sábado, 15 de outubro de 2016

Ílhavo, Terra Milenar — Uma exposição a não perder

Exposição no Centro Cultural de Ílhavo 

“Se no passado se vê o futuro, e no futuro se vê o passado, 
segue-se que no passado e no futuro se vê o presente, 
porque o presente é futuro do passado, 
e o mesmo presente é o passado do futuro.”

Pe. António Vieira


Fernando Caçoilo e Paulo Costa

Fernando Caçoilo e Maria Isabel Ribeiro


Eliana Fidalgo na visita guiada







Com o jogo de palavras simples e sabiamente ordenado pelo Pe. António Vieira, foi inaugurada hoje,  15 de outubro, no Centro Cultural de Ílhavo, pelas 17 horas, a Exposição “Ílhavo, Terra Milenar”. Vai ficar patente até 17 de abril de 2017, sendo certo que durante um ano será, garantidamente, enriquecida, graças ao contributo dos munícipes, mas não só. Aliás, este foi o desafio lançado a todos os presentes pelos autarcas e demais responsáveis da equipa que coordena o projeto — CIEMar-Ílhavo —, que abarca o estudo do passado e do presente, rumo ao futuro.
Fernando Caçoilo, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, sublinha que deu luz verde a este projeto na convicção de que a nossa história é importante e merece ser mais conhecida. «Pode haver muito conhecimento, mas se não for partilhado pela comunidade, se ficar guardado na gaveta, não serve absolutamente para nada», disse. Refere ainda, entre outras considerações, que «o passado nos dá força e conhecimento para percebermos o que devemos fazer para o futuro das nossas gerações». 
Paulo Costa, vereador da Cultura e dinamizador deste aliciante trabalho, que considera «ambicioso», frisa a importância de todos conhecermos melhor a nossa história «mais sistematizada». Adianta que nos próximos seis meses serão desenvolvidas diversas iniciativas, de forma regular, nomeadamente, conversas, colóquios e debates, dirigidas a vários públicos. 
Admite que a partir deste trabalho-base haverá trabalhos mais intensos, com investigação mais profunda, estando em preparação uma monografia do município «a várias mãos». Salienta que a história do povo «nunca está escrita» porque precisa constantemente de ser «reescrita». Nessa linha, Paulo Costa está certo de que esta exposição «deverá ser um incentivo para conversar e para discutir», no sentido de «conhecermos o passado para prepararmos o futuro». Garantiu, também, que o projeto “Ílhavo, Terra Milenar” vai chegar às escolas.
Maria Isabel Ribeiro, da equipa do Prof. Saul Gomes, responsável científico desta ação da autarquia, valoriza a presença de representantes das universidades de Coimbra e Aveiro e o trabalho dos investigadores voluntários, afirmando que «a história nunca está acabada». «Este é um trabalho organizado, coordenado e metódico, que se apoia em pesquisas, incluindo a investigação arqueológica».
Garante que o Foral Manuelino de Ílhavo, cujo estudo foi já publicado pela autarquia ilhavense, «foi um momento marcante», e sobre a mostra patente no Centro Cultural lembra que «há trabalhos que não têm a visibilidade de uma exposição». «O conhecimento não pode ficar fechado numa biblioteca; serve se servir aos cidadãos».

Fernando Martins

O vinho na Bíblia

Crónica de Anselmo Borges 



Em tempo de vindimas e vinho novo, 
fica aí uma alusão ao vinho na Bíblia.


1. O vinho é tão importante, com funções tão significativas no convívio social e na vida toda, que os antigos até pensavam que ele era uma criação dos deuses. Dioniso - Baco para os romanos - era o deus do vinho, que ensinou aos homens a arte do cultivo da videira e da preparação do vinho. Ele é de tal modo exaltante que, na leitura dos clássicos, da grande literatura, como belos poemas, grandes tragédias, romances geniais, dizemos que ficamos "inebriados". Diante do esplendor da beleza - o maior exemplo, para mim, é sempre a música, a grande música -, há quem exclame: "Uma bebedeira de beleza!" Num dos mais extraordinários diálogos filosóficos de sempre sobre o amor - o Banquete (Simpósio), de Platão -, lá está o vinho. Na Bíblia, as referências ao vinho são muitas. Tanto no Antigo como no Novo Testamento.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Clube de Vela Costa Nova


O Clube de Vela Costa Nova 
é um dos mais antigos clubes náuticos 
da zona do estuário 
da Ria de Aveiro 




O Clube de Vela Costa Nova é um dos mais antigos clubes náuticos da zona do estuário da Ria de Aveiro. 
Localizado na bonita e singular Praia da Costa Nova do Prado, a cerca de 10 minutos das cidades de Ílhavo e de Aveiro, o Clube de Vela Costa Nova promove a náutica de recreio nesta zona da Ria. 
Fundado em 1981 e dotado do estatuto de Associação de Utilidade Pública, o Clube de Vela Costa Nova tem na Vela Ligeira e de Cruzeiro o seu principal foco de atividade, tendo-se constituído, ao longo dos seus mais de 35 anos de atividade, como referência na formação de jovens velejadores e na divulgação das classes de vela mais tradicionais. As suas escolas de Vela e de Náutica de Recreio, ambas certificadas, são hoje em dia uma referência a nível nacional. 
As 4 Horas da Costa Nova associações Clube de Vela Costa Nova constituem uma Regata emblemática organizada anualmente durante o mês de agosto na zona da Ria em frente à Costa Nova. Esta prova, na qual participam anualmente dezenas de barcos, é hoje em dia um evento marcante na promoção da vela e da região, sendo, por si só, um cartaz que atrai à Costa Nova largas centenas de visitantes e adeptos do desporto náutico. 
Com cerca de 900 associados, o CVCN procura ser hoje uma associação virada para o futuro e uma referência entre os maiores e mais modernos Clubes da Região Norte de Portugal. Com um longo historial rico e marcante na promoção da vela e investimentos patrimoniais elevados, o CVCN pretende manter-se como uma instituição de excelência, contribuindo para a valorização dos seus sócios e do meio onde se encontra inserido, bem como promover turística e culturalmente a Costa Nova, o Município de Ílhavo e a Ria de Aveiro.

Principais Atividades 

- Escola de Vela (todo o ano); 
- Escola Náutica de Recreio (cursos de Marinheiro, Patrão Local, Patrão de Costa, Patrão de Alto Mar, Radiotelegrafista Classe A, Radiotelegrafista Geral); 
- Regata 4 Horas da Costa Nova; 
- Circuito da Ria de Cruzeiros; 
- Organização de Campeonatos Nacionais Federados de Vela.

Clube de Vela da Costa Nova

Av. José Estêvão 
3830-453 Costa Nova do Prado

Tel 234 369 300 Telm 963 898 568
www.cvcn.pt cvcn@cvcn.pt

Presidente da Direção

Paulo Ramalheira

Fonte: Agenda "Viver em..." da CMI

Nota: Fotos do meu arquivo

A força da oração confiante e persistente

Reflexão de Georgino Rocha
Papa Francisco em Bangui
Uma viúva teimosa e um juiz sem escrúpulos, iníquo, são os protagonistas da parábola que Jesus narra para mostrar aos discípulos a necessidade da oração confiante e persistente. A queixosa não deixa em paz quem lhe pode valer, fazendo justiça. Via-se acossada por um perseguidor que não a largava. Não tinha qualquer outra defesa: familiares ou vizinhos, amigos, crentes praticantes ou indiferentes religiosos. Sentia-se amargurada e só. Certamente lhe ocorrem várias saídas. Escolhe uma, a mais coerente e honesta. Cheia de determinação, dirige-se ao juiz, o encarregado de velar pelo cumprimento do direito. Pede-lhe justiça. Nada mais. Que o adversário deixe de a atormentar. Que possa viver em paz. Que a liberte da amargura e do medo.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Exposição “Ílhavo, Terra Milenar”

Conhecemos o passado, 
preparamos o futuro


Sábado | dia 15 de outubro | pelas 17h00 |
no Centro Cultural de Ílhavo |Inauguração da Exposição 
“Ílhavo, Terra Milenar”

Patente até 17 de abril de 2017

Muito mais do que um fim, esta exposição marca o início de uma investigação profunda, sistemática e consistente sobre o Município de Ílhavo, abordando os aspetos mais marcantes na nossa imensa História, impossível de materializar  na sua totalidade dentro destas quatro paredes. 

Um caminho sempre em aberto 
em direção ao conhecimento, 
suscitando a união e a paixão 
da Gente da Terra

Fonte: CMI

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Horror às rotinas


1.Tenho horror às rotinas. Aceito, promovo e defendo as mudanças em todos os setores da vida. Outros pensarão o contrário; sentem-se mais seguros com o status quo. Não é por acaso que de vez em quando altero a fisionomia dos meus blogues. Gosto de inovar, de mudar, de abrir portas e janelas para entrar ar fresco, de aceitar alternativas. Outros sentir-se-ão bem como sempre estiveram: sentados nas mesmas cadeiras, percorrendo os mesmos trilhos, abordando os mesmos temas, pregando os mesmos sermões.
Mudar é procurar novos caminhos, definir novos desafios, apostar em ideias renovadoras. Tudo, naturalmente, em consonância com o espírito do possível e do necessário. Olhando atentamente os sinais dos tempos que mudam com aragens frescas e desafiantes. 

2. No domingo, li o PÚBLICO sob a luz coada pela janela do meu Sótão, com a curiosidade de perscrutar as mudanças avançadas pela nova direção, presidida por David Dinis. O P2 voltou para quebrar a monotonia do caderno único. Reportagens interessantes a par de textos mais ligeiros. Para não cansar. Lê-se o primeiro caderno e depois vamos ao segundo. Há algumas novidades e outras hão de seguir-se para se não cair na rotina. Adivinham-se novos colaboradores para acicatar as nossas curiosidades impostas por este espantoso mundo da comunicação social. 

3. Permitam-me que destaque o “Regresso a casa” na rubrica “A esquina do mundo”, do fundador do jornal, Vicente Jorge Silva. Jornalista competente que marcou, passados quase 30 anos, o jornalismo de referência no nosso país. 
Vicente Jorge Silva comoveu-se com o convite, apesar de escrever, na hora da despedida, a 29 de novembro de 1997, que “Nada é mais inabitável do que um lugar onde se foi feliz” [Cesare Pavese]. E depois contou a chegada à Redação: «vi-me envolvido numa onda de afecto intenso, emocionado, que pude partilhar com aqueles que haviam trabalhado comigo e outros que tinham chegado depois da minha partida. Foi um momento mágico que não esquecerei e que selou o meu reencontro com o PÚBLICO.»
Não será preciso dizer mais nada. Continuarei leitor do PÚBLICO e do Vicente Jorge Silva. 
Só mais uma palavra: gostaria que o António Marujo também regressasse. Há uma lacuna que só ele poderia preencher no âmbito do religioso, espiritual e transcendente, de matizes muito diversos.

Fernando Martins

domingo, 9 de outubro de 2016

As Mulheres na Igreja

Crónica de Frei Bento Domingues no PÚBLICO

Mulheres com o Papa Francisco 
1. O ciclo de tertúlias, de Janeiro a Novembro de 2016, na Biblioteca de Belém, é inteiramente dedicado às mulheres. No passado dia 29, o tema era As mulheres na Igreja, desenvolvido pela filósofa Maria Luísa Ribeiro Ferreira e moderado por Maria João Sande Lemos. Como carta fora do baralho, pediram-me uma intervenção.
Lembrei-me, imediatamente, da antiga distribuição das pessoas no espaço da igreja da minha aldeia: os homens à frente, as mulheres e crianças atrás. O padre dizia a Missa, em latim, de costas para todos.
As mulheres limpavam a igreja, enfeitavam os altares e algumas ensinavam a “doutrina” às crianças. Dizem-me que, nas igrejas das cidades, as actividades e associações femininas eram mais abundantes e variadas.
A partir dos anos 30 do século passado, a Acção Católica teve um papel muito activo na renovação da vida da Igreja. Manteve, em todas as suas expressões, a separação entre masculina e feminina. O assistente era sempre um padre.
Nos anos 60, para os Cursos de Cristandade, a religião não era para mulheres. A versão feminina surgiu apenas para que elas pudessem entender o repentino fervor dos maridos cursilhistas.
Na mesma época, casos como o da Juventude de Cristo Rei - inteiramente misto e em perfeita autogestão democrática – eram raros. 
Os chamados Institutos femininos de Vida Consagrada nunca precisaram de nenhuma ordem para se multiplicarem, mas também nunca eram dispensados da autorização masculina. 
Compreendo que as novas gerações já não saibam o que isso quer dizer e as mais velhas não gostem de o lembrar. No entanto, o tema, As mulheres na Igreja, é recorrente, mas falar do papel dos homens na Igreja parece insólito. Porque será?