Mostrar mensagens com a etiqueta Jesus Cristo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Jesus Cristo. Mostrar todas as mensagens

sábado, 14 de março de 2015

A REVOLUÇÃO DA TERNURA

Reflexão de Georgino Rocha

O amor de Deus é um amor de entrega, 
de doação, de misericórdia, de perdão, de libertação, 
de ternura para com o mundo, para com todos




Deus, no seu filho Jesus, convida-nos a viver a revolução da ternura – afirma o Papa Francisco. Este convite constitui uma das constantes mais assertivas do Evangelho. Jo 3, 14-21. Nicodemos, velho mestre da Lei judaica, anda inquieto no seu coração e vai ter com Jesus, o jovem mestre que começa a ser conhecido, a ter nome público. Ele, trazia a letra da Lei consigo. Jesus vai desvendar-lhe o espírito da Lei. E João, o autor da narrativa, constrói uma rica conversa para dizer quem é Jesus Cristo, o filho unigénito de Deus.
“Deus amou de tal modo o mundo que entregou o seu Filho Unigénito” – afiança o novo mestre. Que ousadia por parte de Jesus! Que surpresa não provocaria no espírito perturbado de Nicodemos. O diálogo prossegue com novidades cada vez mais interpelantes.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Escuta Jesus, o Filho de Deus

Reflexão de Georgino Rocha


Escutar Jesus, eis a ordem do Pai que tinha falado muitas vezes ao longo da história. Mc 9, 2-10. Agora é o seu Filho muito amado que tem a Palavra, ou melhor, é a Palavra de Deus num mundo cheio de vozes e mensagens. Segundo a Bíblia, escutar não é apenas prestar atenção ou exercer uma actividade auditiva que facilita a compreensão intelectual do que é dito. É mais, pois exige a aceitação da mensagem, a atitude de quem deseja ser coerente e viver em sintonia, a decisão de lhe ser fiel. Que bem nos faria saber ouvir. Não percamos a força do seu apelo.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Mudar radicalmente a religião (1)

Crónica de Frei Bento Domingues 
no PÚBLICO



Os caminhos de Deus não se podem 
confundir com os de uma só religião



1. Não tive condições para seguir as cerimónias que envolveram a nomeação dos novos “príncipes da Igreja”. Um amigo, pouco dado a críticas à hierarquia eclesiástica, manifestou-me, no entanto, o seu desapontamento. Daquilo tudo, só as palavras do Papa estavam ajustadas a um programa de reforma da cúria e da Igreja.
Seria arcaico exigir dos novos cardeais vestes parecidas com as do carpinteiro de Nazaré. Mas aquele espectáculo era a reprodução de sempre do mau gosto purpurado. As delegações portuguesas, ao convidar o Papa para vir a Fátima, revelaram pouca imaginação e, até parece, uma oposição ao seu programa.
Seja como for, importa redescobrir o papel das religiões no mundo, na Europa e em Portugal. O que as terá anestesiado para que, durante estes anos todos de miserável humilhação dos povos do Sul da Europa e de transformação do Mediterrâneo num cemitério medonho, não tenham suscitado um imenso movimento de resistência não violenta?
Sobre o papel das religiões existem as posições mais desencontradas. Comecemos por uma das mais negativas:

sábado, 14 de fevereiro de 2015

QUERO, FICA LIMPO

Reflexão de Georgino Rocha




Jesus curou-me. Jesus limpou a minha lepra. Jesus tocou o meu corpo impuro. Jesus deu-me saúde. E de outros modos, ia lançando o brado da feliz notícia o homem recuperado na sua dignidade. Mc 1, 40-45. A experiência feita enche-o de entusiasmo e de júbilo, de alegria incontida e de coragem ousada. Aconteceu nas ruas de Cafarnaúm, próximo do Mar da Galileia. O encontro pessoal com Jesus, o pedido ardente que lhe faz e a prontidão generosa com que é atendido abrem-lhe novos horizontes e provocam-lhe atitudes de vida contrastantes com as ordens recebidas.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

JESUS E O ENIGMA DO MAL

Reflexão de Georgino Rocha

Georgino Rocha



O enigma do mal ”colou-se” à natureza humana e, tal como o joio da parábola, progride sem se saber bem como. Se é difícil a sua explicação, não o é a verificação dos seus efeitos perniciosos. As pessoas atingidas pelos tormentos que provoca sofrem horrivelmente.
Job é o rosto humano de tal situação. As expressões que usa são bem elucidativas: vida dura e cruel, sofrimento atroz, noites intermináveis de amargura, dias breves de esperança, amanhecer sem aurora, angústia e morte. O drama de Job actualiza-se, hoje, nas vítimas da economia sem rosto, da política sem escrúpulos, da medicina sem ética, da educação sem humanidade, dos meios de comunicação sem regras respeitadoras da dignidade humana.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Jesus ensina com autoridade

Reflexão de Georgino Rocha


Cafarnaum (ruínas)

«E hoje, que forças ocultas ou evidentes mantém as pessoas manietadas e oprimidas, as sociedades fragilizadas, os estados impotentes, as confissões religiosas ensonadas e a(s) Igreja(s) incomodada(s)?»

Chegado a Cafarnaum, Jesus vai à sinagoga, como bom judeu, e, convidado a comentar as leituras, adopta um estilo próprio, distanciando-se do método tradicional. Mc 1, 21-28. Não cita nenhum dos famosos rabis, como era de “bom-tom” para credenciar a sua homilia. O que disse, Marcos não o regista, mas não andará longe, como noutras passagens se afirma, de algo parecido com o que Mateus conserva na sequência do sermão da montanha (5, 21-48). Jesus reinterpreta, com autoridade pessoal — e que autoridade! — , o sentido das escrituras e manifesta o seu conteúdo oculto e inédito. Autoridade que é liberdade de ensino e relação, poder de comunicação, legitimidade de acção. Autoridade que lhe vem não do apoio popular nem da força das armas ou do prestígio social ou do voto democrático, tantas vezes manipulado. A fonte é outra como se verá a seguir.

sábado, 24 de janeiro de 2015

RESPOSTA IMEDIATA AO CONVITE FEITO

Reflexão de Georgino Rocha



Jesus vive uma “hora” complexa. A prisão de João Baptista não augura nada de bom. Risco semelhante pode correr em qualquer momento. Mc 1, 14-20. É tempo de pensar no futuro e começar a preparar as suas bases. Caminha à beira-mar e vai sonhando. Vê uns homens na faina da pesca que, diligentemente, lançam as redes. Parece-lhe ter encontrado a possível solução e a desejada oportunidade: Iniciar “a pesca de homens” a quem, mais tarde, entregaria a sua missão. Entretanto, andariam consigo, veriam o que fazia, estabeleceriam laços de comunhão fraterna, tentariam compreender os ensinamentos e, sobretudo, beneficiariam do seu estilo de vida itinerante, sóbrio e confiante em Deus-Pai. “Habilitavam-se”, tanto quanto pudessem, para o serviço a realizar.