quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Dia da Mudança — 12 de novembro

 Apresentação da nova fase 
da cultura no Município


Centro Cultural da Gafanha da Nazaré
«Falta menos de uma semana. Os centros culturais do concelho de Ílhavo vêm abaixo. No seu lugar, erguer-se-ão quatro novos espaços, diferentes entre si, todos unidos no mesmo espírito: o da mudança. Ílhavo, Vista Alegre, Gafanha da Nazaré e Costa Nova, palcos de uma nova abordagem à cultura que irá muito além das paredes dos edifícios que contemplamos.
O convite é para todos e as novidades são muitas, por isso temos o dia todo. No dia 12 de novembro, o programa arranca às 11 da manhã, prolonga-se por toda a tarde e só termina depois das badaladas que assinalarão o dia 13. Gratuito, com transportes, também gratuitos, assim como regulares, a ligar os quatro espaços culturais, em 37 quilómetros de surpresas e expetativas partilhadas.
Com cinco momentos distintos que passam pela arquitetura, pelo teatro e pela música, o programa começa por “Olhar por dentro” dos edifícios culturais, cujas construções vão desde a época industrial à contemporânea. Nas primeiras horas do dia da mudança, entre as 11 e as 14 horas, olham-se os pormenores, sabe-se o que distingue cada espaço e motivou o arquiteto que o pensou. Na viagem, olham-se algumas das casas que tornam ainda mais emblemáticas as paisagens do concelho.
Às 16 horas, o encontro é no Teatro da Vista Alegre, onde o Departamento de Comunicação e Arte (DeCA) da Universidade de Aveiro apresenta um concerto com alguns dos seus grupos de formação, espetáculo que marca a nova parceria entre o novo projeto cultural de Ílhavo e a Universidade de Aveiro.»

Fonte: CMI

NOTA: Quero convictamente apostar em projetos novos ou renovados, desde que, pelas suas programações, se dirijam às pessoas, nas suas diversidades culturais e sociais. Importa, paralelamente, sensibilizar os munícipes para que participem nas várias iniciativas que venham a ser implementadas pelas autarquias e não só. 

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Prémio Jornalismo Centenário das Aparições de Fátima



«O Santuário de Fátima institui um prémio de jornalismo, designado Prémio Jornalismo Centenário das Aparições de Fátima, com a finalidade de destacar trabalhos de jornalismo, do género “reportagem”, publicados em órgãos de comunicação social, em língua portuguesa, que tenham por objeto o fenómeno Fátima, nalgum dos seus aspetos: santuário, peregrinação, mensagem, espiritualidade, história, património, repercussões sociais, entre outros. Este prémio, aberto a todos os profissionais da comunicação social, decorre de 1 de abril de 2016 a 31 de julho de 2017.»

Fonte: Santuário de Fátima

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Igreja Católica celebra Semana dos Seminários

É necessário abrir o coração 
às sugestões interiores do Espírito

Seminário de Aveiro. Imagem exterior 

Seminário de Aveiro. Imagem interior

D. António Moiteiro

«A vocação sacerdotal não nasce somente de um chamamento, de um desejo ou de um impulso interior; ela é fruto do encontro do Deus misericordioso com o homem perdido e que é encontrado, com o homem morto e que revive. Como dom da iniciativa divina, a vocação sacerdotal só pode desabrochar em quem humildemente conhece aquilo que é e sabe que tudo deve à grandeza do amor de Deus.» Esta chave da vocação para a vida sacerdotal está expressa na mensagem da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios presidida pelo Bispo de Coimbra, D. Virgílio do Nascimento Antunes, para a Semana dos Seminários, que está a decorrer.
Para os católicos, a Semana dos Seminários deve ser um ponto de partida para uma reflexão pessoal e coletiva, no sentido de se compreender a importância e a necessidade destas casas nos momentos de discernimento, tendo por meta a caminhada rumo ao ministério sacerdotal. Garantidamente, hoje não vivemos tempos de seminários cheios, que os jovens, mal despontam para a vida, já se deparam com outras e diversas solicitações, interpelantes desafios e apelos hedonistas, por vezes muito longe dos ambientes familiares e do transcendente. 
O nosso bispo, D. António Moiteiro, lembra na sua mensagem que, para o cristão, «há apenas um caminho para encontrar o que agrada a Deus — o do discernimento — discernimento que depende da pessoa e da abertura da sua consciência ao Espírito». «É necessário abrir o coração às sugestões interiores do Espírito, que convida a ler em profundidade os desígnios da Providência», disse.
D. António frisa que «a grande mensagem de Deus é a misericórdia – a prova de como Deus ama», salientando que a misericórdia nos envolve a todos «como destinatários e como atores». 
Afirma mais adiante que «o fundamental da vocação do discípulo é ser pessoa humana e cristã, uma pessoa configurada com Cristo; revestida de “entranhas de misericórdia”. E acrescenta: «A configuração a Cristo não se pode alcançar por si mesmo ou fora da comunidade de fé, mas numa vida em comunhão, que comporta exigência, sacrifícios, generosidade, doação, dedicação e paciência.»
O Reitor do Seminário Diocesano de Aveiro, padre João Alves, esclarece, em texto publicado no Correio do Vouga, que «O Seminário tem a missão de auxiliar os párocos e as comunidades cristãs na promoção de uma cultura vocacional e da vocação especificamente presbiteral», garantindo que se procura desenvolver na «promoção e no acompanhamento vocacional dos jovens motivações e atitudes de vida e de fé que coloquem o jovem no seguimento de Cristo».

No domingo, 13 de novembro, pelas 15 horas, no Santuário de Schoenstatt, haverá um Fórum Vocacional, organizado pelo arciprestado de Ílhavo, mas aberto a toda a Diocese de Aveiro. Será um tempo de partilha e de testemunhos de algumas pessoas sobre as suas respostas vocacionais. O nosso bispo encerra esta semana na eucaristia das 17 horas, no Santuário.

Fernando Martins

domingo, 6 de novembro de 2016

A Invenção da Natureza

“A Invenção da Natureza 
— As aventuras de Alexander Von Humboldt, 
o herói esquecido da ciência”



“A Invenção da Natureza — As aventuras de Alexander Von Humboldt, o herói esquecido da ciência” é um trabalho de Andrea Wulf, autora de vários livros distinguidos pela crítica, li na badana desta sua obra. Entre outras tarefas, «foi escritora em residência da British Livrary em 2013 e bolseira do International Center for Jefferson Studies em Monticello». Com estas credenciais, a autora oferece-nos um livro sobre um herói esquecido que dedicou a sua vida à ciência nas múltiplas vertentes da época em que viveu (1769-1859).
Reconheço que, ao passar por uma qualquer livraria, jamais daria atenção a este volumoso livro de 545 páginas, olhando apenas para o nome do biografado, que desconhecia em absoluto. Contudo, tive a sorte de o receber como oferta pela renovação da minha assinatura anual da revista LER, que muito aprecio e coleciono. 
Pelo que li, Alexander Von Humboldt foi, realmente, uma personagem 
extraordinária para o seu e nosso tempo pelo que visitou, um pouco por todo o mundo, e pelo que estudou, divulgou e influenciou sobre a natureza, numa época muitíssimo longe das altas tecnologias e dos diversos meios de comunicação social.
Diz a autora: «Nunca antes alguém chegara tão alto e nunca ninguém respirara um ar tão rarefeito. Enquanto estava de pé no topo do mundo, olhando lá em baixo as cordilheiras enrugadas, Humboldt começou a ver o mundo de forma diferente. Viu a terra como um grande organismo vivo, em que tudo estava ligado, concebendo uma ousada nova visão da natureza, que continua a influenciar a forma como compreendemos o mundo atual.»
Sublinha Andrea Wulf que Alexander Von Humboldt era descrito pelos seus contemporâneos como «o homem mais famoso do mundo a seguir a Napoleão, mas também «feroz crítico do colonialismo», apoiando as «revoluções da América Latina». E embora admirasse os Estados Unidos, «devido aos seus conceitos de liberdade e igualdade», nunca deixou de criticar «o seu fracasso para abolir a escravatura». 
Na contracapa, citam-se algumas referências, de que destaco:

«Os ecologistas de hoje, afirma Andrea Wulf, devem tudo a Humboldt. Face ao desafio tremendo de compreender as consequências globais das alterações climáticas, a abordagem interdisciplinar deste cientista é hoje mais relevante do que nunca» (The Economist)

«A um certo nível, este livro é uma exuberante história de aventuras […] Mas é também uma fascinante história de ideias.» (Sarah Darwins, Financial Times)

«Uma biografia espantosa. […] Humboldt pode ter sido esquecido, mas as suas ideias nunca estiveram tão vivas. […] No nosso tempo as suas teorias são como profecias. Mais importante ainda, explicam o caminho a seguir. É impossível ler a Invenção da Natureza sem contrair a “febre de Humboldt”. Wulf torna-nos fãs deste homem. […] A investigação que presidiu a este livro não desagradaria ao próprio Humboldt.» (New York Review of Books)

Então, se puderem, leiam este livro. Está bem escrito, bem traduzido e com ilustrações a condizer.

Fernando Martins 

A Igreja e a Política: que Igreja e que política? (3)

Crónica de Frei Bento Domingues 



1. Insisto neste longo e interrogativo título. Tanto no passado como na actualidade, o uso destas palavras está carregado de sentidos contraditórios. Existem muitas Igrejas. Quando se fala da Igreja Católica, muitos teimam, esquecendo o Vaticano II, em referir-se, apenas, à hierarquia eclesiástica: Papa, Cúria Romana, Cardeais, Bispos e Padres, deixando de fora a quase totalidade da Igreja. Aconteceu, entretanto, algo de muito estranho: chegou um Papa a mostrar que isso está completamente errado.
Como a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, (A Alegria do Evangelho, 2013), do Papa Francisco, é muito incómoda, procura-se fazer de conta que é um desabafo irrelevante, sem consequências. Mas ele quis deixar escrito que se trata de um documento programático e de consequências importantes,dirigido a cada cristão.
Não se trata de uma vontade de poder, de auto-afirmação, de quem quer, pode e manda, apoiado na infalibilidade pontifícia. É precisamente essa mentalidade que ele procura desterrar. A Igreja é o NÓS de todos os cristãos e é precisamente isto que Bergoglio lembra, em todas as circunstâncias, a todas as pessoas e grupos, combatendo, sem tréguas, o clericalismo sempre renascente.

sábado, 5 de novembro de 2016

“Continuo a perguntar-me se a reforma faz bem à saúde”


«"Não basta acrescentar anos à vida. É preciso que esses anos sejam vividos bem", enfatiza Maria João Valente Rosa, que dirige a Pordata, base de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos. A demógrafa e professora universitária defende que deveria ser possível continuar a trabalhar após a reforma»

No PÚBLICO de hoje

Os reformados/aposentados têm mesmo de se questionar sobre a forma como estão a viver depois de deixarem definitivamente as suas ocupações profissionais. Mas será que a qualidade de vida lhes garante uma velhice tranquila, alegre e feliz? Ou, como sugere o texto escrito por Alexandra Campos, a reforma não faz bem à saúde?
A esta e a outras perguntas responde Maria João Valente Rosa. Mas também adianta que o ideal seria continuar a trabalhar após a reforma. E eu acrescento: na mesma profissão ou noutras.

Homenagem a João Lobo Antunes

Crónica de Anselmo Borges 


João Lobo Antunes
Para um dos colóquios Igreja em Diálogo, sobre "Religião e (In)felicidade", também convidei o professor João Lobo Antunes, para falar precisamente sobre "Sofrimento, medicina e o transcendente". Mandou-me o texto da conferência, que ainda não publiquei. O que aí fica é um brevíssima síntese, que é, julgo, a melhor homenagem que posso prestar ao amigo, médico de fama mundial, professor ilustre, homem da cultura, mestre da escrita, humanista, cristão.
"O papel da espiritualidade no contexto do sofrimento e da doença é tema que entre nós habitualmente se mantém circunscrito ao domínio de uma visão confessional da medicina ou da saúde em geral. Devo dizer que este é tópico que me tem ocupado regularmente ao longo dos anos, estimulado, quem sabe, por uma angústia metafísica que periodicamente emerge."

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

E se encontrassem o corpo de Jesus?

Equipa de cientistas anda a escavar no Santo Sepulcro. 
A descoberta de um corpo podia "abalar a fé de milhões"


Interpelações aos vivos do Deus da Vida

Reflexão de Georgino Rocha


Jesus aproveita a oportunidade que a pergunta insidiosa dos saduceus proporciona para mostrar quem é Deus e afirma sem rodeios que é o Deus dos vivos e da vida. Procura assim “configurar” o rosto de Deus Pai, fonte de vida e de felicidade, aliado incondicional de cada ser humano que trata com seu filho querido. Mesmo quanto este vive situações indignas e degradantes, vítima de si mesmo ou de condições sociais e religiosas, consciente da dignidade perdida e desejoso de a ver reabilitada ou resignado na sua passividade induzida.
A pergunta dos saduceus, elite aristocrática de Jerusalém, pretende “entalar” Jesus sobre uma questão delicada: a ressurreição dos que morrem, a relação entre eles, a compreensão da vida futura. Assunto em que eles não acreditam, mas que lhes dá jeito pelas questões que envolvem. E recorrem a um suposto caso de vida em que uma família tem sete filhos que, sucessivamente, vêm a casar com uma mulher que vai ficando viúva à medida que cada um deles morre. Finalmente morre também ela. “A quem pertence no futuro, uma vez que foi esposa dos sete?
Jesus eleva a questão ao seu verdadeiro nível e diz-lhes com apoio na tradição bíblica em que eles também acreditam que Deus é Deus dos vivos, que para Ele todos vivem, que a todos oferece a ressurreição feliz. Fica desmontada a armadilha e esclarecida a verdade a respeito de Deus, do ser humano, da vocação da humanidade: acolher a vida como dom de Deus e missão nossa. A ressurreição não é um regresso, nem um prolongamento da vida presente. É novidade completa garantida por Deus e acontecida em Jesus de Nazaré, que ressuscita após a sua morte de cruz.

Concerto de encerramento do Ano Santo da Misericórdia

SÉ DE AVEIRO
12 NOVEMBRO 2016 | 21H30



No próximo dia 12 de novembro, pelas 21h30, decorrerá na Sé de Aveiro um concerto sob a direção de António Mário Costa com João Santos ao órgão, a soprano Helena Santos e com os Coros da Catedral de Aveiro e de Santa Joana.
Esta ação, integrada no encerramento do Ano Santo da Misericórdia, é organizada pela Comissão Diocesana da Cultura em parceria com a anfitriã Paróquia de Nossa Senhora da Glória.

Nota: Informação da Diocese de Aveiro