sábado, 6 de novembro de 2010

Arte na rua: Garrett na porta do Hotel Teatro

(Clicar na foto para ampliar)

Em Sá da Bandeira, no Porto, no Hotel Teatro, de linhas modernas e convidativas, registei, com prazer, este poema de Almeida Garrett. Decerto uma homenagem ao escritor multifacetado e renovador do Teatro Português, Almeida Garrett. Nada melhor para um hotel que ostenta o nome de TEATRO.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Aqui fica o poema...

Seus olhos

Seus olhos — se eu sei pintar
O que os meus olhos cegou —
Não tinham luz de brilhar,
Era chama de queimar;
E o fogo que a ateou
Vivaz, eterno, divino,
Como facho do Destino.

Divino, eterno! — e suave
Ao mesmo tempo: mas grave
E de tão fatal poder,
Que, um só momento que a vi,
Queimar toda a alma senti...
Nem ficou mais de meu ser,
Senão a cinza em que ardi.

Almeida Garrett (1799-1854)

É PRECISO EDUCAR PARA A ACEITAÇÃO DO PLURALISMO

Sínodo para o Médio Oriente

Anselmo Borges

Passou despercebido entre nós, mas foi um acontecimento importante, a ponto de ter sido objecto de crítica por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita.
Refiro-me ao Sínodo dos Bispos para a Médio Oriente, que teve lugar no Vaticano de 10 a 24 de Outubro passado. Participaram 185 Bispos, do Médio Oriente e da África do Norte e do Leste, onde os cristãos vivem entre a maioria muçulmana e judeus. Houve representantes das Igrejas ortodoxas e comunidades evangélicas, bem como convidados hebreus e muçulmanos. Os cristãos no Médio Oriente são apenas 1,6%, com tendência a diminuir - teme-se mesmo o seu lento desaparecimento -, por causa da situação político-social.
Logo na primeira sessão, o patriarca de Alexandria dos Coptas, A. Naguib, referiu que nos Territórios Palestinianos a vida é "muito difícil, por vezes insustentável", e que a situação dos cristãos é muito delicada. Lamentou que a política mundial "não tome em consideração suficiente a situação trágica dos cristãos no Iraque". No quadro da expansão do islão político, a partir de 1970, referiu que ele "deseja impor um modo de vida islâmico a todos os cidadãos, por vezes com violência". Evidentemente, o islão não é uniforme e as dificuldades surgem do facto de os muçulmanos "não distinguirem entre religião e política". E afirmou: "Os cristãos sentem-se cidadãos de segunda e precisamos de um reconhecimento que passe da tolerância à justiça e à igualdade, baseado na cidadania, na liberdade religiosa e nos direitos humanos."

Uma reflexão para este fim-de-semana


À procura do tesouro
«Vivemos tempos em que o ritmo do desenvolvimento e da mudança é tão rápido e radical que nem sequer ousamos pestanejar com medo de perdermos algo importante. Só precisamos de pensar na palavra “Internet” ou “computador” para sentirmos o vento da mudança soprar na nossa direção.
Nada disto aconteceu por acaso. Centenas de milhares de mentes brilhantes, criativas e laboriosas contribuíram para criar este novo mundo. E muito pouco desta evolução se realizou sem imenso esforço e sacrifício.»


Ler mais aqui

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um livro de Inês Amorim: Aveiro e os Caminhos do Sal

Capa do livro

Marnoto e moço

Um registo de D. João Evangelista de Lima Vidal


Quando vou ao Porto, tenho por hábito passar por um alfarrabista (Sousa & Almeida, L.da), onde encontro livros que já não andam muito pelas bancas dos livreiros. Editados há algum tempo, passam de moda e dão lugar a outros. Tem mais de 50 anos de existência aquela livraria, como me confidenciou o gerente, Joaquim de Oliveira Almeida, pessoa simpática, diga-se de passagem.
Ontem comprei dois livros e muitos outros ficaram debaixo de olho. Aqui falo hoje de “Aveiro e os caminhos do Sal”, (sécs. XV e XX), de Inês Amorim, a autora de um outro, mais recente, “Porto de Aveiro: Entre a Terra e o Mar”.
“Aveiro e os caminhos do Sal” tem edição da Câmara Municipal de Aveiro, com data de 2001. Não o tenho visto pelas livrarias, talvez por estar na posição dos que deram lugar a outras obras. Mas vale a pena ser lido, apreciadas as ilustrações e interpretados os mapas que nos mostram a evolução do salgado aveirense, sobretudo até à fase decadência, que se situa nos finais do século XX, como é sabido de todos.
Aqui fica a referência, sucinta, mas suficientemente capaz de mostrar que há trabalhos que merecem um pouco mais da nossa atenção.

FM

Notícias Breves

Férias divertidas no Natal

A Câmara de Ílhavo aprovou férias divertida para o Natal, destinadas a crianças dos 6 aos 14 anos. Para além do desporto, haverá ainda o recurso a uma língua estrangeira, o Inglês. As inscrições, limitadas ao número de vagas, serão aceites nas Piscinas Municipais de Ílhavo e da Gafanha da Nazaré. Mais informações nos mesmos locais.

Via de Cintura Nascente

Foi inaugurada, no dia 31 de Outubro, a Via de Cintura nascente de Ílhavo. Na véspera, dia 30, foi inaugurado no jardim central da Gafanha do Carmo um monumento que assinala os 50 anos da criação da freguesia.

O moliceiro contado às crianças

“O Moliceiro da Ria — Fantasia e Realidade”, com ilustrações da artista aveirense Sara Bandarra, é o segundo livro do historiador Amaro Neves, destinado ao público infantil.

Concurso Literário Jovem

A CMI organizou um Concurso Literário Jovem para os alunos do Ensino Básico do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos, assim como do Ensino Secundário. Os trabalhos deverão ser entregues até 31 de Março de 2011, por mão própria ou pelo correio, na Câmara Municipal.

Programa Vocação 2011

 
Por iniciativa da CMI, vai decorrer o Programa Vocação 2011, durante o ano civil, com interrupção para férias, nos meses de Julho, Agosto e Setembro. É composto por vários projectos, encontrando-se cada um deles dividido em turnos de três meses. A distribuição pelo turno será acordada no início entre os jovens e o responsável. Informações na CMI.

PORTO: cidade invicta

Igreja do Carmo

Ontem foi dia de folga. Melhor dizendo, foi dia de ir ao Porto. Sem horários para cumprir. Apenas, ou quase, para deambular pelo centro, para sentir o palpitar da cidade que sempre me fascinou. Sobretudo por manter a sua inconfundível marca de burgo. Foi dia de caminhar, subindo e descendo, até mais não poder. Podia ter programado umas visitas, mas preferi ir assim, recordando tempos de estudante de há muitos anos. O tempo passou a correr, é certo, mas valeu a pena. Hei-de voltar, de comboio, como desta vez, por ser mais cómodo e mais barato. A terceira idade tem destas regalias, ou direitos. Oxalá a crise nos deixe gozar estes benefícios.
Voltarei a falar desta visita, ao sabor do meu tempo.

FM

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O OE foi aprovado na Assembleia da República, mas...

Em entrevista ao PÚBLICO, Luís Campos e Cunha alerta para o que ainda pode vir por aí




Com o FMI, as medidas não seriam diferentes das que estão no OE


O antecessor de Teixeira dos Santos diz que Sócrates é o verdadeiro ministro das Finanças e defende que a proposta de OE é uma proposta "desesperada"


Ler mais aqui

Bar-Restaurante no Jardim Oudinot

Abertura de Concurso Público



 Concessão da Concepção, Instalação
e Exploração do Bar-Restaurante
do Jardim Oudinot

O Executivo Municipal deliberou a abertura de Concurso Público para a Concessão da Concepção, Instalação e Exploração do Bar/Restaurante do Jardim Oudinot, junto ao Ancoradouro (e integrando a Guarita), com um preço base de renda mensal de 600 euros e um prazo da Cessão de Exploração de 15 anos, estabelecendo como critérios de adjudicação a ponderação entre a solução arquitectónica apresentada, a proposta de renda mensal e a capacidade de manutenção e limpeza das instalações sanitárias públicas na envolvente e do parque de merendas.
Com esta medida a CMI pretende que sejam criadas novas dinâmicas e vivências no Jardim Oudinot, rentabilizando o edifício da Guarita, apostando na conquista de mais visitantes a este espaço do Município de Ílhavo pela prestação de novos serviços, bem como assegurar com a máxima qualidade a limpeza e manutenção do parque de merendas e dos sanitários públicos disponibilizados na envolvente ao Bar-Restaurante.

Fonte: CMI

Nunca serão os lugares a dar competência às pessoas


Novos e velhos,
uma parceria necessária

António Marcelino


O tema andava-me no espírito desde há muito. Um entrevista de há dias fê-lo vir ao de cima e motivou-me a escrever. Um cirurgião de renome internacional, Gentil Martins, conhecido pelo êxito de operações com siameses, retirou-se há dez anos por reforma. Tendo-lhe sido perguntado se, em casos difíceis como o dos bebés angolanos, que acabaram por morrer, lhe era pedida opinião, dado o seu saber e experiência respondeu: “Não me disseram nada, porque se uma operação destas corre bem, tecnicamente é um brilharete. E eu entendo que não queiram partilhar o brilharete” (DN 19.10.2010). É este o problema. Muitos novos na política, na profissão, na vida social e até em instâncias da Igreja, preferem mais fazer caminho sozinhos do que com outros que os precederam e procurar com eles a melhor maneira de servir a comunidade e o bem de todos. Por este caminho, a solução de problemas que se poderia, quiçá, encontrar com a ajuda dos mais velhos e experientes, redunda, por vezes, em decisão menos acertada.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Municípios de Aveiro reclamam suspensão do plano da orla costeira

A jornalista Maria José Santana escreveu, no PÚBLICO de hoje, que «A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) reclama a "suspensão imediata do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Ovar-Marinha Grande, nas zonas críticas da região", exigindo também "a implementação de medidas complementares das obras já realizadas, de modo urgente e eficaz, visando a salvaguarda de pessoas e bens".»

Ler mais aqui