domingo, 14 de janeiro de 2007

LÍNGUAS OFICIAIS EUROPEIAS

EDITE ESTRELA
DEFENDE LUGAR ESPECIAL
PARA O PORTUGUÊS
“Como não valorizar uma língua comum de oito países, falada por duzentos milhões de pessoas e espalhada pelos cinco continentes? Como não valorizar o quinto idioma mais falado no Mundo, e que foi a primeira língua europeia a estabelecer o contacto com o Oriente?” Estes são alguns dos argumentos que, na opinião da eurodeputada Edite Estrela, justificam que o português “ocupe um lugar especial” no conjunto das línguas oficiais europeias e que, nesse sentido, “o seu ensino e divulgação sejam contemplados no quadro da estratégia europeia de multilinguismo”. A deputada defendeu estas ideias ao intervir como oradora convidada numa Conferência que decorreu em Bruxelas, dirigida a intérpretes e funcionários da Comissão Europeia que trabalham a partir do português para as suas línguas maternas. Edite Estrela focou aspectos como a singularidade, a origem e o funcionamento da língua portuguesa para a defender como “uma verdadeira língua de comunicação universal”. Segundo a eurodeputada, “o português representa mesmo uma das grandes famílias linguísticas do mundo actual: é a terceira língua da União Europeia mais falada no mundo, depois do inglês e do espanhol e antes do alemão, do francês e do italiano”. Edite Estrela abordou ainda as questões do multilinguismo e da importância que a diversidade linguística assume na Europa enquanto “factor de valorização da democracia, de promoção da transparência e de garantia do direito à informação”. A este propósito, a deputada lembrou o direito de todos os cidadãos europeus “de se dirigirem às instituições na sua língua nacional e de nela acederem a toda a legislação”, apontando-o como “uma das conquistas centrais da construção europeia e da cidadania europeia”.
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Fonte: iid

FÓRUM::UNIVERSAL

CUFC
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JUVENTUDE PORTUGUESA
EM DEBATE
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Vítor Ferreira, coordenador do estudo nacional sobre a juventude, é o próximo convidado do CUFC - Centro Universitário Fé e Cultura, no espaço mensal de debate de questões da actualidade.
O fórum realiza-se no dia 17 de Janeiro, às 21h. Modera a sessão o professor universitário Arménio Rego. O estudo “A Condição Juvenil Portuguesa na Viragem do Milénio” aborda assuntos como o casamento, a educação, o emprego, a saúde, a justiça ou a sinistralidade na população juvenil.
Entrada livre.

DIA MUNDIAL DO MIGRANTE E DO REFUGIADO

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O 93º DIA MUNDIAL DO MIGRANTE E DO REFUGIADO, CELEBRADO A 14 DE JANEIRO DE 2007
A FAMÍLIA MIGRANTE
Por ocasião do próximo Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, ao olhar para a Sagrada Família de Nazaré - ícone de todas as famílias - gostaria de convidar-vos a reflectir sobre a condição da família migrante. O evangelista Mateus narra que, pouco tempo depois do nascimento de Jesus, José foi obrigado a partir, de noite, para o Egipto levando consigo o menino e sua mãe para fugir à perseguição do rei Herodes (cf. Mt 2, 13-15). Comentando esta página evangélica, o meu venerável predecessor, o Servo de Deus, Papa Pio XII, escreveu em 1952: «A família de Nazaré no exílio - Jesus, Maria e José - emigrantes no Egipto e lá refugiados para se subtraírem à ira de um ímpio rei, são o modelo, exemplo e apoio para todos os migrantes e itinerantes de qualquer idade, origem ou condição que, ameaçados pela perseguição ou pelas necessidades, se vêem obrigados a abandonar a pátria, os parentes queridos, os vizinhos, o afecto dos amigos, deslocando-se para terras estrangeiras» (Exsul familia, AAS 44, 1952, 649).
No drama da família de Nazaré, obrigada a refugiar-se no Egipto, vemos a dolorosa condição de todos os migrantes, especialmente dos refugiados, exilados, deslocados, prófugos e perseguidos. Entrevemos as dificuldades de cada família migrante: as privações, as humilhações, as limitações e a fragilidade de milhões e milhões de migrantes, prófugos e refugiados. A família de Nazaré reflecte a imagem de Deus conservada no coração de cada família humana, mesmo se desfigurada e debilitada pela migração. ::
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UM ARTIGO DE ANSELMO BORGES, NO DN

SADDAM HUSSEIN
E A PENA DE MORTE
A gente vê e ouve, mas não acredita.
Não há dúvida de que Saddam Hussein foi um tirano cruel e bárbaro que violou de modo sistemático os Direitos do Homem, torturou e assassinou, numa história de horror. Mas legitima isso um julgamento duvidoso e uma execução apressada e, sobretudo, a sua filmagem e divulgação do vídeo na Internet? A missão messiânica imperial de impor pela força a democracia no Iraque contaria com esta obscenidade?
Esqueceu-se aquele preceito de Viktor Frankl, que estabelece o que não pode ser fotografado nem filmado: alguém a morrer, a fazer amor, a rezar.
Na boa tradição do País, pioneiro na abolição da pena de morte, o Governo português condenou a execução, pois considera "a pena de morte contrária à dignidade do ser humano". Na sua total oposição à pena de morte, seguiu textualmente a presidência finlandesa da União Europeia, que "se opõe à pena capital em todos os casos e em todas as circunstâncias".
Na Antiguidade, o direito do poder público de impor a pena capital - eliminação física do criminoso como consequência de determinados delitos - foi admitido como normal. Platão escreveu em As Leis que os criminosos incorrigíveis deveriam sofrer o castigo da pena de morte, servindo de exemplo para outros. Durante muito tempo, os senhores do poder arrogaram-se o direito de vida e de morte sobre os súbditos.
Séculos a fio, e ainda hoje em muitos países, manteve-se a pena de morte, também com o objectivo de prevenir e evitar outros delinquentes. Os defensores da pena capital apresentaram sempre como sua justificação dois tipos fundamentais de razões: a sociedade tem o direito e o dever de legítima defesa frente aos criminosos e, assim, com a morte, elimina na raiz o mal já existente e, ao mesmo tempo, educa exemplarmente e dissuade outros possíveis delinquentes.
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TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 4

WORSHIP!…
Caríssimo/a: Como hoje – o dia em que se está lendo – é Domingo e ainda cheira a Reis, pensei que ficaria bem transcrever a história dos três Magos numa versão para crianças dos 4-5 anos e tirada de uma Bíblia, “The Toddlers Bible”. Então é assim: “VISITORS A long time ago, some wise man saw a star. They followed the star saying, “We are looking for Jesus.” They travelled a long way. When people asked them where they were going, they said, “We are looking for Jesus”. After many days, the star stopped where Jesus was living. The wise men went into the house. The wise men were pleased to see Jesus. They said, “Hooray! Here is Jesus!” The wise men gave Jesus presents. They knew he was the baby that God had sent. He was God’s own Son. The wise men went back to their homes far away, very happy to have seen Jesus. Matthew 2:1-12” * Para a reprodução ser mais exacta, devia ser acompanhada da respectiva ilustração, mas os recursos não o permitem; ficam só as palavras… Contudo esta incursão pelo mundo da Bíblia vai permitir que fale do cuidado, do carinho, do amor que aqui reservam ao Livro Sagrado. De facto, mergulhamos num mundo diferente (não estou a dizer, ‘melhor, mas diferente) onde o culto a Deus todo ele é centrado na Sua Palavra. As celebrações serão paralelas às nossas: cânticos, comentários, avisos, orações, prática-homilia-sermão e, quando é oportuno, a Consagração e Comunhão. A participação dos fiéis assume-se nos cânticos e em ressonâncias (mas nem sempre) à prática. * Por aquilo que me tem sido dado vivenciar há aspectos que gostaria de partilhar, certamente de forma rápida: - o cuidado que põem no acolhimento de todas as pessoas que chegam para o culto (isto é geral para todas as ‘Igrejas’, incluindo a Católica Romana); - a atenção dada às crianças nas Igrejas Reformadas onde aquelas, depois de uma introdução genérica, têm uma ‘catequese’ orientada especificamente para elas, após a qual saem da sala para actividades próprias, por idades; - nestas Igrejas Reformadas a prática-homilia-sermão chega a durar três quartos de hora ou mesmo mais, o que nos diz à partida que toda a celebração nunca terá menos de uma boa hora e meia; - normalmente, todas as pessoas que participam acompanham as leituras bíblicas pelo seu próprio Livro, que é próprio, ou lhes é fornecido no acolhimento, juntamente com o boletim ‘paroquial’ e outros folhetos; - no final, em todas as Igrejas, o Celebrante é o primeiro a dirigir-se para a porta e aí cumprimenta todos os fiéis; - muitas vezes, segue-se um chá ou refeição leve, sendo certo que alguns irmãos carenciados se juntam e aproveitam da confraternização. * Para terminar, pois não estou autorizado a grande prática (e esta já vai longa…), direi que será vulgar encontrar numa casa de família várias Bíblias: “The Toddlers Bible”, “The Usborne Children’s Bible”, “My Bible Activity Book”; “The Devotional Bible for Women”; “The Candle Family Bible”, “Liberty Bible Commentary”, “Amplified Bible” e “Holy Bible”. Bom Domingo Manuel

sábado, 13 de janeiro de 2007

UM ARTIGO DE JOÃO GONÇALVES, NO CORREIO DO VOUGA

POR AÍ, NA RUA
O sol já se escondeu e a noite promete ser fria; ninguém duvida, até porque as ruas vão ficando desertas e, quem nelas se passeia, preveniu-se com os suficientes abafos.
Mas há sempre um olho atento, que não se detém apenas na montra que expõe os artigos das últimas, vindos de longe, e se apercebe que há outras coisas a ver.
A essas horas do fim de dia, começam a vaguear pessoas, uma aqui outra mais além, transportando ou não um saco com todos os seus haveres, que, por serem tais, cabem num dos poucos sacos que nos carregam quando regressamos do híper ou do super.
Estamos diante de gente, a quem chamamos sem-abrigo. Com o nosso dedo de maus juízes, ou com o conhecimento de experientes em observação social, facilmente diremos que este teve um mau fim da vida familiar; aquele era conhecido como o bêbado lá da rua; o outro, cedo se meteu noutras drogas; o outro ainda, veio dalgum país de Leste à procura de pão para a família; e, por aí adiante, facilmente encaixamos toda a gente, e seguimos o nosso caminho mais ou menos pacificamente, desde que nenhum deles nos importune na corrida farisaica dos nossos deveres.
Como se sabe, não é preciso viajar a nenhum país distante, nem sequer sair da nossa feliz cidade de Aveiro, para podermos observar cenas e pessoas que nos humilham e incomodam; também sabemos que apenas conhecer não basta e, para isso, não é preciso usar lentes de aumento; mas também aceito que só o que nos comove é que mais facilmente nos move.
Estamos, pois, todos convocados para a acção. Todos sabemos que em Aveiro há carências neste campo. Ficar quieto ou lamentar-se é pensar sempre que os problemas são dos outros e que alguém há-de encontrar a saída milagrosa; eu, não.
No outro dia, encontrei aquele ex-recluso que perdera o emprego, a família e a casa; falei com o toxicodependente que perdeu o mesmo que o anterior, e ainda mais a saúde e a confiança de toda a família, que já tinha feito tudo; dei tempo ao alcoólico e ouvi dele que só o olhavam com desprezo, mas ninguém lhe perguntou as causas e os sofrimentos que estavam por detrás de tudo, nem ninguém valorizou o esforço tentado para a libertação de tamanha doença; também acolhi o imigrante, e ele ensinou-me o que é o amor de pai, de marido e de filho, por quem tudo tentou, sem resultados. E a procissão é enorme e todos já a viram passar...
Dar o peixe é importante e urgente; mas não chega nem resolve.
A “cana” poderia estar numa casa com um pátio enorme, um terreno próprio para ser trabalhado, umas salas para o desenvolvimento de capacidades e competências, um bom espaço para o silêncio e a meditação; e, depois, gente com competência e coração para ouvir e transmitir conhecimentos. Não se resolviam os problemas todos da sociedade; mas, ao menos, não passávamos o tempo todo a lamentar e a dizer mal de quem não faz. E enquanto não aparece a casa com um pátio enorme?

IMAGENS DA COSTA NOVA

COSTA NOVA EM DIA DE SOL
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Ontem, sexta-feira, dia de sol luminoso, fui até à Costa Nova do Prado. Não fui à procura do Mar, mas da Ria que domina a povoação, em jeito de quem a abraça. Pouca gente, é certo, mas sempre havia quem, como eu, ali procurava um ar lavado pela maresia. Ar que vinha do Mar e da Ria, tocado por um ventinho um pouco cortante, sobretudo quando se escapava das ruas e ruelas por onde cirandei.
Mesmo sem mostrar a agitação da época de veraneio, a Costa Nova estava atraente. O casario, qual pincelada de pintor inspirado, fez-me lembrar a Praia de gentes de Ílhavo e de outras bandas que gosta de passar férias com estes sítios mesclados de Mar e Ria, por entre conversas descontraídas nas esplanadas que convidam ao convívio anual. Foi bom andar ontem na Costa Nova, cujas fotos, registadas pela minha compacta, são um desafio a quem me lê para que por lá passe.
F.M.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

BOA RESPOSTA

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Nota: Para ampliar, clique na foto

ABORTO - 12

SONDAGENS DÃO
VANTAGEM AO "SIM"
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Duas sondagens revelam que o "Sim" à despenalização da IVG voltaria a vencer nas intenções de voto, se o próximo referendo fosse hoje. Uma sondagem da Intercampus para o Público, TVI e Rádio Clube mostra apenas cerca de 29 por cento de intenções de voto no "Não", contra 60 por cento pelo “Sim”. Os resultados ao questionário mostram, contudo, algumas das confusões existentes a propósito do referendo: embora a maioria defenda o "Sim" no referendo, são mais (45%) os que dizem não dever ser autorizado o aborto "quando a mãe não deseja ter um filho" do que os que acham que deveria ser autorizado (43%). Do total de votantes no "Sim", 24 por cento afirmou não dever o aborto ser autorizado nesta situação. Outra sondagem publicada hoje no Correio da Manhã, realizada pela Aximage, indica que o “Sim” ganharia o referendo com 57 por cento contra o “Não”, que se ficaria pelo 34,9 por cento. Comparando com o último estudo realizado a 20 de Dezembro, a intenção de voto no “Sim” decresceu, de 61 para 57 por cento, enquanto a intenção de voto no "Não" aumentou de 26,7 para 34,9 por cento.
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Fonte: Ecclesia
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Nota: Penso que merece a pena acrescentar que sondagens são sondagens e valem o que valem. As sondagens não se enganaram já inúmeras vezes?
Por exemplo, no primeiro referendo sobre o aborto, o "NÃO", que nunca venceria, acabou por vencer. Agora podemos acreditar que estaremos em situação idêntica e que o "NÃO" acabará por ganhar, quando, na hora do voto, os eleitores pesarem bem no que poderá acontecer se ganhar o "SIM".
Isto de uma lei patrocinar um erro e a cultura da morte custa-me a aceitar. Não posso aceitar mesmo que um país, como o nosso, que foi o primeiro na Europa e quiçá no mundo a acabar com a pena de morte, venha a retroceder no tempo. Se vencer o "SIM", podemos estar no caminho da legalização da eutanásia... e depois, por que não?, na legalização de outros crimes quaisquer!
F.M.

UM ARTIGO DE LAURINDA ALVES

PEQUENAS LISTAS
DE COISAS
Fazer listas ou pequenos enunciados de propósitos é uma tendência comum e universal. Não há ninguém que não faça listas de coisas que quer fazer ou de compromissos que tem forçosamente que cumprir. Nesta altura do ano, acontece frequentemente estarmos mais disponíveis para olhar para a frente com um certo alcance e método e, por isso mesmo, esta é uma altura de fazer pequenas listas de coisas. Não falo das obrigatórias, mas de outras que, por serem mais íntimas, são mais transformadoras e nos podem levar mais longe. Falo de listas que nos permitem conhecer melhor os nossos recursos interiores, os nossos pontos fracos e fortes.
Falo de pequenos enunciados prospectivos, que nos ajudam a concentrar mais nos nossos projectos e, de alguma forma, exprimem os nossos desejos mais profundos.
Imagino que os mais cépticos não se entreguem facilmente a esta espécie de jogo mas, ainda assim, atrevo-me a sugerir algumas pistas de reflexão.
Os grandes especialistas em comportamento da actualidade são unânimes em considerar que a felicidade também é um acto de consciência. Ou seja, é a consciência do bem-estar num certo momento ou em determinada fase da vida que o transforma em felicidade. Por outro lado, a memória de tudo aquilo que nos faz felizes também multiplica a nossa felicidade. Nesta lógica, vale a pena fazer algumas listas.
Nem que seja para perceber que, afinal, temos muito mais do que achamos que temos.
Os especialistas aconselham algumas listas que passo a transcrever, com uma breve nota sobre cada uma delas.
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Veja as listas em "Correio do Vouga"

JAZZ NA UA

CLIQUE em www.jazzportugal.ua.pt
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A HISTÓRIA DO JAZZ NA WEB
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Em apenas um ano, o Portal de Jazz Portugal marca pontos. Iniciado pelo docente do Departamento de Comunicação e Arte da UA e crítico de Jazz, José Duarte, e desenvolvido pelo Centro Multimédia e Ensino à Distância (CEMED) conquistou cerca de 50 mil visitantes e mais de 3500 subscritores, dos mais variados pontos do globo. " www.jazzportugal.ua.pt é um sítio onde há swing." Vá conhecê-lo.
O site www.jazzportugal.ua.pt surgiu a 21 de Fevereiro de 2006, pela mão de José Duarte, seu coordenador. O suporte técnico, concepção gráfica e o desenvolvimento ficaram a cargo do CEMED da Universidade de Aveiro. Com imagem renovada, o sítio expande um trabalho de divulgação do Jazz, iniciado em 1997, num noutro endereço. «Uma luta corajosa para a divulgação do jazz neste país. É o único e conceituado sítio para o jazz em Portugal – outra vitória do jazz!», é deste modo que José Duarte apresenta o www.jazzportugal.ua.pt O sítio, que vem conhecendo um crescimento significativo, registou em 2005, 5351 visitantes únicos, 48 215, no ano de 2006, que contabilizou ainda cerca de 600 mil páginas visualizadas e, este ano, conta já com mais de 3400 visitas diárias, de várias partes do globo.
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Leia mais em UA-ONLINE

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 3

Palácio de Balmoral
AINDA A MESA…
Caríssimo/a: Um dia, casal amigo convidou-nos para visitar um “garden center”. Inevitável pergunta: - Would you want lunch? O “yes” sai-nos espontâneo. Quando, após a sopa, esperávamos algo mais, “aprendemos” que o almoço se resumia a isso mesmo: uma sopa e duas fatias de pão sobre as quais poderíamos espalhar “manteiga” ou “doce”. E esta ementa, com ligeiras alterações nos vegetais da sopa, é universal: para todos, quer estejam a trabalhar ou simplesmente a passear. Se, por exemplo, visitarmos o palácio da residência de férias da família real, em Balmoral, no refeitório, que encontramos em tudo quanto é local de veraneio, a sopa que nos serviram foi especial: sopa a Balmoral (com o respectivo pãozinho com manteiga) … * De manhã, cereais com leite; torradas… Como em nossas casas; o célebre almoço britânico é cartaz turístico. * Refeição principal, onde a família se reúne, o jantar. Servida cedo (para nós…), pelas seis, seis e meia, tem prato e sobremesa, normalmente fruta. As crianças pelas sete horas estão na cama. Os adultos, durante o serão, em frente da tv ou fazendo trabalhos ligeiros em casa, tomarão ainda uma refeição ligeira: copo de leite, uma ou outra sanduíche e fruta (vá lá, uma ou outra cervejita!). * Exactamente, como no Continente, a generalização é perigosa e pode até ser tendenciosa, mas fica a certeza de que as diferenças são notórias, certamente pelo clima e pela situação geográfica. Ao falar destes hábitos não pretendo fazer qualquer comparação e muito menos valoração. As coisas são como são; a nós é-nos permitida a compreensão e a aceitação numa troca de sorrisos que abra o coração. Ainda hoje nos recordamos da primeira visita dos escoceses a nossa casa. Procuramos proporcionar-lhes pratos típicos, servidos à nossa maneira e às nossas horas. Foram muitos os olhares trocados quando, ao almoço, chegou a vez da caldeirada. Oh céus! O drama por que passaram: eles não conhecem espinhas nem ossos! Logo ao jantar, com todo o esmero e toda a satisfação da nossa parte, brindámo-los com costeletas. E num sorriso de alma aberta e como mandam as regras, insistimos: - vá lá: mais um bocadinho - só esta costeleta! * Com a sobremesa e especialmente os doces, tudo bem: o que é doce nunca amargou! Manuel

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

UM ARTIGO DE OLIVEIRA DE SOUSA

PONTA DE LANÇA
IGUALDADE
O Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos, instituído em 2007 por decisão do Parlamento Europeu e do Conselho, «pretende sensibilizar a população para os benefícios de uma sociedade justa e coesa», como se lê no site da União Europeia.
Partindo do princípio que os grandes debates, os movimentos, os ciclos da vida das pessoas em que é necessário insistir, dinamizar, provocar consciencialização têm sempre como causa próxima algum distanciamento da maioria (pelo menos a maioria que pode determinar a vida de todos, os percursos da história, o futuro dos que se preocupam e têm futuro, no fundo, os cidadãos comuns para os quais é preciso revitalizar em matéria, aparentemente, menos preponderante nos hábitos ordinários, então, pelo menos entre nós, é necessário instituir o século da Igualdade de Oportunidades. A própria União Europeia é um painel de desigualdades!?
Uns têm sol, outros têm neve; alguns são ricos, muito ricos, a maioria é pobre; meia dúzia é monarquia, os restantes são repúblicas; querem o Estado Social, depois não sabem como gerir; repudia-se o consumo, mas todos têm como referência a economia de mercado; deseja-se menos poluição, mas ninguém sabe o que fazer quando faltam as energias – quem é que acredita que não haja para aí muitos projectos alternativos aos combustíveis fósseis, mas que aguardam oportunidade para singrar a altos preços no mercado!?; e assim sucessivamente…
Tal como começámos, para se criar esta oportunidade de igualdades na Europa é porque a coisa está mesmo desgraçadinha! É um ponto de partida; valha-nos isso!Nisto da igualdade… só mesmo o Futebol Clube do Porto para a Taça! Trata o Atlético como seu semelhante! Ou, vá lá, o Bayern de Munique, no torneiro do Dubai, reconhece no Benfica uma super potência!
Desportivamente… pelo desporto!
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Fonte: "Correio do Vouga"

CITAÇÃO

"A corrupção é o cancro da democracia. E PSD e PS não têm feito tudo nem para a evitar nem para a reprimir."
José Carlos Vasconcelos,
Visão, 11-1-2007
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Nota: Concordo com José Carlos Vasconcelos. Por que razão os responsáveis governamentais, a Assembleia da República, os partidos e a Justiça não cerram fileiras para acabar com a corrupção? Por que razão o deputado do PS João Cravinho anda tão desgostoso por não ver este assunto, de suma importância para a democracia, debatido no Parlamento? Por que razão tem havido tantos obstáculos à elaboração do projecto legislativo que ele próprio há tanto tempo anda a querer levar ao plenário da Assembleia da República? Por que razão o PS tem posto tantas dificuldades à proposta de João Cravinho? De facto, já era tempo de os políticos não brincarem com coisas tão sérias. F. M.

AO SABOR DA MARÉ - 2

Santuário de Schoenstatt
DIA LINDO!
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Hoje esteve um dia lindo. Sem vento nem grande frio, o sol, embora ameno, aquece ambientes e pessoas. Saí para dar uma volta, curta mas reconfortante, e dei comigo a passar por um dos lugares mais acolhedores do concelho de Ílhavo. SCHOENSTATT, em plena mata da Gafanha. Quando cheguei, no meio de um silêncio impressionante, senti o carinho que as Irmãs de Maria oferecem àquele recanto de alguma forma paradisíaco. O jardim cuidado, limpo e asseado, envolve o pequeno Santuário de Schoenstatt, cópia fiel do original do mesmo nome, na Alemanha. Tudo convidava ao silêncio e à contemplação. Ali respira-se um ar diferente: sereno, puro, límpido. O espírito como que nos envolve, nos capta a atenção, nos conduz até ao interior daquela pequena capelinha, onde, de facto, é bom estar. Na intimidade com o divino, sentimos que o humano se deixa possuir por ideais de procura de Deus, através de Nossa Senhora, baptizada com um nome curioso: “Mãe, Rainha, Vencedora, Três Vezes Admirável de Schoenstatt.” Se nunca lá foi, convido-o a passar por lá. Verá que vale a pena. F.M.

UM ARTIGO DE D. ANTÓNIO MARCELINO

IGREJA CONSERVADORA
E OBSCURANTISTA?
Estamos em tempos em que o respeito mútuo deve ser a regra de ouro da convivência pacífica, mas em que alguns parecem ter jurado não ir por esse caminho. Haverá gente assim em todos os quadrantes da sociedade, tanto políticos como religiosos, e teremos por isso de nos acautelar para que as divergências de opinião, sempre legítimas, não criem muros difíceis de transpor, nem espaços de incomunicação. Para isto há que usar a cabeça, depor os preconceitos, olhar o outro como pessoa, dar consistência válida às opiniões, cultivar projectos de paz e de construção de uma sociedade onde todos tenham lugar. Ser diferente ou ter uma opinião diferente não quer dizer que se seja inimigo. O pluralismo é sempre um enriquecimento, quando as pessoas têm dimensão moral, sabem acolher e respeitar, não nadam no vazio. É evidente que o diálogo e a convivência se dificultam a ponto de se tornarem impossíveis, se as pessoas contarem menos que as ideias e as coisas e se, por detrás, das opiniões dominarem interesses de qualquer ordem ou apenas houver emoções à procura de justificação. Quando assim acontece, surgem sempre os fantasmas e logo se diz que os cristãos são obscurantistas, que a liberdade tem de ser absoluta, que o deus de cada um é ele próprio, e por aí adiante… Se voltarmos a página, também podemos ver alguns radicalismos e modos de agir no espaço religioso, que podem traduzir algum fundamentalismo inaceitável. Por sorte, há muita gente séria e honesta, em todos os quadrantes da vida social, que mostram que o equilíbrio é possível, tal como o é a convivência respeitosa e sadia. O problema do aborto, que vai enchendo a praça pública, presta-se a um bom exercício de reflexão, serena e fundamentada, de modo a que propostas diversas ganhem valor de cidadania e ajudem a solução de situações pontuais, sem que ponham em causa valores e aspectos fundamentais. Toda a gente, presumo eu, está interessada em promover a vida, esse valor supremo e inestimável, sem o qual nada pode subsistir. O caminho, porém, tem de ser marcado pela honestidade e pela clarividência. O valor da vida não pode dobrar-se ante promessas eleitorais ou programas partidários. Um exemplo: O “Movimento de cidadania e de responsabilidade”, disposto a lutar pelo “sim”, diz que “o feto ainda não é vida humana”. Quem pensa de modo contrário, acrescenta, quer misturar os termos do debate e confundir as pessoas É assim que acontece, acentua, com “a Igreja conservadora e obscurantista”… Mas então, o feto vivo, que é fruto de dois elementos humanos vivos, o espermatozóide e o óvulo, se não é vida humana, o que é? E quando começa, então, a ser? É a vida humana fruto de um salto qualitativo que acontece num momento determinado, ou existe desde o início com todas as capacidades da pessoa, que apenas aguardam o seu natural desenvolvimento e manifestação, para que se possam verificar? Outro exemplo: Um grupo de deputados portugueses no Parlamento Europeu, também defensores do sim, acaba por confessar para justificar a sua luta, que “o resultado deste referendo não interessa apenas a Portugal. Interessa igualmente à Europa, onde outros três países ainda criminalizam as mulheres por interromperem a gravidez: Irlanda, Malta e Polónia”. Assim mesmo. Como é possível assim reflectir, seriamente, sobre o valor da vida gerada e ainda no seio da mãe? Que respeito podem merecer tais posições, se elas não respeitam o essencial de uma reflexão que ocupa o país? Um mundo de misturas, confusões e desvios. Todos reconhecem que o aborto é crime. Então, há que lutar juntos para evitar e erradicar o crime. Quanto às mulheres que decidiram abortar e aos pais que geraram uma nova vida, sempre calados na opinião pública, mas que estão muitas vezes na origem da decisão, os tribunais que os julguem, com a sabedoria e a benevolência possíveis, porque sempre a fraqueza humana nos acompanhará. Mas não se fale de direitos da mãe, nem se omita ou se cale a responsabilidade do pai, esmagando o direito fundamental do filho já gerado. Nem surjam leis para empatar que se ande o caminho que pode levar a uma solução digna de um país humanizado onde todos contem e não apenas alguns sejam considerados.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

SÃO GONÇALINHO

Capela de São Gonçalinho
FESTA DAS "CAVACAS"
COMEÇA HOJE
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Começam hoje os festejos em honra de São Gonçalinho, um santo muito popular que Aveiro deve assumir como seu, à semelhança do que acontece com o São João no Porto e Santo António em Lisboa. A ideia, que não é minha, ouvi-a a muito boa gente. Porque Aveiro gosta muito deste santo, cuja vida está envolta em muita lenda, e porque lhe atribuem muitos milagres. Até se diz, com alguma graça, que o Beira Mar, o clube mais representativo da cidade e região, não perde em dia de São Gonçalinho. Não conheço as estatísticas, mas que o povo diz isto, lá isso diz. Estou em crer que não será tanto assim... O Beira Mar só ganha se jogar bem e com a garra que o santo pode inspirar nesse dia. Imaginem se os jogadores pensassem nisso em todos os jogos. De certeza que o Beira Mar não estaria no fim da tabela da Liga de Futebol. Mas o São Gonçalinho também é a festa das cavacas. As promessas da oferta das cavacas são tantas que elas nunca faltaram para, nas horas marcadas, serem lançadas de cima da capela dedicada ao santo, para alegria e gozo de gente nova de todas as idades, da cidade e arredores. Por isso, daqui formulamos votos de que o São Gonçalinho continue a unir as gentes de Aveiro, não só em torno das suas tradições , mas também das propostas que ele nunca deixa de fazer, para todos se aproximarem um pouco mais de Cristo, que tanto amou. A partir de hoje e até segunda-feira a capela de São Gonçalinho vai ser palco de uma romaria feita pelo povo. Novos e velhos por ali hão-de passar para venerar o santo e para comer cavacas. Boa festa e bom apetite.

PAPA NÃO VEM A FÁTIMA

Fátima: Maqueta da Igreja da Santíssima Trindade
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BENTO XVI DECLINA
CONVITE PARA VISITAR
FÁTIMA EM 2007
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O Papa Bento XVI recusou, por questões de agenda, o convite para ir a Fátima em Outubro, por ocasião da inauguração da Igreja da Santíssima Trindade, anunciou ontem a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). "O Santo Padre não virá a Fátima neste ano de 2007", mas enviará um representante para "presidir em Outubro à inauguração da Igreja da Santíssima Trindade", revelou o porta-voz da CEP, D. Carlos Azevedo.
Em 2006, por ocasião das comemorações dos 90 anos das aparições, o presidente da CEP e o bispo de Leiria-Fátima pediram uma audiência a Bento XVI para fazer o convite, mas nem sequer esse pedido foi atendido pela Santa Sé. "A resposta é que não era possível responder na agenda de 2007, uma vez que o Santo Padre, até pela sua idade, restringe as suas saídas", explicou D. Carlos Azevedo.
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Fonte: "PÚBLICO"

ABORTO -11

Um texto de D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa

Referendo:
Sim ou Não?
I – O que é que se pretende? 1. Aproxima-se a consulta popular em que o eleitorado vai ser convidado a dizer “sim” ou “não” a um alargamento legal do aborto, até às dez semanas de gravidez, tendo como motivo a justificá-lo apenas a vontade da mulher grávida. Embora a Igreja, porque é contra o aborto em todas as circunstâncias, não concorde com a Lei actualmente em vigor, ela apresenta razões para justificar o pedido da mulher: violação, mal-formação do feto, graves distúrbios psíquicos para a mãe. Agora pretende-se tornar legal que a mulher grávida peça o aborto só porque o quer. O que é que se pretende? Que motivos levam a esta ousadia legislativa? O Estado democrático, através das leis que aprova, procura o bem da comunidade nacional. A arte de legislar tem uma forte componente cultural: as leis aplicam à vida concreta da sociedade, em ordem a harmonizá-la, os valores fundamentais da cultura de um Povo. É daí que provém a exigência ética de todas as leis. Será que a nossa cultura deixou cair o valor humano universal que é a dignidade da vida humana e o dever do Estado de a defender e proteger? Será que esta intenção legislativa propõe um bem fundamental para todos os portugueses?
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terça-feira, 9 de janeiro de 2007

ABORTO - 10

EM AVEIRO
DOZE MIL PELO "NÃO"
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O movimento cívico “Liberalização do aborto? Não!” recolheu mais de 12 mil assinaturas para poder pedir à Comissão Nacional de Eleições o seu pedido de inscrição como grupo de cidadãos eleitores. Mandatários e apoiantes deste grupo cívico entregarão as assinaturas recolhidas na região de Aveiro no próximo dia 10. “É de elementar justiça, neste momento, felicitar todos aqueles que, com o seu esforço, permitiram que em pouco mais de duas semanas se ultrapassasse o dobro das assinaturas necessárias para constituir um grupo cívico”, refere um comunicado enviado à Agência ECCLESIA. Entre os signatários do movimento “Liberalização do aborto? Não!” constam figuras dos mais variados quadrantes, e um Prémio Nobel da Paz, D. Ximenes Belo.

ABORTO - 9: UM ARTIGO DE ANTÓNIO REGO

Por muito que se atenue
nas palavras,
o aborto consiste
em destruir
um ser humano
PARTIDARIZAR O ABORTO
É natural que, a um mês do Referendo do sim ou não ao aborto - é disso que se trata - algumas dúvidas se levantem a quem tem de fazer uma escolha no dia 11 de Fevereiro, ainda que seja não votar ou votar em branco. Como conciliar o uso da firmeza e da tolerância neste complexo debate? Que diferença de método e de espírito entre esta campanha e uma campanha eleitoral comum? Que lugar ocupam os partidos neste xadrez? Onde começa e acaba a liberdade de consciência num tema tão delicado como a destruição da vida humana? Torna-se claro que o objecto colocado em referendo não é referendável: a vida. A frase adoçada - interrupção voluntária da gravidez - tenta quebrar a brutalidade do acto abortivo como agressão a um ser indiscutivelmente vivo, humano e indefeso. Não há ciência que possa negar a humanidade dum ser com quatro, cinco ou nove semanas, mesmo que se não entre no preciosismo (?) do segundo exacto em que começa a vida. Ninguém deseja que a mulher, seja qual for a razão por que decidiu provocar o aborto, vá para a cadeia. O seu sofrimento já é uma pesada pena. Mas o que está em causa é a liberalização, o sancionamento social, jurídico e económico dum gesto que, por muito que se atenue nas palavras, consiste em destruir um ser humano na evolução do seu crescimento. Esta é a real questão que deve ser colocada, sem eufemismos e com o maior respeito pela vida da mulher e do homem. É este problema que precisa ser frontalmente colocado como um tema humano e não religioso, inscrito na lei natural e formulado na Lei de Deus. Todo o arrepio que acompanha qualquer descrição pormenorizada deste acto, procede do ser contra natura e não de qualquer estreita lei dum obstinado legislador. Mais ou menos explicitamente os Mandamentos de Deus estão inscritos em dois lugares: na alma humana, no âmago mais profundo e sincero da sua contemplação, e no Decálogo com formulação verbal expressa. Estamos perante uma questão que não pertence aos partidos políticos, aos poderes estabelecidos, nem sequer às religiões institucionais. Pertence ao mais secreto e sacro do ser humano. Mas não é uma questão privada ou individual. Tinha razão o Patriarca de Lisboa quando dizia que o aborto não é uma questão religiosa.

ÍLHAVO: CONCURSO LITERÁRIO JOVEM

Entrega dos trabalhos até 14 de Março
PARA PROMOVER A ESCRITA
E VALORIZAR
A EXPRESSÃO LITERÁRIA
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Com o objectivo de fomentar hábitos de leitura nas camadas jovens, criar e/ou consolidar hábitos de escrita, promover a escrita e valorizar a expressão literária, a Câmara Municipal de Ílhavo vai realizar mais uma edição do Concurso Literário Jovem
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Na presente edição deste Concurso, pretende-se ainda, através da criação da secção “Temática Marítima”, subordinada ao tema “Memória das Profissões Marítimas”, promover a ligação dos ilhavenses, nomeadamente dos mais jovens, ao seu rico património marítimo e fomentar o dialogo entre gerações. Com esta VI edição do concurso, a Câmara Municipal de Ílhavo, atendendo à elevada importância que o Mar assume para o nosso Concelho a vários níveis, pretende ainda proporcionar uma experiência pedagógica e lúdica em torno das memórias marítimas da região, estimulando os alunos a uma viagem ao passado para construir conhecimento no presente e no futuro. Este concurso é dirigido aos alunos das Escolas do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos e poderão participar alunos de qualquer estabelecimento de ensino do Concelho de Ílhavo, até ao 9º ano de escolaridade, que poderão concorrer nas modalidades de texto narrativo e texto poético. A todos os autores será entregue um certificado de participação, cabendo ainda aos três primeiros classificados de cada categoria, prémios sob a forma de material didáctico, no valor de 100 euros para o 1º classificado, 50 euros para o 2º classificado e 25 euros para o 3º classificado. O prazo de entrega dos trabalhos decorre entre o dia 2 de Novembro de 2006 e o dia 14 de Março de 2007, devendo os mesmos serem entregues por mão própria ou enviados por correio, com aviso de recepção e endereçados para a Câmara Municipal de Ílhavo - VI Concurso Literário Jovem - Avenida 25 de Abril -3830-044 Ílhavo.
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Fonte: Portal da CMI

NAVIO-MUSEU SANTO ANDRÉ

Na Gafanha da Nazaré
Navio St. André
reabre sábado
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Desde o passado mês de Outubro em recuperação nos estaleiros da Navalria, o Navio-museu Santo André reabrirá, este sábado, ao público, com visitas guiadas das 14 às 20 horas. Terá ainda lugar uma conferência de imprensa que contará com as presenças do director do museu e do presidente da Câmara Municipal de Ílhavo

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DIA DA ALFABETIZAÇÃO - 2

VAMOS OFERECER LIVROS?
A propósito do Dia da Alfabetização, que ontem se comemorou, li, numa agenda para 2007, uma sugestão interessante. Diz assim: “Pegue em todos os livros que não vai reler e ofereça-os.” Eu sei que, para muitos (e eu estou entre esses), os livros da biblioteca pessoal são como filhos: não se dão… não se oferecem. Mas se fizermos um pequeno esforço, talvez possamos oferecer alguns que… estão por ali há anos sem ninguém lhes tocar. Lê-se na agenda que os livros que pudermos e quisermos oferecer podem muito bem ser canalizados para escolas e prisões, onde serão acolhidos de braços abertos. E mais: a sua Junta de Freguesia ou paróquia também podem informar quem precisa de livros. E há, ainda, ONGs (organizações não governamentais) que se encarregam de os mandar para os países de Língua oficial portuguesa. Ora aqui ficam algumas boas ideias.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

UM ARTIGO DE ALEXANDRE CRUZ

Depois da festa,
vamos à Vida!
1. As festas de Natal e Ano Novo são sempre oportunidades (únicas) de encontros e reencontros onde os sentimentos de esperança diante de um novo ano redobram a capacidade da superação dos obstáculos permanentes. Não faltam tempos e lugares (e no fundo todos o são) onde a paz do Natal e o brilho expectante do Ano Novo terão de ser a “esperança em exercício” na construção de uma “Humanidade mais humana”. (No uso da liberdade pluralista e que é nossa convicção partilhada dizemos Natal, no seu sentido sempre novo, caloroso e aconchegante mais original, não dizemos só “Boas Festas”…) Essa Humanidade sonhada, também entre nós, onde as pessoas não serão números e os números económicos não serão tudo, nem serão os computadores que decidem o que “abre” ou o que “fecha” mas sim as pessoas na sua realidade pessoal e comum (não virtual), e em que o equilíbrio social entre ricos e pobres, litoral e interior de Portugal, seja um ideal constante, essa Humanidade (humana) continua a ser o sonho que procuramos. Até na luta pelo pão de cada dia! Uma das notícias nacionais da entrada em 2007 era que o “pão sobe 20%”; até o pão?! Que abismo de distância entre as (simpáticas e economicistas) mensagens políticas de Natal e Ano Novo e a realidade social do Portugal profundo? Não será possível um maior realismo que capte o estímulo à esperança dos mínimos para todos? O discurso cai ao lado, o saco (do pão) está roto! Fazem-se campanhas periódicas de recolha de alimentos, de quando em quando vêm os números dramáticos da pobreza em Portugal, que se agrava no interior… sabe-se que as fusões dos grandes grupos económicos quererão criar mais império para “alguns” deixando sabe-se lá como a multidão… Não, não ao menos não suba o pão!... Há gente que passa fome (por variadas circunstâncias todas as noites e dias de Natal)... 2. Alguns sinais dos tempos (perturbantes) continuam a marcar o exercício da nossa cidadania diária. Os tempos são de apreciável “liberdade”, mas esta cai se não está assente nos pilares da responsabilidade e dignidade humanas. Parece mesmo que na euforia emocionante somos dos melhores do mundo, que o digam as indústrias do telemóvel, o “investimento” no Euromilhões (que esbanja agora no Raly Dakar) ou as despesas da quadra natalícia que dariam para uma OTA (aeroporto). Entre tantas formas de formação humana sempre necessárias, uma delas será a educação para o consumo; sim, para mais em Portugal sabermos gerir a vida real, para melhor discernirmos os equilíbrios e as fronteiras entre o (saudável) bom senso e o (evitável) excesso. Talvez o equilíbrio das coisas possa ser medido pelo “depois”; há sempre um depois, e é nele que a verdade se apura (desde que haja tempo e vontade para reflectir); e “depois” das festas, o que fica mesmo para a vida como fruto de proximidade humana? Qual o “saldo” do essencial, dos motivos e valores do que festejámos? Tantas vezes excedemo-nos na emoção e, depois, torna-se-nos difícil o equilíbrio da razão das coisas e do ler a realidade do “dia seguinte”. Esse dia seguinte, se o anterior foi bem preparado e vivido, só pode ser de refrescada continuidade no caminho que constrói paz e harmonia entre todos. Eis a pergunte sempre difícil quanto essencial: de que valem as festas se não nos fizerem parar, pensar, (re)encontrar, para assim conduzirem mais esperança à vida diária? 3. A passagem de ano - para além do fogo de artifício - teve das piores fotografias que se poderia imaginar: uma corda ao pescoço de Sadam Hussein. Nessa corda mortífera, no filme de telemóvel da humilhação que agrava todos os ódios, estará o cair por terra da procura de estáveis caminhos democráticos. A morte de alguém, decretada por sistemas de justiça, acreditamos, nunca será caminho para a paz. A justiça – se o quer ser na grandeza da construção da democracia assente na dignidade da pessoa humana (é a única base de todo o futuro) – não pode “responder” com a mesma moeda de qualquer ditador. Todos os males cruéis e indignificantes que o ditador fez são ditadura; todo o ideal de um sistema de justiça em construção democrática não poderá nunca ser compatível com os mesmos usos mortíferos. Caiu a autoridade moral! Pena de morte (esta que continua a ser o sinal maior da degradação e incapacidade humanas), nunca! Só que: quem tem mesmo autoridade (parece cada vez mais que morre solteira) para defender a vida e não a morte? Como é possível vermos no Conselho de Segurança da ONU das nações que mais praticam a pena de morte nos seus sistemas de justiça? Foram inúmeras as vozes de países e organizações que se levantaram contra o crime da passagem de ano, ainda para mais filmado e exposto globalmente pelo vencedor do prémio TIME 2006 (o utilizador da Internet). 4. Desse “momento” de Sadam veio uma pergunta que nos fica para a história (pergunta como resposta à humilhação que lhe faziam): “É isto a Humanidade?” Esta pergunta volta-se para todos os lados, para ele e para o futuro das nações. Que todas organizações e países que se manifestaram (contra a morte) não esqueçam que há muitas mais vítimas e ideais de dignificação da Vida sempre a defender; dos que estão nesses tremendos “corredores” da morte aos que na solidão e sofrimento desesperam e pedem a eutanásia, das Vidas que são executadas (sem se poderem sequer defender) antes mesmo de verem a luz do dia aos que no mundo não têm pão e morrem de fome. Vamos, todos os dias de Vida!... Se se é contra a execução de Sadam então ter-se-á de ser contra todas as formas de morte. Que o ano novo traga absoluta coerência, para haver mesmo HUMANIDADE E VIDA!