segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O FIO DO TEMPO: O difícil mundo de Bagdad




1. Já há dois anos que as proporções dos atentados não chegavam ao nível deste 25 de Outubro 2009. Os relatórios de Bagdad apontaram de imediato para mais de 130 pessoas mortas e cerca de 600 que ficaram feridas na sequência da explosão de dois carros armadilhados no centro da capital iraquiana. Quatro hospitais da capital acolheram as vítimas do estrondo dos dois veículos que em locais distintos quase em simultâneo vitimizaram tanta gente. A estratégica foi cruel e premeditada: um carro explodiu junto ao edifício do governo, outro no bairro Al Salehiya, junto ao ministério da justiça. Governo e Justiça, dois pilares da estruturação social que são atingidos em tempos eleitorais.

2. Ainda um outro ponto de referência: os atentados registaram-se perto da designada «Zona Verde», esta que abriga as embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido e ainda protege alguns edifícios governamentais do Iraque. Esta zona de forte segurança sentiu os abalos de uma insegurança iraquiana que persiste em atingir melhores dias. Nas televisões e das ruas sentia-se o desespero pela situação em que se torna impossível o viver, o dormir, o andar pelas ruas com normalidade… Estranho mundo dessa grande cidade da antiguidade persa, onde tantas correntes de pensamento ao longo da história foram apontando bons indicadores para a Humanidade em geral. Será uma fatalidade o que acontece por aqueles lados?

3. Os caminhos da tolerância entre todas as etnias e entre todas oposições será talvez o maior desafio do século XXI. Ao vermos nessas ruas de Bagdad tantos gritos para tantos lados onde todos pensam que são os únicos que têm razão…esta cenário faz sentir quanto difícil é a convivência humana em circunstâncias onde se absolutiza aquilo que é humano. Nenhuma terra deste mundo é santa, as pessoas sim, poderão, quando em diálogo fraterno com os outros, ser santas. Quanto mais difícil mais urgente é esta nova consciência do essencial.

Crónica de um Professor: Que forma expedita de usar as mãos...para “dar com os pés!”




De pequenino se torce o pepino

- Ela bate-me!
Descontextualizada, esta frase prefiguraria um cenário de violência doméstica! Com os movimentos de emancipação da mulher e a luta pela igualização ao homem, declarações destas são cada vez mais recorrentes e já há notícia de homens a apresentar queixa na A.P.P.A.V.!
Sinais dos tempos, ou apenas um mero ajuste de contas?
De tão explorada, violentada e maltratada, a diversos níveis, a mulher parece ter ganho consciência da sua força, não a nível meramente psicológico, já sobejamente aceite pela hierarquia masculina, mas também ao nível da força braçal!!! Que se cuidem os cavalheiros... pois a este ritmo, o mulherio ainda vai destronar o rei da violência doméstica – o sexo masculino!!!
Não foi, no entanto, neste mundo bizarro dos adultos, que a frase foi proferida. Numa sala de aula, quando todos saíam já, para um merecido intervalo.
Aquele aluno manifestara, durante a aula, uma agitação inusitada, não parava de mexer-se na carteira, por várias vezes fora admoestado pela teacher, que exasperava. Esta pensava já, no correctivo a aplicar-lhe, mas não descortinara ainda qual. A escrita repetida da regra da aula que estava constantemente a transgredir, acenava-lhe como possível e dissuasora de futuros desvios comportamentais. Mas, cogitava a mestra: -  ocupar-lhe os bracitos a escrever “n” vezes a frase, passaria a uma rotina que se ficaria apenas por um ligeiro cansaço dos membros superiores, mas deixar-lhe-ia a mente e ainda mais a língua, bem soltas, para continuar a agitar-se e a falar pelos cotovelos.
- Discutam em Inglês! Não me importo que o façam, desde que pratiquem a língua que estão a aprender! - disse-lhes várias vezes.
Era preciso que a deixassem primeiro, treiná-los na argumentação!
Calam-se logo, quando instados a traduzir para língua estrangeira as brincadeiras e quezílias duma infância hiperactiva!
Retraiu-se e foi adiando a aplicação do “castigo”, para trabalho de casa, que encurtando-lhe o tempo de brincadeira e de televisão, talvez resultasse mais. Assim aconteceu e a aula acabou.
Quando já todos os colegas tinham saído, abeira-se da teacher o Joãozinho Amoroso e sussurra-lhe quase ao ouvido, com ar decidido:
- Gosto de uma garota, mas ela não gosta de mim!
- E....? Indaga a teacher.
- Ela, como não gosta de mim, bate-me!
- Ah... que patético! Pensa para si.
- Que forma expedita de usar as mãos...para “dar com os pés!”
- Ah! Replica o João com ar vitorioso.
- Mas eu já lhe disse, que quanto mais ela me bate, mais gosto dela!
Estaremos perante a fase embrionária de um amor platónico? Nos seus tempos de menina e moça, não era assim! Nem havia “violência” no namoro, quanto mais na intenção dele! E... amor platónico... que a autora também experimentou... era mesmo só no universo das ideias, da pura espiritualidade! Noutros tempos... em que Platão ainda tinha seguidores! Hoje a filosofia é outra! Começa-se cedo e logo de forma contundente! Não há tempo a perder e há que passar logo à acção!
Ou será esta gente de palmo e meio que tem razão e inicia-se, mal nasce, nesta aventura dos sentimentos, do amor?
Amores não correspondidos, sempre os houve, mas... violência doméstica desde tão pequenino... é obra dum Cupido mal orientado, que sofre de cegueira... ou teremos que concluir com a voz do povo que diz: “De pequenino se torce o pepino”?

M.ª Donzília Almeida

25-10-09

Neste início de semana útil:Uma Boa Ideia para Portugal




"Não adianta mudar de tractor, se o problema é do tractorista. E o nosso problema é precisamente este. Os nossos governantes passam a vida a mudar as leis, quando o problema é de quem as aplica. Qual a solução? É fácil. Primeiro, não mudar de tractor, depois ensinar o tractorista a usar o tractor,  por fim, substituir o tractorista se ele não aprender ou não quiser aprender."

Santa-Maia Leonardo

No i de hoje

domingo, 25 de outubro de 2009

Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo encerra comemorações dos 25 anos de existência


Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo, no 1.º Festival de Folclore
da Gafanha da Nazaré, em 1985


BOM PRENÚNCIO PARA UM FUTURO RISONHO



Com apresentação do livro “Gafanha… O que ainda vi, ouvi e recordo”, de Maria Teresa Filipe Reigota, logo seguida de um espectáculo etnográfico da responsabilidade do Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo, denominado “Sangue de Mar”, foram dadas por encerradas as celebrações dos 25 anos de existência daquela instituição ilhavense, vocacionada para o estudo e divulgação dos usos e costumes dos  nossos antepassados.
Importa salientar estes dois acontecimentos, que tiveram lugar no Centro Cultural de Ílhavo completamente cheio de gente que vive, com determinação, a causa da preservação do nosso património cultural e histórico, de feição popular, porque ilustram bem o esforço e a sensibilidade de quem os protagonizou, tudo feito à sombra do espírito que anima, desde a sua fundação, em 6 de Janeiro de 1984, o Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo.
Teresa Filipe Reigota teve o cuidado e o bom gosto de concretizar a tarefa que devia ser apanágio de todos quantos se dedicam à etnografia, registando em livro recordações da sua meninice, para memória futura.
No espectáculo, em que participaram os membros do Rancho Regional, foram trazidas até ao presente cenas do quotidiano dos nossos pais e avós, com graça e arte. Pelo palco passaram pregões e cantares, falares dos ílhavos e arredores, danças ritmadas e melódicas, trauteadas pela assistência que não regateou aplausos bem merecidos.
O encerramento das celebrações dos 25 anos do Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo foi, pois, vivido com muita alegria, bom prenúncio para um futuro risonho, no domínio da cultura popular, e não só.

Fernando Martins

Grande Prémio Terra Nova na Gafanha da Nazaré



Realizou-se hoje, na Gafanha da Nazaré, o 17.º Grande Prémio Terra Nova, apesar da chuva miudinha que, apesar de tudo, não incomodou os atletas que vieram um pouco de todo o lado. Inscreveram-se cerca de mil crianças e jovens de todas as idades, que encheram de alegria o povo que à festa se associou.
Não importa vir para aqui com nomes dos muitos vencedores, aqueles que chegaram nos primeiros lugares à meta. Importa, isso sim, sublinhar que os vencedores foram todos os que participaram, incluindo atletas, dirigentes, professores, pais e amantes do atletismo, vivendo, ao vivo, o espírito, sempre actual, de alma sã em corpo são. A Rádio Terra Nova está, pois, de parabéns.

Uma reflexão para começar o domingo


Sobre a polémica causada pelas afirmações de Saramago, a propósito do seu recente livro Caim, Frei Bento Domingues diz, a abrir a sua crónica de hoje no PÚBLICO, o seguinte:

"Seja qual for o interesse literário de Caim de José Saramago, as declarações feitas no seu lançamento foram interpretadas em registo publicitário: o importante não é que se diga bem ou mal; o importante é que se fale."

Nota: Sabido é que a maioria (ainda não suficientemente quantificável) dos católicos não lê a Bíblia com regularidade. Os que participam nas missas, contudo, têm a oportunidade de ouvir leituras bíblicas, com a respectiva adaptação aos dias de hoje, expressa nas homilias. Às vezes os celebrantes esquecem-se disso, mas isso é outro assunto. Com esta polémica, publicitária ou não, estou em crer que, por via dela, haverá muitos que vão pegar no Livro Sagrado dos cristãos, para, enfim, poderem ver quem tem razão.
De qualquer modo, não se pense que é assim tão fácil. Ler o Antigo Testamento fora do contexto da época, atendendo apenas à letra do texto, e não ao espírito do mesmo texto, pode ser não aconselhável. Mas leia-se a Bíblia e quando houver dúvidas, que haverá certamente, então consulte-se quem sabe.

F. M.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 154

BACALHAU EM DATAS - 44



D. João Evangelista


A BÊNÇÃO DO INÁCIO CUNHA

Caríssimo/a:

Vem daí comigo ao Estaleiro que o ambiente é de festa... Já lá vão tantos anos, mas vale a pena observar tudo através dos olhos privilegiados de alguém que participa e vive intensamente o momento:

«A BÊNÇÃO DO LUGRE

O cenário é o mesmo do da nau Portugal. Um sopro discreto e fagueiro do vento encrespa e orla de espuma a maré-cheia. Sabem-nos os beiços e a língua a salgado. E dentro da alma, à sua maneira, na sua esfera, sente-se como que a repercussão da frescura que, por fora, nos toca e consola a pele.
Estava tentado a repetir o que ouvi uma vez ao Cónego Pontes, num êxtase, diante de um espectáculo soberbo do Atlântico:
- Há coisas que nos reconciliam com a Natureza!
Eu não ando zangado com a Natureza; ao contrário, eu e ela sempre nos temos entendido perfeitamente. Mas, com efeito, no caso de alguma hora de amuo que nem todas as horas são as mesmas na vida, aquela Gafanha que só tem de esquisito o nome, com a cintura azulada das suas águas, com o murmúrio terno das suas ondas, com aquele ar fino que nos limpa a fronte, se o suor corre penosamente por ela, com aquela agitação das gaivotas, das narcejas e dos maçaricos que parecem doidos de alegria e de fome, só ela bastaria para fazer as tais pazes de que falava, à beira do Oceano, o filósofo Pontes. Não era preciso mais nada.
Os estaleiros eram nessa tarde campo apertado para uma tal multidão de gente. Valia, para os descongestionar um pouco, a linha longa da estrada e da praia e, melhor ainda, o convés dos navios vizinhos, as amuradas, e até as vergas dos mastros, improvisadas para o efeito em camarotes e galerias. Não haveria teatro que se lhes pudesse parecer.
E no meio lá estava ele, o «lnácio da Cunha», ainda preso à terra pelas amarras, ainda seguro por cabos, mas parece que com dois olhos enormes na quilha a cobiçar já as águas e a lamentar a demora do seu bota-abaixo. Lembrava a águia que se quer lançar aos espaços e fitar de frente nas alturas o sol, mas que se sente atada por um laço no pé ao chão.
A Igreja, nestas bênçãos dos barcos de pesca, foi buscar ao Evangelho o que mais próprio poderia parecer para animar e dar confiança e alegria aos homens na sua faina: a tempestade de Tiberíades, quando os apóstolos, cansados de lutar com as ondas, ao fim vencidos, foram acordar o Mestre que dormia tranquilo, como um menino no regaço da sua mãe, à proa da bateirinha; e o Mestre, erguendo-se, esfregando os olhos do sono, disse-lhes com dolente sorriso, que era uma benção:
- Não estava eu aqui? Que medo é esse?
Ou então quando os apóstolos, ainda pescadores, depois de uma noite inteira de labuta infrutífera, tendo-lhes pergunntado o Mestre, ao romper da manhã, vaga silhueta na praia, em pé na areia:
- Moços, foi boa a pesca?
E eles reponderam, abanando os ombros de fadiga e desânimo:
- Nem sequer um!
- Deitai as redes daquele outro lado - apontou o Senhor.
E daí a pouco, ao recolherem o saco, era peixe de estoirar as malhas!
Coisa maravilhosa! - já dizia no seu tempo Montesquieu - A Igreja Católica, que parece não ter outra ocupação senão os destinos eternos do homem, também se interessa, mesmo até estas minúcias de ventos prósperos e pescarias, mesmo até pequenos detalhes de enxalavares e de remos, pelo aconchego material dos seus filhos. E, sem que nenhum mestre de cerimónias indicasse ao povo a liturgia do acto, ele por si mesmo, com uma espécie de instintivo respeito, ministros, soldados, marinheiros, magistrados, arrais, pescadores, operários, crianças, todos se descobriram e perfilaram quando o Pontífice, com o seu raminho de paz, de água benta, aspergiu o costado e o coração da nau e assim a fortaleceu para os dramas e para as conquistas do mar.
- Aquelas duas escoras acompanham o navio até à água - explicava assim ao meu lado uma mulher com a cara tão torrada do sol da Gafanha que já parecia da cor do seu lenço preto.
Não se poderia exprimir por uma forma tão graciosa, tão poética, tão literária, eu ia a dizer tão rítmica, tão musical, um pensamento de pura técnica. O que se aprende a escutar o povo!
O mundo então por um momento parou.
- Em nome de Deus e da Pátria, vai lá!
Ouviu-se a voz do machado que partia as cordas no seu cruzamento e logo a mole, até aí parada, tomou fôlego, deu um arranco e docemente mergulhou na ria, dando em seguida, com uma elegância estranha, meia volta para se mostrar a todos.
O cenário era o mesmo mas desta vez, graças a Deus, a nau não tombou para o lado, com a melancólica resignação da outra, com os mastros estendidos na água como em esquife.
Deus vá e volte contigo, com os seus anjos e arcanjos ao leme, com a Estrela do Mar a guiar-te, adormecida nas ondas, ó nau da Pátria!»
(CV, n.º 731, de 5-5-1945, pg. 1)

in Aveiro-suas gentes, terras e costumes, D. João Evangelista de Lima Vidal, pp. 131-133

Manuel



sábado, 24 de outubro de 2009

A Bíblia não é um ditado divino

Caim e Saramago


"É o primeiro exemplar que vendo", diz-me a jovem da livraria, e parte da passada segunda-feira foi para a leitura do Caim de Saramago. Sinceramente, gostei. O romance escalpeliza um Deus tirânico, arbitrário, imoral, cruel, concluindo que "a história dos homens é a história dos seus desentendimentos com deus, nem ele nos entende a nós, nem nós o entendemos a ele".
Um crente reflexivo não precisa de irar--se. Em primeiro lugar, há a liberdade de expressão. Depois, é preciso reconhecer que também há na Bíblia e noutros livros sagrados muito daquilo que Saramago denuncia: violência, crueldade, imoralidade, tirania, arbitrariedade.
Chamei aqui frequentemente a atenção para isso. Quantas vezes, num quadro sádico, se pregou inclusivamente que Deus, para aplacar a sua ira, precisou do sangue do próprio Filho. Neste sentido, os ateus que sabem o que isso quer dizer prestam real serviço a Deus na medida em que obrigam os crentes a purificar a sua imagem. No limite, ai dos crentes, se não houvesse ateus!

No fim do dia, poesia, para dormir melhor



Nunca mais


Nunca mais
A tua face será pura limpa e viva
Nem o teu andar como onda fugitiva
Se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.


Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
Do teu ser. Em breve a podridão
Beberá os teus olhos e os teus ossos
Tomando a tua mão na sua mão.


Nunca mais amarei quem não possa viver
Sempre,
Porque eu amei como se fossem eternos
A glória, a luz e o brilho do teu ser.
Amei-te em verdade e transparência
E nem sequer me resta a tua ausência.
És um rosto de nojo e negação
E eu fecho os olhos para não te ver.

Nunca mais servirei senhor que possa morrer.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Nota: Transcrito por Mia Couto em Jesusalém

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Acta da instalação e 1.ª sessão da Comissão Paroquial Administrativa da Freguesia da Gafanha

No mês de Outubro de 1910, tomou posse a Comissão Paroquial Administrativa da Freguesia da Gafanha. Para que se não perca por aí a acta, aqui fica uma cópia, para memória futura.

FM

CÂMARA DE ÍLHAVO: Oficinas criativas 2009


UMA BOA OPORTUNIDADE
PARA SABER MAIS


No âmbito do seu projecto Oficinas Criativas 2009, a Câmara Municipal de Ílhavo disponibiliza, a partir deste mês de Outubro, um novo leque de oportunidades para alargar ou enriquecer os teus conhecimentos. Até Dezembro decorrerão as Oficinas Criativas de Comunicação e Letras, de Agulhas e Linhas, de Artes Culinárias e de Artes Plásticas. Informa-te acerca destes módulos e inscreve-te já nos teus preferidos! As inscrições são limitadas, por isso não percas tempo!...
As Oficinas Criativas da Câmara Municipal de Ílhavo são espaços de aprendizagem e de troca de experiências que abrangem variados temas, entre os quais a fotografia, a música, a dança, o teatro, a língua gestual, a banda desenhada, as artes plásticas, tendo como principal objectivo o fomento nos participantes do gosto pelo saber.
São constituídas por diversos módulos independentes, abordando cada um deles uma temática específica, funcionando preferencialmente nos Fóruns Municipais da Juventude.

Ver mais aqui

Luz nova que enche de alegria, beleza e verdade a vida inteira



SENHOR, QUE EU VEJA

Este desejo é expresso em público, com voz firme e confiante, por Bartimeu. Dirige-se a Jesus que ia a sair de Jericó a caminho de outras terras. É feito por um cego que estava na valeta, à margem, a pedir esmola.
As suas limitações não o bloqueiam, nem os preconceitos sociais nem a repreensão de alguns acompanhantes de Jesus. O seu gesto manifesta uma “cegueira” lúcida que vê mais longe e uma coragem ousada que rasga horizontes. A sua atitude fica registada como um símbolo para toda a humanidade em todos os tempos.
“Que eu veja, Senhor” – continuam a clamar os que amam, estudam e trabalham pelo progresso que humaniza a vida; os que se dedicam à investigação científica que desvenda os segredos da natureza; os que, incansavelmente e com desvelo, exercem a biomedicina e cuidam da pessoa doente e das circunstâncias em que está envolvida.
“Senhor, que eu veja” - exclamam os que sonham uma ordem política e económica, alicerçada na ética da responsabilidade comum e no destino universal dos bens e querem contribuir positivamente para despertar a consciência social dos cidadãos; os que acreditam na força das organizações e na eficácia das iniciativas que, à maneira de fermento, vão provocando um modo de ser e agir mais humanizados.
“Que eu veja, Senhor” – desejam os que estão constituídos em responsáveis pelo bem público integral e pretendem encontrar vias acessíveis e eficazes para o promover; os que têm a missão de, à maneira de Jesus, procurar as melhores formas de dar a conhecer os valores do Evangelho, de colaborar para que todas as pessoas tomem consciência da sua dignidade e possam caminhar na vida “de cabeça erguida e rosto descoberto”.
Bartimeu, o filho do homem apreciado pela honradez, tal é o significado do seu nome, faz o pedido da visão num contexto de diálogo profundo, depois de aceitar o chamamento e a ajuda que outros lhe ofereciam, de atirar fora a capa do resguardo, de se erguer com vigor e de, confiante, ir ter com Jesus. Gestos humanos indispensáveis para começar a ver com luz nova – a da fé - que enche de alegria, beleza e verdade a vida inteira.

Georgino Rocha

Para começar o meu dia: Outono invernoso



O dia começou mais ou menos; depois virou triste e feio. É um Outono invernoso, daqueles que convidam a estar por casa. Não para olhar para as pareces, mais ou menos decoradas, mas para uma leitura ou releitura tranquilas. Logo conto.
Para já, apetece-me dizer que, se quisermos, de todo o tempo podemos sacar razões para nos sentirmos bem. Assim seja.  

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O FIO DO TEMPO: O erro de Saramago

Há erros e erros

1. Todos têm erros, todos temos erros. Claro que há erros e erros. O próprio cientista António Damásio ao falar de «O Erro de Descartes» está a falar não de erros de ortografia mas de abordagens erróneas, descontextualizadas, desfocagens de princípio nas premissas dos pontos de partida que podem conduzir a determinadas conclusões menos verdadeiras. Também, ainda, serão de considerar os erros involuntários e aqueles que são intencionais. Ainda bem que nas sociedades ocidentais é possível conviver publicamente com as diferenças de opinião (e o direito ao erro!). Mas à liberdade de opinião haverá de presidir a delicadeza da prudência e da ética de quem sabe que não basta dizer-se que se é frontal atirando para a frente esta ou aquela ideia, esta ou aquela inverdade provinda de desconhecimento da densidade do que está em causa…

2. A polémica está instalada, mas como hábito daqui a umas semanas tudo volta ao normal. Se ao menos a polémica servisse para uma procurada clarificação, um debate (ao jeito daquele de há breves anos entre D. José Policarpo e Eduardo Prado Coelho) que o vento não leve, um aprofundar da procura da verdade em assuntos tão sérios. Na matéria em causa (religião) e na sociedade mundial actual, para vender mais ainda será facílimo, bastará trazer de modo simplista religiões como o Islamismo. Vale a pena responder alargando o nível da reflexão com pensadores como Eduardo Lourenço, um (quem sabe, merecedor!) futuro prémio Nobel da Literatura. Na sua seriedade sublinha o cuidado a ter em juízos precipitados nestas questões pois que as religiões são a resposta mais profunda da busca de sentido para a vida. O entrar no mundo do simbólico como reflexo do existencial profundo não é, efectivamente, tarefa prática…

3. Como na história da humanidade, no caminho da perfeição, infelizmente as guerras pertencem à viagem humana, estando presentes em alguns textos do AT… Abrindo os olhos da maturidade humana, Deus veio anunciar, dar-se pela paz (Shalom)!


Parece que o Outono se despediu mesmo


Dos destroços, brota novamente a vida


Primavera tardia


Estava condenada à morte, já ouvira a sentença, na observação minuciosa da sua dona. O instrumento de tortura e execução, jazia ali mesmo ao pé dela, mudo, à espera do movimento que lhe desse vida. Um serrote velho, ferrugento, iria por termo àquela árvore que morrera de pé, ali no pomar.
O calor excessivo do Verão que terminara, mais o seu prolongamento pelo Outono fora, até aos princípios de Outubro, tiveram muita culpa naquele desfecho. A juntar a isso, alguma incúria na assistência húmida que lhe era devida, haviam persuadido a dona, que aquela árvore tinha estiolado.
Puro engano! Após as primeiras e fortes chuvadas da estação, aquilo que parecia um esqueleto de ramos secos e enegrecidos pelo tempo, parece ter ressuscitado.
Quando ia para lhe desferir o derradeiro golpe e olha para a árvore como que em despedida, é acometida da maior surpresa do mundo. Havia rebentos verdes, minúsculos, nos ramos ressequidos e negros daquela árvore. Teve um baque, na sua atitude demolidora e, imediatamente, depôs armas. Aquela árvore ressuscitara, estava a mostrar como, lá no seu interior, ainda corria a seiva vital. Precisou da fonte de vida, da água que lhe havia sido negada na época estival, para renascer! Foi-lhe dada uma segunda oportunidade e agora é vê-la com flor e os frutinhos em embrião. Que maravilhosa forma de mostrar aos humanos que a vida vegetal ou outra, pode estar enclausurada, mas não aniquilada.
Assim, num paralelismo com a vida humana, também, por vezes nos surpreendemos com a recuperação que se dá, após os reveses e os infortúnios com que a vida nos põe à prova; nos reerguemos com determinação e pujança das duras batalhas da nossa peregrinação pela terra. Dos destroços, brota novamente a vida com mais força e intrepidez!
Fiquei fascinada com esta prova de confiança e resistência, deste ser vegetal que agora irá enfrentar as agruras da nova estação. Pelo que nos é dado observar, parece que o Outono se despediu mesmo, da sua afastada prima Vera e do seu parente próximo – o Verão.

M.ª Donzília Almeida

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

CÂMARA virou CAMARA



Pode ler-se no edifício da Câmara Municipal de Ílhavo um errito que já devia ter sido corrigido. Alguma criança que passe por lá pode ficar convencida de que os professores ensinam mal a Língua Portuguesa. Eu sei que todos nós erramos, mas, que diabo, mal vai quando não emendamos. Podem dizer-me que é coisa simples, mas não é. Na Gafanha da Nazaré, a placa toponímica da principal avenida tem um erro, repetido em vários pontos. Tem José Estêvão sem o acento circunflexo. Assim: José Estevão. Conclusão: não tem conta o número de vezes que esse erro tem sido repetido. Se o nosso grande tribuno cá viesse, é certo e sabido que, mesmo do alto da cátedra da sua oratória, não perdoava a quem lhe adulterou o nome. Isto é uma forma de ir dormir bem disposto. Desculpem lá a brincadeira. Mas não é verdade que a brincar se podem dizer coisas sérias?
Então boa noite. E já agora, amanhã, quando acordarem, não se esqueçam de pôr no sítio certo o ^.

FM

NB: Será que no meu escrito está algum errito? Se estiver, avisem-me por favor.

O FIO DO TEMPO: Da polémica à formação

Uma sociedade
sedenta de casos mediático


1. Cada vez mais vale a pena pensar e perguntar sobre o que, afinal, move as multidões, as pessoas, a sociedade em que vivemos. Uma perturbadora preferência no mundo da comunicação pelo que escandaliza, pelo que arrepia caminho tido como normal reflecte a nova condição humana actual. Há dias alguém dizia que para alimentar uma notícia e vender papel bastará sobre um determinado assunto fracturante chamar duas pessoas a expor as suas ideias, uma de cada lado e alimentar a polémica. Poder-se-á dizer que nunca como hoje se combateu todo o género de extremismos, mas nunca como agora estes foram tão úteis e usados para alimentar as “novelas” que seduzem uma sociedade sedenta de casos mediáticos onde o esquisito sempre triunfa.

2. Sempre nos perturbou esta desfocagem em que o essencial muitas vezes se mostra passado para a periferia. Quanto bem é feito, quantas apostas decisivas na formação, quanto esforço de tanta gente em semear os grandes valores e as maiores causas, dedicação imensa esta que acaba por não ter nenhum reflexo público. Esta regra de mediatizar o que é escândalo, mesmo sem o saber ou querer, é precisamente o motor gerador da generalização do “mal” que se de(a)nuncia. Se em tudo a vida é “como as cerejas”, umas puxam as outras, não se duvide da contra-escola que acaba por representar o contínuo explanar do rol de notícias trágicas, de situações de violência, de cinemas carregados de armas… desenhos animados já não inocentes como outrora mas muitas vezes a ensinarem as maiores manhas e egoísmos a quem está na fase de aprender a viver para ser…



3. Sociedade melhor formada será sociedade mais informada. O baixar do nível ético alimenta a própria incultura que se denuncia. A relação de causa – efeito, se assumida a sério, obrigará todos os agentes educativos, dos formais aos informais, a pensar e repensar em toda a contradição que persiste quando num lado ensinam uma coisa e da televisão aprende-se outra. Vale a pena pensar nisto!?

Alexandre Cruz

Tempo de profetas que ninguém poderá calar






Sempre que se calam os profetas,
proliferam os falsos profetas

Profetas não têm faltado na Igreja, e a incompreensão, em relação a eles, também não. Se na Igreja de Cristo há o fermento novo do apelo à conversão e à mudança interior, também resta nela o fermento velho que a impede de ser serva, neste tempo em que a luz de Cristo é ainda, para muita gente, o único pão da esperança.

O Cardeal Martini, profeta a que não falta lucidez, coragem, sabedoria, amor à Igreja e aos homens e mulheres deste tempo, é, como bispo, um cristão humilde e consciente, que exerce o seu dever de promover a comunhão eclesial, com o profetismo do realismo e da esperança. Sempre houve gente de lugares cimeiros, não Bento XVI nem os seus predecessores, que o temeram, desconfiaram dele e puseram reservas públicas às suas intervenções, lúcidas, pertinentes e corajosas. Gente que, por certo, se sentiu aliviada, a quando da sua passagem a emérito. Porém, a doença progressiva não lhe apagou o dom que nele Deus outorgou à Igreja e à sociedade, nem as suas limitações de saúde, lhe limitaram o direito e o dever de discernir, criteriosamente, os sinais dos tempos e, em comunhão, ser profeta, numa Igreja em que todos se deviam sentir estimulados a exercer o profetismo que lhes é próprio, e de que muito necessita a Igreja e o mundo.

Não falo do Cardeal Martini, por uma simpatia de última hora. Conheci-o de modo directo e de vivência, não meramente ocasional, ao longo de três sínodos, de vários simpósios, de encontros frequentes, por essa Europa fora, e pela leitura e reflexão atentas a que nos habituou nas suas intervenções orais e escritas.

A Martini podemos juntar Hélder Câmara, que legou à Igreja um riquíssimo património profético, avalizado por um compromisso eloquente, ainda não entendidos.

O momento histórico que a Igreja vive, obriga a caminhos novos aos já acordados para as urgências da fé esclarecida e do testemunho coerente, que não podem enredar-se em tradições e costumes que, não raro, sossegam o espírito e anestesiam a vontade.

Sempre que se calam os profetas, proliferam os falsos profetas. A sementeira das seitas, os movimentos pseudo-religiosos que fazem da ignorância e da dor de muitos uma fonte de réditos, a onda de indiferença que atinge jovens e adultos, o descrédito programado que caiu sobre o casamento e a família, a carga pesada de tantas vidas que procuram, por vezes em vão, cireneus generosos e compreensivos, as incursões diárias nos meios de comunicação social para desvirtuarem a verdade cristã e que pugnam para impor sentimentos e opiniões falaciosas, a diminuição de vocações de consagração, tudo grita por um apelo a profetas corajosos e atentos e por um retorno urgente ao essencial.

Mais parece, em muitas circunstâncias, que a Igreja de alguns roda à volta de si própria, gasta, com os seus problemas internos, as melhores energias e, em detrimento do Reino, mais dá atenção aos “acréscimos”, que não resistem ao tempo.

Construir o Reino de Deus, fermento novo na humanidade, é o grande e apaixonante projecto de Jesus Cristo. Foi esse projecto que legou à Igreja e lhe pediu lhe fosse fiel.

Os interpelados por acontecimentos da vida que afectam o agir da Igreja, juram fidelidade ao Vaticano II. Já lá vão mais de quarenta anos, tempo suficiente para amadurecer orientações e lhes dar vida. Porém, não podemos esquecer que são já muitos os padres, leigos e consagrados que do Vaticano II apenas ouviram falar e os seus documentos são um livro volumoso, ao lado de outros, que o pó vai cobrindo.

Sente-se, aqui e ali, ao arrepio do Concílio, um agir pastoral e uma vida comunitária, que pouco tem a ver com as intuições e orientações conciliares. Recebemos um património conciliar que nos honra e responsabiliza. Ele está vivo, mas só se for posto em prática.

António Marcelino

Demolir o Estádio Municipal de Aveiro?


Estádio Municipal de Aveiro


Quem se acusa deste erro estratégico?

A ideia de demolir o Estádio Municipal de Aveiro anda no ar. Não sei se bem se mal. De qualquer modo, a sua rentabilização tem de ser, penso eu, estudada com rigor, por gente que perceba dessas coisas do foro económico-financeiro, desportivo e social.
Esta questão vem, para já, demonstrar que o processo nasceu mal. Oportunismo para termos em Aveiro uns, poucos, jogos do Europeu de Futebol, e para o Beira-Mar utilizar. A megalomania também teria estado nisto tudo. Os jogos foram-se e o Beira-Mar sentiu-se sem a sua gente, na hora das competições. Disseram-me, há tempos, que nem dez por cento das bancadas são ocupadas, normalmente, nos jogos de um dos mais representativos clubes de Aveiro. E agora? Responda quem souber. Uma coisa já eu sei. Ninguém se acusa como culpado deste erro estratégico. Querem apostar?

FM

Santuário de Schoenstatt faz hoje 30 anos


Santuário de Schoenstatt



A importância das diversas expressões
de fé na Igreja é indiscutível

Permitam-me que sublinhe, hoje e aqui, a importância das diversas expressões de fé no seio da Igreja Católica. Ao contrário do que alguns pensam, elas não serão redutoras da fé em Jesus Cristo, antes ocupam uma posição catalisadora da dinâmica dessa mesma fé. Sendo, naturalmente, aprovadas pela própria Igreja, mais razões teremos para acreditar  no indesmentível contributo que Movimentos, Serviços, Obras, Institutos Religiosos e outras organizações oferecem ao mundo, como testemunhos de uma vivência centrada na Boa Nova de Jesus Cristo.
É certo que, por vezes, há desvios e comportamentos inadequados às orientações da Santa Sé, fruto, talvez, de um certo sectarismo ou de grande ignorância, quando os seus mentores se arrogam o direito de se considerarem os únicos detentores da verdade mais pura no seio da Igreja. Mas para esses, tanto quanto vou sabendo, os "visitadores" enviados pelo Papa se encarregarão de chamar à pedra os "iluminados". A Igreja Católica é só uma, a que assenta os seus alicerces na verdade revelada, configurada no Papa, qual guardião da fé.
O Santuário de Schoenstatt, que hoje celebra os seus 30 anos de existência, é um pilar do Movimento que por aqui se radicou há décadas e que tantas pessoas dinamizou para testemunharem a importância de se formar um homem novo para uma nova sociedade. Gente empenhada nos mais diversos campos do apostolado e da vida, gente que dá o rosto e a coragem para que haja uma fé mais esclarecida e dinâmica, gente que assume partilhar com o mundo, dos crentes e dos não crentes, valores que enformam comportamentos solidários e de amizade fraterna. Por isso, esta singela evocação.

Fernando Martins

Ler  a homilia do Bispo de Aveiro, proferida na eucaristia da peregrinação diocesana ao Santuário de Schoenstatt, que ocorreu no passado domingo.

Boa notícia para começar o dia

Já chegou a BÍBLIA para todos


"O projecto nasceu há 40 anos, demorou 20 a ser traduzido por católicos e evangélicos, e outros 10 de revisão. “A Bíblia para Todos”, ontem lançada, apresenta-se numa edição traduzida sem indicação de capítulos, versículos e notas explicativas. Mas dentro de dois meses, a mesma edição será enriquecida com capítulos, versículos, introduções e notas críticas.
Durante a sessão de apresentação, o escritor Francisco José Viegas lembrou que “a Bíblia como nós a termos aqui não é, ao contrário do que se disse nos últimos dias, um manual de costumes, não é um manifesto para mudar o mundo, não é um repositório de observações sobre política e sexualidade”.
“O mais importante nesta edição – acrescentou – é que se trata de um conjunto de narrativas que transitam de um povo errante para uma civilização que ocupou o seu lugar no mapa”.
Ler mais aqui

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Arco-Íris






Arco-íris


Hoje, a chuva voltou apressada e intensa, mas lá para o fim da tarde, deu-nos um ar da sua graça. A brincar às escondidas com o sol, proporcionou-me um espectáculo que reputo de rara beleza – o arco-íris!
Mal vi o céu verter para a terra a suas lágrimas redentoras e logo a seguir abrir-se num mar de luz, cogitei: estão aí as condições meteorológicas para o aparecimento do arco-íris!
Corri pela calçada, em frente da casa e observei, extasiada, a beleza sempre renovada deste fenómeno!
Durante anos, lidei todos os dias com o “Rainbow” e pensava para mim: quando irei ter o prazer de passar do livro, do compêndio que uso na aula, para o fenómeno atmosférico?
Hoje tive esse prazer concretizado e... como não quero a beleza toda para mim, venho partilhá-la com aqueles que, fechados no local de trabalho, não o puderam observar!
Agradeço ao Criador a dádiva desta maravilha!

M.ª Donzília Almeida

20.10.09

O FIO DO TEMPO: Informática, o novo poder




1. Não será novidade para quem diariamente, ou pelo menos para quem com alguma periodicidade precisa do uso das novas tecnologias, o facto de se sentir totalmente dependente diante de uma situação de problema informático em que não se sabe como agir. Para quem, porventura, mesmo após todas as buscas de mão especializada na área, perdeu algum trabalho importante de anos, meses ou semanas, a sensação de perda é inqualificável. Na procura de segurança a todo o custo, vão crescendo os discos externos, um, dois, três; diante de softweare bloqueado que impede o acesso a conteúdos para se poder trabalhar, sente-se a limitação do próprio tempo e das energias e tempo necessário para se recuperar as etapas perdidas, tão contado que tudo parece estar…

2. Se para alguns o uso das informáticas pode ser um dado acessório, para outros acaba por ser o trabalho diário. A internet veio acrescentar mais velocidade, o que resulta ainda em mais responsabilidade. Se existirão alturas em que pode ficar para os dias seguintes outras existem em que tal não pode acontecer; uma montanha de “lixo” informático vai invadindo o espaço pessoal e a pergunta sobre as seguranças e as privacidades, mesmo nos códigos de acesso, vai fazendo cada vez mais correr mais tinta. É de notícia recente não só aquele discurso sobre a segurança das tecnologias da presidência da república, como as inseguranças informáticas nos sistemas de justiça ou ainda nos múltiplos e complexos processos bancários. A “rede” onde o mundo acontece está em todo o lado e quando não se consegue aceder com fluidez e segurança a ela parece uma nova fuga ao mundo.

3. Se se falar na essência do poder, a partir das coisas diárias mais simples, então as tecnologias informáticas são um novo e fortíssimo poder, que quando não em ordem geram dependências de tal maneira que acabam por relativizar tudo o resto. Não é virtual esta ordem de poder; embora poderá transformar o essencial em acessório. Alerta!

Alexandre Cruz

AGROVOUGA' 09 : Feira Nacional do Bovino Leiteiro e Feira Nacional do Cavalo de Desporto - 21 a 25 de Outubro


Reis da Feira

Concursos, exposições de bovinos das raças autóctones portuguesas, mostra agrícola e industrial, jornadas técnicas e restaurantes de carnes certificadas portuguesas e cavalos de desporto, mais três dias com queijo, são os ingredientes para quem gosta de ver o nosso mundo mais ligado à terra, que muitos dizem estar em vias de extinção. Estará? Passe por lá para ver. 

Efeméride Aveirense: Liceu de Aveiro

1851 - 20 de Outubro

Nesta data, "Ficou definitivamente constituído o Liceu de Aveiro, como corporação docente, cuja acta de instalação já havia sido assinada em 14 de Julho anterior; instalou-se primeiramente no edifício do Paço Episcopal, sito na Rua dos Tavares".

Fonte: Calendário Histórico de Aveiro