quarta-feira, 25 de setembro de 2013

As armas mais poderosas

"Tentamos levar uma luta gloriosa contra o analfabetismo, a pobreza e o terrorismo, devemos pegar os livros e as canetas, são as armas mais poderosas."

Malala Yousafzai,
menina paquistanesa de 16 anos
que os talibãs tentaram matar.

Li na agência ZENIT


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terça-feira, 24 de setembro de 2013

"Murmúrios do Vento" com novo lançamento

Recordações da Pesca do Bacalhau




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O Marnoto Gafanhão — 9

Um livro póstumo de Ângelo Ribau


Foram limpas as leiras

Foram limpas as leiras, das felgas e de todas as ervas daninhas. As milhãs eram apanhadas à foicinha e iam servindo para a alimentação dos animais. Havia sempre qualquer coisa para fazer.
Agora que as terras estavam prontas, tínhamos que esperar pela chuva, para as podermos semear. Entretanto, o pai do Toino diz:
— Enquanto não chove e há pouco que fazer, amanhã pegamos na bateira e vamos à marinha apanhar uma bateirada de estrume, que servirá para as camas do gado, quando chegar o Inverno.
E o Toino que pensava que iria chegar um período de acalmia no trabalho, que lhe daria a possibilidade de ler uns livros da biblioteca existente lá em casa e que tinha sido dos seus tios… Puro engano! 
O Toino era novo. Tinha ainda pouca força para puxar a bateira à cirga, pelo que o pai saltou para terra e o Toino tomou o lugar de timoneiro, tentando governar a bateira o que, dada a falta de prática, não foi nada fácil. A bateira ora batia contra as estacas de cimento, ora se afastava para o outro lado do esteiro, o que tornava difícil a sua progressão pelo esteiro adiante! E lá vinham as ameaças:


“Vaticano II ao alcance de todos”

Um livro de António Marcelino, 

Bispo Emérito de Aveiro

Com edição das Paulinas, saiu em novembro de 2012 um livro de António Baltasar Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro, com o título “Vaticano II ao alcance de todos”. Trata-se de um trabalho pleno de atualidade, ou não estivéssemos em altura de celebrar os 50 anos do concílio Vaticano II, porventura a maior revolução no seio da Igreja Católica no século XX. 
Os textos ora publicados neste livro viram a luz do dia nas páginas do semanário diocesano Correio do Vouga e posteriormente em diários, quinzenários e revistas mensais, ocupando também um espaço próprio na Agência Ecclesia. Isto mesmo sabe quem acompanha o Bispo Emérito de Aveiro no que escreve semana após semana, com perfeita atualidade e liberdade de espírito, mas sempre em sintonia com o pensar da Igreja Católica, expressa na palavra autorizada dos que têm ocupado a cadeira de Pedro. 
Nos mais diversos temas que tem publicado, nomeadamente, os que se referem ao Vaticano II, o autor recorda, parafraseando Bento XVI, que «os documentos do Concílio Vaticano II são, para o nosso tempo, uma bússola orientadora». 


domingo, 22 de setembro de 2013

Mar de Camões

Um trabalho de Maria Donzília Almeida

Navio-escola

Hoje, 21,  neste último dia de verão, com temperaturas cálidas para acabar a estação, em beleza, muita gente deve ter aproveitado o prolongamento, para dar uns bons mergulhos nas nossas belíssimas praias. Já que não sei nadar nas águas do Atlântico, onde correria o risco de me afogar (!?), dei um mergulho, não menos revitalizante e agradável, no “Mar de Camões”.
A minha veneração, do grande vate, proporcionou-me, hoje, um banho de cultura, ali ao lado, na cidade contígua.
A exposição de Roberto Santandreu, um fotógrafo chileno radicado em Portugal, fez-nos associar a beleza da poesia camoniana, Os Lusíadas, à arte de um olhar atento, intimista e perscrutador. Com a informação dada pelo autor, ali presente, navegámos nas rotas marítimas que os portugueses, outrora traçaram e tão bem descritas foram por Camões.

Cabos

Chegou o outono

Um Poema de Miguel Torga




OUTONO

Outono.
(A palavra é cansada...)
Tudo a cair de sono,
Como se a vida fosse assim, parada!

Nem o verde inquieto duma folha!
O próprio sol, sem força e sem altura,
Olha
Dum céu sem luz e levedura.

Fria,
A cor sem nome duma vinha morta
Vem carregada de melancolia
Bater me à porta.



sábado, 21 de setembro de 2013

Mata Nacional do Buçaco

Escadaria ladeia água saltitante

Cisne e o seu reflexo

Há dias fui de romagem, bem acompanhado pela minha Lita e filha Aidinha, à monumental serra do Buçaco, para usufruir de horizontes paisagísticos que nos deixam extasiados. É natural que à nossa memória ocorram factos históricos ligados à Guerra Peninsular, mas o objetivo fundamental estava centrado na mata de variedades botânicas que permitem admitir tratar-se do paraíso dos amantes das plantas, de espécies raras e dimensões ao gosto de cada um.

Aidinha e Lita na Cruz Alta

Sair dos nossos quotidianos marítimos e lagunares também é preciso e faz bem ao corpo e ao espírito, tanto mais se nos embrenharmos na vegetação viçosa alimentada pela água saltitante que escorre ora mansinha ora agitada…

Um pouco de história no monumento evocativo da Guerra Peninsular

Lita e Aidinha junto à Oliveira na qual, segundo se diz,  Arthur  Weasley, Duque de Wellington, amarrou o seu cavalo depois da batalha.  Já teve uma placa para assinalar o facto, mas, garantiram-me no local, apodreceu  e ainda não foi substituída por outra

Um passeio que aconselho, de preferência com piquenique para saborear em locais adequados. Não foi o nosso caso, que a decisão da visita foi repentina. Contudo, para a próxima apostaremos nessa forma de saborear uns petiscos no meio da mata…



O que pensa Francisco: 5. sobre a política

Anselmo Borges


O Papa Francisco não é ingénuo em relação aos políticos e ao poder, sobretudo nas mãos de medíocres. Ainda cardeal de Buenos Aires, contava uma piada. "Uma pessoa aparecia a correr a pedir socorro. Quem o perseguia? Um assassino? Um ladrão? Não..., um medíocre com poder. É verdade: pobres dos que estão sob o domínio do medíocre. Quando um medíocre acredita e lhe dão um pouco de poder, pobres dos que estão sob a sua alçada. O meu pai dizia-me sempre: "Cumprimenta as pessoas quando fores subindo, porque irás encontrá-las quando vieres a descer. Não duvides"."

ELOGIO À ESPERTEZA

Georgino Rocha



O elogio à esperteza é feito por um proprietário rico a um seu administrador desonesto. E surge na narração de uma parábola de Jesus sobre o uso dos bens materiais. Visa despertar o entusiasmo dos discípulos para procederem de igual maneira. E aponta claramente para a urgência de, perante situações de risco e de crise, saber encontrar soluções criativas e sensatas.

Os adversários de Jesus riem-se dos seus ensinamentos sobre o dinheiro, considerado por eles como uma bênção de Deus, um sinal da sua providência, uma garantia de predestinação. Quase absolutizavam a sua posse e ostentação. Sem olharem muito à licitude dos meios para o alcançar. E assim, a gente humilde mais empobrecia, enquanto uma minoria, alavancada numa interpretação deficiente da Escritura Sagrada, enriquecia cada vez mais.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

“Dá vida ao teu VIVE”

Um concurso promovido 
pela Diocese de Aveiro

A Diocese de Aveiro decidiu lançar um concurso com o objetivo de dar a conhecer a vivência proporcionada pela Missão Jubilar seja a nível pessoal, familiar, paroquial, arciprestal ou diocesano.
O concurso admite, até ao dia 29 de Novembro, trabalhos inéditos na vertente de arte plástica: desenho; pintura; fotografia; vídeo; colagens; gravura; escultura; animação; bordados.

Um vício nacional

"Sabemos que um deficit arreigado, inoculado, que é um vício nacional, que foi criado em muitos anos, só em muitos anos será destruído."

Eça de Queirós

No Citador


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Dia Mundial do Imigrante



«A Câmara Municipal de Aveiro informa que irá assinalar o Dia Municipal do Imigrante com atividades a realizar nos dias 21 e 22 de setembro.
Organizadas pelo Município e inseridas no programa de animação “Há Vida no Parque”, as comemorações visam promover a interculturalidade para a valorização e o interconhecimento das comunidades estrangeiras residentes no concelho de Aveiro, bem como da ação desenvolvida pelas várias Associações de Imigrantes, em prol da participação e do envolvimento social e cultural.»

Ver programa aqui



Fonte: CMA

IGREJA: Um hospital de campanha




«“Vejo com clareza que aquilo de que a Igreja mais precisa hoje é a capacidade de curar as feridas e de aquecer o coração dos fiéis, a proximidade. Vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha: é inútil perguntar a um ferido grave se tem o colesterol ou o açúcar altos, devem curar-se as suas feridas”, sustenta o Papa.»

Ler mais aqui

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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Dança na Casa do Povo

A Casa do Povo da Gafanha da Nazaré (Rua Gil Vicente, n.º 2) vai promover, no próximo sábado, entre as 10.30 e as 12 horas, um workshop gratuito de Dança Contemporânea, dirigido pela professora Ana Heloísa Campos.

SAGRES no Porto de Aveiro


Exposição “Mar de Camões”  
no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré



No próximo sábado dia 21 de setembro, pelas 17h, será inaugurada a exposição “Mar de Camões” de Roberto Santandreu, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, integrada na visita do Navio da República Portuguesa Sagres ao Município de Ílhavo.
Quase 500 anos depois, o navio-escola Sagres voltou a fazer parte da viagem de Fernão de Magalhães durante a qual o navegador português dobrou o Cabo Virgenes e descobriu a passagem natural entre os oceanos Atlântico e Pacífico. 
Uma parte desse roteiro realizado pelo mítico navio da Marinha Portuguesa foi documentado pelo fotógrafo chileno Roberto Santandreu. Reunidas na exposição “Mar de Camões” as imagens retratam a vida a bordo da Sagres e a sua passagem pelo Estreito de Magalhães e canais da Patagónia. Na intenção de evocar essa ancestral relação e o apelo que os portugueses sentem pelo Mar, o fotógrafo deixa cair sobre cada imagem um trecho manuscrito de Luís de Camões. 
O NRP Sagres estará ancorado no Porto de Aveiro, na Gafanha da Nazaré, aberto a visitas de público nos próximos dias 21 e 22 de Setembro nos seguintes horários:

» Dia 21SET13 – das 14h30 às 23h00

» Dia 22SET13 – das 10h00 às 23h00

A chegada do navio está prevista para sábado, 21SET13, pelas 9h30 (entrada na Barra) e a sua saída na segunda-feira 23SET13 pelas 14h45

Nota: Informação da CMI

Mudam-se os tempos...





Este governo não pára de nos surpreender.
O ensino de Inglês nas atividades de enriquecimento curricular (AEC), do 1. º Ciclo do Ensino Básico, deixou de ser obrigatório.
No despacho nº 9265-B/2013, assinado em julho pelo ministro da Educação, Nuno Crato, não refere qualquer obrigatoriedade em relação a esta disciplina, ao contrário do que acontecia no despacho anterior (n.º 14 460/2008 (2.ª série) de 26 de Maio), em que era especificado que “os planos de atividades dos agrupamentos de escolas incluem obrigatoriamente para todo o 1.º ciclo, como atividades de enriquecimento curricular, as seguintes: Apoio ao estudo e Ensino do inglês.”
Agora, ao encurtar as Atividades de Enriquecimento Curricular (AECs) o ministro da Educação acabou com a obrigatoriedade do ensino de Inglês. Cabe às escolas decidir. Refere Nuno Crato que prefere as palavras autonomia e liberdade, à palavra obrigatório! 

Ler a realidade social e a própria vida

António Marcelino



«Passaram pela minha vida mudanças sociais e acontecimentos que me foram ensinando a alegrar-me com os que estão alegres e a sofrer com os sofredores. Abriu-se-me um mundo de oportunidades que me estimulam e me empurram. Sou emigrante desde criança. Doze anos na minha terra, outros tantos no Seminário, três em Roma, dezoito em Portalegre, pouco mais de cinco em Lisboa e há perto de trinta e três em Aveiro. Nunca me senti contrafeito, nem a mais. Gostei de estar onde estive. Aí regresso com uma alegria serena. Nunca vi que a minha presença fosse incómoda. Não me alvoracei com honras e encargos. Nunca me senti triste ou vencido por não ser reconhecido ou pelo que não pude fazer ou as circunstâncias me lo vedaram. Vivo reconciliado com a vida e comigo próprio, sem inimigos. E amigos? Agora, talvez mais amigos do personagem bispo que fui, do que da pessoa do bispo que sou. De ontem ou de hoje, os verdadeiros amigos não fazem distinções. São amigos.»

António Marcelino

Quarta Guerra Mundial


"Não sei com quais armas se lutará na terceira Guerra Mundial, mas sim sei com quais lutarão na quarta Guerra Mundial: Paus e maças".

Albert Einstein (1879-1955)


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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Senhora dos Navegantes






"Mais um ano, em Setembro, lá vamos à romaria lagunar! Tanto quanto me recordo, da minha meninice, a Festa da Senhora dos Navegantes tinha a marcá-la, como pormenor típico, uma procissão até ao mar, para além do que era habitual em festas, com uma mistura de religioso e de profano.
Celebrava-se na última segunda-feira de Setembro, depois do domingo da Senhora da Saúde, uma das festas lagunares mais concorridas, a seguir ao S. Paio. Já foi! Nunca troquei uma boa segunda-feira da Senhora da Saúde pela festa dos vizinhos, mas, notava a falta de algumas tendas de bugigangas que já tinham «levantado ferro», para estarem presentes na festa da Barra (assim se dizia).
Depois de algumas alterações e interregnos, a procissão lagunar em honra da Senhora dos Navegantes é uma iguaria a não perder, aproveitando, ao mesmo tempo o grande prazer que é marear na laguna, de moliceiro. A noite foi agitada, com a preocupação da alvorada e com receio do tempo nebuloso anunciado.
E, pelas 8 horas, o dia acordou sonolento e embrumado. Uma cortina cerrada, qual pano de cena, completamente corrido, impedia-nos de ver a paisagem, Vida de marinheiro é assim!"

Texto e fotos de Ana Maria Lopes, no Marintimidades

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Soberba - Caridade


"Não é de admirar se a soberba gera a separação, 
a caridade, a unidade." 

Santo Agostinho (354 - 430)

O Marnoto Gafanhão — 8

Um texto póstumo de Ângelo Ribau

No Outono

Tinha terminado a safra da marinha. Agora havia que terminar as colheitas. O feijão já estava nas caixas, seco e preparado para ser consumido até à próxima colheita, no ano seguinte. Havia agora que colher o resto do milho, que começava a aloirar nas terras. As suas canoilas grossas eram difíceis de cortar com a foicinha. Era necessário aplicar muita força para executar o serviço!
Apanhado, era carregado para a eira, onde era desmantado e as espigas postas a secar. Secas, estas eram debulhadas a malho como antigamente, ou mais recentemente, com debulhadora mecânica, alugada para o efeito.
Feito isto, o grão era posto a secar na eira, onde depois de seco era erguido numa máquina (o erguedor) e voltava novamente para a eira para que ficasse devidamente seco e pudesse ser armazenado sem qualquer humidade. Caso assim não fosse, havia o perigo de o grão com a humidade aquecer e “queimar”.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O sonho comanda a vida

ARRANQUE DO ANO LETIVO

A rainha coroada 


“Nunca diga, a uma criança,
 que os seus sonhos são tolice. 
Poucas coisas no mundo são tão humilhantes…”

Willian Shakespeare


Neste dia de início de aulas, com tantos olhinhos a perscrutarem o íntimo da teacher, ocorre-me à memória, uma pequena história que sintetiza o papel daqueles que hoje se preparam para iniciar a maratona do ano.
“Conta-se que duas crianças, de tenra idade, patinavam, num lago, que havia congelado.
Era uma tarde nublada, fria, e as crianças brincavam sem preocupação.
De repente, o gelo quebrou-se e uma das crianças caiu na água.

Duas guerras

Crónica de Bento Domingues no PÚBLICO de ontem