparece interpretado, dotado de significado e valor. "Vemos a realidade através da linguagem, da cultura, da ciência, das crenças, etc."

Dia do Porto de Aveiro, no Centro Cultural de Ílhavo



O Dia do Porto de Aveiro vai este ano ser comemorado de forma diferente. O Centro Cultural de Ílhavo alberga, no próximo dia 3 de Abril, um evento organizado pela Comunidade Portuária de Aveiro e pela Casa do Pessoal do Porto de Aveiro.
A abertura, pelas 17:30, fica a cargo do Coro da Casa de Pessoal do Porto de Aveiro.
Às 18:00 lugar para “Marco Rodrigues & Mafalda Arnauth”.
Marco Rodrigues, o fadista da nova geração mais falado do momento, convida Mafalda Arnauth, cantora de carreira sólida, para um espectáculo partilhado, mágico e especial, onde, para além de várias canções dos seus reportórios, prometem, em duetos inéditos, ao vivo, encantar toda a plateia.
A receita da bilheteira reverte na sua totalidade a favor da Fundação Prior Sardo.

sexta-feira, 25 de março de 2011

FEIRA DE MARÇO: a festa de Aveiro e arredores

 
Farturas (foto do meu arquivo)

Bem andou D. Duarte, o Rei Eloquente,  em criar, há 577 anos, a Feira de Março. Ontem como hoje, importante para o desenvolvimento da economia local. As feiras, daqueles recuados tempos (e ainda nos nossos dias), eram as grandes superfícies que presentemente nos oferecem tudo e mais alguma coisa.
A Feira de Março, que já abriu os portões que vão ficar abertos até daqui a um mês, é, realmente, a festa dos aveirenses e arredores. Não há quem deixe passar esta oportunidade sem lá ir. Para assistir a espetáculos dos nossos artistas da Rádio e Televisão, sempre com ritmo a marcar a alegria que falta para afugentar a tristeza, para apreciar a quinquilharia, para dar umas voltinhas nos carrosséis, para admirar as potencialidades da nossa indústria, para saborear umas farturas, mesmo sabendo que estão proibidas aos diabéticos e que fazem mal ao colesterol. Eu ainda não decidi se como uma ou não. Boa feira para todos.

Pontão do Jardim Oudinot foi aprovado


Pontão do Jardim Oudinot

A Câmara Municipal de Ílhavo aprovou já o regulamento de Utilização do Pontão Nascente da Doca de Recreio do Jardim Oudinot e a integração da sua gestão na actividade do Fórum Náutico do Município de Ílhavo. Este regulamento foi estabelecido no âmbito do protocolo existente entre a Câmara Municipal de Ílhavo e a Administração do Porto de Aveiro para a gestão daquele infraestrutura.