sexta-feira, 19 de maio de 2006

Museus da Igreja

Museus da Igreja Católica querem crescer
A Associação Portuguesa de Museus da Igreja Católica (APMIC), nascida em Fevereiro de 2002, quer continuar a crescer, apesar das inúmeras dificuldades que enfrentam os seus associados.
José António Falcão, da APMIC, explica à Agência ECCLESIA que, entre as várias problemáticas com que os Museus da Igreja se debatem está o facto de “não dispormos ainda do nível de formação adequado para desempenhar funções nesta área e esta é a grande prioridade do trabalho que tem de ser feito pela Associação”.
Esta formação, adianta, “não é apenas de carácter técnico, mas também no sentido de acolher melhor os visitantes e da evangelização pela cultura e o património”.
Outras questões levantam-se com a possibilidade de “interagir em rede” para suprir dificuldades de ordem “técnica ou financeira”, para além do “sentimento de isolamento”.
Apesar da sua juventude, diz José António Falcão, “esta Associação tem alguns créditos a seu favor”, explicando que, num universo que se estima de meia centena de museus, há já 14 associados, incluindo alguns dos Museus mais relevantes, “como tesouros de Catedrais”. “A Associação tem procurado fazer o levantamento da realidade dos Museus da Igreja e dos problemas que existem, para ajudar a suprir eventuais falhas”, refere.
A APMIC trabalha com instituições que têm um perfil próprio, procurando alargar o leque de serviços que, muitas vezes, são atribuídos a um Museu numa análise superficial. “Uma das especificidade que nos competem a nós, enquanto Igreja, é ir além da concepção museológica tradicional e estar atentos ao facto de o património estar vivo, criando espaços onde, de alguma maneira, o contexto que rodeou os objectos possa perdurar e permita aceder ao sentido mais profundo”, observa José António Falcão, lembrando que as pessoas sentem, cada vez mais, a necessidade da "interpretação".
Ao longo destes anos, destacou-se uma iniciativa em 2004, as I Jornadas Nacionais dos Museus da Igreja, esperando-se que em 2006 seja possível promover uma acção do género. “Apesar de nos faltar percorrer um longo caminho, notamos que há uma sensibilidade crescente, estão a ser dados passos pequenos, mas seguros: muitos párocos e responsáveis pelas comunidades cristãs sentem que o património pode ser um auxiliar precioso numa linha de evangelização”, conclui.
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Fonte: Ecclesia

UCP: Acesso a quem não tem habilitações próprias

UCP explica
regime de acesso
para maiores de 23 anos
A Universidade Católica Portuguesa, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 64/2006, de 21 de Março e por despacho NR/R/0108/2006, admite o acesso ao ensino superior de maiores de 23 anos que, não sendo titulares de habilitações de acesso ao ensino superior façam prova da capacidade para a sua frequência.Em cada ano lectivo são abertas na UCP as inscrições para a realização das provas a que se podem candidatar indivíduos que completem 23 anos até 31 de Dezembro do ano que as antecede e não sejam titulares de habilitação de acesso ao ensino superior.
O Regulamento
das provas está disponível em
www.ucp.pt/site/resources/documents/Reitoria/regulamento%2023.pdf

quinta-feira, 18 de maio de 2006

Um artigo de Acácio Catarino, no CV

Voluntariado de proximidade na acção social
1. A acção social, entendida em sentido lato, abrange a actuação do Estado e seus organismos, bem como a de outras entidades, sobretudo das organizações sem fins lucrativos. Dentro dela são indispensáveis três pilares: o voluntariado; as instituições públicas e particulares; e os centros de decisão política.
Relativamente ao voluntariado, justifica especial referência o de proximidade, em cooperação regular com instituições locais, públicas e particulares (onde também pode haver trabalho voluntário); e os centros de decisão política.
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Para ler tudo, clique aqui

Um artigo de D. António Marcelino

Uma situação
nacional
muito preocupante Toda a gente fala do deficit económico e, provavelmente, vai passar-se, mais uma vez, ao lado do drama, que outro nome não se lhe pode dar, do deficit humano e demográfico do nosso país e da destruição programada das famílias normais. Não tem faltado quem alerte para a situação. Mas deitam-se, agora, as mãos à cabeça perante os resultados inegáveis. Não se vêem políticas familiares e sociais que estimulem à natalidade, dando condições para que esta cresça. Ao contrário, surgem, de um dia para o outro, políticas fiscais que favorecem as uniões de facto em detrimento das famílias constituídas segundo a lei, políticas que tornam a vida cada vez mais difícil e afastam, como se fora um risco perigoso a não correr, gerar filhos ou gerar mais um filho, por maior que seja o desejo de o fazer. Diz-se que o “governo apela para que os casais tenham mais filhos”. O governo não tem que fazer apelos morais. Deve apoiar, dando condições aos casais novos e às famílias para que gerem filhos, se tal decidiremA predominância do filho único já se tornou, entre nós, o normal. Num terço das famílias portuguesas é isso que acontece. A Europa já acordou. Nós estamos descontraídos à cabeça da lista, alheios ao Inverno demográfico. O mesmo com os divórcios. Por falta de trabalho regular e seguro, o casamento vai-se adiando. O preço exorbitante das casas, a qualidade das mesmas, tantas vezes em blocos sociais, reduzidas e sem qualquer privacidade, a dificuldade dos empréstimos, nada estimula a vida em família. A dificuldade de encontrar creches e da mensalidade caber no ordenado, quando se encontram, para um casal em que ambos trabalham fora, com horários desencontrados e em lugares distantes, não facilita pensar ter filhos ou ter mais filhos. Os divórcios dispararam, a insegurança aumentou, os filhos não raramente são um incómodo que dificulta aos pares descomprometidos, novos rumos, novas experiências, novas aventuras. São também, por vezes, uma sobrecarga que se leva a contra gosto, com uma ânsia incontida de que chegue o dia em que vão para o outro pai, ou que chegue a noite em que passem de novo para a casa dos mais dias… Que admiração que as estatísticas falem do mau rumo de muitos filhos mal amados, se os pais se voltaram mais para si que para eles? Se lhes dão mais facilmente um telemóvel, que um tempo de carinho e atenção? Fala-se do direito a ser feliz, sem se tomar conta de que não pode haver verdadeira felicidade, se o preço desta for a infelicidade de inocentes, que não escolheram os pais, nem têm culpa se o amor que os gerou se esfumou de vez. Muitos dos que optam pela união de facto não têm, nem querem filhos. Entendemos porquê. Um filho é um dom. Sem estabilidade dos pais, pode tornar-se um pesadelo. As leis vão facilitando, como se umas coisas nada tivessem a ver com as outras. Dou por mim a pensar se os nossos governantes, e também os que legislam, são pais e avós. Se vivem com os pés no chão e conhecem a realidade. Se alguma vez passaram por dificuldades, ou se são apenas dos novos aventureiros nos quais a vontade pessoal e o jogo de interesses se sobrepõem a tudo o mais. Pode favorecer-se a procriação à base de incentivos fiscais, sem se saber que, se há casais que não querem ter filhos, há muitos mais que sofrem por não os terem ou por terem apenas um? Que ainda há mais que desejariam tê-los, se as condições fossem diferentes? Quem está convencido de que o encerramento de algumas maternidades é apenas um problema de segurança médica? Mães aí parturientes e técnicos de saúde que as assistiram testemunham, publicamente, que a segurança é total? Fecham-se escolas porque não há alunos. Pode o governo não se interrogar sobre a razão de os não haver? O problema não se soluciona quando surge, mas prevenindo e agindo sobre as causas.

Dia Internacional dos Museus - 18 de Maio

Museu de Aveiro
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Museu de Ílhavo

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Casa Gafanhoa

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"OS MUSEUS E OS JOVENS" ::
O Dia Internacional dos Museus comemora-se hoje, 18 de Maio, um pouco por todo o País. O tema agendado para este ano - "Os Museus e os Jovens"- vem mesmo a calhar, ou não andasse a nossa juventude um tanto ou quanto alheia ao que se passa e mostra nos Museus.
A data é assinalada com uma série de actividades, com entradas livres, nos museus públicos, de 18 a 20 de Maio. A 20 de Maio, decorre a "Noite dos Museus", iniciativa promovida pelo Ministério da Cultura e Comunicação francês e que actualmente se estende a outros países europeus. Os museus vão abrir gratuitamente as suas portas até por volta da 1 hora, oferecendo um conjunto de eventos e de animações como espectáculos, música, desfiles e conferências.
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Para saber mais sobre museus, clique aqui

quarta-feira, 17 de maio de 2006

Um poema de Ruy Cinatti

Regresso Eterno Altos silêncios da noite e os olhos perdidos, Submersos na escuridão das árvores Como na alma o rumor de um regato, Insistente e melódico, Serpeando entre pedras o fulgor de uma ideia, Quase emoção; E folhas que caem e distraem O sentido interior Na natureza calma e definida Pela vivência dum corpo em cuja essência A terra inteira vibra E a noite de estrelas premedita. A noite! Se fosse noite… Mas os meus passos soam e não param, Mesmo parados pelo pensamento, Pelo terror que não acaba e perverte os sentidos A esquina do acaso; Outros mundos se somem, Outros no ar luzes reflectem sem origem. É por eles que os meus passos não param. E é por eles que o mistério se incendeia. Tudo é tangível, luminoso e vago Na orla que se afasta e a ilha dobra Em balas de precário sonho... Tudo é possível porque à vida dura E a noite se desfaz Em altos silêncios puros. Mas nada impede o renascer da imagem, A infância perdida, reavida, Nuns olhos vagabundos debruçados, Junto a um regato que sem cessar murmura.

São Francisco Xavier recordado por Académicos

Academia Internacional
de Cultura Portuguesa
evocou São Francisco Xavier
São Francisco Xavier foi recordado pela Academia Internacional de Cultura Portuguesa (AICP), numa Sessão Comemorativa do V Centenário do Nascimento do missionário Jesuíta, com a presença do Pe. João Caniço, José Filipe Monteiro e Narana Coissoró.
Em declarações à Agência ECCLESIA o presidente da AICP, Adriano Moreira, disse que a iniciativa desta sessão partiu de uma proposta de Narana Coissoró, natural de Goa e um estudioso da biografia de São Francisco Xavier, proposta que, refere, “acolhemos imediatamente”, porque era, inclusive, “opinião comum dos académicos que o Centenário devia ter merecido uma celebração nacional portuguesa”.
Justificando esta lamentação, Adriano Moreira salienta o “interessante trajecto e intervenção de São Francisco Xavier, e a memória que ficou no Oriente, tal como foi traçada pelos oradores e com intervenção do Dr. Narana Coissoró”.
“Sem deixar de pôr em evidência a origem do Santo - acrescenta - chegou à conclusão de que foi um agente do «portuguesismo» no Oriente”.
O interesse da Academia Internacional de Cultura Portuguesa pelo Santo Jesuíta não é de hoje, até porque, ressalva Adriano Moreira, “já tínhamos uma tradição de pessoas que estão ligadas à Academia relacionadas com o nosso antigo companheiro, o Pe. Silva Rego, que fez estudos muito aprofundados sobre o padroado português no oriente e sobre São Francisco Xavier”.
Apesar da distância temporal, a memória deste santo tem permanecido nos portugueses ao longo dos anos, e exemplo disso é “a enorme manifestação de fé em Lisboa”, por ocasião da invasão de Goa em 1961. “Embora o Santo só tenha estado 10 meses em Lisboa”, houve uma procissão, com uma grande multidão que rezava “a pedir a protecção do santo para a cidade”, recorda.
Na opinião do presidente da AICP, “há hoje uma necessidade importante de visitar e revalorizar as pessoas que, ao longo dos tempos, contribuíram com erros e acertos para o encontro e entendimento das culturas diferenciadas”.
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Fonte: Ecclesia
A alta velocidade
dos media Aqui vamos, a olhar os Meios de Comunicação Social como quem olha para nós próprios, na procura da nossa identidade, no prolongamento das nossas histórias, no imaginário das nossas ficções. Os media só nos merecem atenção quando nos reflectem ou quando nos sentimos no interior de qualquer notícia, drama, ou festa, ou numa das tantas parábolas que quotidianamente nos contam, envolvendo o nosso melhor ou o pior do nosso complexo universo. Acabamos por ser proprietários, editores, produtores e consumidores, no alimento e continuidade que proporcionamos à feitura diária da narrativa das nossas vidas.
Desta responsabilidade nenhum cidadão se livra quando espreita uma televisão ou quando poisa um olhar curioso sobre o título dum jornal ou se mira num qualquer plasma como espelho. Ou quando compra um livro pela força da capa ou pela sugestão do título. Do outro lado, eles, os patrões dos media, sabem disso, como se vigiassem a janela da nossa alma ou consultassem o livro íntimo das nossas preferências. E como o bom negociante nunca discute com o cliente - o cliente tem sempre razão - com as nossas escolhas vamos dando corda à máquina que nos tritura enquanto zurzimos anátemas impotentes contra os opressores. As correntes que se cruzam neste jogo secreto, as cumplicidades que se criam, geram as grandes teias que envolvem globalmente o nosso universo de que os media são a expressão, boca de saída de todas as correntes. É um erro pensar que os media são uma peça isolada da grande mecânica social e cultural. Desempenham funções especiais nesse motor complexo, lançam chispas e chamas sobre acontecimentos insignificantes antes de serem mediáticos. Ao colocar a humanidade em mesa redonda dão e tiram a voz ao poder ou ao povo, exaltam ou humilham a dignidade humana, geram uma consciência de verdade e justiça ou amolecem gerações com o vírus da mediocridade. Dom precioso do homem e da técnica, imparável na sua celeridade e perfeição, invadem o universo fantástico de informação e partilha, oportunidade de expressão e diversidade de olhares, abrem as portas a experiências planetárias de festa e dor, tornando a humanidade mais próxima e porventura mais fraterna. Sempre seduzida pela serpente do dinheiro e do poder, mas sempre passível de ser suplantada pelas energias infatigáveis que não deixam de puxar o barco da humanidade para a sua vocação original e sublime. Linhas de ferro deste comboio fantástico e veloz são a liberdade e a dignidade que sempre devem ser cultivadas e enriquecidas na expressão e no rigor com que a história da vida humana merece ser narrada. Por isso se celebra a Comunicação Social como um dom do nosso tempo, em "rápido desenvolvimento". E com um preço de viagem nem sempre acessível a todos. E por vezes com riscos agravados por irresponsáveis timoneiros na alta velocidade dos media.

terça-feira, 16 de maio de 2006

Mulher de coragem

Manuela Ferreira Leite critica quem tem de criticar e aplaude quem tem de aplaudir
Não é a primeira vez que a economista e política Manuela Ferreira Leite critica quem tem de criticar, sempre de acordo com o que pensa e com o considera útil e correcto. Aplaude do mesmo modo quem tem de aplaudir. E faz tudo, independentemente das cores partidárias em jogo, sejam de quem governa ou da oposição, e mesmo do seu próprio partido, o PSD. De facto, aquando do Orçamento do Estado, criticou a posição dos seus correligionários na Assembleia da República por terem votado contra, porque em sua opinião aquele documento, da responsabilidade do Governo do Eng. Sócrates, merecia compreensão pelo rigor apresentado e pelo esforço desenvolvido com vista a resolver o problema do Défice Público. Agora, também está de acordo com a decisão do Governo do PS de fechar algumas maternidades, se os estudos feitos assim o recomendarem. Defende Manuela Ferreira Leite que devem ser salvaguardados os interesses das crianças, das mães e até o futuro dessas mesmas crianças. Nesse caso, as maternidades que não tiverem condições médicas e técnicas para garantirem os trabalhos de parto com qualidade devem ser encerradas. A coragem e a honestidade de Manuela Ferreira Leite têm tanto mais valor, quanto é certo ser ela uma apoiante de Marques Mendes, o líder do PSD. Condena ela os que vão atrás dos demagogos, por manifesta cegueira política, sem estudarem os casos convenientemente. Por isso, e porque atitudes como a exibida pela economista e política de todos bem conhecida são raras, o nosso aplauso para Manuela Ferreira Leite. Fernando Martins

A VOZ DAS MULHERES DO SUL

Amanhã, 17 de Maio, quarta-feira,
pelas 21.30 horas, no CUFC, junto à UA
"A Voz das Mulheres do Sul" é uma iniciativa do GRAAL, no âmbito do projecto RAAC – Rede de Acção e Aprendizagem Comunitária sobre Género, cujo objectivo é sensibilizar o público português para as questões de Género e Desenvolvimento, nomeadamente para os problemas vividos pelas Mulheres do Sul. Este ENCONTRO contará com a presença de representantes do Movimento PROMAICA de Angola, que irão apresentar ao público português a realidade da mulher angolana e o trabalho realizado no âmbito da promoção da mulher e do desenvolvimento do país. Esta Acção de Sensibilização, aberta a todo o público, está a percorrer o país durante o mês de Maio, em Portalegre, Castelo Branco, Coimbra, Aveiro, Porto, Golegã e Lisboa. ::
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O que é a PROMAICA?
A PROMAICA é um movimento constituído por mulheres, organizado por dioceses/províncias, paróquias e pequenas comunidades. Este movimento tem como principal objectivo promover a mulher angolana nos domínios espiritual, moral, intelectual, cultural e profissional, bem como defender a dignidade e igualdade do ser humano e capacitar a mulher para as diversas tarefas socioeconómicas e políticas, fazendo com que ela ocupe um lugar-chave na Sociedade e na Igreja. O Movimento PROMAICA nasceu há 13 anos, na sequência de um curso de formação de líderes. Desde então, multiplicou exponencialmente o número de membros, contando actualmente com mais de 41 mil mulheres e com um vasto curriculum de intervenção na sociedade angolana. São exemplo disso mesmo os projectos em formação profissional, alfabetização, saúde, produção agrícola e pecuária, defesa dos direitos humanos, protecção de crianças abandonadas, ambiente e cultura, entre outros. É um movimento considerado actualmente como uma das forças mais significativas na organização da sociedade civil de Angola.

Um poema de Sebastião da Gama


Pelo Sonho é que vamos, 
comovidos e mudos. 
Chegamos? Não chegamos? 
Haja ou não haja frutos, 
pelo Sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos. 
Basta a esperança 
naquilo que talvez não teremos. 
Basta que a alma demos, 
com a mesma alegria, 
ao que desconhecemos 
e ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.

Desemprego traz novas formas de pobreza

Comissão Nacional Justiça e Paz
apela à intervenção
dos cristãos e políticos
O Grupo de Trabalho «Economia e Sociedade» da Comissão Nacional Justiça e Paz está preocupado com o “surgimento de novas formas de pobreza no nosso país”, para as quais considera que o desemprego está a contribuir". O desemprego também está a contribuir, em seu entender, "para uma maior desigualdade na repartição dos rendimentos”.
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Clique aqui para ler mais.

Protocolo do Estado vai ser alterado

Mota Amaral
defende lugares
da Igreja
no protocolo oficial
João Bosco Mota Amaral está a preparar um projecto de lei alternativo ao do PS sobre as alterações ao protocolo do Estado. Ao DN, o ex-presidente da Assembleia da República afirma que a proposta que o PS dará amanhã a conhecer "não faz sentido".
Mota Amaral refere-se especificamente ao único ponto conhecido do projecto, que passa por afastar ou não dar destaque à Igreja Católica no protocolo. "O lugar dos membros da Igreja nas cerimónias oficiais não tem a ver com a separação entre o Estado e as igrejas, mas com a História e com o conhecimento da sociedade portuguesa".
O antigo líder da AR aponta ainda um problema de reciprocidade: "Quando há cerimónias religiosas, em Fátima por exemplo, os titulares do Estado também aparecem. Seria estranho que, há uns anos atrás, nas exéquias do senhor cardeal D. António Ribeiro se tivesse reservado a quinta fila para o Presidente da República ou o primeiro-ministro". Para Mota Amaral, "cada um na sua esfera própria deve respeitar-se, até porque no protocolo do Estado estão definidos outros lugares que não os dos funcionários públicos de topo".
Pelo PS, Vitalino Canas afirma ao DN que a ideia do projecto de lei, que amanhã será apresentado em conferência de imprensa, é o de "pôr em letra de lei aquilo que não está, tudo o que envolve o protocolo do Estado". O deputado socialista lembra que desde 1976 que existe a separação entre Estado e Igreja e que, portanto, o convite de membros da hierarquia católica fica ao critério de cada um. "As pessoas que organizam as cerimónias podem ter gestos de cortesia para as figuras nacionais ou locais da Igreja", diz Vitalino, que garante que no fundo o protocolo deixa de ser omisso em relação a esta matéria.
O DN tentou ouvir o chefe do protocolo do Estado, embaixador Manuel Côrte-Real, cujo gabinete remeteu para o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros: "O assunto já ultrapassou o nosso âmbito". António Carneiro Jacinto, porta-voz do MNE, esteve ontem incontactável.
. Fonte:Um texto de Francisco Almeida Leite, no DN

segunda-feira, 15 de maio de 2006

Conímbriga - Ruínas merecem uma visita





Imaginar e “ver” o passado foram sempre para mim um prazer. Daí que, nos meus passeios, procure ver vestígios de outras civilizações, com tudo o que eles preservam. A beleza, a arte inventiva, a riqueza e as marcas de povos que ocuparam o território que é o Portugal de hoje encantam-me sobremaneira. Desta vez fui a Conímbriga para me reencontrar com as civilizações pré-romana e romana. Sem pressas, porque o tempo era e é todo meu. 
Os romanos terão conquistado Conímbriga em 136 antes da era cristã, durante a expedição de Décimo Júnio Bruto, mas só no reinado de Augusto a cidade se remodelou à maneira romana, diz o Guia das Ruínas, com texto de Virgílio Hipólito Correia. 
As ilustrações, de diversos autores, são muito belas. Quem chega, os seus olhos deparam com uma muralha imponente, construída nos finais do século III depois de Cristo. Nela, os seus moradores empregaram materiais de algumas habitações e outras construções públicas, como o anfiteatro. Mas o que ficou e depois foi soterrado com a decadência da cidade pode nos nossos dias encantar-nos, se gostarmos de apreciar a pré-história e história. 
A Casa dos Repuxos é uma excepcional obra de arquitectura, que corresponde à remodelação de um edifício anterior, lê-se no Guia das Ruínas, que recomendo a quem lá for. O vestíbulo, o peristilo central (pátio interior, com repuxos que funcionam), o triclínio (leito onde os romanos se reclinavam para comer e conversar) e outras dependências da casa estão bem à vista do visitante. 
Termas, casas com os seus mosaicos polícromos que reflectem cenas da vida e do mundo mental dos romanos, basílica paleocristã, aquedutos, ruas e lojas podem ser admirados, com leitura obrigatória das explicações bem visíveis junto de tudo o que há para ver. No Museu, preservam-se as mais variadas peças (utensílios domésticos, estatuária, armas, moedas, pedras tumulares, inscrições, ornatos, etc.) encontradas durante as escavações, sobretudo a partir de 1899. Se passar por Coimbra, não deixe de ir a Conímbriga. Este é o meu conselho. 

Fernando Martins 


NB: As fotos servem para abrir o apetite.

Confissões Religiosas

Nomeados os membros
da Comissão do Tempo
de Emissão
das Confissões Religiosas
A presidência do Conselho de Ministros e o Ministério da Justiça nomearam, em despacho publicado no “Diário da República” – II Séria, n.º 71, de 10 de Abril de 2006, os membros da Comissão do Tempo de Emissão das Confissões Religiosas, após consulta à Comissão da Liberdade Religiosa.
Em representação da Igreja Católica foi nomeado o Cónego António Rego, director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja, que já desempenhava idêntica missão, no âmbito do programa “«A Fé dos Homens»".
Em representação da Aliança Evangélica Portuguesa foi nomeado Samuel Pinheiro Pinto; em representação da Comunidade Israelita foi nomeada Ester Mucznik; em representação da Comunidade Islâmica de Lisboa foi nomeado Mahomed Abed Gulano; e em representação da Comunidade Bahá i foi nomeado Mário Mota Marques.
O Artigo 25.º da Lei Liberdade Religiosa, relativo aos tempos de emissão religiosa, determina que “nos serviços públicos de televisão e de radiodifusão é garantido às igrejas e demais comunidades religiosas inscritas, por si, através da respectiva organização representativa, ou conjuntamente, quando preferirem participar como se fossem uma única confissão, um tempo de emissão, fixado globalmente para todas, para prossecução dos seus fins religiosos” (nº1).
A atribuição e distribuição do tempo de emissão é feita tendo em conta a representatividade das respectivas confissões e o princípio da tolerância, por meio de acordos entre a Comissão do Tempo de Emissão das Confissões Religiosas e as empresas titulares dos serviços públicos de televisão e de radiodifusão.
O número 3 deste artigo define que “a Comissão do Tempo de Emissão das Confissões Religiosas é constituída por representantes da Igreja Católica e das igrejas e comunidades religiosas radicadas no País ou das federações em que as mesmas se integrem, designados por três anos por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da justiça e da comunicação social, depois de ouvida a Comissão da Liberdade Religiosa”.
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Fonte: Ecclesia

CUFC: Encíclica de Bento XVI

Hoje, pelas 21.30 horas
Palestra sobre
a encíclica
"DEUS É AMOR"
Carlos Furtado vai proferir uma palestra sobre a encíclica de Bento XVI “Deus é amor”. Formado em Psicologia e Teologia, o sacerdote dominicano fará uma leitura da “imagem de Deus” e do “amor humano”, com base na primeira encíclica do Papa. O encontro está marcado para as 21.30 horas do dia 15 de Maio, no Centro Universitário Fé e Cultura.

Dia Internacional da Família - 15 de Maio

Papa valoriza
família fundada
sobre o matrimónio
É preciso defender “a família fundada sobre o matrimónio” porque essa é “o pilar da sociedade e isso interessa crentes e não crentes”, afirmou Bento XVI aos participantes da Assembleia Plenária do Conselho Pontifício para a Família, que celebra 25 anos de fundação.
O pontífice falou das “uniões de facto que, apesar de recusarem as obrigações do matrimónio, pretendem gozar dos direitos equivalentes”, e das tentativas de “legalizar as uniões homossexuais, atribuindo a essas o direito de adopção de filhos”.
“A família fundada sobre o matrimónio, constitui um património da humanidade”, frisou Bento XVI, dirigindo-se a todos os Estados que, acentuou, devem ter pela família “a máxima consideração”.
O Papa lembrou que “está a crescer o número de separações e de divórcios, que rompem a unidade familiar”, acentuando os “não poucos problemas” criados às crianças, “vítimas inocentes de tais situações” de instabilidade familiar.
Nesse sentido Bento XVI convida os cônjuges “a superarem as dificuldades e a manterem-se fiéis à sua vocação, recorrendo ao sustento de Deus com a oração e participando assiduamente nos sacramentos, de modo particular na Eucaristia”.
Citando a sua primeira Encíclica, «Deus Caritas Est», Bento XVI sublinhou ainda que o “eros degradado em puro «sexo»” torna-se “uma simples coisa que se pode comprar e vender”, e que, “na realidade, encontramo-nos perante uma degradação do corpo humano”. Contudo, releva, “graças a Deus, não poucos, e especialmente entre os jovens, que vão descobrindo o valor da castidade, que aparece cada vez mais como uma garantia segura de amor autêntico”.
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Fonte: Ecclesia
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Sobre Dia Internacional da Família,
pode ler mais aqui e aqui

As saídas

Há sempre ganhos e perdas
Uma saída de casa, por mais curta que seja, pode implicar ganhos e perdas. Foi o que me aconteceu com este último fim-de-semana. Se ganhei em descanso e no reencontro com as civilizações pré-romana e romana, na visita que fiz a Conimbriga, perdi na pouca atenção que dei ao que aconteceu durante esse período. Fátima, com a maior peregrinação dos tempos recentes, Santa Joana, padroeira da cidade e diocese de Aveiro, sempre venerada no 12 de Maio, data da sua passagem para a vida, mais íntima, com Deus, entre outros acontecimentos, não tiveram neste espaço o tratamento que mereciam. Os meus leitores vão desculpar-me, com certeza. Fernando Martins

domingo, 14 de maio de 2006

CSPVC - Histórias De/Em Família




Integrada no seu Plano Anual de Actividades, o Centro Social Paroquial da Vera Cruz vai viver mais uma semana temática, intitulada "Histórias De/Em Família" e que tem como principal objectivo promover o estreitamento de laços familiares.
Esta semana ocorre entre os dias 15 e 20 de Maio e, havendo iniciativas em todos os 6 dias, cada dia vai ter uma magia própria onde a colaboração familiar é fulcral.

(Para ler mais e para conhecer
o programa, clique SOLIDARIEDADE)



Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Religião: promessas e ópio?
Entendo - ou julgo entender - as promessas a Nossa Senhora de Fátima, ao Santíssimo Sacramento, ao Senhor dos aflitos ou aos santos.
Habituadas a verem a sobre-vivência, a saúde e a sua vida em geral dependentes de senhores e senhoras "omnipotentes", egoístas, arbitrários e tiranos, as pessoas atiram para cima de Deus todos esses atributos. Então, como diante dos senhores deste mundo se põem de joelhos, oferecem como presente o que lhes faz falta, metem cunhas - como é que os pobres chegam a uma operação no hospital sem uma cunha? -, também fazem promessas a Deus e a Nossa Senhora, andam de rastos, oferecem sacrifícios, na esperança de que talvez desse modo Deus e a Nossa Senhora se comovam e tenham compaixão.
Num diálogo com Óscar Lopes, em 1970, no Seminário da Boa Nova, Valadares, sobre a crise da fé, D. António Ferreira Gomes, cujo centenário do nascimento se comemorou no passado dia 10, deixou um pronunciamento polémico. Referindo-se à religião de Fátima, disse: "Sabemos que para baixo de Fátima ainda há todo o culto mágico que, tomado a sério, é uma ofensa profunda a Deus, porque na realidade a magia está a embotar o sentimento religioso do povo. A magia é uma vontade de encadear, de prender as forças sobrenaturais, consideradas mais como malignas do que como benéficas. Ora, isto, em relação à religião cristã, é a maior ofensa que se pode fazer a um Deus de bondade. Mas nós lidamos com isto, lidamos com a religião utilitária, do 'dou para que dês'. Eu prometo, eu faço uma promessa para que Deus me faça isto ou aquilo. Faço um negócio, um contrato. E para quê? Evidentemente, para a vida, para a saúde, para o dinheiro, para isto tudo. Ora, isto, com muita piedade e muita fé no nosso povo, isto não é religião cristã de forma nenhuma."
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(Para ler mais, clique aqui)