quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

A foto do dia

COSTA NOVA E A RIA SERENÍSSIMA
Em dias calmos, como o de hoje, é maravilhoso desfrutar da serenidade da Ria de Aveiro, em frente à Costa Nova, uma das salas de visita do concelho de Ílhavo. Tenho a certeza de que num barquinho à vela não há stresse que resista

Um artigo de Francisco Perestrello, na Ecclesia

OSCAR,
um Prémio Cobiçado Desde 1929 que anualmente a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, de Hollywood, atribui o seu Prémio anual às diversas vertentes da arte cinema-tográfica. Curiosamente designado por Oscar, por motivos acidentais, é um prémio regularmente criticado, mas que tem o prestígio que lhe faculta o processo de votação adoptado, envolvendo profissionais, e a regularidade exemplar, que nem a II Guerra Mundial interrompeu, com que é entregue há 78 anos. A atribuição dos Oscars desenrola-se em duas fases. Em Janeiro ou Fevereiro de cada ano, como aconteceu há dias, é revelada uma pré selecção, para no início de Março se entregarem as estatuetas numa sessão de gala. As nomeações, já de si importantes, recaem sobre cinco hipóteses para as categorias mais importantes e três para prémios menos relevantes ou de natureza puramente técnica. Todos os géneros são candidatos, havendo Oscars atribuídos a filmes de natureza mais ou menos cultural, como o há a obras puramente recreativas. Tudo depende da visão dos profissionais/sócios da Academia que encontram para um dado filme a qualidade global, ou, na maior parte dos casos, distinguem aspectos mais individuais: realizadores, actores, directores de fotografia, compositores musicais, etc., etc. É frequente as nomeações serem tão concentradas sobre uma só obra que esta fica, à partida, com uma forte probabilidade de arrecadar a parte de leão. Mas há anos, como este em que nos encontramos, em que a distribuição é mais equilibrada havendo a hipótese de uma ampla dispersão dos prémios. "O Segredo de Brokeback Mountain", de Ang Lee (8 nomeações); "Colisão", de Paul Haggis (6); "Munique", de Steven Spielberg (5); "Capote", de Bennett Miller (5); "Walk the Line", de James Mangold (5). Entre estes se irá decidir o grosso das atribuições... Mas só na madrugada de 6 de Março teremos a confirmação definitiva.

Fotos dentro d'água, alguns metros acima do nível do mar

De 10 A 18 DE FEVEREIRO,
NO CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE AVEIRO
CARUOSH
Esta sexta-feira, dia 10, é inaugurada no Centro Cultural e de Congressos de Aveiro (antiga Fábrica Campos), a exposição de fotografias Caruosh. Iniciativa dos alunos de Fotojornalismo do ISCIA (Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração), conta com o apoio desta instituição de ensino e da Fundação para o Estudo e Desenvolvimento da Região de Aveiro (FEDRAVE). VEJA O CARTAZ DA EXPOSIÇÃO A exposição, patente até ao próximo dia 18 de Fevereiro, integra 200 fotografias da autoria de alunos de Fotojornalismo dos anos lectivos 2004/2005 e 2005/2006.

Um artigo de Alexandre Cruz

Cartoons,
a gota de água
islâmica
1. Tem sido precisa muita água para apagar as chamas ateadas pela fúria. Mas este fogo, infelizmente, já tem longos séculos de história, onde a intolerância e o fanatismo caminham a par de alguns esforços de conciliação e convivência. Estas últimas, atitudes positivas, hoje, num espírito de conhecimento e compreensão, são uma obrigação redobrada na era global, até porque, das duas uma: ou nos vamos conhecendo e entendendo, de parte a parte, ou então cava-se um fosso sem fim à vista. Sendo certo que daqui a um mês este pó já estará acalmado, fazendo correr muita tinta por este mundo fora, todavia, valerá a pena compreender mais, tirar as lições, arriscar conclusões que ofereçam luz sobre modos de agir, respeitar, começando pelo modo de pensar. Para algumas vozes trata-se claramente da continuação da ofensiva islâmica contra o ocidente, no procurar derrubar o razoável sucesso da vivência democrática, ofensiva (internacional despertada por insatisfação de Abu Laban, Imã de Copenhaga, Dinamarca) que tornou ineficiente o apelo pacífico dos próprios líderes religiosos islâmicos, sinal de que estamos bem longe de uma vivência fecunda de diálogo inter-cultural e religioso; outras ideias sublinham a grave não respeitabilidade, por incompreensão cultural nossa em relação aos valores de consciência do mundo árabe, na crítica à liberdade de imprensa sem limites que erradamente faz a sátira do sagrado, como quem brinca com o fogo. Tendo uma e outra postura claras razões lógicas pelos factos que se observam, todavia, sublinhe-se que a desproporcionalidade da reacção islâmica faz vir à luz do dia questões de fundo essenciais. 2. Do ocidente, um pouco desgarrados uns dos outros, e entretidos individualmente com as coisas que inventámos, custa-nos, com toda a razão, a compreender muitos factos vindos das arábias, realidades que ferem gravemente a dignidade da pessoa humana e os valores democráticos. Do mundo árabe, a partir dos líderes, num misto de estratégia ou também por verdade cultural, onde para despertar o valor do grupo bastará dizer uma palavra, custará a entender (em termos sociológicos) o nosso sentido de superioridade civilizacional hoje baseada na tecnologia e economia, o individualismo alienante do sentido de comunidade-cultura, a nossa liberdade (também de expressão) sem fronteiras, o cartoon que fazemos com os valores sagrados, e a própria solidão a que deixamos os nossos idosos (facto que nunca acontece no oriente). Como é claro, a nosso ver, nada justifica as embaixadas incendiadas, a manifestação pública enfurecida, o diabolizar das nações ocidentais, o queimar das bandeiras, já mesmo as vítimas deste facto. Como é certo, também, no ver de um islâmico razoável e de bom senso, o coração ficaria ferido com este brincar, satirizar e inflamar do sagrado, a que estamos habituados a chamar de “liberdade de expressão”. Que sentiríamos, por exemplo, se pegassem nos limites de uma instituição – todas os têm, e não há nenhuma civilização perfeita - ou na honrosa bandeira e com ela se fizesse o cartoon, a crítica mais baixa e depreciativa deste mundo… Que sentir? No nosso entender ocidental para isso existem os tribunais para julgar, e eles, de facto, mais coisa menos coisa, estão cheios de “liberdades” de expressão... Agora, no entender corporativo árabe, ainda que com todos os contextos e textos, quando a coisa salta para o colectivo, tudo avança, mesmo sem pensar… Talvez, no ocidente deveríamos ter percebido isto mesmo, este diferencial cultural: aquilo que para nós é brincar individualmente, para outros é coisa séria e sempre comunitária; e no que toca ao sagrado então tudo se multiplica indefinidamente, gerando reacção corporativa. 3. Neste caso, como atitude cultural, o mundo islâmico gravemente meteu água. E o facto de estarem muito pouco preocupados com isso, no consciente colectivo do povo árabe, é facto de que estamos diante do incontrolável. A comunidade islâmica é um mundo de visões do Islão, onde das visões saudáveis às moderadas é inexistente uma voz serena de conjunto. Este facto é muito preocupante. O mundo islâmico, e talvez esse seja o seu segredo no avançar pelo (indiferente e distraído nestas questões) ocidente, sabe e vai-se adaptando no silêncio de todos os dias…mas depois, no que toca ao essencial (Maomé) o espírito de existência e unidade salta acima do razoável. Nesta situação, também, a liberdade de expressão terá posto a “gota de água”. Hoje é um facto que, das fronteiras abertas, em França, por exemplo, o Islão é a segunda grande comunidade cultural e religiosa. Ou então, vamos à nossa memória e entendamos que os atentados de Londres foram realizados por jovens ingleses com ideias de fanatismo islâmico... Se quisermos mesmo ser críticos de nós próprios, então sejamos: neste caso concreto perdemos a “liberdade” porque a crítica e sátira terá sido desmedida, generalizadora, não responsável com o paradigma cultural de que fala. Sendo certo que a saudabilidade do cartoon é colocar a sua dose de pimenta…o certo é que a “expressão” terá de ter as suas fronteiras de sensibilidade para ser mesmo “livre”. Para nós, cartoonistas da nossa própria vida porque já aprendemos a lidar com os nossos próprios erros e estamos habituados com maturidade aos “nãos” de cada dia, temos de aprender mais a lidar com a diferença. Mas a diferença no que ela terá de saudável; já é absolutamente incompreensível a declaração fanática de Omar Bakri (aos microfones da BBC nestes dias): “No Islão, Deus diz, e o seu mensageiro Maomé diz, que quem quer que insulte o profeta deve ser punido e executado”. Preocupante e gravíssimo demais é, ainda, o silêncio, pois nenhuma voz oficial islâmica veio corrigir. Esta relativa indiferença (de todos os dias) dos líderes islâmicos de bom senso é muito grave. 4. Talvez a única via possível, e mesmo depois de apelos à serenidade da parte de alguns líderes, seja mesmo a unidade de voz do Islão equilibrado. Mas o que é este Islão de bom senso e qual a sua força efectiva diante das multidões? Sabemos?... Ou teremos iniciado neste caso ícone a era de poder árabe em que qualquer palavra ou imagem de consideração justamente menos positiva sobre excessos islâmicos serão gota de água para a rebelião anti-ocidente? De fora ninguém consegue obrigar ou impor, nem mesmo as comunidades islâmicas que estão espalhadas pelo mundo gozando o bem-estar ocidental (mas por vezes observadas de traidoras pelos seus…). O segredo, talvez, terá de passar por uma nova consciência de maturidades e equilíbrios na Liga Árabe (com a ajuda da ONU). Haja esperança com realismo!...

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

SEMANA SOCIAL, EM BRAGA

Igreja lança pistas
para resolver problema
do desemprego
:
Jacques Delors, António Gu-terres, Marcelo Rebelo de Sousa e Vítor Constâncio são quatro dos oradores da “Semana Social” que a Conferência Episcopal Portu-guesa realiza de 9 a 12 de Março sob o lema “Uma so-ciedade criadora de emprego”
: Quando falta sensivelmente um mês para a realização da Semana Social de 2006, a realizar em Braga, o presidente da comissão coordenadora nacional das Semanas Sociais, Manuel Porto, apela à participação “de pessoas que possam ser artífices da criação de empregos”. Até ao momento, já se inscreveram centenas de pessoas nesta iniciativa.
Manuel Porto relatou que esta afluência deve-se ao facto de “ser uma iniciativa da Igreja” porque “Ela tem o melhor testemunho que pode haver na solução dos problemas sociais”. E acrescenta: “a Igreja tinha razão quando não acreditou no liberalismo puro”.
Para além do tema -“Uma sociedade criadora de emprego” -, esta Semana Social tem “excelentes oradores”, segundo os seus organizadoras. Manuel Porto destaca a presença do Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, e de Jacques Delors, “ um grande homem da Europa na segunda metade do século XX”.
:
Fonte: "Correio do Minho"

À conversa com... António Vitorino d'Almeida

A Igreja deve valorizar o seu património cultural
VP – Que grandes diferenças encontra entre a música austríaca e a nossa, para além da qualidade musical e do apoio governamental?
AVA – Respeitam-se os músicos. Existe na Universidade um curso para pessoas que gostam de música e que não têm jeito para a música, mas que têm o direito, perfeitamente lógico, de querem saber música e eventualmente a serem críticos de música e de jornal. Ora musicólogo já é diferente. Aliás, há muita gente que se chama musicólogo e sendo assim “eu vou ali e já venho”… Os cursos de Musicologia que aí se fazem e que dão esses doutoramentos são uma cadeira complementar de piano ou composição no estrangeiro. Cá se é preciso fazer-se alguma coisa a nível da música a gente do Governo é que manda na música em Portugal. Eles é que são consultados. Na Áustria não é assim. Quem é consultado é quem toca piano, é quem rege, é quem sabe de música. Na Áustria, como quem tem a palavra são músicos autênticos, a estrutura é outra.
:
VP – Fora esta lição que nos dá, foi adido cultural da Embaixada, o que lhe valeu uma condecoração do Presidente da República Austríaco. Que significado concreto teve e tem esse momento para si?
AVA – É uma condecoração normal. Não é rara, mas é sempre significativo.
:
VP – Mudando agora de área, em 1989 apresentou uma candidatura para o Parlamento Europeu. Que motivo o levou a experimentar, através dum partido de pequena dimensão? Esperava mesmo vencer?
AVA – A questão era a seguinte: em Estrasburgo não está ninguém, que eu saiba, eu não estava de certeza na altura, alguém que pudesse defender os interesses culturais portugueses. É óbvio que tinha esse objectivo. Só entrei na política por causa disso, com vista à cultura. O partido pelo qual optei tinha gente séria e só não ganhei por poucos votos.
:
VP – E hoje voltaria a tomar a mesma opção, de perfilar nessa política?
AVA – Não sei se voltaria. Na altura fi-lo convictamente. Havia uma protecção à arte e ao espectáculo na comunidade europeia. Há volta e meia uns eventos, uns Festivais de Cultura, mas não fica nada e só se gasta dinheiro. Constroem-se novos espaços mas o público não aumenta significativamente. Seria muito mais importante uma estrutura fixa e normal. Todas as semanas.
::
(Para ler mais, clique ESPECIAL, em Voz Portucalense)

Escolas do 1º Ciclo vão ter ensino artístrico

JÁ NO PRÓXIMO
ANO LECTIVO
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, anunciou a criação de ensino artístico nas escolas do 1º ciclo já no próximo ano lectivo, através do aproveitamento de recur-sos humanos de instituições profissionais locais. "O que estamos a preparar é consolidar o que está definido na reforma do ensino básico, generalizando no próximo ano o ensino artístico, à semelhança do que foi feito com o inglês", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues, na Casa da Música, Porto.
Segundo referiu, está já a ser preparado para apresentação um programa que visa preencher o alargamento do horário nas escolas do 1º ciclo do ensino básico. O ensino artístico será leccionado por profissionais de escolas locais de música, de teatro e dança, entre outras expressões artísticas. "Queremos dar oportunidade a que as escolas integrem o seu projecto artístico contando com aquilo que são recursos locais", frisou a ministra, acrescentando ser necessário "desafiar escolas profissionais das expressões a intervir ao nível do primeiro ciclo".
Na sua opinião, basicamente, as escolas poderão leccionar uma qualquer área artística que seja localmente forte, inclusive as marionetas. "Precisamos muito de melhorar as condições de concretização do ensino artístico da ligação da arte à educação", defendeu.
O Ministério da Educação pretende também arrancar com o ensino artístico nos 2º e 3º ciclos do ensino básico, mas a este nível ainda há obstáculos a ultrapassar. "O problema é a organização dos recursos, precisamos de remover muitos obstáculos [de natureza burocrática e administrativa] e melhorar muito as condições para que aconteça a arte na educação", disse.
:

CARNAVAL DE AVEIRO

Carnaval de Aveiro está de volta
Depois de um ano de interregno, por falta de alguns apoios considerados indispensáveis, o Carnaval de Aveiro, organizado pela paróquia da Glória, volta este ano, graças à prometida ajuda da Câmara Municipal, que garante a entrega de 32 500 euros. Diversos grupos, organizados uns e espontâneos outros, 11 carros alegóricos, música alegre (nem podia ser outra!), confraternização saudável, encontro de pessoas que apostam em construir comunidade, de tudo um pouco oferece o Carnaval de Aveiro, que salta para as ruas nos dias 19, 26 e 28 de Fevereiro. Os reis e suas comitivas chegarão de moliceiro, como manda a tradição, e logo à chegada ditarão as suas irreverentes leis para o período carnavalesco, que toda a gente optimista não deixará de acatar e de seguir. Esta iniciativa, que já se enraizou nos hábitos dos aveirenses de há 20 anos a esta parte, pretende mostrar que, afinal, os cristãos também sabem rir e folgar, porque acreditam que um santo triste é um triste santo. Fernando Martins

Um poema de Fernando Pessoa

Mar Português Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. in Mensagem

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

DICIONÁRIO HISTÓRICO ÚNICO NA EUROPA

Confronto de Ordens religiosas
e maçónicas em publicação inédita
Está na fase final de elaboração o «Dicionário Histórico das Ordens e Instituições Afins em Portugal» que congrega de uma forma interinstitucional todas as Ordens de diferentes matrizes ideológicas e religiosas, promovido pelo Instituto São Tomás de Aquino e pela Revista dos Jesuitas «Brotéria». Este, que é o primeiro Dicionário sobre as Ordens todas que se faz em Portugal e na Europa, com esta abrangência, tem apresentação antecipada na Revista Brotéria do mês de Janeiro/Fevereiro 2006.
::
No editorial, o Pe. Hermínio Rico explica que “o projecto do Dicionário procura responder a uma lacuna informativa e de apoio à investigação: a oferta, reunida numa só obra, de forma sistematizada e completa, do conhecimento que existe disperso sobre todo um conjunto de instituições sociais que são reconhecidas sob a mesma designação de ordem ou revestem tipo análogo de organização e fins prosseguidos”. Esta obra, refere o director da Brotéria “tem o objectivo de providenciar um instrumento de fácil acesso onde se compilam as informações básicas e se apontam os saberes disponíveis sobre todas estas entidades”, sublinha.
:
(Para ler mais, clique Ecclesia)

"L' OSSERVATORE ROMANO" COMPARA PEÇA TEATRAL EM MADRID A CARICATURAS DE MAOMÉ

Jornal denuncia manifestações
de intolerância
contra a religião em Espanha
O jornal oficial do Vaticano considera que alguns espectáculos, que considera ridicularizarem o Papa e a Igreja Católica, em Espanha, constituem manifestações de intolerância contra a religião, comparando-os às caricaturas de Maomé, publicadas por um jornal dinamarquês, que têm sido alvo de controvérsia. O texto do “L'Osservatore Romano” que irá sair na edição de amanhã, de acordo com a AFP, será um editorial com direito a primeira página, sob o título “Progresso da liberdade ou recuo da civilização”, dedicado ao tema das caricaturas do profeta Maomé, que têm gerado reacções violentas em alguns países islâmicos. “O caso dessas caricaturas não é, infelizmente, o único exemplo do género”, lê-se no texto, que denuncia a existência em Espanha de “manifestações ultrajantes de intolerância contra a religião e a Igreja Católica que causam espanto”.
O caso citado é uma peça teatral, em cena em Madrid, em que, de acordo com o jornal, “o Papa actual é caricaturado, o seu predecessor ridicularizado, onde são lançadas ameaças obscuras contra os católicos e onde é incitada a apostasia”. Outro exemplo dado pelo editorial é o de “um vídeo difundido pela televisão em que o crucifixo se transforma num ingrediente para uma repugnante receita culinária”.
De acordo com o jornal do Vaticano, “a crítica, a polémica argumentada, o desacordo expresso, ainda que de formas radicais”, ou mesmo a sátira que denuncia a “idolatria de poderes” são “legítimos”.Contudo, o editorial defende que a sátira “privada de toda a finalidade crítica ou educativa torna-se pura obstinação”.
Este artigo do “L’Osservatore Romano” foi escrito dois dias após um comunicado do Vaticano que sublinha que a liberdade de expressão não autoriza as ofensas às convicções religiosas, considerando porém os actos violentos "deploráveis".
Fonte: PÚBLICO on-line

A foto do dia

ÍLHAVO: Jardim do centro da cidade,
onde é sempre agradável estar,
sobretudo em dia de sol, como o de hoje

CITAÇÃO

“A vida cristã apoia-se num tripé: lucidez, trabalho, oração. Como redescobrir e suscitar o gosto do silêncio, do testemunho e do desejo de servir? Havendo no mundo recursos e conhecimentos (ou podendo haver) para cuidar da alimentação e da saúde de todos, por que será que há tanta gente mergulhada na solidão, na fome e no sofrimento? Como cantava Mercedes Sosa, porta-voz da resistência latino-americana, só peço a Deus que a dor, a injustiça, a guerra, a mentira, o futuro, não me sejam indiferentes.”
.
Frei Bento Domingues, no PÚBLICO de domingo

Escolas do Ensino Básico com Banda Larga

...E AS OUTRAS CARÊNCIAS?
A comunicação social tem noticiado, com muito relevo, mais um passo importante do Governo de José Sócrates, no sentido de modernizar as escolas do País. Desta feita, valorizando a Internet com Banda Larga, que vai chegar a todas as Escolas do Ensino Básico. Sem dúvida, trata-se de um projecto que tem de ser considerado como uma mais-valia para o ensino/aprendizagem e uma ferramenta indispensável nas sociedades do futuro. Talvez, até, uma das grandes prioridades. Acontece que a mesma comunicação social não deixou, e bem, de denunciar o facto de haver escolas sem o mínimo de condições para oferecer, a professores, alunos e empregados, um ambiente condizente com as exigências dos tempos que correm, num país da União Europeia. Afinal, teremos escolas com Banda Larga, mas onde falta o aquecimento, água potável, material didáctico elementar, cantina e fornecimento de alimentação, transportes para alunos que distam a cerca de três quilómetros do estabelecimento de ensino que frequentam, professores de apoio para alunos que precisam de um ensino mais individualizado, ginásio para os tempos livres, etc. Penso que a Banda Larga é, de facto, importante, mas também penso que, antes dela ou em simultâneo com ela, seria muito bom que os responsáveis olhassem, com olhos de ver, para outras lacunas das escolas, sobretudo das que estão perdidas por montes e vales, neste Portugal da União Europeia. Fernando Martins

domingo, 5 de fevereiro de 2006

A foto do dia

CARAMULO

A paisagem inconfundível da Serra do Caramulo continua deslumbrante, em qualquer época do ano. Não se cansará se por lá passar de vez em quando. Nesta foto descobre-se bem um golfinho que ali descansa há milénios.

JACINTA CANTA EM LISBOA

NOVO DISCO EM 20 DE FEVEREIRO
A cantora de Jazz Jacinta está de novo em Portugal, para mais uma série de espectáculos. Nos proximos dias 10, 11, 16, 17 e 18 vai actuar no S. Luiz, em Lisboa, e no dia 20 do mesmo mês será editado o seu segundo disco, desta vez pela EMI. Nos espectáculos já agendados apresentará um reportório brasileiro.
Jacinta foi a personalidade convidada da rubrica "Hora H", da revista "Pública" de hoje, onde a artista da Gafanha da Nazaré fala da sua "Hora H", que se prende com o ter conhecido Maria Cristina de Castro, "que foi a diva do São Carlos no tempo de Maria Callas".
Como refere a artista, esse encontro aconteceu por ter andado com problemas nas cordas vocais, problemas esses que estão a ser ultrapassados com as lições que está a receber de Maria Cristina de Castro.
Para já, Jacinta garante que vai apresentar-se com outra voz, mais ao estilo de cantora de Jazz antiga, mais Ella Fitzgerald, uma voz mais clara, aberta e bem colocada.
F.M.

GOTAS DO ARCO-ÍRIS

.... AO ARCO-ÍRIS?! - E SE LHE PUSERES UMBIGO… :
Caríssimo/a:
:
Pois é, este mês de Fevereiro termina como devia: com o Carnaval!Nesta quadra recordo sempre uma cena que presenciei num enquadra-mento muito sério, embora quiçá um tudo nada pre-tensioso de uma sessão de esclarecimento e convencimento no tempo do PREC. Falava-se de agricultura, num cine-teatro (que os havia na época, … agora há pavilhões multi…), numa das nossas ‘aldeias’ ribeirinhas, quando, depois de falar uma alta individualidade, se ergueu uma voz do povo que timbrou:
- Ó meu senhor, antigamente a agricultura gemia, agora grita!...
Não foi só o dito, mas principalmente a entoação e o esganiçamento que deram por terminada a sessão…
E ainda hoje dá para rir com gosto…
:
[ E já que escrevi dito, saberás que na região da Murtosa ainda hoje se vibra com a ‘dança dos ditos’?
Pois é verdade, mas eu já me perdi…
Ah!, já sei…queria entrar no Carnaval…]
:
Vamos então imaginar um arco-íris com umbigo…
Depois já podemos continuar a contemplar um grupo de amigos, ali a molhar os pés nas águas da Ria e a divagar:
- Há dias dei comigo a pensar que a Ria é assim como uma pessoa, tal qual!
- Uma pessoa?! Como assim?
- E onde lhe pões a cabeça?
- Vocês estão admirados, mas se pusermos a cabeça em Ovar, as mãos… uma na Murtosa e outra na Gafanha, a barriga em Aveiro e Ílhavo…
- E as pernas, os pés? - perguntava outro.
- Ora vê-se bem onde eles estão: um em Mira e outro ali para os lados de Vagos…
- Se não estivéssemos no Carnaval, diria que falavas acertadamente…
- Qual quê, eu estava só a brincar…
- Mas se calhar…. Se calhar… [E não é que a brincar, a divagar, a ‘filosofar’, gastaram o ‘tempo de antena’!?...]
:
Também eu fiquei a cismar no que disse aquele amigo e quero aqui que fique bem claro que “pelo Carnaval, ninguém leva a mal” e … o sorriso é a melhor medicina. Usemo-lo, pois.
Manuel

Uma reflexão do padre João Gonçalves, pároco da Glória

Preocupações
Todos gostamos de saborear momentos de tranquilidade e de paz; corremos por isso, porque achamos que a paz não tem preço e vale todos os esforços.
Sentimos e queixamo-nos da pressa da vida e, em certos dias, muito gostaríamos de horas que multiplicassem os minutos por dois ou por três; mas os relógios mantêm-se fiéis aos ritmos de sempre.O tempo não se mede pelo comprimento dos dias; o que o valoriza é o que nele pomos e fazemos; é a densidade com que o vivemos.
O cristão não vive com saudades do futuro, nem com as angústias do não-feito no passado. O Homem de fé está sempre procurando e vivendo o permanente, o presente de Deus; e não se envergonha de dizer que procura o Senhor, mesmo já O possuindo.
“Todos Te procuram”, diziam as pessoas que O encontraram; e a Sua missão era, exactamente, deixar-Se encontrar, para que a Paz e a tranquilidade serenasse os corações e acabasse com angústias e preocupações.
Deus quer a Felicidade para todos os Seus filhos; a Boa Nova, que é o Seu Filho entregue por nós, há-de estar ao alcance de todos, porque quantos O conhecem sentem a urgência do anúncio; é obrigação falar; “ai de mim, se não pregar o Evangelho”.

: In "Diálogo", 1060 - V DOMINGO COMUM - Ano B

sábado, 4 de fevereiro de 2006

O PRAZER DE RELER

VIRTUALIDADES Eça, sempre
Mário Bettencourt Resendes*
Um fim de semana de Inverno, para mais com a visita inesperada e belíssima da neve, convida à leitura. E aí, apesar das muitas aquisições recentes que aguardam a sua vez, apeteceu um regresso ao eterno Eça. Afinal, na literatura é, no mínimo, duvidosa a recomendação de Cesare Pavese, que aconselha a não voltarmos a lugares onde se conheceu a felicidade. Uma vista de olhos à estante e lá veio a «Ilustre Casa de Ramires», numa edição já «velhinha» dos «Livros do Brasil», com «fixação de texto e notas» de Helena Cidade Moura e capa de Lima de Freitas. Bastou começar e logo nos enredámos, com o prazer de sempre, nas desventura do ilustre fidalgo Gonçalo. Mais de um século depois, reencontrámos, com um misto de fascínio e mágoa, muito do Portugal que hoje corre, nostálgico e deprimido. Com a devida vénia ao autor e contando com a benevolência dos leitores, vai hoje a crónica recheada de citações da prosa magnífica de Eça de Queiroz. À página 138, quando Gonçalo se debate com o terrível dilema de, para conseguir o ambicionado cargo de deputado da nação, ter de mudar de partido e reconciliar-se com o governador civil, até à altura seu grande adversário pessoal e político na terra, eis como o fidalgo se deixa convencer pelos argumentos de um amigo: «Escute, homem! Você quer entrar na política? Quer. Então, pelos Históricos ou pelos Regeneradores, pouco importa. Ambos são constitucionais, ambos são cristãos. A questão é entrar, é furar. Ora, você, agora, encontra, inesperadamente, uma porta aberta. O que o pode embaraçar? As suas inimizades particulares? Tolices!» Veio, é claro, depois de algum «suspense», o ambicionado lugar em São Bento. E Gonçalo nem sequer se coibiu de depois facilitar o «acesso» do governador civil, inimigo de outrora, à sua impoluta irmã, senhora bem casada, mas que tinha ficado, de solteira, com um fraco pelo homem. Enfim, coisas da política novecentista (?) Retenha-se, finalmente, como paradigma do génio de Eça, o penúltimo parágrafo do livro: «Os fogachos e entusiasmos, que acabam logo em fumo, e juntamente muita persistência, muito aferro quando se fila à sua ideia. A generosidade, o desleixo, a constante trapalhada nos negócios, e sentimentos de muita honra, uns escrúpulos, quase pueris, não é verdade ? A imaginação que o leva sempre a exagerar até à mentira, e ao mesmo tempo um espírito prático, sempre atento à realidade útil. A viveza, a facilidade em compreender, em apanhar. A esperança constante nalgum milagre, que sanará todas as dificuldades. A vaidade, o gosto de se arrebicar, de luzir, e uma simplicidade tão grande que dá na rua o braço a um mendigo. Um fundo de melancolia, apesar de tão palrador, tão sociável. A desconfiança terrível de si mesmo, que o acobarda, o encolhe, até que um dia se decide e aparece um herói que tudo arrasa (...) Assim, todo completo, com o bem e o mal, sabem vocês quem ele me lembra? - Quem? - Portugal». Vale sempre a pena revisitar todo o Eça...
: *Jornalista
::
Ilustração. Eça de Queiroz

Antigo Bispo da Guarda vai ser homegeado

Homenagem a
D. António dos Santos,
com a publicação
de um livro, que
vai ser enviado
a todos os padres
da Diocese da Guarda
A diocese da Guarda irá prestar uma homenagem ao anterior pastor, D. António dos Santos, num livro a publicar brevemente. “Uma iniciativa de D. Manuel Felício – bispo actual – que será enviado a todos os padres no início da Quaresma” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Francisco Barbeira, do jornal «A Guarda». Este opúsculo – com cerca de 40 páginas - terá a mensagem que D. António dos Santos dirigiu a toda a diocese no momento da saída; a homenagem feita pelo clero da diocese e será ilustrada com fotografias sobre estes momentos” – realçou. Para além destes dados históricos, o livro contém a biografia do antecessor de D. Manuel Felício e uma listagem de todos os bispos da diocese. Com o título «D. António dos Santos – Bispo da Guarda», o livro é editado pela «Veritas».
:
Fonte: Ecclesia

Primeira reacção à crise dos "cartoons" de Maomé

Vaticano diz que liberdade de expressão
não autoriza ofensas aos crentes
O Vaticano reagiu hoje à polémica sobre os "cartoons" com o profeta islâmico Maomé, postulando que a liberdade de expressão não autoriza à ofensa às convicções religiosas. No seu primeiro comentário público sobre a polémica que agita o mundo muçulmano, mas também a Europa e os EUA, o porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro-Valls, declarou hoje que "a coabitação dos homens exige um clima de respeito mútuo para favorecer a paz entre os homens e as nações". Em comunicado, o Vaticano acrescenta que o direito à liberdade de expressão não inclui "o direito de ferir os sentimentos religiosos dos crentes".
:
Fonte: PÚBLICO

Um poema de Vinícius de Morais

O rio Uma gota de chuva A mais, e o ventre grávido Estremeceu, da terra. Através de antigos Sedimentos, rochas Ignoradas, ouro Carvão, ferro e mármore Um fio cristalino Distante milénios Partiu fragilmente Sequioso de espaço Em busca de luz. Um rio nasceu.

CITAÇÃO

"A vida numa sociedade livre e aberta implica que interiorizemos limites. Não limites impostos pelo Estado, mas pela cultura, pela educação, pela civilidade. São eles que nos obrigam a agir não apenas de acordo com leis que são sempre imperfeitas e intrusivas, mas seguindo os mesmos critérios de bom senso e equilíbrio sem os quais não poderíamos nunca conciliar o nosso direito a termos convicções fortes com o direito dos outros a que não lhas imponhamos. É isso que dá corpo a uma tolerância que queremos substantiva e não baseada no relativismo e na ausência de valores."
: José Manuel Fernandes In PÚBLICO

UCP: SESSÃO COMEMORATIVA DE ANIVERSÁRIO

A cultura é a verdadeira
solução para
os problemas
da sociedade
- Afirmou o Cardeal Patriarca na arranque das comemorações do Dia Nacional da Universidade Católica-

O Dia Nacional da Universidade Católica Portuguesa (UCP) celebra-se, como habitualmente, no primeiro Domingo de Fevereiro, este ano sob o lema “Por uma Cultura Superior Católica”. Ontem (3 de Fevereiro), no arranque das comemorações, D. José Policarpo, Magno Chanceler da UCP, sublinhou que "a cultura é uma batalha que não está ganha, nunca está ganha, mas é uma batalha que, conscientemente, nenhum de nós pode aceitar perder, porque, mais do que nunca, os grandes problemas do presente e do futuro das nossas sociedades têm soluções políticas, técnicas e económicas, mas nenhuma delas é verdadeiramente humana e definitiva se não se enquadrarem na única, que é a solução cultural".
:
(Para ler mais, clique aqui)

Foto do dia

FAROL DA BARRA DE AVEIRO
::
O Farol da Barra de Aveiro foi inaugurado em 31 de Agosto de 1893, estando presentes o ministro das Obras Públicas, a Câmara Municipal de Ílhavo e o respectivo pároco.
O foco luninoso, que até 1936 era alimentado a petróleo, passou nessa data a ser servido por energia eléctrica.
As visitas ao Farol só são possíveis, mediante autorização da Capitaniado Porto de Aveiro.

Efeméride aveirense

1905 - Por alvará deste dia, foram aprovados os novos estatutos da "Associação Comercial de Aveiro", elaborados em Assembleia Geral de 29 de Dezembro de 1904, passando a benemérita colectividade a denominar-se "Associação Comercial e Industrial de Aveiro".
::
1912 - Começou a publicar-se em Aveiro "A Voz do Povo", como semanário defensor dos interesses do trabalho: terminou em 10 de Março do mesmo ano. Em 4 de Novembro de 1917, reapareceria como quinzenário independente, literário e noticioso. Em 13 de Novembro de 1920, editar-se-ia como semanário independente. Foi sempre dirigido por Firmino Soares Andrade Cadete.
: Fonte: Calendário Histórico de Aveiro

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

UCP: Sessão solene enaltece valores da liberdade e da tolerância

No âmbito do Dia da Universidade Católica Portuguesa, que se assinala domingo, realizou-se hoje, no Auditório Cardeal Medeiros, em Lisboa, uma sessão solene, em que foram enaltecidos os valores da liberdade e da tolerância
João Carlos Espada, director do Instituto de Estudos Políticos, recordou as consequências dos totalitarismos e das várias intolerâncias que marcaram a história do século XX. "A liberdade e a tolerância não nasceram do combate contra a religião, muito menos contra o Cristianismo. A liberdade e a tolerância nasceram da convicção judaico-cristã de que existe uma lei moral mais alta", afirmou João Carlos Espada. O Dia da Universidade Católica Portuguesa celebra-se domingo e vai ficar marcado por uma eucaristia na Igreja do Seminário da Luz, em Lisboa, celebrada pelo vice-reitor da Universidade.
:
Fonte: RR

TRABALHADORES EM SITUAÇÃO PRECÁRIA

Um quinto dos trabalhadores por conta de outrem em situação precária
Num dossier intitulado «A Precariedade - números, factos e consequência», entregue no ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, a USL refere que os contratos precários (contratos a termo, temporários, sazonais e outros) atingem trabalhadores de todas as idades, profissões e habilitações.
No entanto, a camada mais jovem acaba por ser a mais afectada, sendo que quase dois terços (61,2%) dos jovens (menos de 25 anos) a trabalhar por conta de outrem têm um vínculo precário, de acordo com os dados da USL, a que a agência Lusa teve acesso.
Por tipo de contrato, os contratos a termo representam 80,3% dos trabalhadores, enquanto que 19,7% têm contratos temporários, sazonais ou outros.
Sublinhando que 14% dos trabalhadores com contratos não permanentes são «altamente qualificados», a USL aponta o exemplo do Hospital Egas Moniz em que 115 dos 410 enfermeiros são contratados a prazo.
:
(Para ler mais, clique SOLIDARIEDADE)

A foto do dia

Ria de Aveiro, na Torreira

CITAÇÃO

"A felicidade está em conhecer os nossos limites e em apreciá-los" Romain Rolland : In CITADOR

Um poema de Casimiro de Brito

CIDADE BRANCA Dorme já, plenamente, a cidade! O silêncio é de ouro e os homens todos o procuram de mãos dadas. Os velhos, de olhos semicerrados, amparam-se ao bordão da memória; emudeceram, no solar dos senhores, o chicote, o ódio sem disfarce. Dorme já, plenamente, a cidade! Aproxima-se o dia. As mulheres, amadas e repousadas, cantam em seu sono. Abre-se, em concha, a mão da madrugada. Lábios e rosas. Amanhã, ao acordar, a cidade renovada será dos meninos o tempo e a casa. In Rosa do Mundo

Um artigo de D. António Marcelino

UM CAMINHO
A ANDAR
COM ALEGRIA
E PACIÊNCIA Todos vamos verificando, de modo muito claro, que as mudanças sociais e, sobre-tudo, as mudanças culturais têm uma enorme influência nos comportamentos das pessoas, dos grupos e das populações. Ia a dizer que quase determinam, irreversivelmente, o modo de agir, de pensar e de viver, tal é o seu peso. Por si, certamente que não determinam, mas apenas condicionam. De outro modo seríamos autómatos cegos, sem qualquer liberdade ou capacidade para influir no processo que nos afecta e mesmo para o condicionar. As coisas vão acontecendo e tocando na vida das pessoas, sem que muitas delas se apercebam que estão sendo moldadas por dentro de um jeito que nem pensam. No seu interior podem coexistir costumes, tradições e valores que ainda têm influência e uma parte do seu mundo vivencial, que já processa sob outras ritmos e batutas. A gente mais nova, porque tem ainda pouca história, já nasce ou nasceu na mudança e, por isso, suporta cada vez menos a influência dos outros por via de autoridade, rejeitada como sinal de ordem e de permanência de critérios. Porém, a sua vida, toda ou quase toda, é soprada e modelada por agentes exteriores que se impõem, apenas porque não aparecem a pressionar. É influência dos afectos, das conveniências, dos gostos, dos sonhos e desejos, que se aparece, em forma de propostas descomprometidas, mas sempre aliciantes, tentadoras e mais fáceis. O mundo dos que ainda se inquietam ou devem inquietar com o que se está passando, penso em muitos pais, educadores, agentes pastorais ou outros de responsabilidade, tanto se sente empurrado para o desconforto e para a incapacidade de reagir, como para se acomodar a atitudes interiores de aceitação acrítica. Há ainda os que, sem visões maniqueístas, procuram manter o discernimento que permite distinguir o que nas mudanças há de bem a reconhecer e a aproveitar, e o que nelas é ambíguo ou mesmo negativo, para ir sempre mais além e influir num novo processo, válido e com futuro. É evidente que ninguém pode reagir sozinho, nem pela força do seu braço. Entra aqui a necessidade, cada vez maior, de se associar, de fazer parcerias, de criar espaços de confronto e de partilha, para não ter de fugir do mundo ou de se isolar, o caminho mais rápido para alguém se tornar um inútil amargurado ou um pateta inconsciente. A Igreja, como todas as instituições mais ligadas à vida das pessoas, está neste mundo em mudança, perante um desafio que os responsáveis não podem iludir, nem deixar que se desvaneça a esperança que a animou com o Vaticano II. Ela tem riqueza interior e experiência histórica que lhe permitem entrar, sem risco de maior, neste mundo diferente. A sua vocação, ao contrário da tendência normal, é menos de conservar do que de encarar outros mundos, com sua mensagem imutável, identificada com uma Pessoa que iluminou a história, venceu o tempo, permanece nova e portadora de vida nova. Não se pode esconder o perigo e a tentação de apenas manter ou de se gastar tempo a exorcizar, quando este é pouco para criar e inovar. A criatividade e a inovação, porém, não são possíveis sem um compromisso pessoal com a verdade em que se crê, até às últimas consequências e, ao mesmo tempo, com a vida que se vive, na dimensão de alegria e de encontro, de sofrimento e de procura, com uma visão optimista do mundo. Pequenos passos, grupos coesos de gente livre, o mesmo rumo e o sentido na acção, paciência a toda a prova, permitem saborear, desde agora, a certeza de que, se não se pode mudar o mundo, que apaixona e desnorteia, pode-se viver nele com alegria, esperança e amor, abrindo caminhos novos, convidativos e possíveis para quem os quiser andar. As pessoas que o comandam semeiam gestos de solidariedade e de paz. As pessoas determinantes, hoje, são cada vez mais as que testemunham esperança e deixam pelo caminho gestos de solidariedade e de paz que todos possam entender.

Um artigo de João Miguel Tavares, no DN

O VATICANO VIRA À ESQUERDA
Deus Caritas Est é a encíclica de um Papa que entendeu e digeriu a secularização do mundo, mas que também vê na falência das ideologias uma nova oportunidade para a Igreja. Nesse sentido, é um documento inteligentíssimo, que evita cuidadosamente todos os temas polémicos que contaminam a relação do Vaticano com a cultura laica para se centrar naquilo que é o fundamento da fé cristã, e que qualquer sociedade civilizada dificilmente rejeitará a necessidade do amor e da caridade.
Na sua primeira encíclica, Bento XVI sublinha o que muitos há muito esperam ouvir. Que o amor carnal (eros) não pode ser separado do amor espiritual (agape), ainda que o eros necessite de "disciplina" e "purificação". Que a Igreja "não pode nem deve colocar-se no lugar do Estado", "mas também não pode nem deve ficar à margem da luta pela justiça". Que a "caridade cristã deve ser independente de partidos e de ideologias", porque é precisamente daí que advém a sua força diante das dificuldades causadas pela "globalização da economia", "a doutrina social da Igreja tornou-se uma indicação fundamental", que pode chegar "muito além das fronteiras eclesiais".
Não admira que a esquerda tenha acolhido a encíclica com entusiasmo. Retirem-lhe as citações bíblicas e muitos dos seus parágrafos poderiam ter sido lidos em voz alta no Fórum de Porto Alegre. Bento XVI cita Santo Agostinho "Um Estado que não se regesse segundo a justiça reduzir-se-ia a um bando de ladrões." Mas ao velho marxismo, que o Vaticano ajudou a enterrar, o novo Papa contrapõe um modelo liberal: "Não precisamos de um Estado que regule e domine tudo, mas de um Estado que generosamente reconheça e apoie as iniciativas que nascem das diversas forças sociais."
Com o mundo num impasse político, entalado entre fundamentalismos vários e um modelo capitalista que agrada a poucos, Bento XVI pressentiu uma janela de oportunidade. Em vez de se ocupar a impor regras morais aos homens, preferiu realçar a necessidade de fazer o bem. Deus Caritas Est é a terceira via do Vaticano uma viragem à esquerda de matriz liberal, com a qual o Papa tenta conquistar um mundo insatisfeito e carente de orientações.

CHOQUE TECNOLÓGICO NOS PAÍSES LUSÓFONOS

Igreja quer levar «choque tecnológico» aos países lusófonos
A Fundação Evangelização e Culturas (FEC), ONGD constituída pela Igreja Católica Portuguesa (Conferência Episcopal e Institutos Religiosos), quer levar o “choque tecnológico” aos países lusófonos.O presidente do conselho de administração da FEC, Pe. José Maia, explica à Agência ECCLESIA que a intenção é “qualificar pessoas para o trabalho com as novas tecnologias”.
A doação de equipamentos seria uma segunda fase do projecto de luta contra a infoexclusão.“A informação e o conhecimento são factores que contribuem para o desenvolvimento e a autonomia. Os povos lusófonos só serão verdadeiramente independentes se tiverem conhecimento”, explica.
A FEC (www.fecongd.net) é uma organização de matriz cristã, que desenvolve projectos de cooperação, com actividades nas áreas de Comunicação Social e Educação. Nesse sentido, o Pe. Maia espera aproveitar a experiência adquirida no terreno para aproveitar as potencialidades das novas tecnologias.“Se houver a possibilidade de começarmos projectos a 500 à hora, em vez de começarmos a 1 à hora, é óptimo”, graceja.
O responsável está consciente das várias dificuldades que se colocam à implementação de projectos tecnológicos nos países lusófonos, em situações muito difíceis, mas não desanima. “Já que estamos a formar directores de escola e professores, queremos ver se é possível incorporar na nossa formação uma vertente informática, para que possam utilizar as novas ferramentas tecnológicas”, assinala.
Assim, a FEC procura parceiros interessados nestes projectos de colaboração, tendo reunido recentemente com responsáveis da Microsoft, na mesma altura em que passava pelo nosso país Bill Gates. Os contactos, contudo, iniciaram-se já há algum tempo, com destaque para o trabalho desenvolvido durante a Cimeira Mundial da Sociedade da Informação, em Tunis, no passado mês de Novembro.
A Fundação trabalha a partir de Centros de Desenvolvimento Educativo, espaços onde a seria possível colocar uma sala dotada de equipamento informático. No futuro, a FEC tem como objectivo “dotar todas as províncias dos países lusófonos” de um projecto piloto, que mostre “aquilo que se pode fazer”, segundo o Pe. Maia.“Não nos podemos resignar a continuar a trabalhar com lápis e quadros pretos”, adianta.
Para além dos equipamentos, a intenção é oferecer “conteúdos programáticos” adaptados a cada país.A estes projectos seria associada aquilo a que a Fundação chama “Radioescola”, como forma de difusão da própria língua portuguesa.
A FEC, nascida na sequência das celebrações dos 500 anos da Evangelização das Igrejas Lusófonas, tem como missão “fomentar, potencializar e coordenar as vontades e os meios da Igreja Portuguesa no seu relacionamento e cooperação com os países lusófonos”.
Congregando bispos, religiosos, paróquias, voluntários em Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné, Moçambique e Timor, a FEC opera como ampla plataforma de dinamização e entendimento para a cooperação entre todos os países envolvidos.
:
Fonte: Ecclesia

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

ÍLHAVO: PROGRAMA VOCAÇÃO 2006

OCUPAÇÃO DOS TEMPOS
LIVRES PARA JOVENS
A ocupação de tempos livres para jovens em tempos de aulas, através de actividades que contribuam para o enriquecimento e para a formação pessoal dos participantes, funcionando em simultâneo como comple-mento académico, está aberto a jovens estudantes com idades compreendidas entre os 14 e os 25 anos, que residam ou estudem no concelho de Ílhavo.
Trata-se de um projecto que envolve diversas actividades , abrangendo áreas tão importantes como Educação, Ambiente, Desporto, Apoio à Juventude, Protecção Civil, História, Património e Animação Cultural.
Para mais informações, contactar a Câmara Municipal de Ílhavo.

DICIONÁRIO DO CINEMA PORTUGUÊS LANÇADO HOJE

Jorge Leitão Ramos recuperou 15 anos de filmes, documentários e carreiras, lançando hoje na Cinemateca Nacional, em Lisboa, o "Dicionário do Cinema Português 1989-2003"
A obra, editada pela Caminho, será apresentada por João Brites e posteriormente será projectado o filme "Vai e Vem", de João César Monteiro (1939-2003), uma das dezenas de personalidades do cinema sobre quem escreveu Leitão Ramos. Este volume, apesar de ser o segundo a chegar ao mercado, é efectivamente o terceiro da série, que começa com "Dicionário do Cinema Português 1896-1961" (em fase de redacção) e prossegue com o "Dicionário do Cinema Português 1962-1988" (lançado em 1989).
Numa nota introdutória, Leitão Ramos salvaguarda que não pretende "abarcar todo o cinema português", mas afirma que "a exaustividade foi uma meta cumprida no que se refere às longas- metragens de ficção (feitas para cinema e televisão)".
O livro inclui informação sobre muitas curtas e médias-metragens de ficção e alguns documentários, além de biografias actualizadas de actores, realizadores, produtores, directores de fotografia, compositores e argumentistas. Para Jorge Leitão, esta obra visa colmatar uma falha de informação, pois assume-se como uma "fonte" sobre a vida e obra de uma série de pessoas ligadas ao ramo.
::

BIBLIOTECA COM MUITA FREQUÊNCIA

ALUNOS MADRUGAM PARA CONSEGUIREM UM LUGAR NUMA
BIBLIOTECA DE VISEU Li no Jornal de Notícias e nem queria acreditar. Alunos de Viseu madrugam para con-seguirem um lugar disponível para estudar na Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva, em Viseu. Nem queria acreditar, porque sabia que, não há muitos anos, as Bibliotecas das Universidades e outras estavam habitualmente às moscas, quando os bares estavam cheios.
É certo que os tempos são outros, que as Bibliotecas têm agora conteúdos mais actualizados, que se modernizaram a nível do equipamento, que já são lugares apetecíveis e não espaços frios e desconfortáveis. “È cada vez mais difícil descobrir um lugar na Biblioteca, sobretudo em épocas de exames. A solução é ir muito cedo e evitar perder o lugar à hora do almoço”, diz o Pedro, da Escola Secundária Alves Martins.
Ainda bem que as Bibliotecas começam a encher-se. A cultura dos alunos vai mudar, o que será muito bom. F.M.
(Para ler mais, clique aqui)

DIA DOS CONSAGRADOS

Consagrados mostram "Vidas Radicais", no salão da Casa da Cultura, em Aveiro
O Dia dos Consagrados vai ser comemorado no dia 5 de Fevereiro com a exposição “Vidas Radicais”, no salão da Casa da Cultura (Edifício Fernando Távora, junto ao Aveiro Digital), e Eucaristia presidida por D. António Marcelino, na Igreja da Misericórdia, às 16h.A exposição dos Institutos de Vida Consagrada intitula-se “Vidas Radicais” e tem o seguinte programa: 10h - Acolhimento; 11h – Entrevistas “Radicais” a pessoas de Vida Consagrada; 12h – Animação musical com o grupo de rock Sonovox; 14h – Respostas às questões livres da manhã; 15h – Espaço de animação criativa pela comunicação da Palavra.
:
Fonte: CV

VICENTE JORGE SILVA: CITAÇÃO

"Não há democracia sem partidos, mas esquece-se muitas vezes que pode haver partidos sem democracia. Estaremos ainda longe disso, felizmente, mas aproximamo-nos já de uma democracia representativa virtual. Os partidos deixam esgotar o seu papel de mediação política entre a sociedade e o Estado para se representarem apenas a si próprios, às suas nomenclaturas, aos seus aparelhos e aos seus interesses clientelares, fechados no interior de uma crosta gelada. Cabe aos cidadãos quebrar essa crosta do enclausuramento e autismo partidários para revitalizar a mediação democrática."
:
(Para ler todo o artigo, clique DN?

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

CITAÇÃO

"Se os homens são assim tão maus apesar da ajuda da religião, como seriam eles sem ela?" Benjamim Franklin Fonte: Citador

BISPO DE AVEIRO À ESPERA DE SUCESSOR

D. António comemorou 25 anos de presença na diocese de Aveiro
D. António Marcelino apresentou o seu pedido de resignação ao Papa e está à espera de sucessor. No passado mês de Setembro completou 75 anos de idade, apresentou a sua “disponibilidade para continuar ou deixar”, revelou o próprio bispo à Agência ECCLESIA.
Neste momento procede a uma “administração de mera gestão”, salientou “porque a acção da Igreja tem de ser sempre inovadora e criativa”, acrescentou. Mas seja qual for a decisão de Bento XVI acerca do seu futuro, o bispo de Aveiro está consciente de que há na diocese “projectos que não param”.
D. António Marcelino completa nesta quarta feira, 1 de Fevereiro, 25 anos de presença na diocese de Aveiro. Ordenado bispo em 1975, foi durante cinco anos Bispo Auxiliar na diocese de Lisboa e a 1 de Fevereiro de 1981 iniciou o múnus em Aveiro como bispo coadjutor. A 20 de Janeiro de 1988 torna-se então bispo titular, sucedendo a D. Manuel de Almeida Trindade.
Nestes 25 anos, em Aveiro, D. António Marcelino procurou ir deixando “a semente” e, apesar de “não ter logo o resultado da colheita”, faz um balanço positivo do seu ministério pastoral porque, afirma, “muita gente colaborou e actuou”.
Entre as prioridades eleitas para a diocese, D. António salienta o “desenvolvimento e formação do laicado”, do qual nasceu o Instituto Superior de Ciências Religiosas que, explicou, “foi muito importante para um laicado interveniente”. A família e pastoral familiar “está mais actualizada e adequada”, considerou, e a criação de estruturas materiais, como a casa diocesana para encontros de formação e retiros, o centro universitário, foram outros aspectos concretos desta presença de 25 anos na diocese de Aveiro.
Caracterizado por muitos como “homem aberto ao diálogo com o mundo” D. António Marcelino frisa que sempre teve “a melhor colaboração com os poderes civis e autárquicos”. Na história deste bispo fica, ainda, e com toda a certeza, a ousadia e coragem neste diálogo com o mundo.
Após o Concílio Vaticano II foi o primeiro bispo em Portugal a avançar com a realização de um Sínodo Diocesano, facto que recorda com a plena consciência de ter sido “um gesto que deu coragem a muitos outros colegas”, sublinhou. “Penso que tínhamos a diocese preparada.
Já tínhamos feito com os leigos uma caminhada forte de comunidade cristã, numa zona aberta ao diálogo e portanto o Sínodo aconteceu com normalidade. Estamos agora a beneficiar desse Sínodo”, concluiu.
:
Fonte: Ecclesia

II CONGRESSO DA CNIS, EM FÁTIMA

IPSS portuguesas representam uma expressão única na Europa
::
Na abertura do II Congresso Nacional da CNIS (Confede-ração Nacional das Instituições de Solidariedade Social), o Presidente da República, Jorge Sampaio, exortou as instituições a trabalharem em parceria com todas as entidades, nomeadamente com o Estado, autarquias, sindicatos e outras forças sociais e morais.
:
O Congresso reuniu cerca de 1300 congressistas, entre os quais 700 delegados das IPSS com direito a voto, e teve por lema “Mais Pessoa – Mais Comunidade”. Decorreu em Fátima, no último fim-de-semana, mostrando sinais evidentes de grande empenhamento, por parte de dirigentes, de voluntários e de funcionários.
Jorge Sampaio alertou para a necessidade de as instituições não estarem apenas voltadas para os seus utentes, dizendo que é muito importante abrirem-se às novas situações sociais, ainda não abrangidas pela solidariedade institucional ou privada.
Tendo por temas fulcrais “As ipss e oportunidades de intervenção” e “Políticas so-ciais e educativas em Portu-gal”, os trabalhos proporci-onaram amplos debates, que hão-de ter reflexos, num futuro próximo, no sector da solidariedade social, o único que não está em crise, porque vive para encontrar soluções para os muitos portugueses que enfrentam dificuldades no dia-a-dia, no dizer do presidente eleito, Lino Maia.
Das conclusões do Congresso, podemos deduzir que urge criar condições para que os “actores” das comunidades se comportem como agentes de mudança. Para isso, é preciso promover parcerias e fomentar a emergência das redes locais, numa perspectiva de contribuir para a erradicação da pobreza, das marginalidades e das dependências degradantes.
Por outro lado, as conclusões dizem que é imperioso assegurar “mais social em tempos de crise”, avaliando criteriosamente as condições de vida de cada cidadão e das famílias. Contudo, os “feridos” da sociedade não podem ser ignorados.
Importa cooperar, com rapidez, com todas as forças de apoio aos mais desfavorecidos, sendo prioritário acabar com atitudes de desconfiança em relação ao Estado, aos cidadãos e às IPSS, lê-se nas conclusões.
:
Fotos: Em cima, Jorge Sampaio;
no centro, Lino Maia, no meio da foto, novo presidente da CNIS
:
Fernando Martins
(Para ler mais, clique Correio do Vouga)

CENTRO Local de Apoio a Imigrantes

O Centro Social Paroquial da Vera Cruz vai inaugurar hoje, 1 de Fevereiro, as instalações do Centro Local de Apoio ao Imigrante de Aveiro e do Gabinete de Acção Comunitária. As novas estruturas ficarão instaladas na Av. Dr. Lourenço Peixinho, em Aveiro, ficando à disposição de todos os interessados.

CORPO DA IRMÃ LÚCIA VAI PARA FÁTIMA

O corpo da Irmã Lúcia será trasladado a 19 de Fevereiro de 2006 para a Basílica
do Santuário de Fátima : Mesmo no final da Eucaristia do dia 13 de Setembro de 2005, foi anunciado, pelo bispo da Diocese de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva, o dia da trasladação do corpo da vidente de Fátima, Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, para a Basílica do Santuário de Fátima. Será no domingo dia 19 de Fevereiro de 2006, um ano e seis dias após o falecimento da vidente, e um dia antes da Festa Litúrgica dos Beatos Francisco e Jacinta Marto, que se celebra no dia 20 de Fevereiro, aniversário da morte da Beata Jacinta Marto.
Após o anúncio da data da trasladação pelo Bispo de Leiria-Fátima os participantes na eucaristia aniversaria irromperam numa salva de palmas. :
Recorde-se que, no dia 15 de Fevereiro deste ano, terminadas as cerimónias fúnebres na Sé Catedral de Coimbra iniciou-se o cortejo até ao Convento de Santa Teresa, onde foi sepultada a Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado. De acordo com as normas da Família Carmelita, a Irmã Lúcia foi sepultada da forma como viveu, em clausura.
Foi cumprido o desejo da Irmã Lúcia que, em comunicação entregue pessoalmente ao Bispo de Coimbra, disse: “Sem contradizer o que já tinha escrito, para dar este gosto às Irmãs, já que manifestaram este desejo, gostava que após a minha morte, o meu corpo ficasse sepultado no claustro deste Mosteiro (de Santa Teresa – Coimbra), pelo menos um ano, antes de ser levado para a Basílica de Fátima”.
Cumprido este desejo da Irmã Lúcia, a traslação para o Santuário de Fátima tem o acordo das Dioceses de Leiria-Fátima e de Coimbra, foi aceite pela Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos e autorizada pela Câmara Municipal de Ourém em 17 de Outubro do ano 2000, de acordo com o decreto lei que permite a “sepultura em locais especiais” “a pessoas de determinada categoria”.
Por diversas vezes a Irmã tinha manifestado o desejo de ficar sepultada junto de Francisco e Jacinta. “(…) agradecendo a Deus e Nossa Senhora mais esta graça de que queiram Eles, levar-me a dormir o meu último sono sobre a terra, no Seu Santuário a Seus pés. Por tudo o meu hino de acção de graças”, escreveu a Irmã Lúcia ao Reitor do Santuário em 03 de Fevereiro de 1994.
:
Fonte: Santuário de Fátima

LÍNGUA PORTUGUESA NA INTERNET

Mariano Gago apela à criação de conteúdos de Língua Portuguesa na Internet
::
"Só pode haver [conteúdos em língua portuguesa] se houver um esforço" de todas as entidades, afirmou aos jornalistas o governante, citado pela Lusa, à margem do Fórum de Líderes de Governo organizado pela Microsoft, em Lisboa, que hoje termina."Não há razão para que milhões de obras portuguesas, música, não estejam na Internet", considerou Mariano Gago, acrescentando que para atingir esse objectivo é preciso haver "um esforço cooperativo e descentralizado", disse.
O ministro disse que o acordo estabelecido com a Microsoft não inibe o desenvolvimento de software livre (software de código aberto [sem propriedade] sobre o qual se podem desenvolver livremente aplicações, sendo o exemplo mais conhecido o sistema operativo Linux).
No Fórum de Líderes, o ministro defendeu um maior investimento das empresas privadas na área da ciência e inovação, a nível europeu. O ministro destacou o facto de neste momento se assistir a uma diminuição generalizada de alunos nas áreas de ciências.
O segundo e último dia do evento, que tem como tema "Impulsionar a competitividade global através da inovação local", conta com a intervenção do presidente e maior accionista da Microsoft, o norte-americano Bill Gates, e do primeiro-ministro, José Sócrates.
No primeiro dia do fórum, que contou com as intervenções do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral, entre outros, a Microsoft anunciou que pretende formar um milhão de portugueses em tecnologias de informação, nos próximos cinco anos, no âmbito de um programa mais vasto para formar 20 milhões de pessoas na União Europeia.
:
Fonte: PÚBLICO on-line