quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A Caminho do Natal - 4


Neste Advento procurar a beleza de Deus

A bênção de Aarão augurava a cada crente israelita: «O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face» (Números 6,25), palavras que celebram e despertam a beleza de crer.
Imaginar que Deus tem um rosto que refulge, luminoso, significa afirmar que Deus é beleza, que tem um coração de luz.
A nossa tarefa mais urgente é repintar o ícone de Deus: descobrir um Deus luminoso, um Deus solar, rico não de tronos e de poderes, mas aquele cujo verdadeiro tabernáculo é a luminosidade de um rosto, o Deus de grandes braços e com um rosto de luz, o Deus finalmente belo, presságio de alegria.
Deus já não pode ser empobrecido ou diminuído pelas culpas do homem. Ele é energia, futuro, sentido, mão viva que toca nos olhos e os abre, e, onde Ele se poisa, traz luz e faz nascer. Das suas mãos flui a vida, como rio e como sol, jubilosa e imparável.
Deixamos um convite para empreender uma viagem rumo ao rosto belo de Deus, para uma pesquisa onde a viagem é verdadeira; sobre ela, uma estrela polar e, ao longo da rota, algumas regras de navegação:

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A Caminho do Natal - 3

BILHARACOS À MODA DA GAFANHA



 Ingredientes ...

2 Kg de Abóbora 
Raspa de 1 limão 
400 g de Açúcar 
200 g de farinha de trigo 
3 ovos inteiros 
Canela q.b. 
1 cálice de aguardente. 

Como se faz ... 

Cozer a abóbora na véspera, com alguma água e uma pitada de sal. 
Depois de cozida, coloca-se dentro de um pano pendurado, a escorrer. 
Vinte e quatro horas depois prepara-se a massa, misturando todos os ingredientes. 
Fazem-se pequenas bolinhas dessa massa que vão a fritar em óleo abundante e a elevada temperatura. 
Tirados da fritadeira, os bilharacos são escorridos e colocados numa travessa onde são polvilhados com açúcar e canela.

Li aqui

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Escola Secundária: Um novo edifício para novos tempos

Sala de convívio dos alunos

A visita guiada ao renovado e ampliado edifício da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, com 850 alunos e 112 docentes, tendo como cicerone o professor António Rodrigues, fez-nos recuar décadas, até aos tempos de pobreza incrível em muitíssimas escolas do nosso país, onde bons edifícios e melhores condições de trabalho, para professores e alunos, eram sonhos praticamente irrealizáveis, sobretudo ao nível do Ensino Primário, como então se dizia. Sem empregados de limpeza nem contínuos, sem aquecedores nem iluminação elétrica, com turmas de classes diferentes, sem material didático adequado. Uns mapas, carteiras quase sempre mais do que usadas, sem sanitários ou, quando os havia, frequentemente impróprios e anti-higiénicos. Era, realmente, uma pobreza, só compensada pela dedicação dos docentes. Hoje é diferente, para benefício de todos. Ainda bem. 
Entrei no novo edifício e fiquei extasiado. Amplos corredores e tudo bem iluminado, com recurso a novas tecnologias, luz direta em inúmeros espaços, salas de aula com todos os requisitos para uma excelente prática do ensino e aprendizagem, preparadas para projeções, condições acústicas estudadas ao pormenor, ginásio para tudo o que lhe é próprio e para conferências e audições musicais, pavilhão para desporto, laboratórios integrados nas zonas de aula. E salas de professores e alunos, com bar e recantos de convívio e de trabalho, e salas para receber pais de alunos, e secretaria espaçosa, e gabinetes ajustados às realidades, e biblioteca que se pretende com vida, e campos ao ar livre, e zonas verdes com passeios, e cobertos para muitas bicicletas. Enfim, uma escola para os novos tempos, de preferência sem crises. 

FM

NOTA: Entrevista com a presidente da Comissão Administrativa para breve

A Caminho do Natal - 2



Presépio (rede Global)

NATAL

Sobre a palha loura
Dorme a rir, Jesus:
Tudo a rir se doura
De inocente luz.

Há no olhar etéreo,
Do boizinho bento
Sonhos de mistério
Num deslumbramento...

Chegam pegureiros:
Chegam-se ao redor,
Tal e qual cordeiros
Para o seu pastor.

Anhos que vêm vindo
Põem-se a meditar;
Que zagal tão lindo
Para nos guiar!

Ajoelham magos,
Êxtase profundo!...
Com os olhos vagos
No Senhor do Mundo...

E a banhada em pranto
Mãe se transfigura,
Por divino encanto,
Numa virgem pura.

Guerra Junqueiro

domingo, 2 de dezembro de 2012

Pessoas que nos marcam...

Maria Donzília Almeida 


Para Samuel Ribau, 
no dia do seu  aniversário 
 3 de dezembro 

“Há palavras que nos beijam 
como se tivessem boca...” 


Ocorrem-me à mente, as palavras de Alexandre O’ Neill, no contexto das recordações...de gente que me marcou, indelevelmente, pela positiva. Parafraseando o poeta, eu diria que há pessoas que nos tocam, como se fossem veludo! 
No meu percurso profissional, houve alunos que se insinuaram na minha prática docente e para sempre deixaram o seu rasto. 
Numa época, de tão pouco apego, à escola, da parte da malta miúda, numa era de indisciplina institucionalizada, em que é necessário criar dispositivos de controle e mediação dos casos emergentes, retempera a alma recordar! 
Neste contexto da escola atual, recordo um petiz, filho desta gente de boa cepa da Gafanha e que se distinguiu da massa amorfa que muitas vezes preenche as salas de aula. Era um rapazinho vivaço, no bom sentido e que de muito cedo emergiu do grupo em que se movimentava. 
Fez um percurso escolar, certinho, como se diz em gíria docente e direi eu, que fui sua teacher, um percurso brilhante. Revelava muita facilidade nas aprendizagens, possuía um raciocínio arguto e acima de tudo, não era um betinho! Tinha as suas brincadeiras, como qualquer criança, alinhava nos jogos e atividades do recreio e partilhava, na sala de aula, o seu saber. A sua facilidade na aquisição de conhecimentos, permitia-lhe ajudar, os colegas, menos dotados intelectualmente. Era um querido, pensavam e diziam todos! Hoje, passados 15 anos, a frequentar o curso de Engenharia Civil na UA, é o mesmo Samuel Ribau de sempre! Com uma formação moral e humana, pouco comuns, nos dias de hoje, concilia uma panóplia de atividades. 

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

Combate à recessão litúrgica (II)





Dia 1 de Dezembro

Maria Donzília Almeida



Há quatro séculos atrás, houve um homem de estatura que restituiu a Portugal, a independência perdida, aquando da morte de D. Sebastião. Hoje, volvido todo esse tempo, num país moribundo, a estrebuchar, faminto, não haverá um homem, com... os neurónios no sítio..... que o devolva à sua vilipendiada dignidade?
Hoje, a conversa entre o Zé da Rosa e a sua interlocutora versou a data da restauração da independência e a envolvência histórica que Portugal atravessava.
E, com a memória a fazer jus a uma clarividência e cultura surpreendentes, o Zé discorreu e evocou os vários acontecimentos dessa data.
A morte de D. Sebastião, em 1578, em Alcácer-Quibir, apesar da sucessão do Cardeal D. Henrique -1580, deu origem a uma crise dinástica. Nas Cortes de Tomar de 1580, Filipe II de Espanha é aclamado rei de Portugal, Filipe I de Portugal.
Filipe I e os seus sucessores, Filipe II e Filipe III, não respeitaram o que fora combinado nas Cortes de Tomar.
A interlocutora bebia-lhe as palavras.