sábado, 17 de agosto de 2013

“TIREM AS MÃOS DO NOSSO ROCHEDO”



"Uma das razões pelas quais a União Europeia não pode ter o upgrade político que os engenheiros utópicos do europeísmo desejam é porque, como velho continente, - muita guerra geopolítica, nacional, e civil durante muitos séculos, muitas raças, culturas, tradições “história” hard, - só com muita prudência se pode avançar sem retirar debaixo do tapete um dos múltiplos conflitos nacionais que lá estão escondidos. Um desses, o “rochedo” inglês em território espanhol, está de novo a aquecer os ânimos entre o Reino Unido e a Espanha, motivando uma florida retórica bélica do Presidente da Câmara de Londres. Espanha que, por sua vez, têm umas possessões em Marrocos, de que também não quer ouvir falar que não são “espanholas”. Se começarmos por Portugal, estamos em perfeita felicidade, porque Olivença se bem que não inteiramente “resolvida”, não excita ninguém a não ser o seu Grupo de Amigos."

Li no Abrupto


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Fogo abençoado




"A divisão/ruptura diz respeito a tudo o que está mal e pretende fazer manifestar a bondade e a beleza e, com a sua energia, irradiar e contagiar os laços familiares, as relações de vizinhança, os pactos de amizade desvirtuados, as regras económicas.
O fogo purificador e a divisão sanadora garantem o brotar da aurora de uma nova humanidade onde florescerá a justiça e a paz para sempre."

Georgino Rocha

Festival do Bacalhau: Uma festa para continuar

Amanhã, domingo, encerra mais uma edição 



Amanhã, domingo, por volta da meia-noite, encerra mais uma edição do Festival do Bacalhau, uma iniciativa que está a criar raízes na Gafanha da Nazaré. Trata-se de uma festa levada a cabo pela Câmara Municipal e pela Confraria Gastronómica do Bacalhau, com a preciosa colaboração de instituições do município de Ílhavo, que tem atraído muitos milhares de visitantes. No próximo ano há mais. Aproveite quem ainda lá não foi. Não apenas para saborear o "fiel amigo", já por si uma razão de peso, mas ainda para se familiarizar com os nossos artesãos, de qualidade indesmentível, em número crescente na nossa região, tanto quanto me vou apercebendo.  

O rosto de Deus vivo

O que pensa Francisco 1. sobre Deus




«Assim, Deus encontra-se numa experiência de caminho: "Na experiência pessoal de Deus, não posso prescindir do caminho." Trata-se de uma experiência dinâmica, de procura por diversos caminhos: "o da dor, o da alegria, o da luz, o da escuridão." O homem actual tem dificuldade em encontrá-lO, porque anda disperso. Diria, portanto, ao homem de hoje que "faça a experiência de entrar na sua intimidade para conhecer o rosto de Deus. O Deus vivo é o que ele vai ver com os seus olhos, dentro do seu coração".»

Anselmo Borges

Capitais Imperiais — Praga

16 de Agosto 

Moldava em Praga (Foto do Google)

Praga e o seu rio Moldava

Ontem, 6.ª feira, o grupo da Vera-Cruz deu início à viagem para a sua digressão pelas capitais imperiais. 
Após as formalidades de embarque, no ambiente cosmopolita do aeroporto da Portela, entrámos na grande máquina da TAP e rumámos a Praga, aeroporto Ruzyne, onde chegámos às 19 horas locais, uma hora mais tarde que em Portugal. 
A História da República Checa começa em 1 de janeiro de 1993,  quando a Checoslováquia se dividiu, pacificamente, em dois países: a  República Checa e a Eslováquia. Praga é a capital e a maior cidade da República Checa, situada na margem do Vitava, conhecida como "cidade das cem cúpulas". É um dos mais belos e antigos centros urbanos da Europa, 
Fomos recebidos pela guia local, uma húngara chamada Verónica, que nos acompanhará durante toda a viagem e nos conduziu ao cais, para um passeio de barco, pelo rio Moldava, com jantar a bordo. 
É verdade que a beleza e singularidade de uma cidade dependem muito do rio que a atravessa. É esse rio que torna cada cidade única. O Moldava em Praga, o Danúbio, em Budapeste, o Sena, em Paris, o Tamisa, em Londres, o Tejo, em Lisboa, o Mondego em Coimbra... É impossível pensar em cada uma destas cidades, sem pensar no seu respectivo rio. O último referido, assoma-me muitas vezes à memória. Aquele amanhecer... dum S. João... inesquecível! 

Capitais Imperiais

Capitais Imperiais 
vão passar por este blogue


Donzília Almeida



A meu pedido, e como já aconteceu diversas vezes, a minha assídua e sempre oportuna colaboradora Maria Donzília Almeida vai partilhar, no meu blogue, as suas crónicas de viagem, desta feita a partir de um périplo pelas Capitais Imperiais. Sei que desta forma nos vai enriquecer a todos, já que é uma atenta e sensível cronista, capaz de nos conduzir, por terras e ambientes decerto pouco familiares ao comum dos mortais, a mundos porventura de sonhos e fascínios, que hão de amenizar a pena que sentimos de por aqui ficarmos unicamente à volta do Festival do Bacalhau, já de si tão importante para afugentar a tristeza provocada pelos que nos (des)governam.
Desejamos à nossa amiga Donzília e ao grupo que a acolheu, liderado pelo Padre Manuel Joaquim Rocha, Prior da Vera-Cruz, em Aveiro, uma excelente viagem, cujos reflexos hão de chegar ao Pela Positiva e seus fiéis leitores.

Fernando Martins

Férias em tempos difíceis - 4

O TEMPO LIVRE SÓ POR SI NÃO LIBERTA




"Será esta a primeira conclusão a destacar ao longo de toda a vida. Ter tempo livre é uma condição necessária mas não suficiente para se "saber viver". Pelo contrário, ter tempo livre pode em todas as idades ser uma condição de degradação."

Li aqui


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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Gafanha da Nazaré no "Portugal em Festa"

Domingo, das 14 às 20 horas, 
no Jardim Oudinot

Jardim Oudinot

A Gafanha da Nazaré vai estar, no domingo, entre as 14 e as 20 horas,  no programa da SIC "Portugal em Festa", que assenta arraiais no Jardim Oudinot. Esta é uma iniciativa integrada no "Festival do Bacalhau", com  patrocinada da Câmara de Ílhavo.
O programa vai ter como apresentadores Rita Ferra Rodrigues e José Figueiras, estando prevista muita animação, boa disposição e grande entusiasmo, tendo como objetivo mostrar o que há de melhor no município.
Nesta edição do  "Portugal em Festa", vão estar presentes o nosso património e cultura, as nossas gentes e gastronomia, bem como a história do município que é tido, legitimamente,  como "Capital Portuguesa do Bacalhau".


Tiranias

«Muitos odeiam a tirania 
apenas para que possam estabelecer a sua.»

Platão (427-347 a.C.), filósofo

Nota: Que grande verdade!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

São Jacinto

Uma curta visita
para matar saudades



Passei há dias por São Jacinto para matar saudades dos tempos em que lá trabalhei e onde conheci e convivi com gente trabalhadora e muito simpática. Eram tempos de muito trabalho nos Estaleiros de São Jacinto, mais conhecido por Estaleiros do Roeder, nome do seu fundador e grande industrial de visão de futuro. Os estaleiros eram um grande empregador da região, mas também lá estava a Aviação Naval, que entretanto se virou para a Força Aérea. Houve uma seca do bacalhau e muitos homens e rapazes dedicavam-se à pesca, atividade que ainda se mantém. Estaleiros e seca deixaram tristes e abandonados vestígios, mas o povo se São Jacinto precisava de muito mais para sobreviver com trabalho digno, sem ter que se deslocar, que as viagens são caras. 
Andei pelas ruas, passei por lugares mais centrais, apreciei a serenidade da terra separada da sede do concelho (Aveiro) pela ria, que nunca se vislumbrou vontade férrea de construir uma ponte, à semelhança da Ponte da Varela, que liga Murtosa à Torreira. Mas isso é outra história. Dizia-se, há anos, que era preciso manter a praia com toda a sua virgindade, de braço dado com a virgindade da Reserva Natural da Mata de São Jacinto. 
Vi muitas pessoas. Nas mais velhas tentei adivinhar nomes de eventuais alunos de há 50 anos. Com medo de errar, não fiz perguntas, mas as feições até me pareciam de gente que me era familiar. Alguns cafés fecharam (dizia-me um transeunte que a ASAE foi a causadora). Num deles, onde almoçava, as caldeiradas não faltavam, com peixe fresco a saltar da laguna. Nunca me cansei desse prato. E recordei o dia em que me armei em esperto quando quis comprar na lota ao ar livre e à beira-ria um lote de pescado. Saiu-me caro. Mas uma senhora, que me conhecia, perguntou-me, baixinho: «Quer levar mais peixe?» Eu respondi que sim e então ela entrou na lengalenga, com conhecimento das regras. Comprou-me o dobro do peixe pelo mesmo preço. Por que motivo me armei em esperto?