quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O Dia das Bruxas

Maria Donzília Almeida



Hoje, comemora-se no mundo anglo-saxónico, o famoso Hallowe'en, ou Dia das Bruxas!
As crianças andam de porta em porta, a repetir a lenga-lenga: Sweet or treat!
Smell my feet!
Give me something good to eat!

É uma tradição de longa data, muito comemorada nos países referidos.
Cá, em Portugal, como somos uns imitadores, por excelência, importámos as manifestações materiais da celebração! Somos exímios nisso, na pura imitação, mas, habitualmente, só no pior sentido.
Até aqui, nas Gafanhas vemos as bruxinhas e fantasmas, a pulular pelas ruas, à noite, a tocar às campaínhas das portas, a pedir guloseimas às pessoas! Eu que lido com as tais criancinhas no local de trabalho, em sentido de trabalho e cooperação, nem sempre na melhor relação pedagógica, tenho alguma dificuldade em lidar com o seu à vontade e até, algum atrevimento, neste particular. Algumas são acompanhadas pelos paizinhos, que vêm de carro, atrás do cortejo, dando o apoio logístico que acham necessário!?
Desvirtuação da nossa realidade e apropriação do que nada tem a ver com a nossa cultura! Quando deixaremos de ser meros imitadores de passerele e nos afirmamos nos nossos genuinos costumes e tradições, que são tão ricos?

31.10.2012


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A riqueza do homem é a sua pessoa e não o seu dinheiro

 


ALEGRAI-VOS E EXULTAI
Georgino Rocha

É apelo, que se faz convite e exortação, dirigido por Jesus aos discípulos ao terminar o ensinamento sobre as bem-aventuranças. E a justificação vem logo a seguir: “Porque é grande nos Céus a vossa recompensa”.
Os discípulos são aconselhados a viverem na alegria exultante as situações de difamação e insulto, de perseguição e enxovalho à sua dignidade; situações criadas “por minha causa”, por serem coerentes com as atitudes de Jesus, o divino Mestre; atentados provocados por quem não tolera mais o seu estilo de vida, o seu testemunho.
O quadro de referências está traçado, os termos são claros, é grande a provocação e maior o desafio. A novidade da proposta de realização feliz de toda a pessoa vai ser solenemente anunciada. No cimo da montanha, como outrora Moisés no Sinai, Jesus declara honoráveis os pobres por decisão própria, os espoliados injustamente do seu nome e dos seus bens, os generosos voluntários da paz, os perseguidos por defenderam a justiça. A honorabilidade provém de Deus porque estas atitudes refletem e concretizam as suas preferências e o seu agir, continuam na história o estilo de vida do seu Filho Jesus e vão-se configurando no proceder de cada discípulo e de cada comunidade cristã.

“O país aguenta mais austeridade?... Ai aguenta, aguenta”

Aguentará mesmo?




«O presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich, afirmou esta terça-feira [ontem] que o país tem de aguentar mais austeridade e mostrou-se “chocado” com “pessoas com responsabilidade” que querem levar Portugal para a situação da Grécia.»


Às vezes nem sei o que passa pela cabeça de algumas  pessoas para fazerem as afirmações que fazem, O presidente do BPI é uma dessas. Já nos habituou a tiradas destas, fazendo de nós uns analfabetos reais ou em potência.  Se ele dissesse que alguns portugueses podem e devem suportar mais austeridade, como ele e outros que ganham fortunas por ano, com ordenados de luxo, regalias, prémios e nem sei que mais, estaria a dizer coisa certa. Mas  Fernando Ulrich esqueceu-se da grande maioria que vive com o salário mínimo, reformas miseráveis ou, pior ainda, que está no desemprego. Será que os portugueses poderão mesmo sobreviver, com o mínimo de dignidade, com os rendimentos modestíssimos que possuem?  

Li aqui

A esperança e a crise

"A esperança é o único bem comum a todos os homens"

Nos dias de hoje, muito difíceis, o que nos vale, se é que vale, é a esperança. Se a perdermos ou se duvidarmos da sua existência nos nossos pensamentos, ficaremos muito mal. 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Jeremias Bandarra na Igreja da Senhora da Saúde


Um artista multifacetado com grande sensibilidade



O Jeremias Bandarra é um artista multifacetado, com Aveiro sempre presente. Pertence a uma família de artistas e sua filha, a Sara Bandarra, já lhe segue os passos há muito. A arte está no ADN dos Bandarras e penso até que, por isso, brota deles naturalmente. Talvez por isso, estão frequentemente a ser solicitados.
O Jeremias Bandarra alia às artes uma sensibilidade muito grande, Quantas vezes, ou sempre, marcada por uma espiritualidade que me toca profundamente. Por isso o admiro ainda mais.
Quando um dia destes fui à Costa Nova, numa visita matinal, não podia deixar de visitar o Jeremias, onde sabia há muito que ele “morava” ali num recanto de serenidade e de paz — a Igreja de Nossa Senhora da Saúde. E então aqui deixo um convite para que passem por lá, nem que seja apenas para se inebriarem com as suas cores, traços e tonalidade, barcos e mar, mas também com o sentido do belo que nos envolve e nos guia, com o anjo  a alumiar a rota. 

domingo, 28 de outubro de 2012

Mais atentos ao que é nosso



Gosto de sentir que, entre gafanhões, há muitas ideias sobre a Gafanha da Nazaré, no sentido de a tornar mais apetecível para viver e usufruir. Ainda bem. Nas conversas informais, onde quer que estejamos, há sempre quem adiante sugestões interessantes que, se levadas a cabo, seriam uma mais-valia para o desenvolvimento de muitos setores.
A Gafanha da Nazaré tem diversas instituições que nasceram graças à visão de muitos conterrâneos nossos, quer de âmbito cultura e social, desportivo e religioso, académico e profissional, mas também económico e recreativo. Contudo, algumas delas raramente recebem por parte das pessoas um apoio declarado, uma atenção interessada ou um simples olhar de simpatia.
Acho, portanto, que temos de estar mais atentos ao que é nosso.

Nota: Um texto que encontrei perdido nos meus arquivos.

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Já chega de concílio?

Li no PÚBLICO de hoje




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Dia Mundial da 3.ª Idade: 28 de outubro

Por Maria Donzília Almeida




Quando o Zé viu a Maria
Seu rosto se iluminou
E num golpe de magia
A Luz se incendiou!

Sentou-se à beira do ancião, com o bloco de notas na mão. Ia fazer-lhe uma entrevista.
A conversa fluía...numa moldura de afetividade. Falou dos seus tempos de juventude, da sua ida para a tropa, em 1940, com 20 anos, do seu regresso, no dia em que completava 22 anos. Foi aí, a sua primeira grande aprendizagem da vida. O tempo de recruta foi passado em Tancos, na arma de engenharia, segundo explicou. Havia várias especialidades, dentro daquela: os mineiros, os sapadores mineiros, os automobilistas e os sapadores caminhos-de-ferro.
À memória vinham as cenas dos bons velhos tempos, em que havia energia em superavit. A interlocutora ouvia, extasiada, a imaginar aquele belo mancebo, esbelto de 1,70m, e observava o brilho que assomara aos olhos do seu progenitor. No ano de 1940, houve um verão muito quente, pelo que. o Ministério da Guerra, que em 1950 passou a designar-se Ministério do Exército, tomou uma medida muito popular: os recrutas eram poupados aos rigores da canícula, na instrução militar, logo após o almoço. Assim, foi instituída “la siesta”, como dizem os nuestros hermanos! Numa época em que estavam, no poder, homens inteligentes, havia políticas que defendiam os interesses e a integridade física dos mancebos. É assim que se tem o povo nas mãos, indo ao encontro das suas necessidades!

sábado, 27 de outubro de 2012

Santa Maria Manuela na Figueira da Foz






O Lugre histórico de quatro mastros, Navio de Treino de Mar “SANTA MARIA MANUELA”, está de visita à cidade da Figueira da Foz este fim de semana, encontrando-se aberto a visitas no Sábado e no Domingo, das 10 às 22 horas
O Comandante e a sua tripulação terão todo o gosto em receber a bordo os visitantes dar-lhes e todas as informações sobre o navio, a sua história e a sua actual actividade.

Li aqui
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A lição da vida

"Não aprendeu a lição da vida quem não vence um medo a cada dia"

Ralph Waldo Emerson (1803-1882)

É bem verdade. O importante é enfrentar os medos e ultrapassá-los com coragem. Todos os dias, todos os momentos, com determinação. Dos medrosos e dos fracos não reza a história.


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Dia Nacional da Desburocratização:27 de outubro

Maria Donzília Almeida

Sátira

Desburocratização?
Que raio de palavrão!
Nesta pequena nação,
Mergulhada em corrupção,
Será sonho, ou ambição?
Utopia ou maldição?
É grande preocupação
Para o humilde cidadão,
Que gasta um dinheirão
Em tempo e consumição!
Mas, ali mesmo à mão,
Ao virar da esquina, ou não.
Fica a Loja do Cidadão!
Há uma enorme multidão
Que anseia uma solução
No meio da profusão
De gente atrás dum balcão!
Nunca há antecipação.
A espera é uma aflição
Sempre com o ticket na mão;
Às vezes uma imprecação,
Outras, a mera intenção
Entra em interação!
Chega a vez, é uma bênção!
Desburocratização?
Consumou-se? Ainda não!!!



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Da nossa vida podemos fazer uma obra de arte ou um desastre

Luto(s). Por quem os sinos dobram

ANSELMO BORGES

Várias vezes me perguntaram por que é que não escrevia algo sobre o(s) luto(s). Aí fica então a tentativa (hoje e no próximo sábado) de satisfazer esses pedidos. E faço-o nesta ocasião, porque, num tempo em que a morte se tornou tabu - o último tabu -, as nossas sociedades permitem que os mortos nos visitem nestes dias, concretamente 1 e 2 de Novembro.
O dia 1 será este ano feriado nacional pela última vez. Permita-se-me, neste contexto, que manifeste a minha total discordância pelo facto de, na negociação do fim de dois feriados religiosos, a Santa Sé - o Vaticano, na linguagem corrente - ter optado por cortar o dia de Todos os Santos em vez do dia 15 de Agosto, Assunção de Nossa Senhora. Afinal, já havia uma festa dedicada a Nossa Senhora, a Imaculada Conceição, no dia 8 de Dezembro. E os dias 1 e 2 de Novembro são mais universais, pois são os dias da Memória e da Interrogação.

A necessidade força-o a pedir esmola


CORAGEM! ELE ESTÁ A CHAMAR-TE

Georgino Rocha


Esta exortação “faz a ponte” entre o grito confiante de Bartimeu e a atenção que Jesus lhe quer dispensar. Condensa e exprime o desejo recíproco do encontro, do diálogo pretendido, da compaixão suplicada. Evidencia a situação de quem está retido à beira dos caminhos da vida e dos que livremente vão fazendo o seu percurso, integrando-se nas multidões ou acolhendo-se a grupos de preferência.
Marcos narra o episódio do cego de Jericó, colocando-o pedagogicamente após a tensão surgida entre os apóstolos por causa de saber quem entre eles é o maior e antes de se “fazerem ao caminho” que o Mestre decididamente ia tomar rumo a Jerusalém. Aqui, se desvendará quem é o primeiro no reino de Deus: o que, por amor, a tudo se sujeita, mesmo à morte de cruz. O autor pretende “desenhar” o perfil do verdadeiro discípulo.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Será que somos capazes de escutar o clamor dos pobres?


Verdade nas palavras e nos gestos

Por António Marcelino


Dói e incomoda ver a Igreja dizer que “As alegrais e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens do nosso tempo” são as suas e as dos discípulos de Cristo e “que nada existe de verdadeiramente humano que não encontre eco no seu coração”. O bem não tem história, é verdade, e o que se faz de bem considera-se normal na linha do Evangelho de Cristo. Mas qual deve ser a leitura das omissões, das indiferenças, das insensibilidades que levam a não considerar as prioridades das pessoas, quando não mesmo a esquecê-las ou menosprezá-las? As épocas de crise que afetam a vida das pessoas são especialmente propícias para considerarmos as nossas atitudes, gestos de partilha, prioridades pessoais e comunitárias. É verdade que as instituições da Igreja estão, em todo o lado, na fila da frente no apoio às vítimas das crises sociais. Mas elas não agem por procuração e, em muitos casos, pouco podem contar com os diversos membros e instâncias da Igreja, mormente quando programam e gastam como se vivêssemos no melhor dos mundos.
Será que todos nós, cristãos, somos capazes de escutar o clamor dos pobres, como grito que não permite delongas e nos convida a rever, com coerência, o que fazemos e o que deixamos de fazer? 

Pablo Picasso nasceu neste dia

25 de outubro de 1881

Guernica (da rede global)

Picasso, um dos maiores génios da pintura universal, nasceu neste dia de 1881. Faleceu em 1973. 
As efemérides que celebramos servem para nos recordarem aqueles que da lei da morte se libertaram, no dizer sábio e poético do nosso Camões. 

Sobre Picasso, por ler aqui

Congresso da Região de Aveiro 2013

27 e 28 de fevereiro




O Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) deliberou marcar o Congresso da Região de Aveiro de 2013 para os dias 27 e 28 de Fevereiro, estando neste momento a ultimar alguns pormenores do seu programa, que será apresentado publicamente até final de Novembro 2012. 
A CIRA pretende que, à semelhança do Congresso da Região de 2011, seja criado um momento de apresentação, discussão e debate dos principais assuntos e projectos da Região de Aveiro.

Fonte: CIRA

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Santuário de Schoenstatt acolhe peregrinação diocesana

Domingo, 28 de outubro, 15.30 horas


«No próximo domingo, dia 28, o Santuário de Schoenstatt, na Gafanha da Nazaré, acolhe a já habitual peregrinação diocesana para celebrar a festa do Santuário. 
A peregrinação tem o seguinte programa: 15h30 – Acolhimento; 15h45 – Apresentação do momento celebrativo, em Schoenstatt (Alemanha), da coroação de Mãe Peregrina como Rainha da Nova Evangelização, presidido pelo Arcebispo Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização. 16h20 – Oração do Terço; 17h00 – Eucaristia presidida por D. António Francisco, Bispo de Aveiro.

Tabaco: Plano de desabituação


Encontrei, em tempo que já lá vai, estes avisos num café de Buarcos. Numa época, como a atual, de apertar o cinto, vem mesmo a propósito. Deixar de fumar sempre deixa uns euritos no bolso por mês. E também faz muito bem à saúde. 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Maneiras de ver a vida

"Há duas maneiras de se ver a vida: Uma é pensar que não existem milagres e a outra é acreditar que tudo é um milagre."

Albert Einstein (1879–1955)


Nota: O sábio chama a nossa atenção para o problema dos milagres. É como ele diz. Uns pensam que há milagres nas suas vidas a toda a hora; outros pensam precisamente o contrário, isto é, que os milagres são muitas vezes o fruto do nosso empenhamento, do nosso trabalho, da nossa persistência. Eu alinho mais nesta forma de vida. Estarei enganado?

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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Igreja de Aveiro em Missão Jubilar

A Igreja Aveirense abriu ontem as portas para celebrar os 75 anos da restauração da Diocese de Aveiro, que aconteceu em 11 de dezembro de 1938. Até lá, vai vigorar entre nós, nesta diocese de mar e serra, o espírito de missão, com um programa dinamizador multifacetado e abrangente, capaz de renovar mentalidades e de acolher contributos que nos estimulem na construção de um mundo mais fraterno.
Diz o nosso bispo, D. António Francisco, que chegou a hora de levantar as amarras deste barco que é a Igreja Aveirense. Oxalá saibamos todos remar na mesma direção, em sintonia com as verdades que nos unem e com as certezas que nos animam, enquanto batizados.




«Hora de levantar as amarras deste Barco que é a Igreja, que queremos renovada na caridade, educadora da fé, Igreja orante, família de famílias, rosto de esperança para o mundo, para que saibamos colocar Deus nos novos mares da família, da escola, da profissão, da vida pública e da cultura e em tantos espaços humanos desertos, sem vida, sem fé, sem esperança e sem amor.

Hora para erguer e alargar a tenda de Deus, nas areias das nossas praias, nas planícies dos nossos campos, nas colinas das montanhas da nossa terra, nesta nova geografia da missão e neste tempo único da evangelização, uma tenda onde Deus envolva a nossa humanidade e aconchegue as feridas de tantas dores e as ânsias causadas por todos os medos.

Hora de mensagem levada às crianças e aos jovens, que lhes fale, em linguagem, por eles entendida, e em exemplos de vida, de que estão ávidos, da alegria de acreditar e do testemunho feliz da vocação que se refletem na beleza do nosso ministério, na diversidade dos carismas da vida consagrada e no amor das famílias.

Hora de oração, de celebração e de formação da fé, de vivência em comunidade cristã e em movimentos apostólicos, de abertura a novas compreensões do mundo e de diálogo com os não crentes, neste território comum de procura de sentido, onde a fé se faça companheira da vida e do futuro da humanidade.

Esta é a hora para edificar um santuário de gratidão aos sacerdotes, ali bem perto do Seminário, coração da Diocese, para que à esperança acrescida de novas vocações, que já vemos surgir, se alie o testemunho abençoado de tantas vidas dadas a Deus nesta Igreja de Aveiro.»

Ler mais aqui


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Neste dia nasceu Franz Liszt

22 de outubro de 1811





Ver aqui

Não deitem a perder um património de esperança

No PÚBLICO de ontem



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Chegada do outono: 23 de setembro

Por Maria Donzília Almeida


Couve-galega


O Outono pachorrento,
Com seus matizes de cor.
Abre a porta à chuva, ao vento
E à paleta do pintor!

Ainda há dias, referi as estivais temperaturas da estação cessante, a imiscuírem-se neste Outono incipiente e eis que a chuva e o vento, característicos da nova época, se fazem anunciar e entram em força!
Nunca, como hoje me senti tão agradecida ao Criador, na pessoa do seu assessor S. Pedro. Quando, no seu dia, 29 de Junho, plantei, na horta, a que os Ingleses, poeticamente, chamam, kitchen-garden, um punhado de couve-galega, entreguei nas mãos do santo a supervisão celeste da minha plantação!
Passaram três meses de pleno verão, com temperaturas altas a contrariar a vontade das couves de crescerem e ficarem viçosas, na promessa de um saboroso caldo verde.

domingo, 21 de outubro de 2012

Dia Mundial das Missões - 21 de outubro

Papa quer Igreja em «estado de serviço»

Bento XVI

«Bento XVI apelou hoje no Vaticano a uma Igreja em permanente “estado de serviço” à humanidade e a Deus, elogiando o testemunho de vida dos novos santos que proclamou no Dia Mundial das Missões.
O Papa falava durante a cerimónia de canonização de sete beatos católicos, entre os quais a primeira beata indígena norte-americana, Kateri Tekakwitha, nascida em 1656 no que é hoje o Estado de Nova Iorque (EUA) e falecida em 1680, no atual Canadá.
“Com coragem heroica eles consumiram a sua existência na consagração total a Deus e no serviço generoso aos irmãos. São filhos e filhas da Igreja, que escolheram a vereda do serviço seguindo o Senhor”, precisou.
Diante de milhares de pessoas reunidas para a celebração, Bento XVI apresentou detalhes sobre a vida de cada um dos novos santos, pedindo que os mesmos sejam “um encorajamento e um modelo” para os fiéis.
Falando de Tekekwhitha, o Papa elogiou “a firmeza na sua vocação tão particular na sua cultura. Nela, fé e cultura se enriqueceram mutuamente”.»

Fonte: Ecclesia

sábado, 20 de outubro de 2012

Um livro de Domingos Cardoso: Trabalho pioneiro no nosso país


Rita Marnoto na apresentação do livro 
“Pedras sem Tempo do Cemitério de Ílhavo” 

O Cemitério de Ílhavo 
faz parte do nosso brio, dos nossos afetos 

Rita Marnoto na apresentação do livro com Domingos Cardoso

«O nosso cemitério é único, não há outro, faz parte do nosso brio, dos nossos afetos, com as campas sempre arranjadas», disse Rita Marnoto, investigadora e responsável pela área de Estudos Italianos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, na apresentação do livro “Pedras sem Tempo do Cemitério de Ílhavo”, de Domingos Cardoso. A sessão decorreu no Hotel de Ílhavo, hoje, pelas 16 horas, com animação musical da Academia de Saberes de Aveiro e com a presença de muitos ilhavenses e outros amigos do autor. 
Rita Marnoto, numa autêntica lição de história, referiu que há quem venha a Ílhavo para apreciar o cemitério e «o seu silêncio», frisando que «o homem começou a celebrar os mortos antes de saber escrever». Disse que os monumentos mais antigos da humanidade são os monumentos funerários, havendo registos do século XVIII antes de Cristo. 

Na hora dos autógrafos

Reconhecendo que «na hora da morte somos todos iguais», sublinhou que «nem sempre foi assim». E se há túmulos de reis e bispos, a verdade é que o povo era ignorado na hora da morte e os seus restos mortais não tinham lugar na história; talvez fossem enterrados envoltos num simples lençol. Até Camões terá sido sepultado sem um simples lençol, lembrou a apresentadora da obra de Domingos Cardoso. 
A investigadora ilhavense afirmou que o livro “Pedras sem Tempo do Cemitério de Ílhavo” reflete um trabalho aturado do autor, com investigação e estudos a condizer, mas também com «magníficas fotografias» e excelente papel. E questionou-se: «Como é que uma relação tão íntima passa para um livro?» Trata-se de um trabalho pioneiro no nosso país, garantiu Rita Marnoto, salientando que nele se regista o modo como as pessoas vivem e morrem, sejam pobres ou ricas, mas também como se organiza um cemitério, «que é como uma cidade». 
A apresentadora da obra refletiu sobre os símbolos que mereceram uma atenção especial do autor, sendo assinalável a simbologia marítima, com âncoras e cordas. Afirmou, entretanto, que no cemitério contactamos com o sagrado, bem representado nos familiares que ali estão sepultados. Afinal, lembrou, «os cemitérios mostram-nos como estamos perto de Deus». 

Coral da Academia dos Saberes

Domingos Cardoso contou como lhe surgiu a ideia de abordar este tema. Foi há três anos, quando participava nas cerimónias de 1 de novembro. Olhou com atenção um túmulo da família Malaquias e nele contemplou «a densidade das pedras». E o trabalho começou com a pesquisa em arquivos e a leitura aturada para descobrir a história do cemitério de Ílhavo. Encontrou relatos extraordinários relacionados com os nossos antepassados, sobre as suas vidas e sobre o crescimento da nossa cidade. E reconheceu «que o que está no cemitério está à vista de todos, mas nem todos veem». O autor ainda homenageou neste trabalho  aos seus pais e demais antepassados.
O livro, que foi uma edição de autor, pode ser pedido a Domingos Cardoso pelo telefone (234185375) ou por e-mail dfc46@gmail.com
Sobre o livro “Pedras sem Tempo do Cemitério de Ílhavo” direi mais quando o ler. 

Fernando Martins