quarta-feira, 11 de maio de 2005

Um artigo de D. António Marcelino

Posted by Hello Pragmatismo e moralismo
Há problemas humanos e sociais, de solução difícil, que todos os dias incomodam. A toxicodependência, o alcoolismo, a sida, as muitas e variadas formas de miséria, o desemprego, a insegurança, a loucura na estrada, a violência em todas as dimensões, a situação de muitos idosos. Estes e muitos outros, os problemas de nós todos.
A procura, a qualquer preço, de resultados imediatos, mostra depressa que é cada vez menos válida e consistente a sua solução. Não há praxis acertada, quando vazia de conteúdos e razões que norteiam um projecto sério, a prosseguir com objectividade, no tempo e com tempo. Mas, entre nós, a tentação de tudo resolver depressa é real.
Já se vai dizendo que o que é preciso é pragmatismo. O moralismo não leva a nada. Porém, os verdadeiros pragmáticos não só não dispensam as ideias e os princípios éticos como sentem necessidade de reflectir sobre eles e o seu alcance, ao avaliar e ao tentar a solução dos problemas. Os primeiros fizeram do seu método filosófico o único critério para julgar a verdade de qualquer ciência e doutrina. Todo o pensamento, assim diziam, existe para a acção e o valor das ideias é apreciado consoante a influência nas atitudes e comportamentos e o modo como os orientam e controlam.
O que se propõe, se é periférico às pessoas, porque não as respeita na sua verdade, capacidade e ritmo, ainda que com algum resultado imediato, não passa de ilusório e passageiro. Os pragmáticos sérios procuram traduzir, em prática exequível, conteúdos a promover e valores a preservar, não se vergando ao êxito fácil e aos louvores.
Uma acção responsável não pode ser fruto de voluntarismo, nem pode ser valorada à base de uma eficiência rápida, nem dos apoios da comunicação social de turno.Hoje vive-se e proclama-se o propósito de ser pragmático em tudo, porque não se pode perder tempo, nem deixar que os problemas apodreçam. É esta uma tendência muito forte dos políticos frenéticos, encaixados nos poucos anos de poder que têm à sua frente. Não se pode perder tempo a estudar nem a avaliar o que já se fez. Há que fazer de novo, mudar os nomes, multiplicar os projectos, esquecer as pessoas. Doença crónica.
Na educação, na saúde, na economia, nos problemas mais prementes, há que saber distinguir o que tem de se resolver já e que ver as causas que produzem e multiplicam os males. Os problemas sérios não se compadecem com soluções de feira, nem com mezinhas que dão para todos os males. O que por aí se lê e se ouve, mesmo por parte de pessoas e serviços oficiais, é confrangedor. A política muda, mas os homens são iguais.
Matar a fome de muitos anos, nem cura o faminto, nem gera riqueza.
A mudança de atitudes é um processo lento, porque é um processo educativo, que propõe valores e estimula novos comportamentos. Se não se enfrenta a realidade, apenas se adiam e escondem os problemas graves, que estão na praça pública.
“Usa o preservativo e acabará a sida; despenaliza o aborto e terminam os abortos clandestinos; multiplica as salas de chuto, dá seringas novas, logo dirás adeus à toxicodependência; promove cursos de formação acelerada e não haverá desemprego; multiplica e agrava as coimas e terás a estrada sem acidentes; aumenta as pensões de velhice e dá passeios aos idosos e sentir-se-ão amados; tira as crianças e os jovens das instituições, dá-os às famílias e logo eles serão felizes; canoniza a homossexualidade e serás moderno; acaba com o ensino privado e o estatal terá mais qualidade; esquece o que disseste ontem e nega se for caso…” Cá está o pragmatismo político, sem ética e sem ideias. Em nome da modernidade. Para bem da pátria. Para subir na tabela dos países evoluídos. Para ganhar votos.
Muitos há que não afinam por este diapasão. Aceitam o incómodo da verdade, respeitam e promovem os direitos das pessoas, são pragmáticos com ideias.
Felizmente.

Um artigo de José de Matos Correia, no DN

A Joana e a Vanessa
Ainda não refeitos do choque provocado pelas circunstâncias que terão rodeado a morte e o desaparecimento do corpo da Joana, somos agora confrontados com o homicídio, também em condições de grande violência, da Vanessa. Indignámo-nos todos, genuinamente, com ambas as tragédias.
Porque roubaram a vida a dois pequenos seres que tinham pela frente uma existência inteira. Porque os actos praticados se revestem de uma maldade inimaginável. Porque os alegados responsáveis são familiares próximos, justamente aqueles de quem se esperaria que tudo fizessem para proteger as crianças a seu cargo.
Como normalmente sucede nestas ocasiões, o tema da violência sobre as crianças tornou-se objecto central das discussões.
Fizeram-se reportagens televisivas, escreveram-se artigos nos jornais, produziram-se análises variadas, promoveram-se debates, recordaram-se casos anteriores de contornos similares, alertou-se para o número elevado de jovens em risco.
Infelizmente, porém, sempre que cada novo crime ocorre constata-se que pouco ou nada mudou.
Penso, por isso, que é cada vez mais urgente que sejamos capazes de compreender os diversos planos em que temos de agir, pois só assim conseguiremos diminuir drasticamente os níveis da violência infantil.
O primeiro plano é, evidentemente, o do Estado. E não apenas pelo facto de uma das suas funções essenciais ser justamente a garantia da segurança das pessoas, em particular das mais vulneráveis.
É que um dos aspectos que mais me impressionaram nestas situações foi o registo burocrático do seu tratamento.
Desde a remessa de papéis de um lado para o outro aos sistemáticos atrasos e adiamentos, aos deficientes canais de comunicação entre os serviços públicos responsáveis, tudo aconteceu.
Em consequência, ficámos com a sensação, porventura injustamente, de que em Portugal os assuntos relacionados com a protecção de menores em risco constituem uma prioridade de segunda linha.
Devemos, assim, exigir ao Estado que se concentre mais e mais naquilo que são as suas tarefas indelegáveis em vez de, como tantas vezes sucede, se intrometer onde não é necessário nem chamado.
E o combate à violência de que as crianças são alvo é, certamente, uma dessas tarefas indelegáveis.
O segundo plano é o da sociedade. Embora reconhecendo que o Estado tem que desempenhar um papel central, não podemos cair no erro habitual de transferir para ele todos os encargos.
Uma sociedade que regista um tão elevado grau de desrespeito pelos direitos fundamentais das crianças é, evidentemente, uma sociedade doente. Nessa medida, cada um de nós deve ser convocado para o combate a estes dramas.
Não nos demitindo das nossas responsabilidades cívicas, ficando atentos aos sinais, intervindo junto das entidades competentes sempre que isso se justifique.
O terceiro plano tem que ver com a política criminal. Sei que é politicamente correcto elogiar, no plano dos conceitos e da medida das punições, a legislação penal portuguesa.
Por mim, tenho fundadas dúvidas acerca de muitas soluções vigentes, que frequentemente parecem mais preocupadas com os que cometem um crime do que com as vítimas ou com a defesa da própria sociedade.
E, em casos de homicídios de crianças, ainda para mais envolvendo a utilização de elevada violência, vale a pena ponderar seriamente se a pena aplicável é adequada à gravidade dos factos praticados.
Uma conclusão me parece, porém, impor-se.Desta vez, as coisas não podem mais permanecer na mesma.
Devemos isso aos milhares de crianças em risco, pois não podemos nunca esquecer que aquilo que para a generalidade de nós é uma estatística, para cada uma dessas crianças representa um martírio quotidianamente repetido.
Mas devemos isso também, muito especialmente, à memória da Joana e da Vanessa.

DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA

É preciso combater a promiscuidade sexual
Foi em 1993 que a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) proclamou o dia 15 de Maio como Dia Internacional da Família. Desde essa altura, a ONU tem celebrado este dia, chamando a atenção para determinadas questões que influenciam o dia-a-dia da Família. O tema para este ano é "Bem-estar da Família e HIV/SIDA". A ideia é chamar a atenção para a doença que tem afectado de forma trágica e profunda muitas famílias. Os números são medonhos: Em 2003 quase cinco milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV, o maior número de qualquer ano desde o começo da epidemia. A nível mundial, o número de pessoas que vivem com HIV continua a crescer: 35 milhões em 2001 38 milhões em 2003 No mesmo ano, quase três milhões de pessoas morreram com Sida. Mais de 20 milhões já morreram desde que os primeiros casos de SIDA foram identificados em 1981. Em 2003, 15 milhões de crianças com menos de 18 anos ficaram órfãs, devido a HIV/SIDA, dos quais oito em cada dez vivem na África sub-sahariana. Ainda mais milhões de crianças vivem em lares com membros da família doentes e a morrer. Os efeitos da epidemia atravessam todos os aspectos da vida das crianças: o seu bem-estar emocional, segurança física, desenvolvimento mental e saúde em geral. Muitas vezes as crianças têm de deixar a escola para ir trabalhar, tomar conta dos pais ou irmãos e pôr a comida na mesa. Estas crianças estão muitas vezes mais em risco de subnutrição e de serem vítimas de violência, trabalho infantil exploratório, discriminação e outros abusos. A chamada geração de órfãos sofre vulnerabilidades particulares e carece de atenção específica desesperadamente. Estes números demonstram que ainda não se vislumbram frutos do enorme esforço económico dispendido pelos governos e outras instituições para suster o avanço desta pandemia, provavelmente por estarem a seguir estratégias erradas. Neste campo, o Uganda aparece como caso de sucesso, por ter apostado fortemente numa prevenção acertada, fundada no combate à promiscuidade sexual, com o envolvimento das autoridades ao mais alto nível. Fonte: APFN (Associação Portuguesa de Famílias Numerosas)

ÍLHAVO: Festinha da Família

Integrada nas comemorações do Dia Internacional da Família, que se celebra no dia 15 de Maio, o projecto VIDA MAIS organizou uma Festinha da Família, que se realizará no Centro Paroquial de Ílhavo, no dia 17, pelas 14.30 horas.Nesta Festinha, vão participar 16 Lares de Idosos dos 21 que VIDA MAIS apoia, através do seu Serviço de Voluntariado. Trata-se de mais uma iniciativa que vai ao encontro dos menos jovens e às vezes dos mais esquecidos da sociedade, que bem merece toda a ajuda possível. A Festinha vai ser animada, pois está a ser preparada com muito cuidado, para que nada falte aos utentes dos lares participantes.

terça-feira, 10 de maio de 2005

Peregrinos de Fátima: A força da Fé

Todos os anos, especialmente em Maio, as estradas portuguesas enchem-se de peregrinos a caminho de Fátima. Alguns repetem esta caminhada, ano após ano, em nome da fé que os anima. Determinados e convictos, sofrem no corpo a dureza da peregrinação, a maioria das vezes com um sorriso impressionante. Não são compreendidos por muitos. Eu respeito-os profundamente. Em Fátima, apesar do cansaço, muitos ainda reúnem coragem para mais um esforço: de joelhos, arrastando-se, dirigem-se à Virgem, a quem agradecem graças recebidas. Indiferentes aos olhares de tantos, assumem, com devoção, os seus compromissos com Nossa Senhora. Num tempo marcado pelo indiferentismo religioso, ainda há gente que nos dá muitos sinais da força da fé. F.M.

Peregrinação a Fátima

Doentes de Barcelona, na peregrinação do mês passado
O Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, preside este ano à Peregrinação Internacional Aniversária de Maio, no Santuário de Fátima, nos dias 12 e 13. D. José celebrará as eucaristias do dia 12 à noite, às 22 horas, e do dia 13, às 11 horas, ambas no Recinto do Santuário. A peregrinação deste ano, no âmbito do tema pastoral escolhido para todo o ano de 2005, e na sequência da decisão tomada em 2000 - de se dedicarem os primeiros dez anos do novo milénio aos Mandamentos da Lei de Deus -, é "Não Matarás" (5.º Mandamento). Até ao momento, inscreveram-se no Serviço de Peregrinos (SEPE) do Santuário de Fátima um total de 72 grupos, para participar na eucaristia internacional do dia 13: doze grupos de peregrinos vêm da Alemanha, 1 da Bélgica, 2 da Bolívia, 1 da Eslovénia, 5 de Espanha, 1 dos EUA, 7 de França, 1 de Gibraltar, 1 da Indonésia, 3 da Irlanda, 15 da Itália, 2 da Polónia, 8 de Portugal, 9 do Reino Unido, 1 do Sri Lanka e três grupos vêm da Suiça. No dia 13, chega a Fátima um primeiro grupo de peregrinos daquela que é a maior peregrinação estrangeira organizada a Fátima, vinda de um só país: a 19.ª Peregrinação da Adoracíon Nocturna. O grupo, vindo de Espanha, juntará na Cidade da Paz, de 13 a 17 de Maio, mais de três mil peregrinos.

Organizações pedem regularização de imigrantes

Imigrantes em Portugal
1. Encontra-se aberto o debate ao redor do "Livro Verde sobre uma abordagem da União Europeia em matéria de gestão da migração europeia", promovido pela Comissão Europeia. As organizações católicas, congratulando-se com esta iniciativa, realizaram recentemente um "seminário de estudo". As nossas posições foram apresentadas ao ACIME verificando-se que, sob alguns aspectos, coincidem com o parecer dessa Entidade governamental para a Integração. Continuamos preocupados com a situação em que se encontra um grande número de imigrantes de países terceiros, na sua maioria lusófonos, a viver em Portugal e desejamos uma maior harmonização de políticas comuns na União Europeia: não minimal, não apenas funcional, mas humana e adequada à realidade, alicerçada em boas práticas de admissão, de condições de acolhimento, de regularização e integração graduais.
Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

segunda-feira, 9 de maio de 2005

Costa aveirense está a recuar desde 1958

A costa aveirense tem recuado significativamente desde 1958, segundo um estudo da Universidade de Aveiro hoje divulgado e que defende a destruição dos esporões ou a recarga artificial das praias para contrariar a erosão.
Para ler na íntegra, clique PÚBLICO

DIA DA EUROPA - 9 de Maio

Abismo da Guerra não pode engolir outra vez os povos europeus
O Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE) assinala hoje o Dia da Europa com uma mensagem, onde se recorda o 60º aniversário do final da II Guerra Mundial e se assinala que "o processo de unificação europeia nasce da vontade de nunca mais voltar a cair no abismo da guerra". O documento, assinado por D. Amédée Grab, presidente do organismo, observa que a ausência de conflitos armados não implica a ausência de "guerra", porque "a verdadeira paz, a justiça e a estabilidade social ainda faltam em muitas partes do nosso Continente". Nesse sentido, os Bispo da Europa apontam para os recentes conflitos nos Balcãs para sublinhar que a paz é "frágil". "Temos a responsabilidade de fazer memória dos acontecimentos desumanos que caracterizam qualquer conflito, em particular junto das novas gerações, que não conheceram estes horrores", sentenciam. Ainda hoje a Europa celebra o 55º aniversário da Declaração do 9 de Maio de 1950 e o presidente da CCEE lembra que, com esta declaração, "os países aderentes comprometeram-se a respeitar objectivos de paz, de progresso social, de desenvolvimento económico e de solidariedade". Frisando que o final desta guerra europeia significou o fim da guerra mundial, os Bispos indicam que "hoje somos responsáveis para que a paz na Europa se transforme em paz mundial". "Celebrar com coerência a Europa de hoje significa assumir o compromisso de fazer cessar as guerras que ensanguentam a Terra e que geram desespero, desastres ambientais, desagregação social, injustiça e pobreza", observam. Moscovo acolhe hoje as comemorações do 60º aniversário da capitulação da Alemanha nazi com um intenso programa que conta com a presença de alguns dos mais destacados dirigentes mundiais.
Fonte: ECCLESIA

HERA precisa de voluntários

Posted by Hello Porto de Pesca
A Hera - Associação para a Valorização e Promoção do Património precisa de voluntários que possam colaborar na salvaguarda da natureza e valorização do património histórico, e não só, da região da Ria.
Os interessados podem dirigir-se por e.mail a esta associação cultural (hera.avpp@katamail.com).

Teatro no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré
"Cuidado, Chegou o Inspector!" No próximo dia 21 de Maio, sábado, pelas 21.30 horas, vai ser apresentada a peça "Cuidado, Chegou o Inspector!", no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, pelo Grupo de Teatro do Orfeão de Águeda. Esta peça é uma adaptação de "O Inspector Geral", de Nicolai Gogol, e a encenação é de José Júlio Fino. ciativa é da Juventude Apostólica de Schoenstatt e destina-se a angariar fundos para a participação de rapazes e raparigas do Movimento de Schoenstatt nas Jornadas Mundiais da Juventude, que decorrerão em Agosto, em Colónia, Alemanha. E também num grande encontro da juventude schoenstattiana, que terá lugar junto ao Santuário original, em Schoenstatt, perto da cidade alemã de Coblença, uma semana antes. A organização recomenda o seguinte: "Se tens cara torta, não te vejas ao espelho."
Mesmo assim, vale a pena assistir, com alegria, a esta peça de teatro.

POSTAL ILUSTRADO - 3

Posted by Hello Forte, na Praça Luís de Albuquerque, com a seguinte inscrição (mantenho a ortografia da época):
"Padrão commemorativo do 1º centenario do inicio da lucta dos povos deste concelho contra o jugo napoleonico os quais sob o comando do academico Bernardo Antonio Zagalo e associados aos voluntarios academicos e aos povos de Motemor e Tentugal puzeram cerco a este forte no dia 26 de Junho obrigando-o a render-se no dia seguinte.
Mandado fazer pela Comissão Administrativa
Figueira da Foz, 26 - 6 - 908
A Comissão Administrativa"

POSTAL ILUSTRADO - 2

Posted by Hello Figueira da Foz: Centro de Artes e Espectáculos, à esquerda, e Museu, com Biblioteca Municipal, à direita

POSTAL ILUSTRADO -1

Posted by Hello Figueira da Foz: Praia do Relógio

Figueira da Foz não é só praia

Figueira da Foz há muito que ver, 
para além das praias


Oásis na praia 


Diz-se que a origem do nome Figueira da Foz está ligada a uma figueira que existia no cais da Salmanha, onde os pescadores amarravam os barcos. No entanto, Nelson Correia Borges afirma que figueira deriva de "fagaria" (abertura, boqueirão), foz deriva de "fauces" (Embocadura). Também Mondego, o célebre rio que na Figueira da Foz desagua, vindo da Serra da Estrela, resulta do pré-romano "moud" (boca) e "aec" (rio). Assim, ao pronunciar-se Figueira da Foz do Mondego, repetimos "boca da boca da boca do rio". Isto mesmo pode ler-se no "Guia EXPRESSO das Cidades e Vilas históricas de Portugal". 
Deixemos estas curiosidades, para entramos noutras: os romanos deixaram por estes lados marcas da sua presença, como o atesta uma inscrição relativas ao imperador Octávio Augusto. Também se sabe que os sarracenos arrasaram a povoação em 717, muito antes da nacionalidade. Quem hoje, porém, visita a Figueira da Foz talvez nem queira saber do seu passado, que está carregado de história e de estórias, o que faz pena. 
Da pré-história e da sua história, por exemplo, podem falar-nos o Museu Santos Rocha, que não dispensa uma visita. Arqueologia e peças orientais, etnologia africana, cerâmica e vidro, escultura religiosa e outra, pintura de várias épocas, de tudo um pouco pode ser apreciado neste museu. Ao lado, com programação de qualidade, está o Centro de Artes e Espectáculos. 
Passe ainda pelo Palácio Sotto Mayor, mandado construir em 1900 e só terminado em 1920. É um edifício de cinco pisos, ao estilo parisiense, que mostra o modo de vida de gente endinheirada e de bom gosto. Há muito mais para ver, mas hoje fico-me por aqui. 
Depois temos a praia, de areal enorme e convidativo, com decoração ajardinada, ao jeito de oásis, junto à Marginal, por onde caminham, habitualmente, os visitantes. É que a Figueira atrai muita gente pelas suas famosas praias, onde no Verão há lugar para todos. 

Fernando Martins

domingo, 8 de maio de 2005

Mais de 15 mil idosos à espera de vaga

Cerca de 15 mil idosos estão em lista de espera para entrar nos lares das Misericórdias de todo o País, nos quais existem 11.500 camas, actualmente ocupadas, revela um estudo divulgado hoje pela União das Misericórdias Portuguesas. Para saber mais, clique SOLIDARIEDADE.

Um poema de Nuno Júdice

PASSADO Passou o vento, passou o dia, passou a noite e a manhã, passou o tempo, passou a gente, passou cada hora de amanhã; passou um canto esquecido nos cantos de cada passo, passou ao dizer que passo sem se lembrar do compasso; passou a vida como se nada fosse, só passou e foi-se embora, passou à pressa, sem demora, e passou tudo a quem ficou; e se mais não passou no fim de tudo ter passado, foi porque algo se passou no último passo que foi dado In Geometria Variável, da Editorial Dom Quixote

Dia Mundial das Comunicações Sociais

Posted by Hello
João Paulo II Celebra-se hoje, 8 de Maio, o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Por proposta de João Paulo II, o Papa de saudosa memória, os jornalistas católicos e todos os outros que acreditam nos valores cristãos podem reflectir sobre o tema que ele nos propôs: “Os meios de comunicação aos serviço da compreensão entre os povos.” Quem vive o dia-a-dia da comunicação social percebe bem que nem sempre tem tempo para reflectir sobre o que faz ou não faz para mudar o mundo para melhor. Daí a importância de um dia especial para parar, para meditar e para avançar com novos e mais eficazes comportamentos jornalísticos, de modo a contribuir para uma sociedade mais justa. Não é fácil, mas vale sempre a pena tentar. João Paulo II disse na mensagem que nos deixou, com data de 24 de Janeiro de 2005, festa de São Francisco de Sales, que os media, “o primeiro areópago do tempo moderno”, são, para muitos, “o principal instrumento informativo e formativo, de orientação e inspiração para os comportamentos individuais, familiares e sociais”. Também promovem a compreensão, dissipam os preconceitos e despertam o desejo de aprender mais. Noutra passagem, João Paulo II lembra que os órgãos de comunicação social podem unir as pessoas, enquanto impulsionam mobilizações de ajuda em resposta a desastres naturais ou outros. “A velocidade com que as notícias viajam hoje aumenta a possibilidade de se tomarem medidas práticas em tempo útil para oferecer a melhor assistência. Desta maneira, os media podem conseguir um bem muito grande”. Referiu ainda que “os comunicadores têm a oportunidade de promover uma autêntica cultura da vida, distanciando-se da actual conjuntura contra a vida, transmitindo a verdade sobre o valor da dignidade de toda a pessoa humana”. Fernando Martins

sábado, 7 de maio de 2005

Bênção dos Finalistas na Universidade de Aveiro

Festa na Alameda para finalistas e familiares Posted by Hello
Estudantes da Universidade de Aveiro e de Escolas Superiores associadas vão viver amanhã, pelas 11 horas, a Festa da Bênção dos Finalistas. A cerimónia será presidida pelo Bispo aveirense, D. António Marcelino, esperando-se a participação de cerca de nove mil pessoas, entre estudantes e familiares.
Na mensagem que dirigiu aos finalistas, D. António Marcelino frisou que "um curso que se termina não pode deixar de ser um curso que continua ou um novo curso que se começa. Curso é sempre caminho, marcha, movimento. A morte está no parar. A vida está na esperança e na decisão que faz ir mais longe".
A organização desta festa, liderada pelo CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), convida toda a gente a participar na eucaristia da Bênção, que terá lugar na Alameda da Universidade de Aveiro, pelas 11 horas.

Bandeira Azul

Praias do Distrito de Aveiro continuam a ser contempladas Posted by Hello Praia da Barra
Praias do Distrito de Aveiro continuam a ser contrempladas com a Bandeira Azul, símbolo de qualidade. Isto significa que os veraneantes podem apostar, no próximo Verão, nas praias aveirenses. Para registo, aqui ficam as premiadas: Espinho (Frente Azul e Baía), Ovar (Esmoriz, Cortegaça e Furadouro), Ílhavo (Barra e Costa Nova) e Vagos (Vagueira).

Exposição de fotografia na Casa Municipal da Cultura, em Coimbra

Posted by Hello
Coimbra não tem nenhum "e", mas É dos Estudantes, não tem nenhum "u", mas, dizem, a Universidade dá-lhe vida, dizem que também a embalsama. Não tem nenhum "f", mas gosta de se pavonear com Fitas, de preferência muitas, todas da cor da alegria que carapaça as dores da Saudade. Coimbra não tem nenhum "s"...
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Na Casa Municipal da Cultura, em Coimbra, António Costa Pinto e Dinis Manuel Alves expõem fotografias artísticas. Pelo nível dos trabalhos apresentados e pelos seus autores, que dominam como poucos esta forma de expressão, vale bem um passeio à cidade dos doutores.
Para ver algumas fotos, clique Algumas Fitas.

sexta-feira, 6 de maio de 2005

Um artigo de António Rego, na Ecclesia

O grande abraço dos media

Há factos que não vale a pena reter. Outros que convém não deixar fugir sem lhes saborear toda a essência. Refiro-me ao significado da história, mesmo da que fazemos, e se torna, por nossa arte, mestra da vida. Tudo ganha um tom para além das aparências.
Ao celebrar o Dia Mundial das Comunicações Sociais temos presente o cruzeiro planetário que os media proporcionam estreitando o mundo num abraço familiar, dando significado ao enlace de culturas, raças, valores e projectos que são património comum da humanidade. A mega reportagem que o mundo inteiro seguiu sobre a fase final de João Paulo II e eleição de Bento XVI veio de novo centrar o próprio universo secular e laico num fenómeno religioso que é muito mais que uma máquina burocrática de poder. Percebeu-se, nesse todo, a proposta espiritual de uma comunidade unida e dispersa em todo o mundo – a comunidade cristã - que tem algo de decisivo a dizer ao homem de hoje, por vezes marcado por vezes pela angústia de tudo realizar, sem o conseguir, na estreiteza do tempo e na pressa do imediato.
Três documentos eclesiais marcam a celebração deste ano do Dia Mundial das Comunicações Sociais: a mensagem de João Paulo II sobre os Media como ponte cultural do nosso tempo; a Carta Pastoral escrita na mesma data dobre o “Rápido Desenvolvimento” do mundo e dos media, e um terceiro documento já do punho de Bento XVI dirigido as profissionais da comunicação, na primeira grande audiência que o actual Papa concedeu nos primeiros dias do seu Pontificado.
Um elemento une as três reflexões: a importância e a responsabilidade face ao mundo inteiro de quem constrói pontes de comunicação. É mais que uma viagem ocasional entre as margens do rio. É a ligação em rede da humanidade dispersa, marcada por milénios de diferenças, distâncias e incomunicabilidades. Eis o desafio: da dispersão fazer unidade, das diferenças, partilhas de enriquecimento mútuo, da aparente incapacidade de comunicação, a linguagem universal do encontro e conhecimento. Os media, hoje, mais que nunca têm ferramentas para essa construção. As grandes comunicações planetárias a partir de Roma foram disso prova inequívoca. A mensagem mais que proclamada em letra foi demonstrada… em directo.

O ABORTO, de novo

Diz Maria José Nogueira Pinto, política e provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que “O referendo ao aborto seria urgentíssimo se as prisões estivessem cheias de mulheres condenadas por esse crime. Mas não. Estão cheias de toxicodependentes com doenças incuráveis e contagiosas”. De facto, é verdade. Quando há tantos problemas sociais a exigirem uma atenção especial, não se compreende lá muito bem que a comunidade nacional, com muitos políticos na liderança da causa do aborto, não tenha olhos para mais nada. Argumentam que há muito abortos clandestinos e que é preciso acabar com esse estado de coisas. Como se isso fosse possível, assim de pé para a mão. Com a lei actual ou com outras, os abortos clandestinos vão continuar, apenas porque se trata de uma questão cultural. Penso que muitas mulheres que abortam o fazem na clandestinidade, simplesmente porque não têm coragem de o fazer às claras e por, no fundo, saberem que estão a cometer um erro grave. A lei em vigor dá-lhes a liberdade de pedirem o aborto, em casos especiais e bem definidos, mediante acompanhamento médico e psicológico, mas nem assim as mulheres procuram estabelecimentos de Saúde para fazerem o aborto. Não compreendo, por isso, tanto barulho. A não ser que esse barulho se faça para atrair clientela e para confundir as pessoas. Sabe-se que a Igreja Católica condena o aborto, como condena a eutanásia e a pena de morte, e que propõe a cultura da vida, contra a cultura da morte. Mas também se sabe que não pode nem vai impedir ninguém de pôr em prática a Interrupção Voluntária da Gravidez, muito menos os não católicos. Os católicos, porém, sabem que o não podem fazer, sob pena de pecarem gravemente. Fernando Martins

"A felicidade dos idosos é um assunto nacional"

Está a decorrer, em Lisboa, o VII Congresso Nacional das Misericórdias, que terá por tema “Envelhecimento – Novos desafios do século XXI”. A propósito desse acontecimento, que trará, decerto, novos estímulos às instituições que apoiam os idosos, o Padre Vítor Melícias, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, defendeu, em entrevista ao “PÚBLICO” de ontem, conduzida pela jornalista Andreia Sanches, que “a felicidade dos idosos é um assunto nacional”. Depois de afirmar que já se deram passos importantes na melhoria dos serviços aos idosos, Vítor Melícias sublinhou que ainda há muito a fazer, em especial ao nível dos cuidados continuados. Mas também se torna urgente formar técnicos, apostar na investigação de doenças e criar um espírito de cooperação entre Estado, famílias e instituições sociais, disse. Vítor Melícias lembrou, nessa entrevista, que vamos ter uma sociedade cada vez mais idosa, e sublinhou que se torna importante que as pessoas, tendo mais anos, “Tenham condições para participar mais na vida da sociedade”. E acrescentou: “É preciso ter também consciência de que é um fenómeno positivo as pessoas durarem mais tempo. Só é negativo se não nos precavermos para que esse período seja bem vivido. O envelhecimento precisa de ser encarado como assunto nacional. A felicidade dos idosos é um assunto nacional.” Disse que “é preciso que as famílias criem a consciência daquilo que é inevitável: que é preciso que tenhamos os nossos idosos mais tempo em casa, na família, em condições...”, tendo frisado que cada cidadão “tem o direito fundamental de não ser abandonado ou deixado sozinho perante a morte, a doença, a angústia, o sofrimento, como dizia François Mitterrand. Só quando não há condições para que esse direito seja exercido com dignidade é que se deve recorrer à institucionalização”.
Fernando Martins

quinta-feira, 5 de maio de 2005

AVEIRO adere à Tarifa Familiar da Água

É com grande alegria que a APFN ( Associação Portuguesa das Famílias Numerosas) comunica a adesão da Câmara de Aveiro à Tarifa Familiar da Água , juntando-se, assim, aos Municípios de Lisboa, Porto, Coimbra, Sintra, Portimão, Ribeira Grande e Condeixa. Trata-se de uma excelente prenda às famílias numerosas de Aveiro, nas vésperas da celebração do Dia Internacional da Família, que se comemora em todo o mundo no próximo dia 15 de Maio . Esta medida não permite as famílias numerosas terem a água mais barata, mas, tão-só, poderem pagar a água ao mesmo preço que as famílias menos numerosas, uma vez que os escalões, com esta modalidade de tarifário, são em função da dimensão da família . Mais pormenores sobre este tipo de tarifário, que está a ser promovido pela APFN junto das diversas autarquias, poderão ser consultados no Caderno 7 - Tarifa Familiar da Água para Consumo Doméstico, em http://www.apfn.com.pt/Cadernos/caderno%207a4.PDF. A APFN espera que o exemplo de Aveiro, Lisboa, Porto, Coimbra, Sintra, Portimão, Ribeira Grande e Condeixa seja seguido rapidamente por bastantes mais autarquias como contributo para combater a baixíssima taxa de natalidade portuguesa, a que o governo central tem mantido absoluta indiferença. A APFN recorda, a propósito, que 2005 é ano de eleições autárquicas, e esta medida é bem mais importante que a proliferação de rotundas, com ou sem estátuas no meio, que estão a surgir como cogumelos em todas as localidades. Apesar de existirem, apenas, 7% de famílias com três ou mais filhos, 20% da população, ou seja 2.000.000 de portugueses, pertencem a famílias numerosas, que saberão, com toda a certeza, distinguir os autarcas que se preocupam com os verdadeiros problemas das famílias dos "outros".
A Direcção da APFN