quinta-feira, 10 de maio de 2012

"Silêncio e palavra: caminho de evangelização."

Dia Mundial das Comunicações Sociais — 20 de maio 




«Grande parte da dinâmica actual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas. Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes. Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar? É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo, feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem.»

Da contemplação


Do mais recente livro de José Mattoso 
que acabei de ler

«Com efeito, a contemplação mostra-nos a fantástica variedade, complexidade e coerência dos fenómenos da vida, da constituição da matéria, e da prodigiosa dimensão e regularidade do mundo cósmico. A contemplação intensifica a fruição da arte na música, na pintura, na poesia, no teatro e no cinema. A contemplação torna-nos sensíveis ao riso e à frescura das crianças e de tudo o que começa de novo. A contemplação faz-nos descobrir em toda a parte homens e mulheres inesperadamente inventivos, generosos e honestos. A contemplação inspira-nos o respeito e a admiração por quem é capaz de manter a dignidade face ao sadismo dos torcionários nas prisões e campos de concentração. A contemplação abre os nossos ouvidos ao clamor dos famintos e dos oprimidos em todo o mundo e em toda a História, e faz-nos partilhar com eles a compaixão pela humanidade ferida.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Universidade Sénior no World Press Photo






Ontem, dia 8, os alunos de comunicação/fotografia da US da Fundação Prior Sardo, acompanhados por amigos, foram a Lisboa onde visitaram a maior exposição de fotojornalismo do planeta, do World Press Photo, com as principais fotografias premiadas. 
Nesta exposição, podem ver-se fotografias de grande dramatismo social como o tsunami no Japão, a caça a espécies em vias de extinção na África do Sul e na China, a morte de Kadhafi, a guerra no Afeganistão, as revoltas nos países Árabes, a violência em países como a Bolívia, China, Congo, Senegal. Exposição a ver e a rever, nem que seja para acordar consciências…. 
No Museu de Marinha, e com a presença do Comandante Rodrigues Pereira, antigo Capitão do Porto de Aveiro e antigo diretor daquele museu, os seniores “foram guiados” através da história do referido espaço museológico e das descobertas marítimas realizadas até aos nossos dias.

MANDELA - Um santo laico


9 de maio

Nelson Mandela

Mandela torna-se o primeiro 
presidente negro da África do Sul

Nelson Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul, neste dia de 1994. Não foi um presidente qualquer nem é um homem qualquer. É um HOMEM de estatura superior, um cidadão com uma capacidade rara para perdoar, um político que aposta no diálogo e na proximidade sem exclusões de ninguém, um santo laico que soube e sabe levar à prática a vitória assente num pacifismo humanista que transcende as politiquices e as lutas sem regras pelo poder que embriagam consciências.
Eu disse e reafirmo que Mandela é um santo laico pela ternura que irradia, pelas lições de vida exemplar que nos tocam, pela bondade que dimana da sua alma límpida.
Que Deus o proteja, para que a sua lucidez continue connosco.

FM 

Efeméride: Dia da Europa


9 de maio




Uma comunidade de interesses pacíficos

«Que é que se celebra no Dia da Europa?

Quando, em 9 de maio de 1950, propôs à República Federal da Alemanha e aos outros países europeus que quisessem associar-se a criação de uma comunidade de interesses pacíficos, Robert Schuman realizou um acto histórico. Ao estender a mão aos adversários da véspera, não só apagava os rancores da guerra e o peso do passado como desencadeava um processo totalmente novo na ordem das relações internacionais, ao propor a velhas nações, pelo exercício conjunto das suas próprias soberanias, a recuperação da influência que cada uma delas se revelava impotente para exercer sozinha. Esta proposta de robert Schuman, conhecida como "Declaração Schuman", é considerada o começo da criação do que é hoje a União Europeia. Na Cimeira de Milão de 1985, os Chefes de Estado e de Governo decidiram celebrar o dia 9 de maio como "Dia da Europa".

Lá se vão os feriados

Lá se vão quatro feriados. A mim, e a muitos como eu, aposentado, não faz grande diferença haver ou não haver feriados. Todos os dias, faça sol ou venha chuva, são dias de trabalho, voluntário, livre. E também dias de lazer. Tudo ao sabor da maré.
Agora, com a Troika a ditar leis, é preciso trabalhar mais, dizem os entendidos. Cá para mim, a produtividade ficará na mesma e quem paga as favas são os trabalhadores, que ficam sem uns dias para descanso. Penso que  é injusto. 
Os feriados há muito que serviam simplesmente para descanso e lazer. Poucos portugueses se preocupavam com o 1.º de dezembro, 5 de outubro, 25 de abril. Exceção para o 1.º de maio, festa de quem trabalha. Mas a folga nestes dias e noutros fazia jeito. 

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terça-feira, 8 de maio de 2012

PATRIMÓNIO ARTÍSTICO ILHAVENSE

NA AGENDA VIVER EM...




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AVEIRO: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO EM RUÍNAS

TEXTO E FOTO DE CARDOSO FERREIRA, NO DA




O facto do Conjunto de Armazéns de Sal do Canal de S. Roque, na cidade de Aveiro, estar classificado como Imóvel de Interesse Público (IIP), desde 2003, não impede que esses antigos “palheiros” estejam em completa ruína, sendo mesmo um mau cartaz turístico para quem circula pela auto-estrada A25.
Os “palheiros” de sal que estão praticamente em ruína total são os que constituem o núcleo situado mais a montante. Neste conjunto, há alguns já em ruínas, com telhados caídos, paredes “esventradas” e inclinadas, tábuas soltas, portas e janelas partidas. No interior dos mesmos, há amontoados de madeira e lixo, o que pode representar um perigo, não só em termos de higiene e saúde pública, mas também de incêndio.
Ao contrário desses, alguns dos antigos “palheiros” de sal localizados mais a jusante, próximo do Bairro da Beira-Mar, foram restaurados e reconvertidos para novas utilizações, nomeadamente restaurantes e, até mesmo, para acolher as instalações de uma escola de bailado, a que se juntam alguns imóveis novos decorados exteriormente de forma a imitar os antigos “palheiros”, de que é exemplo o novo lar e centro de dia da Vera Cruz.

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Efeméride: Coca-Cola entra no mercado

8 de maio 



Nesta data, no já longínquo ano de 1886, a Coca-Cola é posta à venda pela primeira vez. Hoje deve vender-se quase em todo o mundo, sendo um ícone do capitalismo global. 
Em Portugal não atravessou a fronteira com facilidade. Salazar opôs-se tenazmente. E não deixou de indicar as suas razões a quem o tentou subornar! 
Muitos portugueses, contudo, sabiam da existência da Coca-Cola e até se imaginavam a saboreá-la, decerto. Mas cá no país não havia hipótese. 
A primeira vez que fui a Espanha, passando a fronteira da Galiza com um casal amigo, entrámos de imediato num café para beber uma Coca-Cola. Que bem nos soube. 
Vamos agora ver as razões do velho Salazar, em 1962, conforme as encontrei e li em “Os Costumes em Portugal”, de Maria Filomena Mónica. Ora leiam, por favor:

O ELOGIO DO SILÊNCIO

TEXTO DE JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA





Quando penso no contributo que a experiência religiosa pode dar num futuro próximo à cultura, ao tempo e ao modo da existência humana, penso que mais até do que a palavra será a partilha desse património imenso que é o silêncio. Já a bíblica narrativa de Babel ponha a nu os limites do impulso totalitário da palavra. Mesmo que construamos a palavra como uma torre, temos de aceitar que ela não só não toca cabalmente o mistério dos céus, como muitas vezes nos incapacita para a comunicação e a compreensão terrenas. Precisamos do auxílio de outra ciência, a do silêncio. Já Isaac de Nínive, lá pelos finais do século VII, ensinava: «A palavra é o órgão do mundo presente. O silêncio é o mistério do mundo que está a chegar».

segunda-feira, 7 de maio de 2012

MAIS UM LIVRO DE SARA REIS DA SILVA





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O ano em que nasceu o pai de João Marçal - 1912


João Maria Marçal (1912-1988)


O meu leitor e amigo João Marçal, também um gafanhão de gema,  teve a gentileza de me remeter um texto em que recorda factos do ano em que nasceu seu pai, concretamente, 1912. Trata-se de um documento interessante pelos acontecimentos que evoca de há cem anos. Vale bem a pena ler o que o João escreveu e quis partilhar connosco. 

Ver aqui

NONA SINFONIA DE BEETHOVEN

NA RR ONLINE




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ADIG envia Carta Aberta à população da Gafanha da Nazaré




A questão dos limites da Gafanha da Nazaré continua em aberto, por razões incompreensíveis. Há muitos anos que se fala do assunto, mas a verdade  é que toda a gente se fecha, como se o tema não fosse pertinente. Eu tenho a certeza de que é, até me demonstrarem o contrário. Aqui deixo aos meus leitores e amigos a Carta Aberta que a ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré) teve o cuidado de remeter aos nossos concidadãos.



«Caros Concidadãos:

Através de informações fornecidas pelo Instituto Geográfico Português (IGP), tudo leva a crer que a Gafanha da Nazaré não tem limites de freguesia oficialmente aprovados!!! Por isso é que, desde há décadas, a Câmara Municipal de Ílhavo (CMI) nos tem podido fazer tantas traquinices. Certos políticos da CMI, em vez de defenderem o nosso território, como lhes competia, avançaram por aí adiante, como no tempo de D. Afonso Henriques na reconquista de terra aos sarracenos?! Com uma diferença: enquanto o primeiro rei de Portugal lutava de espada em riste, à frente das nossas tropas, alguns dos autarcas ilhavenses do passado agiram como toupeiras, de forma sub-reptícia e por má-fé. Para o seu modo de pensar, estávamos a crescer depressa de mais. 
Sobre a triste história dos limites da nossa freguesia, podemos dizer o seguinte:»

PÔR DO SOL SOBRE A BARRA


Por gentileza do Ângelo Ribau, aqui partilho um pôr do sol com os meus leitores e amigos, na certeza de que o belo nos eleva e nos convida a procurar no céu cores, sombras e  sonhos que nos hão de tornar mais felizes. Boa semana para todos.

Bispo de Aveiro pediu «novo humanismo» aos finalistas universitários



O bispo de Aveiro presidiu este domingo no recinto da universidade local à bênção das fitas dos finalistas, a quem pediu a construção de um “novo humanismo” que ofereça um “suplemento de alma e de esperança” ao mundo.
Na homilia da missa, enviada à Agência ECCLESIA, D. António Francisco lembrou os 25 anos do Centro Universitário Fé e Cultura, que se assinalam em 2012.
A instituição representa a vontade de os católicos quererem ser “presença constante e atuante da Igreja no mundo universitário de Aveiro”, disse o prelado, que recordou a visita pastoral de dois dias à universidade aveirense, realizada a 20 e 22 de março.
“Esta bela e única experiência que constituiu para mim um abençoado momento de aprendizagem dos novos campos do saber, de abertura aos desafios fascinantes da investigação e de diálogo entre a fé e a cultura”, afirmou.
D. António Francisco Santos desejou que os finalistas concluam o curso com “o fascínio de um saber límpido e aberto ao universal, sólido e profundo, exigente e prestigiado, capaz de ampliar o valor absoluto e o sentido transcendente da vida”.

RJM

Fonte: Ecclesia

O diálogo com a cultura no espírito do Concílio





Junho é o mês das Jornadas da Pastoral da Cultura. Quem já participou em outros anos, ou quem puder estar presente pela primeira vez, contactará com uma experiência eclesial marcante, mesmo na sua simplicidade: esta de escutar o que o mundo diz à Igreja e o que a Igreja deste tempo diz ao coração humano. A cultura é um lugar polifónico assim, onde a palavra e a escuta mutuamente se iluminam, onde o encontro verdadeiro se torna condição do caminho.

O tema deste ano vai buscar inspiração literal à “Gaudium et Spes”, num ano em que se assinala o aniversário do início do Concílio Vaticano II. Mas queremos não apenas comemorar: se revisitamos a palavra do concílio é para perceber como ela pode inspirar o nosso presente histórico. Há uma alegria e uma esperança para nós? Como falam delas os nossos bispos e teólogos, os nossos poetas e criadores do mundo do teatro, os universitários e pintores, os músicos, os cineastas e os que se empenham nas causas civis? Razões que tornam estas Jornadas uma oportunidade que todos aqueles e aquelas que vivemos interessados e empenhados na Pastoral da Cultura não podemos perder. Dia 22 de junho encontramo-nos em Fátima.

P. José Tolentino Mendonça

Ver Programa

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domingo, 6 de maio de 2012

DIA DA MÃE

TEXTO DE MARIA DONZÍLIA ALMEIDA




O Dia da Mãe é uma data comemorativa, que em Portugal, se celebra no primeiro domingo do mês de Maio.
Chegou a ser celebrado a 8 de Dezembro, mas passou para o 1º Domingo de Maio, em homenagem à Virgem Maria, mãe de Cristo. A data é uma homenagem a todas as mães e serve para reforçar e demonstrar o amor dos filhos pelas suas mães.
Neste dia, os filhos costumam organizar e oferecer surpresas às suas mães, para lhes demonstrarem o quanto gostam delas e para agradecer todo o empenho e dedicação destas ao longo dos anos.
Remonta às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses. Em Roma, as festas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimónias em sua homenagem começaram por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.
No século XVII, celebrava-se no 4º domingo de quaresma, um dia chamado “Domingo da Mãe”, que homenageava todas as mães inglesas.
Nos Estados Unidos, em 1904, quando Anna Jarvis, perdeu a sua mãe, ficou muito triste. As suas amigas decidiram organizar uma festa em memória à sua mãe e Anna quis que a festa fosse festejada para todas as mães, vivas ou mortas. Em 1914, a data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson e passou e ser celebrada no primeiro domingo de Maio.
Desde os meus frescos 15 anos, que elegi este soneto, para fazer a homenagem às mães portuguesas. Reporta-se à época dos descobrimentos, em que o papel da mulher/mãe, ficou na história, como baluarte da resistência e da abnegação. Faço minhas as palavras do poeta!


MATER DOLOROSA


Quando se fez ao largo a nave escura,
Na praia essa mulher ficou chorando,
No doloroso aspecto figurando
A lacrimosa estátua da amargura.

Dos céus a curva era tranquila e pura;
Das gementes alcíones o bando
Via-se ao longe, em círculos, voando
Dos mares sobre a cérula planura.

Nas ondas se atufara o Sol radioso,
E a Lua sucedera, astro mavioso,
De alvor banhando os alcantis das fragas...

E aquela pobre mãe, não dando conta
Que o Sol morrera, e que o luar desponta,
A vista embebe na amplidão das vagas...


Gonçalves Crespo

Rio de Janeiro, 11 de Março de 1846 — Lisboa, 11 de Junho de 1883
poeta e jurista de influência parnasiana,







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POESIA DE FERNANDO PESSOA PARA ESTE DOMINGO

Sugestão do caderno ECONOMIA do EXPRESSO



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ESTE MUNDO DARÁ PARA TODOS?

CRÓNICA DE BENTO DOMINGUES NO PÚBLICO DE HOJE




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TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 289


PITADAS DE SAL – 19



DO REBOCHO AO MONTE FARINHA


Caríssima/o:

Para nós, os da Beira-Ria, há nomes que se nos pegaram na memória desde tenra idade, faziam parte da nossa vida: Cambeia, Portas de Água, Regueirão, Esteiro, Paredão Arrunhado, Traveses, ... Rebocho, Monte Farinha...
Para chegarmos às Marinhas forçoso era rumar ao Rebocho ou ao Monte Farinha e isso mesmo nos diz meu irmão Artur neste pequeno escrito em que nos revela o quão importantes eram essas investidas:

«Quantas e quantas vezes, aos domingos, íamos nós os três, eu, o pai e o tio António, no bote, em direcção ao Rebocho. A viagem era feita quando a maré vazava; o meu tio puxava a corda à sirga; eu ia sentado à frente; e o meu pai ia atrás com o remo que fazia de leme.
Como no esteiro Oudinot havia muitas árvores de fruto, o tio António, de vez em quando, lá atirava uma pera para dentro do bote e assim quando chegávamos ao fim da viagem já tínhamos fruta para comer ao meio-dia.
Chegados ao Rebocho, íamos para as marinhas e lá começava o meu tio à foice, enterrado na lama até à cinta. De quando em quando, lá vinha uma enguia; verdade seja que ele tinha o dom para aquele tipo de pesca. Ele e o meu pai lá continuavam com a foice e as enguias voavam até à praia, onde eu tinha que as apanhar.
Também tinha de cortar erva para os coelhos.
O bote vinha carregado com os sacos da erva, que eram bastantes, e uma grande caldeirada de enguias.
A casa só chegávamos a meio da tarde...»

Não era só a caldeirada para a minguada mesa da família; à espera duma refeição mais farta, os coelhos e outra criação saltavam contra as redes de vedação quando os pescadores se estiravam no banco de madeira para lavar os pés da lama incrustada. Talvez valha a pena esclarecer que, nesses recuados tempos, a erva para os animais era escassa para quem não tinha terras: rapidamente se esgotava a que nascia nos caminhos ou nas bermas das estradas.
Conforme a maré, o destino podia variar para o Monte Farinha que então cavalos e não só por ali andavam em liberdade. Com pequenas variantes, o programa era idêntico e os proventos equivaliam-se. Talvez a imagem desta ilha perdure mais pelos animais: era sempre motivo de brincadeira o relinchar dos cavalos, os seus pinotes e cabriolas.
Anos mais tarde, outras viagens e com uma única motivação: o passeio e o recreio...
Mas essas ficarão para outra pitada...


Manuel

sábado, 5 de maio de 2012

UNIDOS A CRISTO DAMOS FRUTO QUALIFICADO


Reflexão de Georgino Rocha, para este fim de semana


Galileia

Em linguagem simples e poética, familiar aos discípulos, Jesus prossegue os ensinamentos sobre a realidade profunda da sua união a Deus Pai e da relação entre aqueles que acreditam na sua mensagem. Recorre a uma imagem tirada da vida agrícola – a da vinha em que se destaca uma videira por ser única, verdadeira, autêntica. E extrai, de forma singular, as “lições” que ela insinua, desvendando o seu sentido profundo.
Os discípulos, como homens da Galileia, estavam habituados a ver os campos e as vinhas, os trabalhos dos agricultores e vinhateiros, os cuidados a ter com cada vide. E a aguardar, em paciente espera o tempo da vindima, a apanha das uvas amadurecidas desejadas. Certamente, não teriam qualquer dificuldade, em entender o que lhes era confidenciado em ambiente tão marcante, como o da “ceia de despedida”, em que Jesus realça o amor como realidade “envolvente” de todos.

Não queiras saber tudo...

"Não queiras saber tudo.
 Deixa um espaço livre para te saberes a ti."


Vergílio Ferreira

Karl Marx nasceu neste dia



Karl Marx nasceu no dia 5 de maio de 1818. Filósofo e revolucionário, marcou indelevelmente a história com as suas ideias e teses. Todos sabem que as ideias socialistas, desde as mais moderadas até às mais extremistas, tiveram por Marx grande projeção no mundo, sobretudo no século XX. Do que sei, e não é muito, as suas teorias estão refletidas na sua obra "O Capital".
Esta curta nota tem como único  propósito levar os meus leitores e amigos a ler algo relacionado com este pensador que tantas gerações influenciou. Faleceu em 1883.

Ler  aqui

Um provérbio ainda por concretizar


"Maio me molhou; Maio me secou."