segunda-feira, 27 de junho de 2011

A comunicação faz-se por pontes e não por muros



 “Mais vale um vizinho à mão,
que no estrangeiro um irmão!”

 Maria  Donzília Almeida

Qualquer pessoa que desempenha uma atividade sistemática, quer por conta própria, quer por conta de outrem, tem necessidade de descontrair do stress provocado pelas responsabilidades laborais! Daí, ter nascido e ter-se importado o anglicismo, hobby, que está na boca de todos, novos e velhos, empregados e patrões. 
Um hobby é qualquer coisa que se faz por gosto, por escolha própria e que nos liberta as tensões do trabalho remunerado. Os hobbies vão desde o colecionismo das mais variadas coisas, até às atividades de ar livre que reúnem em si, vários benefícios. É salutar, é terapêutico possuir um hobby
Um dos meus hobbies é, exatamente, uma atividade de ar livre, atualmente muito praticada por profissionais, mas que eu faço por gosto – a jardinagem. O facto de a praticar ao sol é logo uma aliciante, já que o astro-rei e eu mantemos uma relação de muita intimidade! Quando falta, já não me apetece tanto jardinar! Quando o vento norte quer atravessar-se na nossa relação, o que por estas bandas é uma constante, interpondo-se entre nós e faz rodopiar as folhas na calçada, aí, retiro-me para um local mais aconchegado e... abandono os dois! 

Mexer nas plantas, na terra,
É p’ra mim um doce alívio
E com a verdade se encerra:
Eu gosto deste convívio! 

domingo, 26 de junho de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues


(clicar na imagem para ampliar)

José Mattoso: Sabedoria e Fraternidade

Um livro para esta semana: "O Tesouro escondido"



«A Beleza é que atrai, faz deslocar o coração, toma e transfigura. Temos, por isso, de ultrapassar o silêncio a que uma certa estação racionalista, mesmo dentro da teologia e da espiritualidade cristã, a votava. Reconciliemo-nos com a Beleza, deixemo-nos transformar interiormente por ela.»

José  Tolentino Mendonça
“O Tesouro escondido — Para uma arte da procura interior”

FAMÍLIA: Ponto de encontro de alegrias e preocupações


Família, tema nunca esgotado, 
mesmo num mundo secularizado

António Marcelino


«Repensar a acção da Igreja com a família e em seu favor, tem cada vez mais exigências de conhecimento e discernimento da realidade que a envolve e dos dinamismos sociais e culturais que a atingem. Não se pode esquecer que a família tem uma dimensão humana e social que a dimensão religiosa e sacramental tem de reconhecer e respeitar para que a possa enobrecer.»

Reflexão para este domingo: Há mais alegria em dar do que em recebe


 FICAR EM NOSSA CASA

Georgino Rocha

Esta feliz expressão pertence a uma mulher, sem nome identificado, que vivia em Sunam. Sabe-se que era uma distinta senhora, atenta ao que acontecia, casada, sem filhos. Vendo passar Eliseu, o coração segreda-lhe: É um santo homem de Deus. E vai dizê-lo ao marido. Decidem convidá-lo para descansar em sua casa e comer com eles.
O acolhimento, a conversação, a união em torno à mesa, proporcionam-lhes uma experiência de felicidade tal que resolvem construir um quarto onde ele pudesse hospedar-se, sempre que por ali passasse. Eliseu anuiu e assim fazia, satisfazendo o desejo diligente do casal.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 243

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 26


O ÁS DE PEDAL! 

Caríssima/o:

“... e de louco, todos temos um pouco”.
Venha o primeiro que tenha coragem de lhe atirar uma pedra!?...

«Lá fora, avistou Zé Paulo em acrobacias de ás do pedal. 
Quando a fantasia lhe dava para isso, nunca mais sabia como ia acabar. Ao vê-lo voar, de cabeça baixa, rente ao guiador, André pressentiu um novo desastre. E não se enganou. 
- Não sejas maluco, perde essa mania de imitar os corredores da Volta a Portugal- suplicou, baixinho, na esperança de que o amigo captasse a mensagem. 
Qual quê! Lançado em grande velocidade, ou não fosse o sábado o dia ideal para provas mexidas, Zé Paulo imaginava-se na última tirada da prova maior do nosso ciclismo. Neste faz-de-conta vivido na pista, o contra-relógio individual era a oportunidade de reconquistar a camisola amarela. Fosse lá alguém dizer-lhe o contrário. 

sábado, 25 de junho de 2011

Casa do Povo: Espetáculo de final de ano

S. João na Gafanha da Encarnação


Com arquinho e balão  os marchantes desfilaram 

Maria Donzília Almeida 


Com arquinho e balão
Os marchantes desfilaram
Na vila da Encarnação
E o público encantaram!

As meninas donairosas
Com pares bem alinhados
Cheias de cor, glamourosas
Em movimentos ritmados

O tecido dos namorados
A marcha engalanava
E em passos bem ensaiados
A música muito ajudava!


DA


A vila da Encarnação deu cartas, na noite de 24 de Junho. Uma mostra de marchas populares, das freguesias vizinhas, teve lugar no largo da igreja que fora devidamente sinalizado para o evento. 
Sem ser, propriamente uma tradição destas terras, a comemoração dos santos populares, em marchas, está aqui a copiar-se o que é genuinamente português, embora de outras cidades. O mesmo não acontece com o fenómeno do carnaval, em que se fez uma importação direta do espetáculo carioca. 
Reportando-me aos meus tempos de meninice, os santos populares coincidiam com a chegada do verão e de temperaturas mais agradáveis. Nos campos, as mulheres afadigavam-se na rega do milho, que por esta altura estava com a bandeira cheia de pólen. Era altura de “arriar a bandeira” como se dizia em gíria agrícola. Pelo meio do milho alto e sobrevoando as nossas cabeças, a zumbir, apareciam sazonalmente, uns besouros de tamanhos grandes e asas estriadas, os maiores, que faziam inequivocamente o anúncio da chegada da nova estação. Desconhecendo as taxonomias de classificação zoológica, o povo com o seu enorme pragmatismo, batizou estes insetos de: S. pedros, os maiores de asas às riscas; S.joões. os mais pequenos de asas de cor uniforme. Faziam um zumbido forte, característico e pousavam, muitas vezes virando-se ao contrário; se não tivessem patinhas, eu diria que “de pernas para o ar”! 

Pescador desportivo em paz...


O pescador desportivo é um pescador amador, no sentido de quem ama a natureza e procura desfrutar horizontes que enriquecem a imaginação. Este pescador é um desses. Com um olho na cana de pesca e outro nas águas mansas da nossa ria, ali está indiferente ao mundo agitado dos tempos que correm sem se saber para onde... 
O nosso pescador mostra que é um homem tranquilo ou à procura desse estado de alma. Vem peixe? Não vem peixe? Penso que pouco importa. O que realmente interessa é estar ali com os seus pensamentos, com os seus sonhos, com a certeza da paz que lhe enche o espírito.