segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Responsável europeu diz que Gripe A foi o maior escândalo médico do século

Wolfgang Wodarg, presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, diz que a Gripe A foi uma falsa pandemia e que é “um dos maiores escândalos médicos do século.”

A ser verdade, que mundo é este?



República: D. Manuel Clemente diz que Afonso Costa despertou católicos



 
Lei da Separação gerou
reacções contrárias
à intenção do legislador
 
 



Afonso Costa


Contrariando as previsões de Afonso Costa, a “Lei da Separação (1911) despertou nos católicos uma vitalidade insuspeitável” – disse D. Manuel Clemente, bispo do Porto, na primeira sessão de 2010 do Seminário «Religião, Cristianismo e Republicanismo». Promovida pelo Centro de Estudos de História Religiosa da UCP, esta iniciativa integra-se no Programa Oficial das Comemorações do Centenário da República.
Aos participantes no seminário, o bispo do Porto falou sobre a «A vitalidade católica no contexto da República». Nos anos seguintes à Implantação da República (5 de Outubro de 1910), a resistência do clero foi apoiada pelos cristãos. Reunidos em Santarém, a 10 de Julho de 1913, os bispos lançam um apelo aos católicos. O chamado «apelo de Santarém» alterou o panorama sócio-religioso da sociedade portuguesa.“Defesa e afirmação da Igreja; catequização e restauração da sociedade portuguesa com o contributo da Igreja” foram as linhas mestras que marcaram o catolicismo português no primeira metade do século XX. A “radicalização de Afonso Costa (pasta da Justiça e Cultos) não afastou os católicos. Pelo contrário deu-lhes força” – realçou o historiador e bispo do Porto, na sessão realizada, dia 21 de Janeiro, na Universidade Católica. A Igreja defendia a separação do Estado, mas “não neste quadro”.


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domingo, 24 de janeiro de 2010

Festa no Santuário Diocesano de Schoenstatt



Irmã Heloísa


Irmã Lúcia


Irmã Cecília

Para uma pessoa ser feliz,
tem de seguir a sua vocação

«Um jubileu é celebração da experiência de acolhimento da Palavra proclamada, rezada, vivida e testemunhada», mas é também «proclamação da alegria e certeza da bênção de Deus», afirmou D. António Francisco dos Santos, na eucaristia de acção de graças celebrada hoje, no Santuário de Schoenstatt. Três Irmãs de Maria — Heloísa, Lúcia e Cecília — festejaram a sua entrega a Deus, a primeira há 50 anos e as duas últimas há 25.
Dirigindo-se às Irmãs, em especial, referiu que é com os olhos em Cristo que podem «ver mais longe» e ser «construtoras do futuro», na certeza de que um jubileu «ilumina o vosso passado e vos abre horizontes para a missão, que consiste em anunciar a Boa Nova».
Em nome das Irmãs que festejaram os seus jubileus, a Irmã Heloísa explicou, no final da missa, a sua caminhada vocacional. Com a emoção sempre presente, contida umas vezes e outras vezes manifestada, referiu que «cada um de nós tem a história da sua vocação» e que foi grande coincidência celebrar os 50 anos da sua entrega a Deus, neste Ano Sacerdotal e numa altura em que também se comemora o centenário da ordenação sacerdotal do Padre Kentenich.

26 mini-repórteres estreiam acesso ferroviário ao Porto de Aveiro






Uma  equipa de 26 mini-repórteres, com idades compreendidas entre os sete e os 16 anos, coordenada por Fausto Correia, viajou ontem, sábado,  em máquina cedida pela FERROVIAS (máquina Estabilizadora Dinâmica de Via HTT TS-50), empresa que, a exemplo do que sucedeu com a REFER e com a NAVALRIA, se associou à iniciativa “Mini-Repórteres do Porto de Aveiro”.

Os meus livros antigos: OS FAMINTOS de João Grave




Hoje apresento mais um livro antigo da minha biblioteca. Trata-se de OS FAMINTOS — Episódios da vida popular, de João Grave, membro da Academia das Ciências de Lisboa. Esta terceira edição, com data de 1920, é da responsabilidade da Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, do Porto.
Diz o autor, que este livro foi um romance de estreia, havendo nas suas páginas «uma frescura de sentimento e uma sinceridade de intuitos» que lhe parecem «incontestáveis».
João Grave nasceu em Vagos em 11 de Julho de 1872 e faleceu no Porto em 1934. Foi escritor, jornalista e director da Biblioteca Municipal do Porto.

Confraria Gastronómica do Bacalhau continua a promover o nosso Fiel Amigo




A Confraria do Bacalhau recebeu
mais de duas centenas
de confrades nacionais, espanhóis e franceses




O XI Capítulo da Confraria Gastronómica do Bacalhau teve início na Câmara Municipal de Ílhavo, no sábado, 23 de Janeiro, com a concentração das Confrarias e a recepção no Salão Nobre, onde usaram da palavra o Grão Mestre da Confraria do Bacalhau e Ribau Esteves, Presidente da Câmara, para saudar as Confrarias presentes, enaltecendo o espírito que anima estas instituições que se empenham na defesa e preservação das gastronomias nacional e regionais.
 A “Patanisca de Honra”, confeccionada pelo cozinheiro Jorge Pinhão, lembrou a todos os convidados que estavam na terra do bacalhau. Às 11 horas, na Capela de Nossa Senhora do Pranto, celebrou-se a missa solene, presidida por D. António dos Santos, Bispo Emérito da Guarda e antigo pároco de Ílhavo, tendo animado musicalmente a celebração a Música Nova de Ílhavo.
No Hotel de Ílhavo foi inaugurada uma exposição filatélica do ilhavense e docente da Universidade de Aveiro, Manuel João Matias, subordinada ao tema “Faina Maior” e de pintura do Confrade do Bacalhau e antigo Capitão da pesca, Manuel Correia.
O almoço teve como ementa derivados de bacalhau (pataniscas, bolos de bacalhau e carinhas), chora, e Bacalhau à Confraria, de autoria do Confrade Chefe Silva

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues



(Clicar na imagem para ampliar)

Para começar este domingo, a visita de um amigo emigrante


Alberto Margaça



Alberto Margaça é um dos muitos gafanhões emigrantes espalhados pelo mundo. Vibra sempre quando se fala da terra que o viu nascer, ali à beira da Escola da Cambeia, que fica no Bebedouro, Gafanha da Nazaré. Esta escola herdou o nome que tinha, na chamada escola da Ti Zefa.
Pois o Alberto, com quem gosto de conversar, teve a gentileza de me visitar ontem. Fálamos dos seus 36 anos de Canadá e da maneira como, longe da Pátria, os nossos emigrantes mitigam as saudades. Da nossa conversa vai sair, no próximo Timoneiro, a entrevista que lhe fiz. Para já, contudo, fica a sua paixão pela música popular portuguesa, que o levou a criar um grupo musical, Searas de Portugal. Deste meu recanto, aberto ao mundo, aqui fica o meu abraço para todos os emigrantes, com votos, também, de que o Alberto faça boa viagem de regresso ao Canadá.

sábado, 23 de janeiro de 2010

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 168

PELO QUINTAL ALÉM – 5


Ti Sarabando com Ti Mar'Joana

O PASTO

A
Ti Sarabando
e a sua Mar'Joana ( Maria Joana)

Caríssima/o:

Hesitei no título: erva... pasto...
Vendo bem as coisas, optei por “pasto”; “erva” nos dias que vão passando até nos dicionários se lhe junta outra conotação muito afastada daquela que nos levava junto dos animais para os alimentar...
Os tempos são outros e não apenas o sentido das palavras se alterou...

a. Pelo nosso quintal há muita erva mas não da que se criava com a sementeira e a adubação abundante para se cortar e levar para os currais das vacas, dos coelhos, dos porcos. Agora não se criam animais e a erva nasce sem ser semeada!

e. Também pelas muitas terras da nossa Gafanha que é da erva que se semeava depois da apanha do milho? Não se vê...
Naqueles tempos, as terras eram limpas de felgas e melhãs; logo “adubadas” com esterco dos currais. Depois deste espalhado, lançavam-se à terra as sementes de cevada, centeio ou aveia. A seguir, margeava-se o terreno.
Parte destas sementeiras destinavam-se a dar grão, mas a grande maioria serviria de alimento para o gado na invernia.
Era ver então como, foicinha na mão, ah!, corta que corta, se enchia a carroça ou ajeitava o molho que se levaria à cabeça ou aos ombros.

i. Quando a economia de subsistência era rainha, tudo se aproveitava. Destas plantas, os do nosso tempo se lembrarão, as folhas e os caules verdes iam alimentar o gado. Das searas, as paveias eram levadas para a eira, malhadas, ensacava-se o grão; a palha ia para os colchões, para a cama dos animais e, por vezes, para a manjedoura.

o. Directamente para a saúde, nada consta; convenhamos, porém, que muitos considerandos positivos se poderiam acrescentar sobre o equilíbrio fisiológico e emocional ...

u. E aqui se agiganta a figura do Ti Sarabando.

A IGREJA NO HAITI




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Jornal i: A pobreza não tem ideologia

O problema de procurar respostas para a pobreza é acreditar que numa delas está a solução. E procurar na ideologia esse bilhete premiado

Há 2 milhões de pobres em Portugal. Isto quando se adicionam apoios sociais do Estado aos seus fracos rendimentos: sem subsídios, são 4 milhões de portugueses que vivem com menos de 360 euros por mês. Impressionante? Estes números não servem para nada. Isso: não servem para nada - a frase, dura como ácido, valeu um prémio Nobel a Amartya Sen.


Para este indiano conhecido como a Madre Teresa da Economia, a pobreza não se afere pela existência de um ou mais dólares na carteira de cada um. O dinheiro importa, claro, mas para medir as necessidades que não se conseguem pagar com esse dinheiro. Parece a mesma coisa, mas não é: o que Sen mede é aquilo que cada pessoa consegue atingir com determinado nível de rendimento. Há gente a quem a falta de dinheiro não impede de se tornar rica - como existem crianças que nascem ricas e acabam pobres. Porquê?

A resposta valeu o prémio Nobel da Economia a Amartya Sen em 1998, mas nem ele ficou satisfeito com ela: a pobreza ou a ausência dela depende das circunstâncias em que vive cada pessoa, da sua genética, da sorte, dos seus pais, do clima, da roupa que usa, da voz que tem, das emoções que transmite e de um conjunto impressionante de outras possibilidades que salvam uns mas condenam outros.


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As sociedades humanas não podem subsistir sem o exercício do poder


Amor que serve

'Potestas' e 'auctoritas'



Mesmo não entrando em tecnicismos, esta distinção que os romanos faziam entre potestas e auctoritas pode ser fundamental, concretamente para os tempos que atravessamos.
Claro: há muitas formas de poder, desde os órgãos de soberania ao poder da moda, e Max Weber, por exemplo, distinguiu vários tipos de poder: legal, carismático, tradicional. Mas, aqui, poderíamos dizer, ainda que simplificando muito, que a potestas - vem de potis, com o significado de senhor de, que exerce o poder sobre - tem a ver com o poder no sentido institucional. Assim, os magistrados têm poder, os presidentes de câmara têm poder, os deputados, os bispos, os ministros, os presidentes de junta de freguesia, os polícias, os pais, os padres, os generais, os professores... têm poder. As sociedades humanas não podem subsistir sem o exercício do poder. Há sempre o poder enquanto domínio para que os grupos possam viver organizadamente e sem violência.

Para começar este sábado, poesia de Eugénio Beirão





“FINJO QUE SOU POETA”

Finjo que sou poeta
e construo flores de palavras
que uso na lapela.
Mas poeta eu não sou.
Assomo apenas à janela
a contemplar os astros;
e com luminosos traços
ensaio dizer o deslumbramento.

Eugénio Beirão
In Os Dias Férteis

Nota: Sobre o livro Os Dias Férteis, que ando a ler, hei-de publicar aqui, um dia destes, algumas reflexões. Como conheço o autor e as suas diversas capacidades literárias e culturais, adianto que precisa de ser mais lido.
FM

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

350 mil entradas no Pela Positiva

Como facilmente se pode ver, o meu blogue Pela Positiva acaba de registar 350 mil entradas. Motivo para saudar todos quantos, dos mais diversos pontos do mundo, entraram em sintonia comigo. Em sintonia pelo espaço, que não totalmente pelas ideias, como decerto se compreenderá. Enquanto tiver saúde e forças, já que determinação me não falta, por aqui estarei ao sabor da maré da Ria de Aveiro, que comanda os nossos humores.

Um abraço para todos

Fernando Martins

TÁCTICAS NA POLÍTICA

A política é mais complexa do que o futebol. Penso eu, claro. E porque é complexa, usa imensas tácticas em tudo. Umas que percebemos e outras que nunca descobriremos.  Vasco Pulido Valente, a propósito das negociações em curso para viabilizar o Orçamento do Estado, aponta duas tácticas.

No integrismo ou no igualitarismo não há diálogo



Ecumenismo e integrismos

1. Se formos elaborar um estudo exaustivo, mesmo que numa análise do campo exterior, a origem das religiões revela-se sempre imensa de ser universalista e totalizante, dador de sentido à existência de cada um e de todos. Nessa análise, na generalidade, detectar-se-ia uma frescura de interiorização e universalização capaz da inclusão das múltiplas diversidades e visões. Com o crescer e com o necessário realismo, como é natural, vem a procura de regulação e enquadramento, um estabelecer de balizas de ideias e de compreensões práticas, facto que, a partir de uma determinada racionalidade (porventura codificada), pode levar a excluir as diferenças, fazendo crescer a dura e crua semente do integrismo, fanatismo, fundamentalismo.


Crónica de um Professor: Já faltou mais para o equinócio da Primavera! Graças a Deus!



O Tempo

Quando não há outro assunto de conversa, fala-se do tempo. Entre os Britânicos, é assunto recorrente, quando a intimidade das pessoas não lhes consente outro tema de conversa. É suficientemente abrangente para tocar a todos e está sempre na ordem do dia. O tempo que fez, o tempo que faz e o tempo que se espera, cabem sempre nos interesses e no conhecimento de cada um.
Isto acontece quando o tempo é comedido e não extravasa os limites que lhe são atribuídos. No momento presente, é tema central de muitas conversas, digamos até que anda nas bocas do mundo, pelos excessos que tem cometido. Basta lembrar as cheias que têm acontecido no Brasil, uma calamidade, nos Estados Unidos, os nevões do norte da Europa e ultimamente os abalos telúricos no Haiti. Todos os dias nos chegam as imagens pungentes dum povo sofredor que está, neste momento, a tentar reerguer-se perante a catástrofe. É chocante, deprimente a exibição da tragédia humana que assolou um povo, já tão fustigado pelas intempéries da vida.

M.ª Donzília Almeida

O voyeurismo da tragédia

A realidade de algum jornalismo está bem retratada aqui. Concordo com o autor deste texto, publicado no blogue "A origem das espécies". Ajuda-nos a ver como se trabalha e como se joga "ao faz de conta". Há reportagens do Haiti que já enojam. Quando alguns repórteres começam a falar  já sabemos o que é que vão dizer. Até parece que lhes faltam as palavras. Ou então dizem sempre o mesmo. Como mostram imensas vezes as mesmíssimas imagens. Neste texto, fala-se, também, de um repórter fotográfico, gafanhão. O Pedro Loureiro não foge das guerras.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

ÍLHAVO: Prémios de Artes Plásticas e Design para finalistas

Autarquia quer estimular a criatividade
e homenagear figuras ilhavenses


A Câmara Municipal de Ílhavo aprovou a criação e atribuição dos Prémios “Artes Plásticas Cândido Teles” e “Design João Carlos Celestino Gomes” destinados a Alunos Finalistas em Artes Plásticas e Design das Escolas Superiores destas áreas, a nível nacional, relativos ao ano lectivo 2009/2010.
Com a atribuição destes prémios, a CMI pretende, além de estimular a criatividade artística, homenagear duas das mais importantes personalidades da cultura ilhavense, num projecto que se pretende afirmar como um dos mais importantes prémios a nível nacional.
Enquanto entidade promotora e patrocinadora deste evento, a autarquia atribuirá dois prémios de aquisição a duas obras seleccionadas pelo Júri constituído para o efeito, sendo cada um dos prémios — “Artes Plásticas Cândido Teles” e “Design João Carlos Celestino Gomes” — do valor de 1250 euros.
Todos os alunos interessados em participar deverão enviar até ao dia 30 de Abril de 2010, para o Centro Cultural de Ílhavo, a respectiva candidatura utilizando para o efeito os meios de comunicação habituais (e-mail e correio).

UE inaugura Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social



80 milhões de europeus
vivem abaixo do limiar de pobreza

«A Comissão Europeia e a Presidência espanhola da UE lançam esta Quinta-Feira o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social (AECPES), sob o lema “Acabemos com a pobreza já!”.
A campanha visa pôr a luta contra a pobreza, que afecta directamente um em cada seis europeus, no centro das prioridades em toda a UE durante 2010, refere comunicado da Comissão Europeia.
José Manuel Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, e José Luis Rodríguez Zapatero, Primeiro-ministro espanhol, inauguraram o Ano Europeu num evento que tem lugar em Madrid.
A Estratégia UE 2020 é essencial no combate à pobreza e deve assentar em medidas que apostem na criação de emprego, mas que vão para além de paliativos tradicionais, com políticas inclusivas e de solidariedade, defende Durão Barroso.
Falando na sessão de abertura da apresentação do Ano Europeu da Pobreza, em Madrid, o presidente da Comissão Europeia considerou que para oito por cento dos europeus o emprego "não tem sido suficiente para poder sair da pobreza”.
Uma situação “claramente inadmissível”, frisou, que obriga a políticas menos tradicionais, que incluam um rendimento mínimo garantido. “Aqueles para quem o trabalho não seja uma opção realista devem ter igualmente um rendimento mínimo adequado compatível com uma vida digna”, afirmou.
Durão Barroso insistiu na oportunidade que a Estratégia UE 2020 - que definirá as linhas mestras da política económica comum - pode ter no combate à pobreza, mas adverte que os indicadores nem sempre têm sido positivos, pelo que “chegou o momento de conseguir um novo consenso político sobre esta questão na Europa”.
Perto de 80 milhões de europeus (17% da população da UE) vivem actualmente abaixo do limiar de pobreza. Este facto alarmante encontrou grande eco junto da opinião pública, segundo um recente inquérito Eurobarómetro sobre as atitudes face à pobreza.»

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SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃO




A paciência do Espírito Santo

Está a decorrer a Semana de Oração pela Unidade dos Cristão. Ano após ano, esta iniciativa repete-se, no sentido de fortalecer os laços de proximidade entre os cristãos ligados a diversas Igrejas. Todos aceitam Jesus Cristo como Salvador e Redentor da humanidade. Porém, mantêm-se separados há séculos por motivos, por vezes, ridículos, para clérigos responsáveis.
Várias vezes me tenho interrogado sobre o porquê desta situação, para além dos conflitos que lhe deram origem. Muitos estão por dentro das “guerras” que os cristãos alimentaram entre si, por vontade própria ou por interesses vindos de fora. O que me impressiona é ver como a Boa Nova, legada por Cristo, desde as origens pautada pelo princípio da unidade, ainda não foi assimilada por todos. Será?
Desde sempre ouvi, na semana de oração pela unidade dos cristãos, que se espera do Espírito Santo um sinal ou uma ajuda para que a unidade plena se faça. Mas a verdade é que num milénio de cristianismo a separação persiste. Será assim? Será que o Espírito Santo concorda com esta realidade? Ou estará a testar a nossa paciência ou teimosia? Ou estará Ele, com a sua infinita paciência, à espera que compreendamos que a unidade, matizada por muitas correntes, está tão-só na aceitação de Jesus Cristo, como único Salvador?

FM

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Obama está a ser fiel ao próprio desígnio que apontou: «o caminho vai ser longo»


Obama

A ilusão e gestão das expectativas

1. Faz um ano (20 de Janeiro) que Barack Obama tomou posse como presidente dos Estados Unidos. No mundo das emoções, grandes expectativas podem conduzir a grandes desilusões. Após um ano de sua eleição e depois de um inédito estado de graça, Obama tem neste momento a popularidade em baixa, ou pelo menos não em tão alta. Como se sabe, das emoções sociais – um sintetizador de opinião sempre na ténue fronteira da sensibilidade – espera-se o melhor e o pior; mas a verdade é que Obama, crescendo acima de si próprio tornando-se mito quer pela sua eleição inédita de afro-americano quer envolto de uma nuvem clarividente de esperança inabalável, Obama continua a ter “razão”. Talvez tenha havido, e continua a haver, um problema de comunicação e de responsabilidade. O slogan «yes we can» está construído na primeira pessoa do plural, facto que não personaliza nele próprio o centro de referência.

Alexandre Cruz

XI Capitulo da Confraria do Bacalhau recebe Confrarias Gastronómicas Espanholas e Francesas

Catedral de Barcelona (interior)

Confraria Universal del Bacallà de Espanha presente
no XI Capitulo da Confraria Gastronómica do Bacalhau em Ílhavo,
no próximo dia 23 de Janeiro


Das Confrarias Gastronómicas já confirmadas no XI Capítulo da Confraria Gastronómica do Bacalhau, vai estar presente a Confraria Universal del Bacallà de Barcelona. Esta Confraria espanhola foi fundada em 1200 e reconhecida como de grande importância para Espanha pelo rei Alfonso V (O Magnânimo) em 1447, sendo detentora de um túmulo no chão da Catedral de Santa Maria del Mar, Barcelona. Após algum tempo sem actividade foi “refundada” em 1986.
Esta Confraria Espanhola faz parte da organização do I Congresso Mundial do Bacalhau a decorrer em 2011, em Barcelona, juntamente com o Gremio de Bacallaners e a Fundação do Instituto Catalão de Cozinha. Na cerimónia de Entronizações, a Confraria Universal del Bacallà entronizará o Grão Mestre da Confraria do Bacalhau, João Manuel Madalena.

Houve tempo, já lá vão séculos, em que a Igreja caiu na tentação de construir palácios com muralhas




Igreja em campo aberto


.A Igreja sempre esteve em campo aberto. É de sua natureza e, por isso mesmo, essa é a sua missão e seu modo natural de agir. Em campo aberto: ao calor do Verão, ao frio do Inverno, à beleza da Primavera, à serenidade do Outono. O Vaticano II veio dizer que assim é.
Porém, houve tempo, já lá vão séculos, em que a Igreja caiu na tentação de construir palácios com muralhas. À maneira de reis e fidalgos. Umas mais ostensivas a denunciar poder. Outras mais discretas, com frestas estreitas para poder espreitar, guardando da tentação de sair para o vento. Visto de longe, tudo parecia bem e iluminado. Assim, se tornou mais difícil entrar e sair, e mais cómodo estar de ouvidos cerrados ao rugir de vendavais e ao cair da chuva. O mesmo é dizer, estranho às intempéries da vida que geram sofrimento, e à luta inglória de muitos sem saberem como enfrentar o abandono.
As verdades foram ganhando bolor, as gargantas ferrugem, e o povo a ter de se contentar com a esmola ocasional e fugidia das palavras piedosas de algum frade pregador, que passava, de tempo a tempo, pelo povoado. Muitas casas paroquiais já nem eram do padre, mesmo com ele a viver lá dentro. E, onde ele ainda mandava, não raro as propostas de religião que apontavam para Deus eram limitadas, sempre iguais e de alcance reduzido para aqueles a quem chegavam, que, mesmo estes, iam escasseando, a pouco e pouco.
Um dia os maiores se aperceberam que, lá fora, em campo seu, se moviam outras forças e nelas estava o inimigo que era preciso esconjurar. Saíram, então, das muralhas para fazer guerra ao intruso. De defesa da fé e da verdade, dizia-se. Tarde de mais. Com a luz debaixo do alqueire não se pode estranhar que, na noite da vida, surjam lampiões. Os de fora equiparam-se com armas depreciadas pelos de dentro. A estas, outras se juntaram, de novo cariz e não menos poderosas. E a guerra de oposição não terminou mais.
Avisos do céu foram abafados. Palavras de profetas, não ouvidas. Sinais de novos caminhos, rejeitados. O bem que os outros faziam, desfeiteado…

António Marcelino

Padre Manuel Marques Dias foi agredido no sábado


 Bispo de Aveiro condena
acto de violência contra sacerdote

Soube hoje, pelo Correio do Vouga, que o Padre Manuel Marques Dias, de 81 anos, foi agredido e roubado. O Bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos, em nota pastoral, já disse tudo o que era preciso dizer sobre o assunto. Quaiquer outras considerações, mesmo pessoais, apenas servirão para manifestar a nossa solidariedade ao Padre Manuel e ao presbitério de Aveiro, através do nosso bispo.
Conheço o Padre Manuel há décadas. Entusiasmei-me, muitas vezes, com as suas inquietações sociais e com o seu envolvimento, concreto, na luta em favor dos trabalhadores e dos pobres. Falava com o coração na boca e era um padre incomodado e incómodo. Numa altura em que o comodismo, o medo e a falta de coragem campeavam no comum das pessoas e mesmo na Igreja, a sua atitude tornou-se notória. Por isso, parecia, imensas vezes, uma carta fora do baralho. Mas não era. O Padre Manuel nunca desligou, que eu saiba, o cristianismo da justiça social, como alavanca de uma sociedade mais fraterna. Foi incompreendido por muitos cristão e amado por outros. Na Igreja, como na sociedade, há sempre dois lados da barricada: uns remam para um lado e outros tantos para o outro lado, nem sempre em sintonia com a verdade do Evangelho. Mas o Padre Manuel nunca renegou os seus principios e os seus valores. Hoje fala-se dele por razões tristes. Amanhã seria bom que falássemos do exemplo de vida com que ele marcou muita gente.

Fernando Martins