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domingo, 5 de junho de 2011
Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais
Verdade, anúncio e autenticidade de vida,
na era digital
na era digital
«A presença nestes espaços virtuais pode ser o sinal de uma busca autêntica de encontro pessoal com o outro, se se estiver atento para evitar os seus perigos, como refugiar-se numa espécie de mundo paralelo ou expor-se excessivamente ao mundo virtual. Na busca de partilha, de «amizades», confrontamo-nos com o desafio de ser autênticos, fiéis a si mesmos, sem ceder à ilusão de construir artificialmente o próprio «perfil» público.»
Ler toda a mensagem aqui
Os inícios da República em Aveiro
As primeiras frases:
«É por demais conhecido o pendor liberal das gentes de Aveiro evidenciado em factos históricos significativos que importa enunciar.
Como sempre acontece em questões desta natureza, “trata-se de fenómeno não simples nem unívoco, mas complexo, multifacético, em que diversas vias se entrecruzam e reciprocamente se influenciam, em diferentes planos ritmos e tempos”.»
Elaborado por Flávio Sardo e António Neto Brandão, dois conhecidos causídicos aveirenses, “Aveiro — Roteiros Republicanos” bem merece uma leitura atenta, para um melhor conhecimento dos inícios da República na nossa região.
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 240
DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 23
AS NOSSAS BICICLETAS - IV
Caríssima/o:
Pode ser que esta lembrança de meu irmão Artur nos faça, pelo menos, acenar a cabeça e a remoer imagens que teimam em se afastar cada vez mais do nosso quotidiano:
«O FUNERAL E A BICICLETA
Nos tempos da minha infância, os funerais saíam da casa do falecido e todos os acompanhantes iam a pé, com o tempo que estivesse nesse dia, ou chuva ou vento.
Assisti a muitos funerais; este foi no Farol da Barra e, como sempre, a garotada acompanhava estes actos para levar as bicicletas.
Mas havia dois problemas: os que não sabiam andar com as mesmas não tinham sorte; ou então tinham que mentir porque o que eles queriam era aprender a andar!
Este funeral era de um senhor que tinha uma loja, era muito conhecido e foi muita gente.
Quanto a mim tive a sorte de levar a bicicleta dum senhor conhecido, sargento da Marinha: era uma bicicleta nova de marca estrangeira!
Chegou-se ao pé de mim e disse-me: «Vais levar a minha bicicleta, porque sei que sabes andar! Tem muito cuidado com ela!»
Quando ouvi aquelas palavras, fiquei um pouco admirado e quando ma entregou parece que nem acreditava. De facto, fui muito cuidadoso para que não houvesse nenhum problema.
Quando o funeral acabou, cada garoto estava junto da respectiva bicicleta. Se virmos bem a coisa, dava a impressão que havia compra e venda de bicicletas, pois cada garoto esperava a recompensa.
Ao chegar junto da bicicleta, o senhor sargento, a primeira coisa que fez, foi dar uma vista de olhos e como estava tudo normal, tirou do bolso 2$50 (vinte e cinco tostões!) e deu-mos. Fiquei radiante e disse-lhe «muito obrigado». (Ele podia fazer isso porque ganhava bem naquela altura.)
E foi assim que aconteceu nesse funeral, porque quanto a outros não tinha sorte de me darem nada. Mas já era um grande prazer andar de bicicleta!
Quando em certos dias só se viam garotos de bicicleta na estrada, logo se sabia que havia um funeral.»
Pela cópia Manuel
sábado, 4 de junho de 2011
Meninos da Obra da Criança agradecem...
Trabalho elaborado pelos meninos da Obra da Criança
Meninos da Obra da Criança expressam a sua gratidão ao Rotary Club de Ílhavo por todo o apoio que este clube tem dado àquela instituição. Do mesmo modo, o Rotary de Ílhavo manifesta o seu profundo reconhecimento a todos os participantes, patrocinadores, voluntários, associações e clubes, bem como a todos os que, de uma forma mais ou menos anónima, deram o seu contributo para a realização da Rota do Bacalhau, em favor da Obra da Criança.
"Nós, os meninos da Obra
Queremos agradecer
Tudo o que fizeram por nós
E que a nós nos faz renascer
E aumentou nosso desejo de viver...
É bom saber que alguém nos quer ver rir
Felizes e com esperança,
E sentir...
Que há quem se interesse por nós
Crianças...
Sem mais a acrescentar,
Um grande obrigado vem a calhar
Por tudo o que nos têm dado!"
Ares de Tete - Moçambique
Paisagem: embondeiro
Aldeia
Paisagem: Ao fundo, a laguna
Embondeiro
Fotos gentilmente enviadas pelo Jorge Ribau
Cada vez mais adultos procuram catequese
«Há muitos adultos a frequentar a catequese, movidos pela procura de bem-estar espiritual ou para a realização de sacramentos nunca iniciados ou interrompidos.»
Texto e vídeo aqui
Poesia para este tempo
“Tenho que escolher o que detesto —
ou o sonho, que a minha inteligência odeia,
ou a acção, que a minha sensibilidade repugna;
ou a acção, para que não nasci,
ou o sonho, para que ninguém nasceu.
Resulta que, como detesto ambos,
não escolho nenhum;
mas, como hei-de, em certa ocasião,
ou sonhar, ou agir,
misturo uma coisa com outra.
Bernardo Soares (Fernando Pessoa)
“Livro do Desassossego”
Publicado no caderno Economia do EXPRESSO
O ser humano é o ser da pergunta
A dúvida, a pergunta,
o transcendente
o transcendente
Anselmo Borges
Há um texto de Joseph Ratzinger, em 1968, ainda só professor, que dá que pensar. "Não há fuga possível ao dilema do ser humano. Quem quiser escapar à incerteza da fé terá de experienciar a incerteza da descrença, que, por sua vez, nunca pode dizer com certeza definitiva se não é a fé que é a verdade. Ninguém pode tornar Deus e o seu Reino evidentes aos outros nem a si mesmo. Tanto o crente como o não crente, se não se ocultarem a si próprios e à verdade do seu ser, participam, cada um à sua maneira, na dúvida e na fé. Nenhum deles pode escapar completamente à dúvida, nenhum pode escapar completamente à fé; para um a fé torna-se presente contra a dúvida, para o outro mediante a dúvida e sob a forma da dúvida. É a figura fundamental do destino humano: só poder encontrar a definitividade da sua existência nesta rivalidade sem fim de dúvida e fé, perplexidade e certeza. Talvez assim precisamente, a dúvida, que impede um e outro de se fecharem em si mesmos, possa tornar-se o lugar da comunicação. Ela impede-os de se encerrarem totalmente em si próprios, abre o crente ao que duvida e o que duvida ao que tem fé; para um é a sua participação no destino do descrente, para o outro a forma como a fé, apesar de tudo, permanece um desafio."
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Comissão Europeia: É assim que se ensina a poupar?
«Enquanto exige aos países da zona euro mais austeridade para reduzir o défice, a Comissão Europeia (CE) não tem refreado os seus próprios gastos. De acordo com uma investigação jornalística, os comissários europeus gastaram cerca de oito milhões de euros em jactos privados, festas e férias luxuosas.»
Ler mais aqui
NOTA: Não vejo mal nenhum em aconselhar os Estados a poupar. Em tempo de crise e até de fartura. Poupar, como me ensinaram, tem de ser cultura diária para toda a gente. Mas já viram quanto gasta e em quê a Comissão Europeia? Não seria melhor dar o exemplo de vida sóbria, sem gastos supérfluos?
ÍLHAVO: Vigilância e Segurança nas Praias
Praia da Barra
O Executivo Municipal aprovar o Protocolo de Cooperação a estabelecer entre a Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), a Administração do Porto de Aveiro (APA), a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo (AHBVI) e a Associação de Concessionários de Praia da Beira Litoral, para a vigilância e segurança balnear no ano de 2011 nas Praias da Barra e da Costa Nova e para a gestão, manutenção e exploração do Bar de apoio ao Núcleo de Educação Ambiental (NEA) da Costa Nova.
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A natureza fez de mim um jardim
A natureza se enganou
E fez de mim um jardim,
Pois, "cravos" em mim, plantou
E tão bem os adubou
Que eles crescem ‘inda assim!
Flores nas jarras gosto,
Ou no jardim a crescer
Mas juro e até aposto
Que ninguém tem esse gosto
Tão bizarro a meu ver!
Alguns maus tratos lhes dou
E ácido até lhes ponho
Mas o cravo que vingou,
Como remédio o tomou
E alimentou o seu sonho.
E, as mãos tão veneradas
Numa anterior situação
De novo são solicitadas
E decerto apreciadas
Nesta botânica operação!
Que os cravos decapite
Atenda esta prece minha!
E o Doutor não hesite
Que eu vou tendo o palpite
Que lhos deixo numa jarrinha!
Mª Donzília Almeida
Junho de 2000
Mª Donzília Almeida
Junho de 2000
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Ares de Maputo
Maputo, com a Costa do Sol bem à vista
O meu amigo e conterrâneo Jorge Ribau, algures em Moçambique, onde respira outros ares e trabalha no seu ofício, teve a gentileza de me enviar fotos que registou à chegada. Longe da Gafanha da Nazaré, marca, desta forma, a sua presença entre nós. Daqui o saúdo, com votos dos melhores êxitos profissionais.
Regresso ao passado — Senti-me recuada no tempo
Escola primária do centro
Maria Donzília Almeida
Por contingências da profissão docente, senti-me recuada no tempo, cerca de meio século e colocada na Escola Primária onde aprendi as primeiras letras. As primeiras e as últimas, já que foi desta escola, que preparada pela D.ª Arminda Moreira, na 4ª classe, parti... à descoberta do mundo. Aqui fica o meu agradecimento a esta senhora que tão bem me preparou para o prosseguimento de estudos. Ainda, há pouco, me cruzei com ela e regozijei-me com o seu bom aspeto, que elogiei. Acusou-me de miopia, causa da minha visão desfocada da sua imagem!!!
— Ah, mas eu já uso óculos desde os meus 17 anos, pelo que o defeito já deve estar corrigido, há muito tempo! — Retruquei, na ânsia de dar consistência ao elogio que fizera.
Foi num misto de nostalgia e revivalismo, que calcorreei os corredores da escola carcomidos pelo caruncho e pelas marcas do tempo Os pezinhos das crianças a correr e a saltar evocam em nós os tempos em que também fazíamos parte do grande bando de passarinhos à procura de alimento para a alma.
Se agora todos os alunos chegam à escola calçados, com sapatos ou sapatilhas de marca, rivalizando uns com os outros, eram raros, naquele tempo, aqueles que usavam calçado, sendo os tamancos e as chancas, os precursores do moderno e diversificado calçado da nossa época.
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