sábado, 24 de junho de 2006

Crianças ajudam na recolha de armas

CNJP prepara iniciativa para campanha de desarmamento
A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), juntamente com outras entidades da sociedade civil, irá “participar na campanha de recolha de armas que será feita ao abrigo da nova lei das armas. Esta decorrerá de finais de Agosto a finais de Novembro” – disse à Agência ECCLESIA Fernando Roque de Oliveira, um dos responsáveis do Observatório sobre a produção, comércio e proliferação de armas ligeiras. O convite para esta participação partiu do Secretário de Estado da Administração interna, José Magalhães, durante as audições públicas promovidas pela CNJP sobre “Por uma sociedade segura e livre de armas”. O Observatório esteve reunido ontem (22 de Junho) para decidir como será feita essa entrega de armas. “Mesmo que seja de forma anónima e discreta está relacionada com a mudança de mentalidades” – realçou este responsável. E acrescenta: “uma forma de conseguir este objectivo é através das crianças”. Para tal, este observatório irá realizar um espectáculo com a participação de crianças. O fio condutor deve predispô-las contra a “utilização de armas” mas que “passem também a palavra às famílias”. A campanha de recolha será durante três meses e o observatório pensa concretizar este evento a meados de Outubro. “Mobilizar crianças fora do período escolar é difícil” e é necessário dar tempo “para que elas se preparem e ensaiem” – salienta Fernando Roque. O primeiro passo está dado agora “iremos identificar o espaço onde haja crianças disponíveis a participar nesta iniciativa”. As crianças serão veículos transmissores da mensagem e “acredito que seja o campo mais fértil para mudar as mentalidades” – concluiu. A próxima reunião deste observatório será a 14 de Setembro.

sexta-feira, 23 de junho de 2006

"CULTURA: Tudo o que é preciso saber"

Um livro para os amantes
de livros Os deuses gregos. A Ilíada e a Odisseia. A Bíblia. A história grega e romana. A emergência do cristianismo. A Idade Média. Carlos Magno. O Renascimento. Lutero e Calvino. As guerras religiosas. O Iluminismo. As guerras mundiais. As grandes obras da literatura europeia. A história da pintura. A historia da Música. A Filosofia. Marxismo e liberalismo. A ciência. Freud. Sociedade tradicional e moderna. A evolução da família. O feminismo. A linguagem. A gramática. As identidades nacionais. A inteligência, o talento e a criatividade.
Um livro que fale disto tudo parece excessivo. Mas a obra de Dietrich Schwanitz aborda esses e muitos outros assuntos. E aborda-os de uma forma tão simples, tão assertiva e profunda que quem abrir o livro à sorte e ler um parágrafo completo não resiste a ler três ou quatro páginas de seguida, apesar de o tamanho de letra ser minúsculo.
Jorge Pires Ferreira
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Leia mais no CV

quinta-feira, 22 de junho de 2006

Empresários e gestores cristãos no CUFC

Empresários e gestores cristãos criam núcleo em Aveiro
A Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) vai promover em Aveiro um encontro de divulgação dos seus objectivos, iniciativas e meios de actuação. Trata-se de um encontro aberto a todos os empresários e gestores e que espera venha a resultar na criação de um núcleo da ACEGE nesta cidade. A iniciativa decorre no próximo dia 26 de Junho, segunda-feira, no Centro Universitário Fé e Cultura (CUFC) às 21.30 horas, com o apoio e iniciativa do Bispo da Diocese e de um grupo de empresários locais, sendo orientado por dirigentes ACEGE. A ACEGE é uma associação de homens e mulheres de empresa, que partilham entre si valores cristãos e procuram aplicá-los no desenvolvimento da sua vida profissional. Com estatutos aprovados em 1998, a associação é herdeira da UCIDT – União Católica de Industriais e Dirigentes de Trabalho, criada em 1952, e está filiada na UNIAPAC – Union internationale chrétienne des dirigeants d’entreprise. A associação tem por fins, entre outros, aprofundar, difundir e aplicar na prática a doutrina da Igreja Católica relativa à vida empresarial e às instituições empenhadas em promover a paz social e o desenvolvimento. Do seu trabalho destaca-se a publicação do “Código de Ética”, assinado já por mais de 500 empresários e gestores.
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Fonte: Ecclesia

Um poema de Armor Pires Mota

PRECISO DAS PALAVRAS Preciso das palavras como da lua e do vento para me desnudar, no antigo tormento ou lúcida ânsia de inteiro em mim me achar. Preciso das palavras, do seu ouro e fragrância, e dos nenúfares amarelos para no meu rio acordar as luminosas águas da infância.
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In "Tristes Pássaros de Babilónia"

Um artigo de D. António Marcelino

SERÁ TUDO
ASSIM TÃO FÁCIL?
Sempre me mereceram atenção e, por vezes, me preocuparam bastante, os problemas do ensino e da escola. Todos sabemos que são problemas que mexem com a vida das pessoas no seu presente e futuro, e que têm sempre repercussão na sociedade, na vida que se vive e no que dela se espera. Quando a escola não funciona e o ensino não tem projecto, tudo nas pessoas vai empobrecendo e perdendo o seu sentido. Vi com entusiasmo a democratização do ensino e as escolas mais perto das pessoas; vi com alegria muita gente humilde a fazer cursos superiores e a ocupar lugares cimeiros em instituições sociais; pareceu-me ver que o interesse pela cultura já ia, em alguns, para além do emprego futuro, sempre justificado, como é óbvio, e estava ganhando lugar em mais gente do que a privilegiada de outras eras e classes sociais. Ao longo de meses, a preocupação inicial pelo ensino e pela escola foi redobrando. Desde há tempos, já podemos falar de anos, me vai parecendo, no entanto, que, em campo de tanta responsabilidade, mais dominam a superficialidade, a perturbação e o pessimismo, do que a preocupação de construir com objectividade, realismo e esperança e em colaboração clara. As últimas medidas do Ministério, se aparecem com algum realismo em aspectos diversos do diagnóstico dos problemas emergentes, aparecem, também e muitas vezes, desadequadas e provocando lutas evitáveis, que prejudicam o entendimento e a cooperação, ante os problemas que se torna urgente enfrentar. Nunca será medida acertada levantar muros e provocar suspeitas e divisões entre pais e professores. Nem entregar os problemas mais graves e salientes, bem como as suas soluções, apenas a técnicos jovens, com conhecimentos estreitos em relação ao passado, e horizontes que parecem não ter nem balizas, nem regras, em relação ao futuro. Não creio que se resolva o problema da matemática com dois professores por turma, nem o do português, clamando que os alunos não raciocinam e que é preciso fazê-los raciocinar… Como não me parece ver os alunos do básico todos bem comportados e aliviados por não terem trabalhos de casa, ou bem preparados para a vida porque aprendem no jardim-de-infância a mexer no computador ou a falar inglês, com uma ajuda de um professor importado de uma qualquer escola de línguas, pondo de lado tantos de igual saber, com horário zero nas escolas do Estado. Ou fiquem melhores alunos e cidadãos quando, por força de um laicismo cego, se dificulta o ensino da educação moral e religiosa nas escolas básicas, com os pais a pedi-la para os filhos. Tudo isto me parece não passar de mezinhas baratas de quem não vai ao fundo das questões, vive à margem da vida real e não tem a visão larga e liberta de querer mesmo proporcionar uma educação com os valores, indispensáveis a uma vida séria e honesta. Um dia, o meu professor de matemática, homem sábio das coisas da vida, perante a minha interrogação de que servia a matemática para quem queria apenas ser padre, respondeu-me assim: “A matemática, meu rapaz, serve para lubrificar a inteligência.” Nunca mais o esqueci, porque a vida me tem mostrado que a nossa gente nova está hoje mais influenciada pelo que anestesia a inteligência e dispensa de raciocinar. Daí a dificuldade da matemática e do português, o considerar-se dispensável a filosofia e fazer da história contrapeso cultural, que ocupa uma menosprezada faculdade, a memória… As coisas por onde passa a vida não são tão fáceis como se pode pensar, mas parece que se pensa cada vez menos, nas coisas que fazem parte da vida. Creio que não vamos a parte nenhuma, neste como noutros campos, se não se desfaz o fosso que separa as cúpulas das bases, e se não aproveita o saber de muita gente que não aprendeu apenas nos livros. Ter o poder, não é sempre ter o saber, em exclusivo.

RELIGIÕES EM PORTUGAL

Um contributo
para conhecer
a religião em Portugal
Um contributo para a compreensão do fenómeno religioso em Portugal. É desta forma que a socióloga Helena Vilaça caracteriza a obra "Da Torre de Babel às Terras Prometidas". A publicação, lançada no Porto, resulta de um trabalho de pesquisa sobre o pluralismo religioso em Portugal, uma forma de conhecer a evolução do fenómeno no nosso país. Helena Vilaça, socióloga e autora do livro, diz tratar-se de um tema que tem sido pouco estudado e justifica: "Porque é uma sociedade quer do ponto vista religioso e estatístico, quer do ponto de vista cultural, profundamente católica". O tema da pluralidade está presente no título - "Da Torre de Babel às terras prometidas": Cada grupo religioso constrói a sua «terra prometida», independentemente da crença que a pessoa possa ter", sublinha a socióloga.
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Fonte: RR

Fogos florestais

Cavaco Silva
apela ao contributo
dos cidadãos
na prevenção
contra incêndios
O Presidente da Republica, Aníbal Cavaco Silva, apelou hoje a um maior "sentido de responsabilidade" por parte dos cidadãos de modo a diminuir o risco de fogos florestais. "O combate aos incêndios é um desafio colectivo e por isso apelo à consciência e sentido de responsabilidade dos portugueses para que actuem de forma a diminuir os riscos" de incêndios, afirmou o Presidente da República, acrescentando que, nesse sentido, é necessário o "cumprimento das regras e orientações, sendo essa a responsabilidade de todos". Em visita ao Serviço Nacional Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), em Carnaxide, Cavaco Silva disse que "aos bombeiros e protecção [civil] exige-se muito, mas cada um dos cidadãos tem o dever de contribuir para actuar e ajudar a fazer face ao flagelo que são os incêndios", referiu o chefe de Estado. O Presidente da República destacou o esforço de melhoramento da organização, meios e coordenação do SNBPC. "Hoje, estamos melhor preparados para atacar à nascença os fogos que podem surgir, mas nunca podemos garantir os controlo de todos os fogos", declarou.
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Fonte: "PÚBLICO" online

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Prevenir Riscos Naturais

Estrutura congrega Universidade e entidades públicas

Nasce no Porto centro para estudar e prevenir riscos naturais

A Universidade do Porto (UP) criou um centro de investigação para estudar e prevenir riscos naturais, tendo em conta a importância crescente desta problemática nas sociedades contemporâneas. O Centro de Estudos de Risco da Universidade do Porto (CERUP) insere-se numa «lógica de reforço da capacidade institucional da Região Norte no domínio da relação entre riscos naturais e tecnológicos, património e ordenamento», explica a UP em nota informativa.
Conta desde já com a participação de um leque variado de entidades como a Câmara Municipal do Porto, Instituto da Água, Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), Associação Florestal de Portugal e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.
Este centro interdisciplinar terá como principal objectivo realizar estudos, trabalhos laboratoriais e investigação científica em áreas como gestão de riscos em centros históricos, preparação de cartas de risco e estudos sobre o litoral e as paisagens atlânticas e mediterrânicas, formação de profissionais do património e da protecção civil ou análise comparativa de políticas, procedimentos e instrumentos de prevenção e intervenção em situações de emergência.
Segundo a UP, o resultado prático do conhecimento produzido no âmbito do CERUP «revelar-se-á em propostas às instâncias e entidades oficiais competentes, bem como a organizações e empresas privadas, para a adopção de medidas, procedimentos ou normas que possam concorrer para a consciencialização dos riscos que envolvem a sociedade e das formas de os controlar».
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Leia mais em "Jornal Digital"

Parceria UA, CMA e TA

"Viver Aveiro"
é a nova
agenda cultural
da cidade
Uma renovada agenda cultural está desde 16 de Junho disponível a todos os aveirenses e turistas que visitam a cidade. Resultado de uma parceria entre a Universidade de Aveiro, Câmara Municipal e Teatro Aveirense, a agenda passa a dar-lhe mensalmente, e de forma integrada, toda a informação sobre a oferta cultural da cidade. Chama-se "Viver Aveiro", é de distribuição gratuita, tem uma periodicidade mensal e pode encontrar-se em quiosques, juntas de freguesia, hotéis e outros espaços da cidade. A agenda cultural engloba informações relativas a dança, cinema, colóquios, feiras e festas, exposições, música, espectáculos infanto-juvenis, teatro, livros e leituras, e dedica ainda um espaço a informações sobre a oferta de restauração e alojamento na cidade. De acordo com o Vice-Reitor da UA, Prof. Manuel Assunção, a cidade passa a dispor de “um livrinho que permite às pessoas de Aveiro e aos seus visitantes terem uma ideia concreta, integrada e actual sobre a oferta cultural da cidade. Não se trata apenas de compilar as propostas dos vários agentes parceiros, mas de caminhar para a concepção da oferta cultural de forma integrada, para termos propostas complementares em vez de sobreposições”.
A agenda cultural foi apresentada no passado dia 16 de Junho à imprensa pelos representantes das três instituições parceiras: Prof. Manuel Assunção (UA), Vereador Miguel Capão Filipe (CMA) e Directora do Teatro Aveirense, Dra. Maria da Luz Nolasco.
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Fonte: UA on-line

Mais apoios para quem mais precisa

GOVERNO QUER
REFORÇAR APOIOS
A PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA
O Governo quer reforçar o apoio às pessoas com deficiência, tanto no que toca à pensão como à sua reinserção mais fácil no mercado de trabalho. Esta é uma das propostas que constam do último documento que o ministro Vieira da Silva entregou aos parceiros sociais. Também os abonos das crianças de famílias monoparentais podem crescer e os órfãos vão ver as pensões aumentadas. As pensões para os órfãos de pai ou mãe vão aumentar em 25 por cento, no caso de um descendente, 40 por cento quando forem dois, ou 50 por cento quando houver três ou mais filhos sem um dos progenitores. Quanto aos cônjuges sobrevivos, o Governo quer introduzir o princípio da diferenciação positiva, o que implica a apresentação da prova de rendimentos. Para as pensões de invalidez, o Governo propõe o aumento no caso de grande ou total incapacidade dos indivíduos. Mas também quer rever o regime de acumulação de pensão de invalidez com rendimentos do trabalho, de forma a que as pessoas que tenham condições físicas, continuem no mercado de trabalho. Quanto aos portadores de deficiência, o Governo quer diferenciar a atribuição da prestação em função da idade: menores ou maiores de 18 anos, grau de deficiência e rendimentos do agregado familiar. Finalmente, também os filhos de famílias monoparentais podem receber um abono um pouco mais alto do que o normal. Em média, 10 por cento a mais, mas tendo em conta os rendimentos do agregado familiar e a sua composição.
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Fonte: RR

Barra e Costa Nova com Bandeira Azul

Praia da Barra

Praias

com qualidade

para todos

Nas praias da Barra e da Costa Nova, no concelho de Ílhavo, foram hasteadas as Bandeiras Azuis, como símbolo de qualidade, a vários níveis. Isto significa que os veraneantes podem frequentar, em segurança, as praias ilhavenses, que vão garantindo, ano após ano, os parâmetros exigidos. Melhor água, melhor ambiente e melhores infra-estruturas. Daí o galardão, também, de "Praia Acessível, Praia Para Todos".

Um artigo de António Rego

O fato de ver a Deus
Com a chegada do Verão as crianças e os jovens marcam uma nova etapa nas suas vidas. Nas escolas do Básico ou do Superior arruma-se um ano de trabalho nas sempre duvidosas avaliações para quem é avaliado e para quem avalia. Nas comunidades eclesiais encerra-se um ano pastoral com as celebrações em volta da Comunhão das crianças e do Crisma dos jovens. Trata-se duma etapa definitiva com algumas aparências de simples festa, mas como marco na vida dos que vão continuar e dos que vão desistir da vivência cristã. É por isso que as festas religiosas são significativas. Representam, visivelmente, um acontecimento que entra na memória não apenas dos que recebem um sacramento mas na própria comunidade que acolhe e rodeia. Quem dera que dessa semente fosse extraído todo o fruto. Sabemos porém que nem os que partem nem os que ficam apagam facilmente a memória desse acontecimento. O fato da Comunhão ou do Crisma, é obviamente um elemento menor neste todo. Mas não é um simples elemento de estima pessoal. É uma valorização celebrativa que se enquadra num ritual mais vasto e mais profundo. E chegamos ao ponto: um momento de evangelização em que se devem investir as melhores energias na preparação catequética, litúrgica e na personalização de cada participante como se fosse o único. Um momento singular de aproximação aos grandes mistérios e à experiência de percepção dos símbolos cristãos. É um fim de ano pastoral. Mas merecedor de toda atenção porque há ritos e gestos que ficam para o futuro. Da sua memória dependerão muitos afectos e rejeições no campo da fé.

terça-feira, 20 de junho de 2006

Um anjo está contigo



Um anjo está contigo  quando te alegras 
Sempre um anjo está contigo 
E o arco-íris brilha como a água que corre

Adília Lopes 

In “Sur la Croix”, edição do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

DIA MUNDIAL DOS REFUGIADOS

Guterres envia mensagem de esperança a refugiados
Nunca perder a esperança. É esta a mensagem que o alto-comissário da ONU para os refugiados pretende transmitir aos milhões de pessoas forçadas a abandonarem as suas casas um pouco por todo o mundo. Na sua mensagem do Dia Mundial do Refugiado, que hoje se assinala, António Guterres sublinha a coragem e tenacidade destas pessoas que, apesar de terem perdido tudo, recusam baixar os braços.
Em comunicado divulgado no si-te do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Guterres reafirma a necessidade de encontrar uma solução para os 20,8 milhões de pessoas sob protecção da agência que dirige, 8,4 milhões das quais são refugiados. Para o alto-comissário, a prioridade passa por criar as condições de segurança necessárias ao regresso voluntário dos refugiados aos países de origem. Quando isso não for possível, estes deverão ser integrados no país de acolhimento ou encaminhados para um terceiro país.
Assinalado pela primeira vez em 2001, o Dia do Refugiado é este ano subordinado ao tema "Esperança". Numa mensagem gravada na Namíbia, a embaixadora da Boa Vontade do ACNUR, a actriz Angelina Jolie, sublinhou a necessidade de recordar o sofrimento dos refugiados, sobretudo mulheres e crianças.
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Fonte: Leia mais no Diário de Notícias

Liberdade Religiosa

Da condenação
à defesa
da liberdade religiosa
A liberdade religiosa significa, de forma sintética, o direito de não ser forçado nem impedido - por indivíduos, grupos ou Estado - de assumir e praticar a sua crença religiosa. Não se limita aos actos internos e privados de crença e culto, mas também aos externos e colectivos, não só de culto, mas também de apostolado e de projecção cultural, pressupondo o reconhecimento legal - às autoridades públicas compete definir os limites do exercício deste direito, tendo em vista unicamente a ordem pública. O reconhecimento desta liberdade foi-se fazendo a partir das ideias que eclodiram na Revolução Francesa e que, até pela falta de isenção com que eram proclamadas, suscitaram da parte da Igreja as mais severas críticas, nomeadamente, o Syllabus, de Pio IX, 1848 - já antes a liberdade religiosa tinha sido condenada por Gregório XVI na encíclica "Mirari vos" de 1832. Entre as teses condenadas, pelo Papa Pio IX (1846-1878) no Syllabus (anexo à encíclica "Quanta cura"), incluíam-se algumas como "é livre a qualquer um abraçar o professar aquela religião que ele, guiado pela luz da razão, julgar verdadeira" Na encíclica "Quanta cura" criticavam-se os que "não temem fomentar a opinião desastrosa para a Igreja Católica e a salvação das almas, denominada por Nosso Predecessor, de feliz memória, de 'loucura' (Mirari Vos) de que a 'liberdade de consciência e de cultos é direito próprio e inalienável do indivíduo que há de proclamar-se nas leis e estabelecer-se em todas as sociedades constituídas".
: Fonte: Leia mais na Ecclesia

"Planeta Água", no Navio-Museu Santo André

ATÉ 30 DE JUNHO

Navio-museu Santo André

:: "Planeta Água" - Fotos de Paulo Magalhães

Até ao próximo dia 30 de Junho pode visitar, no Navio-Museu Santo André, a exposição "Planeta Água", fotos da autoria de Paulo Magalhães. Esta manifestação cultural, inaugurada aquando das comemorações do Dia do Porto de Aveiro, a 3 de Abril de 2006, resultou de uma parceria entre as seguintes entidades: Museu Nacional Machado Castro, Conselho da Cidade de Coimbra, Museu Marítimo de Ílhavo e APA- Administração do Porto de Aveiro,S.A.
"Planeta Água" é um projecto que tem por objectivo principal a promoção de valores de cidadania, através de uma abordagem interactiva e participada que contempla modos diversos de apropriação do real - a ciência, a literatura e a fotografia.
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Fonte: Porto de Aveiro

Um artigo de Alexandre Cruz

Inacreditável!
E depois…
1. Por altura do Dia de Portugal abriu em cena, em Lisboa, no Teatro da Comuna, uma peça vinda de Espanha. Se o vento e o casamento, pelo ditado popular, já não costumam ser muito bons, então no campo da arte teatral desta encenação presente a fasquia desce até ao impensável. Se no campo das artes toda a inspiração habitualmente se molda habilmente e enobrece – é esse o legado de milénios de história com arte, mesmo na sátira -, esforçando-se por aliar a criatividade, inspiração e elegância, partilhando o “melhor” que se sente e anseia, então, eis que na peça em causa o melhor de bom gosto que os ideólogos e realizadores partilham pode-se transcrever no título “Me cago en Dios”. Inacreditável, por onde pára e se delicia a imaginação parceira da Cassefaz e da Associação de Actores de Madrid! 2. O impensável à luz do bom senso está aí e é delicioso atractivo para a polémica que vende; quer o lugar do “silêncio” do não dar importância nem alimentar questões inflamadas que possam beliscar a sagrada liberdade de expressão, quer o lugar da “palavra” de inquietação e indignação pelo futuro cada vez mais indignificante em termos humanos que antecipamos em “lavar as mãos” e abrimos palco ao “lixo”. E não se pense que são questões de religião, de forma alguma, são as colunas referenciais e essenciais da sociedade que estão em questão; nesta peça em causa, em que se “encena livremente o que se quer sem ninguém ter nada a ver com isso” está a encenação “Me cago en Dios” em que o cartaz apresenta uma sanita aberta, da qual saem (ou para a qual entram) vários símbolos religiosos: uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, um Buda, um crucifixo, uma bandeira com o Crescente Vermelho. 3. Agora dizemos nós: não tenhamos ilusões, hoje, com todo o respeito pela liberdade de arte – mas também com a nossa liberdade de apreciar ou não… - nesse local “baixo” estão estes símbolos; amanhã serão outros que “merecerão” pela arte (que é sempre “emblema” do sentir) esse destaque: serão os símbolos e brasões das instituições, as bandeiras dos países e das cidades; e depois, o que falta? Faltam as pessoas, as crianças e os idosos nesse local, … E depois ainda, na era da clonagem humana, avançamos com encenações teatrais com órgãos de autópsia, ou com espectáculos da morte ao vivo (como já acontece em casos extremos polémicos na aplicação de pena de morte nos EUA, em que a concorrência vale milhões para a melhor imagem de sofrimento humano…). E, enganando-nos a nós próprios, chamamos a isto liberdade… Degradante realidade esta que às custas da “liberdade de tudo” estamos a construir. Que pensará um filho adolescente irreverente do título da peça espanhola? Ou a criança do bairro de lata? Chamando pelos nomes: será que em situação de educação da sua “liberdadezinha”, ao ver onde “colocam” Deus, onde colocará ele os pais, o professor, os colegas? Aos que estão nas fronteiras educativas não será este o “sinal” de que vale tudo já nada tendo valor…?! E depois admiramo-nos das inseguranças… 4. Neste escrito temos a noção do terreno de fronteira delicada que pisamos. Às vezes para algumas mentalidades menos sensíveis deste mundo parece que o objectivo primordial será apagar os restos da “ética da responsabilidade” e colocar no seu lugar sempre uma liberdade de tudo, sem fronteiras, que acaba por perder a validade, passando a ser incolor…fazendo do vazio o seu tesouro. Tempos estes que vivemos que nos desafiam grandemente a nunca “lavar as mãos”, naquilo que é o mal a apagar e o bem a edificar. Sublinhamos novamente que não se trata de questões de religião, até porque o “Absoluto de Deus” está acima de toda a possível mesquinhez artística; todavia, na relação com as questões sensíveis (da religião) temos a “prova dos nove” dos índices de maturidade, profundidade, sensibilidade e responsabilidade humanas. E é aqui que o panorama nos levanta inquietações: pelo andar da carruagem, e no caminho do individualismo exacerbado da “peça” de cada um, a banalização educativa de tudo e de todos e das próprias instituições que conduzem à desagregação social estão garantidas. Não será tanto assim? Depende do “ideal” que nos comanda… 5. Quanto mais formos banalizando os referenciais dos valores da consciência, já em “tempos sem tempo” para conversar e em contextos tecnologicamente mais difíceis para um diálogo de gerações, tanto mais difícil se tornará uma educação e convivência saudável capazes de promover uma maior cooperação entre todos para o bem comum. Será que é mesmo necessário criar instâncias de regulação (para gerar as fronteiras) da liberdade de expressão, da arte, da vida de cidadania? Queremos acreditar que não! Mas mal vai quando, pelo “défice da responsabilidade” (que seria de pressupor), esta questão ganha oportunidade premente. Ainda: talvez seja de dar valor ao que tem valor e merece todos os dedicados apoios e não prestigiar o apoio à vulgaridade. Por muito que nos custe e sensível que seja dizê-lo temos de o referir pois é a verdade. A dita peça teatral, hino à baixa liberdade sem limites, em realização até Agosto próximo, conta com apoio de todos os contribuintes (pelo Ministério da Cultura nos diversos serviços, Centro Cultural de Belém, Instituto das Artes, Embaixada de Espanha e Câmara Municipal de Lisboa). 6. É possível melhor? Só pode ser possível melhor! Mas para esse ideal mais edificante triunfar o papel dos referenciais e elites da sociedade terão de se colocar ao caminho nessa procura do “sonho”, não permitindo, com todo o respeito, espaço ‘ourado’ para a nulidade. Quanto a nós dissemos somente o que dissemos, em liberdade, sendo único motor destas linhas a inquietude de um ideal humano sempre maior. Uma qualidade que se quer de vida social merece arte maior. Será caso para dizer, do-mal-o-menos, venha o Futebol!

"A Economia Marítima Existe"

17 DE JUNHO, NO AUDITÓRIO DO MMI

Museu Marítimo de Ílhavo

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Apresentação

do livro

"A Economia Marítima Existe"

No próximo dia 27 de Junho, terça-feira, pelas 18 horas, proceder-se-á à apresentação do livro "A Economia Marítima Existe", obra coordenada pelo Prof. Doutor Álvaro Garrido. A apresentação realiza-se no auditório do Museu Marítimo de Ílhavo (MMI).
A obra inclui textos de Patrick Parisot, Álvaro Garrido, Mário Ruivo, Kymberley Purchase, José Manuel Pureza, Rui Junqueira Lopes, Fernando González Laxe, Nuno Valério, José Luís Cacho (Presidente do Conselho de Administração do Porto de Aveiro), Jerónimo Teixeira, Aníbal Paião, Joselito Lucas, José Gonçalves e Elsa Peralta.
A sessão será presidida pelo Embaixador do Canadá, Patrick Parisot.
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Fonte: Porto de Aveiro

segunda-feira, 19 de junho de 2006

"APÓSTOLO DO BEM"

Figuras das artes prestam tributo ao Padre Américo
A poucas semanas de se completarem 50 anos sobre o seu falecimento, a 16 de Julho de 1956, a figura do Padre Américo ressurge através de um ambicioso projecto editorial lançado pela editora Aletheia com a coordenação de José da Cruz Santos.
"O Padre Américo e a Obra da Rua" é o título de uma obra que reúne um impressionante conjunto de depoimentos que abarcam preferencialmente figuras das artes (Manoel de Oliveira, Mário Cláudio, Rebordão Navarro, Viale Moutinho, Matilde Rosa Araújo, Urbano Tavares Rodrigues ou João Bigotte Chorão) mas também figuras da vida pública nacional como Marcelo Rebelo de Sousa, D. Januário Torgal Ferreira, Diogo Freitas do Amaral, Manuela Eanes e Ilda Figueiredo.
São testemunhos de teor diverso que em comum têm o facto de revelarem uma admiração notória por aquele que, segundo a ensaísta e professora universitária Maria Helena da Rocha Pereira, era "um apóstolo do Bem".
Se Marcelo Rebelo de Sousa recorda do seu contacto remoto com o Padre Américo, quando tinha apenas sete anos, "um homem bom, visceralmente bom" e "um obreiro incansável contra a miséria num País tão marcado por atrasos e desigualdades"; já o jornalista e sacerdote Rui Osório foca o seu principal legado, a Obra da Rua (vulgarmente designada por Casa do Gaiato). "Pelas casas e lares de gaiatos, têm passado milhares de jovens e, na generalidade, são meninos da rua que crescem de cabeça levantada. Ali, a caridade evangélica e a justiça social desenvolvem-se com respeito por uma pedagogia libertadora em que os rapazes são também agentes da sua ascensão humana e cristã", escreve o ex-jornalista e actual colunista do "Jornal de Notícias".
O homem que "fez da sua vida inteira dádiva" (segundo Urbano Tavares Rodrigues, para quem ainda "tudo nele era verdade, da palavra ao olhar, do sonho ao gesto") é ainda recordado nos depoimentos reunidos no livro como um ser que forneceu aos mais novos uma atenção que até então lhes era negada. "Padre Américo não mimou a criança numa aceitação ocasional, mas procurou-a nas agruras de cruel abandono na lama de todos os abandonos", enfatiza a escritora Matilde Rosa Araújo.
Sérgio Almeida
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Proposta do “EXPRESSO”

Conhecer a Reserva
das Dunas de S. Jacinto
A proposta desta semana inicia-se depois de uma noite passada na bela Pousada da Ria, entre a Torreira e S. Jacinto. A proximidade da Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto é um excelente motivo para conhecer os seus 700 hectares de área protegida, onde tudo se faz para salvaguardar um ecossistema muito sensível e muito característico pela sua fauna e flora, onde é possível encontrar a colónia de garças mais setentrional do país. os vários percursos desta reserva natural mostram o que a Natureza conseguiu agregar em cerca de mil anos (a idade do complexo lagunar) e permitem observar a transição natural entre a Ria de Aveiro e o Atlântico.
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Fonte: "EXPRESSO"

domingo, 18 de junho de 2006

II Jornadas da Pastoral da Cultura

Padre José Tolentino e D. Manuel Clemente

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Vivemos um cristianismo
com pouca Páscoa
"Numa sociedade como a nossa, o regresso ao paganismo é irrecuperável, porque as nossas comunidades estão profundamente marcadas pela herança cristã", disse D. Manuel Clemente nas Jornadas da Pastoral da Cultura. Referiu também que vivemos “um cristianismo com pouca Páscoa”, quando é certo que a vivência quaresmal de muitos é bastante intensa. Decorreram em Fátima, no último fim-de-semana, as II Jornadas da Pastoral da Cultura, à volta do tema “Do tempo livre à libertação do tempo”, promovidas pela Comissão Episcopal para a Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais. A organização foi do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, tendo participado cerca de 40 pessoas, em representação de algumas dioceses, congregações, movimentos e outras instituições da Igreja Católica. D. Manuel Clemente, presidente da Comissão Episcopal para a Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, e o padre José Tolentino Mendonça, director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), coordenaram os trabalhos, ajudando os participantes na reflexão urgente e necessária, face aos desafios impostos pelas novas tecnologias de comunicação, numa linha da intervenção pastoral, sobretudo ao nível do entretenimento. José Bragança de Miranda, ensaísta, e Rita Espanha, investigadora, sublinharam que as novas tecnologias de comunicação representam uma viragem cultural nos tempos de hoje, tendo acrescentado que a evolução tecnológica é mais rápida do que “a capacidade de nos adaptarmos a ela”. Sendo certo que a utilização das novas tecnologias leva à diversificação e ampliação das capacidades individuais e colectivas de comunicação, foi lembrado que elas também alteram a relação de todos com o real, porque entram nas nossas casas, quando antes se limitavam às fábricas, como referiu Bragança de Miranda. O mesmo conferencista salientou que a Terra está a ser inundada por imagens e sons, comandados pela “inteligência” própria dos objectos que os produzem, e o ausente torna-se presente graças às novas tecnologias. Entretanto, contestou as teorias que defendem “o fim do crescimento" em vários sectores, na certeza de que a vitória desta ideia nos levaria ao governo dos ditadores. Para Rita Espanha, a relação do nosso corpo com a natureza não foi alterada pelo mundo tecnológico, apesar dos avanços e recuos. Garantiu por isso que, nas mais diversas circunstâncias, permanece a indispensável intervenção das pessoas nos comportamentos e nas relações. Foi sublinhado nestas jornadas que a indústria do entretenimento é cada vez maior e mais poderosa, “ocupando quem trabalha e quem não trabalha”, no dizer de Bragança de Miranda. Ao nível pastoral, o padre Tolentino Mendonça sublinhou que a mensagem cristã tem de usar uma “linguagem cultural”, e que o silêncio dos cristãos é “imediatamente ocupado numa sociedades democrática”. Referiu que, face às tradições que morreram, gostamos muito de as “vestir”, para lhes darmos vida, sendo urgente assumir que a “tradição cristã não é uma beleza morta”. “Na experiência cristã há um lastro de vida que pode ser vivificador para a construção do mundo”, disse o director do SNPC. No encerramento das Jornadas, D. Manuel Clemente frisou que, "numa sociedade como a nossa, o regresso ao paganismo é irrecuperável, porque as nossas comunidades estão profundamente marcadas pela herança cristã". Referiu que vivemos “um cristianismo com pouca Páscoa”, quando é certo que a vivência quaresmal de muitos é bastante intensa. D. Manuel Clemente defendeu a ligação permanente entre pastoral, cultura e erudição, apontando o Padre Luís Archer (galardoado este ano com o Prémio Padre Manuel Antunes), como paradigma da intervenção da Igreja no mundo da ciência e da investigação. Fernando Martins

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Sebastião de Resende bispo da Beira
Em 1983, de passagem pela Beira, Moçambique, não pude deixar de visitar o cemitério de Santa Isabel, para prestar homenagem a D. Sebastião Soares de Resende. Por vontade expressa em testamento, ali ficou sepultado "em simples campa rasa com uma pequena pedra por cima" e só esta inscrição: "Sebastião, primeiro bispo da Beira."
Se fosse vivo, D. Sebastião teria feito cem anos no passado dia 14. Nasceu em Milheirós de Poiares, Santa Maria da Feira, em 14 de Junho de 1906. Tomou posse da diocese da Beira no dia 8 de Dezembro de 1943 e morreu em 25 de Janeiro de 1967. Regressado da Suécia com a certeza da morte, passou por Lisboa, seguindo com urgência para a Beira, pois queria morrer entre aqueles cujo cuidado pastoral lhe fora confiado. Na prolongada agonia, foi acompanhado pelas orações dos ortodoxos, dos muçulmanos, dos hindus.
No Diário Íntimo, anota, logo em 1944, que "impera a escravatura na Beira! Não há maneira de se convencerem de que os pretos são pessoas humanas", e, em 1956: "A escravatura existe em Moçambique, não há dúvida, e em forma bem rígida." Por isso, desde o início da sua actividade como bispo fustigou as injustiças clamorosas de que os negros eram vítimas, combateu o trabalho forçado e a arbitrariedade nas relações de trabalho.
A defesa intransigente dos direitos dos negros não se traduziu apenas na exigência da "integração plena e total de pretos e brancos em Moçambique", acabando "de uma vez para sempre com o ultrapassado Estatuto do Indigenato", mas também na promoção da acção social multímoda e dedicando atenção especial ao ensino, defendendo desde 1951 a criação de uma Universidade em Moçambique - "É retrógrada e absurda a tese de que a instrução só serve para fazer mal ao indígena. Só pode sorrir tal concepção a quem pretender fazer do indígena simples animal de carga ou máquina de força motriz."
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Para ler todo o texto, clique aqui

Uma boa e original ideia

Recanto de Amora
:: Primeiro Café Cristão
em Portugal
A ideia é originária do Canadá e surge agora em Portugal, na paróquia da Amora, na diocese de Setúbal. O primeiro Café Cristão vai abrir no próximo dia 24 de Junho e conta com a presença de D. Gilberto Canavarro dos Reis, bispo da diocese, que presidirá à missa de inauguração e bênção solene do espaço. São cerca de 400 metros quadrados, destinados ao convívio e a “comunicar o amor de Deus a cada pessoa que lá vai”, disse à Agência ECCLESIA António Manuel Andrade, um dos responsáveis por este projecto. “A ideia surge como resposta aos desafios da Nova Evangelização”, explicou, e como resultado de uma outra actividade da paróquia de Amora que procurava ir ao encontro de jovens de rua, com problemas de alcoolismo e toxicodependência. A actividade desenvolvida com estes jovens foi dando os seus frutos e, salienta, “reconhecemos a falta de um lugar onde pudéssemos fazer algum acolhimento, de forma mais organizada”. Depois de alguma procura, o espaço apareceu e, com o auxílio da comunidade paroquial, encontraram um espaço que a partir do próximo fim-de-semana vai estar, diariamente,aberto ao público, como “projecto de evangelização dirigido aos jovens”, frisa. De domingo a quinta, o café cristão abre das 16 às 23 horas, e às sextas e sábados encerra cerca de uma hora mais tarde, devido aos concertos de música ao vivo que estão previstos. Neste espaço, poder-se-á encontrar, para além de um serviço de café com cerca de 80 mesas, música, actividades ligadas às artes, dança, teatro, colóquios, e apoio escolar. Uma capela vai estar ainda à disposição dos jovens “que vão sendo sensibilizados para a fé, de modo a que possam receber o sacramento da reconciliação”, acrescentou António Manuel Andrade.
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Fonte: Ecclesia

Um poema de Adília Lopes


Deus é a nossa mulher-a-dias 
que nos dá prendas 
que deitamos fora 
como a vida 
porque achamos que não presta 

Deus é a nossa mulher-a-dias 
que nos dá prendas 
que deitamos fora
 como a fé 
porque achamos que é pirosa 

"Sur La Croix", edição do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Prémio de Cultura Padre Manuel Antunes

Cientista e Padre Luís Archer distinguido
pela Igreja Católica
A Igreja Católica, através do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, distingue o cientista e padre jesuíta Luís Archer com o Prémio de Cultura Padre Manuel Antunes. O anúncio foi feito na passada sexta-feira, 16, em Fátima, durante as II Jornadas da Pastoral da Cultura, por D. Manuel Clemente, Bispo Auxiliar de Lisboa e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais. O júri, constituído por D. Manuel Clemente, Padre José Tolentino Mendonça, director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, padre João Aguiar, director da Rádio Renascença, João Bénard da Costa, escritor, Maria Teresa Dias Furtado, professora da Universidade de Lisboa, e padre Hermínio Rico, director da revista “Brotéria”, quis homenagear o “homem de ciência e grande humanista, nos seus 80 anos de vida”. Luís Archer, depois dos estudos de Filosofia e Teologia, doutorou-se nos Estados Unidos em Genética Molecular, após o que introduziu em Portugal, no Laboratório Molecular do Instituto Gulbenkian da Ciência e na Universidade Nova de Lisboa, o ensino e a investigação daquele ramo científico. Ainda foi pioneiro, no nosso País, no estudo da Bioética, tendo representado Portugal em várias comissões do Conselho da Europa, da OCDE e da União Europeia. “É há muitos anos uma das vozes mais autorizadas e respeitadas na discussão pública das problemáticas bioéticas, e muitos dos que hoje suportam as instituições que fazem reflexão e divulgação neste campo reconhecem-se como seus discípulos”, lê-se na justificação do júri. Publicou centenas de trabalhos de investigação, ao mesmo tempo que leccionou em muitas universidades em Portugal e no estrangeiro. “A excelência do seu contributo científico é reconhecida pelo seu estatuto de membro das Academias das Ciências de Lisboa e de Nova Iorque, entre outras”, como sublinha o júri. D. Manuel Clemente refere que o Prémio de Cultura Padre Manuel Antunes contemplou, este ano, um “homem da ciência e grande humanista”, mas ainda o sacerdote que nunca deixou de intervir nas áreas da teologia e da filosofia com elevado nível, mas também com muita humildade. Fernando Martins

Futuro mais humano e mais justo

Solidariedade
mais responsável
é uma urgência
Numa sociedade democrática, adulta e responsável, o cuidado com os mais desprotegidos da sorte tem de ser uma urgência de todas as horas. Ficarmos a olhar só para os nossos interesses e para as nossas comodidades é crime contra a própria democracia. Neste contexto, em que mais de um milhão de portugueses estão no limiar da pobreza, urge que as forças políticas estejam atentas a esta realidade, buscando soluções a curtíssimo prazo para se matar a fome a quem a tem. E depois, que sejam abertos caminhos de mais trabalho para os desempregados e de mais pão para quem está à míngua do essencial para sobreviver. Portugal tem uma rede social de iniciativa privada bastante ampla, cuja disponibilidade para servir os mais carenciados é por demais conhecida. Há lares para idosos e para menores sem família, há creches, jardins-de-infância e ATL para a ajuda indispensável aos pais que trabalham, há centros de dia e de noite para idosos sem familiares próximos e disponíveis para o atendimento de que necessitam, há misericórdias e outras instituições sempre abertas a quem mais precisa, nomeadamente deficientes, pobres, doentes e marginalizados que enchem o universo de tantas carências que subsistem na nossa sociedade. Novos modelos de apoio social vão surgindo, ao sabor das necessidades dos mais desfavorecidos, como sinal de um povo atento, que sabe e quer cuidar dos seus pobres, como sempre o fez através dos tempos. Porém, nem sempre de forma programada e abrangente, o que produz lacunas na rede social do nosso País. Nessa linha, o Presidente da República, Cavaco Silva, alertou há dias para a premência de todos lutarem contra a exclusão, fazendo da inclusão “uma causa nacional”, com o envolvimento de todas as forças políticas e sociais. Assim, urge implementar a solidariedade em rede para a partilha de saberes e de disponibilidades, tendo como objectivos o apoio importante, direi mesmo fundamental, a um número cada vez maior de pobres envergonhados ou esquecidos, onde as novas tecnologias podem exercer um papel inquestionável. Por outro lado, reconhece-se que se torna imperioso implementar o espírito de vizinhança, um tanto ou quanto a cair em desuso nos grandes centros urbanos, como forma de desenvolver o sentido de entreajuda e de convívio entre todas as gerações, contrariando o isolamento e a solidão dos idosos e doentes, sobretudo dos mais abandonados pelas suas próprias famílias. É sabido que a sociedade actual tem gerado novas situações de pobreza. O desemprego é uma constante para muitos e uma ameaça para outros tantos, criando instabilidade e desespero nas famílias. E por mais subsídios que o Estado atribua, normalmente diminutos para a maioria dos desempregados, a verdade é que a insegurança profissional não pode ser ignorada nas nossas comunidades. Nessa linha, as instituições de solidariedade têm de estar mais atentas e disponíveis para enfrentarem novos problemas sociais, criando valências e preparando funcionários capazes de responder a desafios urgentes, não ficando acomodadas a estatutos com décadas de existência e nem sempre de acordo com as exigências sociais que vão nascendo, muitas delas provocadas pela deslocalização de grandes empresas, que deixam à míngua famílias inteiras. Contudo, se é importante que as instituições de solidariedade social estejam sensíveis para responder a novas e dramáticas situações de pobreza, não é menos importante educar as novas gerações para a solidariedade social, única forma de garantir um futuro mais humano e mais justo para todos.
Fernando Martins

Gotas do Arco-Íris - 22

AMIGOS
TAMBÉM
OS HÁ!... Caríssimo/a: Há dias mostrou-me os pés... Credo!, nem aqueles pobres mendigos do Senhor dos Milagres ostentam tais e tantas deformações. As mãos são um novelo de entorses, que já nem os dedos deixam dobrar! A cara é toda ela dominada por um bigode que assusta os mais ousados... O corpo já se inclina e se dobra sobre si próprio. Enfim, nada nesta criatura é cativante; ainda pior é que é caturra, teimoso e convencido. Bah! Em nada concorda connosco, refila e quer ter sempre a última palavra... (E o pior é que às vezes tem razão!) E não vale a pena «querer dourar a pílula» (aliás, nem ele deixaria...); se este é o retrato, punhamos-lhe a moldura! [E tu dirias: que lindo quadro ficará para levar para o sótão!...] Mas o curioso é que a moldura não assenta; por mais voltas que se dê ao quadro, não há posição, cola, cravo ou prego que consigam segurar, prender, posicionar esta figura que, qual andarilho (do Senhor?!...), não se detém ou hesita para ser agradável e útil a quem lhe indicia um gosto ou uma necessidade... E não é compreensível como os seus pés vencem o tempo e o espaço (por mais pedregoso que seja...) até atingir o que perseguia para sanar uma fome ou dar um prazer festivo! Das suas mãos, torcidas, tortas, tolhidas, saem as mais bonitas grinaldas de flores, naturais ou artificiais; as dobras do papel que embrulha o seu presente têm tanto da sua pessoa que, qual doce ou prenda do coração, se guardam e quase se veneram como algo de muito querido... Por cima do seu bigode, ficam uns olhos que sorriem como ninguém e que fazem esquecer as diabruras do Mundo; atraem as crianças e cativam a todos sem artificialismos e com a sua simplicidade... O seu corpo parece curvar-se, para mais facilmente nos poder abraçar... E é assim o meu Amigo que muito mais é e tem para além do seu nome... Certamente que o António Manuel não mais me perdoará, pois vou expô-lo à ganância e usura dos amigos do alheio (e eu ver-me-ei na dificuldade de o manter a meu lado)... Para além de tudo [e como eu lho cobiço!...] o que aí fica, e que é tanto, ele tem UM CORAÇÃO DE OURO! Um abraço para todos vós meus Amigos, do Manuel

quinta-feira, 15 de junho de 2006

Um poema de Cacilda Celso

Não creias, não, ó Pátria…
Não creias, não, ó Pátria, no destino, Constrói-o antes tu, por tua mão. Caminhos de trabalho ou desatino -Verás onde te leva a tua opção…
Agora, meu país, não és menino Tu sabes já de cor tua lição. Se em ti tu confiares, vaticino Que irás dar que falar como nação.
Tu fazes teu melhor com qualidade Se buscas tuas forças na união E encontras energias na vontade.
Desiste de viver numa ilusão. Desiste da apatia e da saudade - Ó Pátria, dá-lhe de alma e coração!
(do livro, ainda inédito, Pátria 2005) : Fonte: Primeiro de Janeiro, de hoje
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NB: Enviado, gentilmente, por José Lima Simões, leitor atento do meu blogue, e não só

Biólogo português resolve problema ético?

Descoberta portuguesa
poderá evitar práticas
destrutivas de embriões
e a clonagem
O biólogo português José Silva, do Instituto de Investigação de Células Estaminais, em Edimburgo, na Escócia, identificou um gene que reverte células adultas em estaminais. A descoberta poderá evitar práticas destrutivas de embriões e a clonagem. O jornal Público explica, na sua edição de hoje, que o gene que protagonizou uma experiência científica se chama Nanog, que quer dizer, em gaélico, "terra dos sempre jovens". José Silva mostrou como este gene pode levar células adultas — que já se tornaram células da pele, por exemplo — a uma espécie de regresso ao passado celular, transformando-as em células estaminais embrionárias. Ao contrário das células adultas, que já se diferenciaram, as estaminais dos embriões têm a capacidade de originar todos os tipos de células de um organismo. Até agora, para obter células estaminais embrionárias era preciso criar e, depois destruir, embriões humanos com cinco a seis dias de desenvolvimento. O trabalho de José Silva, de 31 anos, é um passo importante para contornar os problemas éticos, pois conseguiu obter células estaminais embrionárias sem recurso à clonagem, nem à criação e destruição de embriões. Levou células estaminais adultas do cérebro e células já perfeitamente diferenciadas da pele e do timo — de ratinhos — a converterem-se em estaminais embrionárias, como demonstra hoje num artigo na edição on-line da revista Nature.
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Fonte: Público e Ecclesia

Um poema de Sebastião da Gama

:: HOJE DEUS É VERDADE Hoje Deus é Verdade! Hoje até o mistério da Trindade, modos de amar a Deus, preceitos, dogmas, ritos, tudo quanto quiserem, eu aceito. Passem p’ra cá papel e tinta. (Se preferem, escreverei a sangue este notícia). Sem demora nenhuma! Convicto, ardente, alegre, cumpro a vossa formalidade inútil e corro a olhar Deus de mais pertinho. Hoje Deus é verdade! Não é mais a imagem na parede que ouve, por convenção, as nossas mágoas, criou, por convenção, terras e águas, por convenção aplaca a minha sede, que tudo faz e tudo quer e tudo pode, por convenção. (E a quem, também por convenção, fingindo que acredito que tudo pode e tudo quer e tudo faz, rezo, pela manhã e à noite, distraído…) Hoje Deus é verdade como o Sol! A imagem mexeu-se na parede sem ser por convenção. Não sei se ela me disse ou me não disse que todas as verdades, mesmo as mais pequeninas, aceitasse, mas cá vou aceitando quanto queiram: modos de amar a Deus, preceitos, dogmas, ritos… Vivam (que eu deixarei, condescendente)
sua mesquinha enorme claridade: nada pode ofuscar esta verdade de hoje Deus ser verdade como o Sol.

Portugal no roteiro dos sítios cluniacenses da Europa

São Pedro de Rates:
Monumento nuclear
da nossa arte românica
Portugal faz parte da rede de sítios cluniacenses da Europa, oficialmente designada como “Grande itinerário cultural europeu”, que será apresentada amanhã, 16 de Junho, em Cluny, França. Este é um reconhecimento do Conselho da Europa, promotor da iniciativa, que pretende recordar a grande influência que foi exercida por esta ordem religiosa, visível em mais de 1400 edifícios na França, Alemanha, Itália, Espanha, Suíça, Reino Unido, Bélgica e Portugal. A importância do universo monástico no nosso país é visível desde a ocupação muçulmana, atura em que garantiu a permanência do cristianismo. A ordem de Cluny foi importante não só no povoamento do reino, mas também pela sua dedicação ao apostolado, um dos motores espirituais da Reconquista. O primeiro mosteiro cluniacense masculino em território português é o de São Pedro de Rates (Porto, Póvoa de Varzim), o qual constitui, na opinião de especialistas, um "monumento nuclear da nossa arte românica".
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Fonte: Ecclesia

Papa agradece

Cristo de pintor oureense no Vaticano Uma obra de arte de Jorge Melo, médico e pintor oureense, faz parte da galeria de arte sacra do Vaticano. A tela, que representa Cristo crucificado, foi pintada em 2004, e entregue recentemente, ao Papa, através da Nunciatura Apostólica em Portugal. "Sua Santidade o Papa Bento XVI apreciou vivamente esta devota homenagem. O seu cordial reconhecimento, acompanhado dos melhores votos de felicidades e graças divinas para o senhor Jorge Manuel e seus entes queridos numa particular Bênção Apostólica", pode ler-se na missiva, de reconhecimento, enviada pelo Vaticano ao pintor português. Além da carta, Jorge Melo recebeu também as insígnias papais, em sinal de reconhecimento. Para o artista é “uma honra imensa estar representado no santuário mundial do expoente máximo da arte sacra”.
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Fonte: Ecclesia

Um artigo de António Rego

Futebol, tabaco, e outros…

Tenho andado atento às múltiplas reflexões que nos últimos tempos têm aparecido sobre dois temas aparentemente inocentes: o tabaco e o futebol. E noto que, tanto os dependentes de um como de outro… fumo, gélidos e implacáveis na análise de questões filosóficas, políticas, sociais, etc... deixam derreter toda a lucidez perante o facto de o seu vício ou o seu clube, ou apenas o futebol, autorizarem toda a parcialidade de olhar, dispensando qualquer esforço de objectividade. Basta ouvir alguns relatos e comentários do futebol que nem admitem a pergunta se o tom de voz, o ritmo narrativo, a vontade indisfarçável de que o resultado esteja do seu (do nosso) lado, tudo autoriza. Muitos comentadores imparciais não aceitam que nesta matéria se não seja parcial… Com a polémica sobre a proibição de fumar em recintos fechados, públicos ou de empresas, as reacções são semelhantes, mas particularmente notórias nos fumadores inveterados que confessam publicamente o seu vício como direito constitucional… etc, etc, considerando fundamentalismo execrável qualquer restrição a este inocente balancear do “bota fumero ” seja na direcção de quem for. Ficaria por aqui, com a complacência de quem não concorda mas compreende uma dependência aparentemente invencível. Também me parece que há pregadores anti-tabagistas cujo tom de sermão irrita mais do que convence… Mas em todos os segmentos da vida isso acontece um pouco. O problema é que há preconceitos novos ou antigos, que se utilizam da mesma forma. Ou seja: (Há) acontecimentos de carácter social, cultural, artístico e mesmo religioso que se analisam com o inebriamento cego do preconceito clubista, que autoriza e até aconselha toda a casta de aleivosias em nome da liberdade - da sua liberdade de dizer, desenhar ou representar. A essa sombra tudo se cria, tudo se perde, nada se transforma. O que os outros recebem como fumo tóxico ou como agressão à sua construção interior de referências, é secundário. Logo que se bolse toda a ingestão de azedumes, frustrações e raivas, fique a grei em paz, que a liberdade, para isto, está disponível, e até dá jeito. Existe a objectividade de visão e análise? Penso que não. (Não vamos entrar pelo labirinto do “pós estruturalismo, hermenêutica, semiótica ou desconstrução”!!). A linguagem é imperfeita, ninguém tem o plano geral e próximo de todos os acontecimentos. Mas a honestidade é acessível. Mesmo a grandes dependentes do tabaco, do clubismo… e congéneres.

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Em Vagos: Dia da Igreja Diocesana

"Conhecer Mais,
Servir Melhor" No dia 25 de Junho, no Santuário de Santa Maria de Vagos, vai celebrar-se o Dia da Igreja Diocesana, em torno do tema “Conhecer Mais, Servir Melhor”. Pretende-se, este ano, que cada arciprestado mostre a sua especificidade humana e religiosa, nas “tendas arciprestais”, que abrem às 10 horas.
Na mensagem que dirigida a todos os diocesanos, D. António Marcelino sublinha: “A experiência diocesana é a mais significativa experiência de unidade e comunhão eclesial. Convido a todos, paróquias, instituições, serviços e movimentos, a viver, e a partilhar depois esta vivência nas comunidades.”
Na Eucaristia, às 16 horas , será apresentado à diocese o diácono João Paulo, com ordenação marcada para 9 de Julho, e os 25 jovens que no Verão partem para as missões de África e do Brasil.

ÍLHAVO: Museu com muitos visitantes

Museu é o sétimo em número de visitas
O Museu Marítimo de Ílhavo é o sétimo museu português com maior número de visitantes, e dos museus municipais que existem em Portugal é o mais visitado de todos, revelou o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Ribau Esteves.Para o autarca ilhavense, o Museu Marítimo de Ílhavo é um museu que pretende cimentar a sua posição no cenário nacional e europeu, centrado na pesca do bacalhau. “Não quer ser um museu que trata de todos os assuntos”, afirmou o autarca, realçando mesmo que “queremos ter um dos melhores museus marítimos do mundo”.Apesar dessa forte vertente da pesca do bacalhau, com destaque para a actividade da “faina maior” desenvolvida ao longo do século vinte, Ribau Esteves sublinhou que, neste momento, o Museu Marítimo de Ílhavo é também o melhor museu sobre a ria de Aveiro. No entanto, o edil ilhavense afirmou que “a Ria de Aveiro precisa de um grande Museu da Ria”, considerando importante que o município da Murtosa consiga concretizar o projecto para construir o projecto Museu da Ria.
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Fonte: Correio do Vouga

Um artigo de D. António Marcelino

FARISAISMO NACIONAL
E CASA DO GAIATO
O Padre Américo, pela sua pessoa, pedagogia educativa e obra, faz parte do nosso património nacional e eclesial. Sem qualquer favor. Quem o negar só o pode fazer por desconhecimento, má vontade ou facciosismo ideológico e anti-religioso. Ele está, merecidamente, a caminho dos altares, sem pressas, nem atropelos. A sua obra está aí à vista, a pedir meças a qualquer outra do género, com os resultados, a confiança e a admiração de todo o país. O método pedagógico, inovador e objectivo, objecto de teses de doutoramento e de estudos sérios, provado pela sua eficácia ao longo de muitas décadas, mostra que, na educação, quando não há entrega incondicional por parte do educador e um coração sensível e aberto, nunca haverá processo educativo válido e que ajude a crescer. O estado, na tentação de se julgar dono de tudo, até das pessoas, descura o essencial e agarra-se ao acidental. Técnicos, muitos deles imberbes, de ideias feitas e horários reduzidos, não ouvem ninguém porque já sabem tudo, não aceitam senão o que sai das suas cabeças iluminadas. Assim se chegou ao menosprezo pelas beneméritas Casa do Gaiato e, logicamente, pela sua alma dinamizadora, os Padres da Rua. Talvez para cobrir ineficiências e fracassos das obras congéneres oficiais, de que a comunicação social dá notícia abundante, de desgoverno e de misérias. O resto é feito por uma justiça que ninguém entende. Condena e dá publicidade, sem ouvir a parte acusada, que tem sempre muito a dizer e direito a fazê-lo. Tudo se passa a partir de queixas de adolescentes e jovens, ressabiados porque não suportaram, para seu bem, nem normas de disciplina, nem castigo merecido. Gente nova, soprada por adultos sem escrúpulos, que no jeito farisaico de quem não mostra nem a mão nem o rosto, empurra, atira a pedra e faz barulho para que se ouça e se veja onde ela cai. Os Padres da Rua são heróis diários que incarnam o carisma providencial do Padre Américo e têm o dever de o defender e salvaguardar, homens a quem, no dia a dia, só conforta o sentido evangélico na sua vida e a consciência de uma doação, sem horas nem limites. Milagre que só o amor explica, mas que incomoda quem não é capaz do mesmo, nem de compreender o sentido destas vidas singulares. O estado, em vez de realçar e apoiar a grandeza de testemunhos tão eloquentes, parece querer abafar esta luz, dando atenção a críticas e acusações de quem jamais entenderá o que é educar com amor, pessoas para a vida. Assim se pode calar e destruir um património, que será sempre uma referência educativa de qualidade, para, em troca, encaixar um carisma único, em moldes legais uniformizados e falhados. Muitas perguntas se impõem: Quem são as crianças que vão parar às Casas do Gaiato? Quais são os resultados de um processo educativo que tem dezenas de anos e milhares de beneficiados? Que custos teve o Estado com esta educação? Quantos e quem são os que, nas Casa do Gaiato se dedicam, dia e noite, comparados com as dezenas de funcionários bem pagos para cuidar de uma dúzia ou menos de internados em estabelecimento públicos, a que agora chamam “colégios”? Quem prestou e presta atenção e proporciona amor às centenas de crianças, retiradas da rua e do lixo, sem família ou de famílias degradadas, que se vão transformando em profissionais competentes, esposos e pais exemplares, cidadãos de mão cheia, senão a Casa do Gaiato que as recebeu, amou e ajudou a crescer para a vida e é a única que chora os que se perdem, porque o tribunal lhos retirou para entregar a gente irresponsável? Por acaso, um castigo exemplar, na hora exacta e com o apoio de quem acompanha e ama, como tantas vezes nos fizeram os nossos pais, alguma vez foi para nós traumatizante? Se “quem dá o pão, dá a educação”, porque este chinfrim farisaico da justiça, da comunicação social, dos organismos do estado, da opinião pública manobrada, a atacar, com ódio e desprezo, as Casa do Gaiato? Estou e sempre estive com os Padres da Rua, e muito especialmente neste momento em que são injustiçados e caluniados. Há passos a dar? Ouça-se quem já deu muitos e está na luta diária. Só assim serão mais válidos os que, porventura, devem ainda ser dados, para um maior bem.

terça-feira, 13 de junho de 2006

Santo António

Outros Portugueses houve que ficaram na História do Mundo
Saúde e Paz.
Não posso nem devo ficar calado.
Numa altura em que tanto patriotismo se alardeia, outros Portugueses houve que ficaram na História do Mundo por praticarem outros tipos de pontapés, por exemplo o pontapé aos egoísmo ou o pontapé às palavras.
Lembremos, pois, hoje SANTO ANTÓNIO, de Lisboa, de Pádua, do Monte, das Antas, de Ramalde ou dos Congregados...Aqui fica o meu abraço aos ANTÓNIOS, bons Amigos.
Manuel
::
[Santo António de Lisboa (c. 1195-1231),
franciscano, Doutor da Igreja
Sermões para o domingo e as festas dos santos
“Um só Deus,
um só Senhor,
na trindade das pessoas
e na unidade da natureza”
(Prefácio)
:
O Pai, o Filho e o Espírito Santo são de uma só substância e de uma inseparável igualdade. A unidade está na essência, a pluralidade nas pessoas. O Senhor indica abertamente a unidade da essência divina e a trindade das pessoas quando diz: “Baptizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Não diz “nos nomes”, mas “em nome”, mostrando assim a unidade da essência. Em seguida, porém, emprega três nomes, para mostrar que há três pessoas.
Nesta trindade se encontra a origem suprema de todas as coisas, a beleza perfeita, a alegria bem-aventurada. A origem suprema, afirma Santo Agostinho no seu livro sobre a verdadeira religião, é Deus Pai, de quem provêm todas as coisas, de quem procedem o Filho e o Espírito Santo. A beleza perfeita é o Filho, a verdade do Pai, que em nada se distingue dele, que veneramos com o Pai e no Pai, que é o modelo de todas as coisas, porque tudo foi feito por Ele e tudo se refere a Ele. A alegria bem-aventurada, a soberana bondade, é o Espírito Santo, que é o dom do Pai e do Filho; e devemos crer e manter que este dom é exactamente como o Pai e o Filho.
Ao contemplar a criação, concluímos pela Trindade de uma só substância. Apreendemos um só Deus: Pai, de quem somos, Filho, por quem somos, Espírito Santo, em quem somos. Príncipe, a quem recorremos; modelo, que seguimos; graça, que nos reconcilia.]

Sardinhada no Stella Maris

Santos Populares
lembrados no Stella Maris


O Clube Stella Maris, da Obra do Apostolado do Mar, vai celebrar os Santos Populares, com uma sardinhada e convívio, no dia 17, sábado, a partir das 19 horas.
A direcção convida todas as pessoas a participarem neste convívio, onde não faltará a boa disposição e a música a cargo da Banda Gafanhense. Sardinha assada, boroa, vinho e outras bebidas, encontro de amigos e alegria vão marcar presença, no recinto do Stella Maris, na Cale da Vila, Gafanha da Nazaré.
Cada um só pagará aquilo que consumir.

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Um poema de Luís de Camões

Alegres campos, verdes arvoredos Alegres campos, verdes arvoredos, Claras e frescas águas de cristal, Que em vós os debuxais ao natural, Discorrendo da altura dos rochedos; Silvestres montes, ásperos penedos, Compostos em concerto desigual: Sabei que, sem licença de meu mal, Já não podeis fazer meus olhos ledos. E, pois me já não vedes como vistes, Não me alegrem verduras deleitosas Nem águas que correndo alegres vêm. Semearei em vós lembranças tristes, Renegando-vos com lágrimas saudosas, E nascerão saudades de meu bem. :: Luís de Camões (1524/25 – 1580 : Fonte: Público on-line

ÍLHAVO: Marchas Sanjoaninas

Santos Populares não são esquecidos
A Câmara Municipal de Ílhavo mantém a tradição, organizando mais uma edição das Marchas Sanjoaninas de Ílhavo 2006 que vão alegrar as ruas da Gafanha da Nazaré, da Barra e de Ílhavo, numa festa de todos. A não perder…
:: PROGRAMA
17 Sábado
22 horas
Marchas Sanjoaninas de Ílhavo 2006
Av. José Estevão, Gafanha da Nazaré (junto à Junta de Freguesia)
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23 Sexta-feira
22 horas
Marchas Sanjoaninas de Ílhavo 2006
Av. Fernão Magalhães, Praia da Barra (no cruzamento com a Rua Diogo Cão)
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24 Sábado
22 horas
Marchas Sanjoaninas de Ílhavo 2006
Pavilhão Municipal Cap. Adriano Nordeste, Ílhavo
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Organização: Câmara Municipal de Ílhavo
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Parceria:
- Amigos da Carvalheira
- Associação Cultural e Recreativa “Os Palheiros” da Costa Nova
- Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Ílhavo
- Grupo de Jovens “A Tulha” da Gafanha d’Aquém
- Grupo de Jovens da Praia da Barra

Solidariedade social em Aveiro

PRESIDENTE DA UDIPSS-AVEIRO EM ENTREVISTA
"Ser dirigente de uma IPSS
é uma responsabilidade
muito grande"
Carlos Alberto Lacerda Pais, gestor de empresas e ligado à solidariedade social há um quarto de século, assumiu mais um mandato à frente da UDIPSS-Aveiro (União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Aveiro), não só por ter pendentes assuntos que gostaria de ver resolvidos, mas também por querer concretizar alguns projectos. Mais ainda: por não aparecer, ao fim de um ano de diligências, uma equipa jovem e dinâmica que quisesse liderar a União.
Em conversa com o SOLIDARIEDADE, Lacerda Pais considera importante que haja cursos de formação para dirigentes. “Ser dirigente de uma instituição é uma responsabilidade muito grande, porque juridicamente os órgãos directivos das IPSS estão equiparados a qualquer entidade patronal, com todas as consequências que isso quer dizer”, frisa o nosso entrevistado.
Ao defender que o “amadorismo puro” dos dirigentes não é suficiente nos dias de hoje, Lacerda Pais esclarece o seu ponto de vista, dizendo que, “em termos de gestão, temos de responder perante uma série de organismos, como o Ministério das Finanças e outros Ministérios com quem trabalhamos”. Nessa linha da formação, a UDIPSS-Aveiro vai levar a cabo em Outubro próximo um encontro para dirigentes e outros responsáveis das instituições, “para o qual estão a ser convidadas pessoas que nos possam transmitir conhecimentos sobre a realidade das IPSS e sobre a sua sobrevivência”, que pode ser problemática num futuro a curto ou médio prazo, se não forem tomadas medidas atempadamente.
: Para ler toda a entrevista, clique SOLIDARIEDADE

Figueira da Foz por estes dias

FIGUEIRA DA FOZ
COM SEUS RECANTOS
E ENCANTOS

Pobreza tem muitas causas

É PRECISO PROMOVER
O CONCEITO DE
"CIDADANIA ACTIVA" Entrevista ao Jornal da Madeira de Alfredo Bruto da Costa, Presidente do CES e Vice-presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz
É preciso promover o conceito de “cidadania mundial” a favor do bem-comum, tal como defende a Doutrina Social da Igreja há mais de 40 nos, a partir de João XXIII. A pobreza tem uma dimensão moral que não pode ser ultrapassada sem a necessária mudança de mentalidades a vários níveis. O emprego instável e a sustentabilidade da segurança social não se resolvem apenas por intermédio de factores económicos ou financeiros, mas sobretudo através de uma “filosofia política”, em que se garanta “o grau de solidariedade que cada sociedade está disposta a dar”, segundo Alfredo Bruto da Costa ao Jornal da Madeira.
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Para ler a entrevista, clique ECCLESIA

MISÉRIA EM ÁFRICA

Vaticano denuncia desinteresse do mundo com a miséria em África O jornal do Vaticano, “L’Osser-vatore Romano”, denuncia na sua edição de hoje em italiano a indiferença do mundo perante as tragédias humanitárias que se vivem no continente africano. “Distraído de forma culpável, o mundo continua a ignorar a tragédia que quotidianamente se vive na África”, afirma o diário, num artigo que tem como título “África, o escândalo da miséria”. “A cada dia que passa morrem 800 crianças africanas, simplesmente porque as suas famílias não podem pagar a consulta médica ou tratamentos sanitários de base. Bastaria muito pouco para salvá-las”, alerta o “Osservatore Romano”. O jornal do Vaticano lembra que “bastaria assumir os gastos de saúde que, ainda que sejam poucas moedas para os critérios ocidentais, pesam como chumbo para os orçamentos das famílias africanas”. “Apesar dos bons propósitos manifestados em várias ocasiões nas conferências internacionais, na África, o escândalo da miséria continua a matar vítimas inocentes”, refere-se. O OR cita o relatório “Paying with their lives” (Pagando com as suas vidas), publicado por Save the Children, a maior organização internacional independente para a defesa e promoção dos direitos humanos. Na cúpula do G8 de 2005- recorda um comunicado da organização- os governantes assumiram o compromisso de trabalhar com governos africanos para que estes possam garantir tratamentos gratuitos nos países ou áreas mais pobres do mundo, mas desde então 250 mil crianças já morreram, O artigo do OR conclui lançando um apelo para que os países mantenham o compromisso de “aumentar as ajudas ao desenvolvimento e de incrementar o acesso à saúde em alguns dos países mais pobres”.
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Fonte: Ecclesia