quinta-feira, 3 de novembro de 2005

A Casa abrigo "VeraVida"

A Casa Abrigo «VeraVida», uma valência do Centro Social Paroquial da Vera Cruz (CSPVC), abriu a 21 de Março passado e está com a sua capacidade esgotada (16 utentes)
Paula Hipólito, directora de serviços do CSPVC, refere que «se fosse maior deixaria de ser um lar como se pretende». A entrada na «VeraVida» é faseada e quem já se encontra há mais tempo ajuda a estabilizar quem chega.
O serviço está preparado para acolher temporariamente mães e filhos, menores de 12 anos, vítimas de violência e oriundos de qualquer ponto do nosso país. É um espaço de protecção e de segurança, que permite às mulheres e crianças utentes o tempo e a oportunidade de sarar feridas, mediar conflitos e repensar projectos de vida.
As crianças são integradas nas valências do CSPVC e nas escolas. O regulamento prevê que cada utente permaneça na Casa Abrigo durante um período até seis meses, altura em que a equipa técnica procede a uma avaliação global.
No entanto, pode haver excepções, ou seja, utentes que ainda não tenham o seu projecto de vida delineado e que por isso verifica-se a necessidade de prolongar os seis meses regulamentados. «É um sítio de passagem, onde a pessoa vai recuperando e, depois, a comunidade encarregar-se-á de a regenerar outra vez», assinala o padre Rocha, presidente da Direcção do CSPVC.
Paula Hipólito garante que «as mulheres que deixam a Casa Abrigo nunca são abandonadas, porque as técnicas mantêm um certo contacto com elas». Por sua vez, Emília Lima, psicóloga, acrescenta que há situações em que as mulheres regressam às suas casas, para junto do agressor.

(Para ler todo o trabalho da jornalista Cristina Paredes, clique Diário Aveiro)

HÁ PENSIONISTAS RICOS À BOLEIA DOS POBRES

Utentes com fracos rendimentos vão ter que autorizar o acesso aos seus dados fiscais

Os reformados que recebem pensões muito baixas e as pessoas que provem insuficiência económica e que, por isso, têm direito a um regime especial de comparticipação de medicamentos vão ter que assinar uma declaração autorizando o acesso aos seus dados fiscais pelos serviços de saúde, anunciou ontem o ministro da Saúde, Correia de Campos, em conferência de imprensa. Embora na população portuguesa só existam 18 por cento de pensionistas com direito a regime especial de comparticipação, 53 por cento do receituário nacional tem benefícios de comparticipação com base neste critério, explicou o ministro. "É injusto que haja quem ande à boleia dos que mais precisam", comentou.
Esta desproporção é considerada uma prova de que está a haver abusos. O governante estima que "o montante potencial da irregularidade" possa andar entre os 18 e os 21 milhões de euros.
Com o objectivo de moralizar o sistema, Correia de Campos quer mudar os meios de prova de rendimentos baixos. Os pensionistas com direito ao regime especial de comparticipação - cujo rendimento total anual não exceda 14 vezes o salário mínimo nacional - terão que assinar um documento em que declaram, sob compromisso de honra, que não têm mais rendimentos sem ser a pensão. Até agora, bastava apresentar um comprovativo do valor da pensão.
A mesma declaração poderá ser assinada por pessoas com insuficiência económica que queiram continuar a usufruir da comparticipação a 100 por cento, que desceu recentemente para 95 por cento.

BEETHOVEN NO AVEIRENSE

NONA SINFONIA NO TEATRO AVEIRENSE
Não é todos os dias que podemos ouvir, ao vivo, a Nona Sinfonia de Beethoven, para muitos uma obra-prima da música clássica. Mas no sábado, dia 5 de Novembro, está ao nosso alcance assistir, no Teatro Aveirense, a um concerto da Orquestra Filarmonia das Beiras, recentemente reactivada, que encerra os Festivais de Outono, interpretando a Nona Sinfonia e o Concerto nº 5 para Piano, de Ludwig van Beethoven.
A Orquestra Filarmonia das Beiras vai ser dirigida por António Vassalo Lourenço e acompanhada pelo Coro da Fundação Conservatório Regional de Gaia.

JORNADAS DO MAR EM AVEIRO E ÍLHAVO

Posted by Picasa DIA NACIONAL DO MAR
A Administração do Porto de Aveiro promove, em parceira com a Universidade de Aveiro e a Câmara Municipal de Ílhavo, as Jornadas do Mar em Aveiro e Ílhavo, iniciativa que terá lugar entre 16 e 19 de Novembro e se insere no âmbito das comemorações do Dia Nacional do Mar. Das 10h às 12h do próximo dia 16, a todos os interessados será facultada visita ao TEDP e ao navio França Morte, ali atracado.
As Jornadas do Mar oferecem programa bastante diversificado, incluindo um fórum, um atelier, uma conferência, duas exposições e várias visitas.Para além da visita às instalações da APA, os interessados poderão ficar a conhecer, também no dia 16, a Estação Salva-Vidas, no Forte da Barra, e o Farol da Barra, um dos mais altos do mundo.
O Fórum Portugal e o Mar, e uma visita à exposição “O Mar: um mundo a descobrir”, na Fábrica de Ciência Viva de Aveiro; o Atelier “Mar Fantástico”, no Museu de Ílhavo, são iniciativas que se desenrolarão também a 16 de Novembro, uma quarta-feira. O atelier “Mar Fantástico” é destinado a alunos de escolas do ensino básico e secundário.
Para sábado, dia 19, está prevista presença no encerramento da exposição “Artes de Pesca. As pescas na Arte”, patente no Museu Marítimo de Ílhavo. Ainda no sábado, e também no Museu Marítimo de Ílhavo, lugar à conferência “Homens do Mar, Homens da Guerra: A Marinha Portuguesa na Segunda Metade do Século XX”. Será conferencista o Prof. João Freire.
Fonte: Portal do Porto de Aveiro

RAMAL FERROVIÁRIO DE LIGAÇÃO AO PORTO DE AVEIRO

Declaração de Impacte Ambiental na próxima semana
A Declaração de Impacte Ambiental referente à obra de construção da plataforma multimodal de Cacia e do ramal ferroviário de ligação ao porto de Aveiro deverá ser emitida na próxima semana.Caso não se verifique nenhum atraso de última hora, foi esta a data adiantada pelos responsáveis do Ministério do Ambiente que, no passado dia 13 de Outubro, se deslocaram a Aveiro para percorrer a zona de implantação deste importante projecto para a região.
A visita da Comissão de Avaliação do Estudo de Impacte Ambiental integrou representantes do Instituto do Ambiente, Instituto de Conservação da Natureza, Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico (IPPAAR), da REFER e da Administração do Porto de Aveiro. A APA esteve representada pelo eng. Jorge Rua.
Recorde-se que a fase de inquérito público do Estudo de Impacte Ambiental terminou a 5 de Setembro, tendo estado a consulta durante 36 dias.O ramal ferroviário entre a Linha do Norte e o Porto de Aveiro terá uma extensão de nove quilómetros. A ligação partirá de uma plataforma intermodal de mercadorias, em Cacia.
O projecto consagra também a construção das ligações ferroviárias aos vários terminais do Porto de Aveiro e um parque de interface modal adjacente à zona de triagem, que ocupará uma área de 16 hectares, obras da responsabilidade da Administração do Porto de Aveiro.
O Estudo de Impacte Ambiental foi aprovado em Dezembro de 2004. Segundo dados da REFER, o investimento previsto, de 68,5 milhões de euros, reparte-se da seguinte forma:Plataforma Multimodal de Cacia/Esgueira - € 12.000.000,00;Ramal de acesso ao Porto de Aveiro - € 56.500.000,00.Execução com verbas provenientes do Orçamento de Estado e Fundos Comunitários.
A construção do ramal ferroviário de ligação ao complexo portuário foi incluída pelo actual Governo no Programa de Investimentos em Infraestruturas Prioritárias.
Fonte: Porto de Aveiro

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

PAPA PEDE MAIS APOIO PARA AS FAMÍLIAS NUMEROSAS

Famílias numerosas precisam de apoio, defende Papa
Bento XVI defendeu hoje mais medidas sociais e legislativas que apoiem as famílias numerosas, na sua habitual mensagem das quartas-feiras. Segundo o Papa, no actual contexto social, os núcleos familiares com muitos filhos são um testemunho de fé, de coragem e de optimismo, "porque sem filhos não há futuro".
"Faço votos para que venham a ser promovidas intervenções sociais e legislativas adequadas de apoio às família mais numerosas, que constituem uma riqueza e uma esperança para qualquer país", sublinhou o Papa.

COMISSÃO DESACONSELHA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS

Parecer apresentado hoje ao Ministério da Educação
Um relatório da comissão coordenada pelo psiquiatra Daniel Sampaio, apresentado hoje ao Ministério da Educação, conclui que as escolas do ensino básico e secundário devem revitalizar os seus currículos sobre educação para a saúde, incluindo a educação sexual, em vez de criarem um nova disciplina. "A educação sexual deve deixar de ser fragmentada e deve ser integrada na educação para a saúde", afirmou Daniel Sampaio em conferência de imprensa, defendendo que cabe à escola e ao Ministério da Educação (ME) a responsabilidade de dar uma nova vida aos currículos sobre a matéria para diminuir os comportamentos de risco dos jovens. O objectivo desta "dinâmica curricular" é diminuir comportamentos de risco e colmatar lacunas de conhecimento dos jovens sobre educação para a saúde.
A comissão - criada em Junho pelo ministério para avaliar e propor soluções para o conteúdo dos programas de educação sexual nas escolas - propõe que a alteração dos currículos escolares seja feita em algumas escolas já este ano lectivo.
De acordo com António Ramos André, adjunto da ministra da Educação, a tutela deverá dar uma resposta a este relatório preliminar até ao final deste mês.
O grupo de trabalho recomenda também que o ME termine, até ao final do ano, os protocolos que mantém com a Associação para o Planeamento da Família, o Movimento de Defesa da Vida e a Fundação Portuguesa A Comunidade contra a Sida. Estas três organizações não governamentais têm assegurado nos últimos anos a introdução da educação sexual nas escolas, mas Daniel Sampaio defende que "é a escola que deve assumir a responsabilidade, porque os professores estão mais perto dos alunos".
(Para ler todo o texto, clique PÚBLICO)

Um artigo de Francisco Sarsfiel Cabral, no DN

REACÇÕES
A candidatura presidencial de Mário Soares tarda a levantar voo nas sondagens. Talvez não signifique muito há vinte anos, Soares partiu com apenas 8% e ganhou a eleição. Nesta fase do campeonato a vitória de Cavaco Silva (em quem irei votar) não está assegurada. Mas as sucessivas sondagens que colocam Soares atrás de Alegre têm provocado reacções de nervosismo entre os soaristas. O próprio Soares queixou-se há semanas, e os seus apoiantes têm repetido, de que a comunicação social "anda com Cavaco ao colo". Ora, quando primeiro-ministro, Cavaco Silva conquistou duas maiorias absolutas contra a maior parte dos jornalistas. Nunca a comunicação social simpatizou com ele. Também há soaristas indignados com os jornais que noticiaram as confusões e lapsos de Soares, ao responder a perguntas de jornalistas na apresentação do seu manifesto eleitoral. Como se tal não tivesse acontecido ou fosse matéria irrelevante num candidato presidencial.
E já começam a ouvir-se vozes culpando o povo, distraído e sem memória, de não alimentar intenções correctas quanto ao voto nas presidenciais. "Parece que as pessoas se esqueceram do enorme alívio com que receberam a distensão de António Guterres depois do segundo mandato de Cavaco", lamentava Mário Mesquita ao último Expresso.
A tendência para culpar os media e as pessoas pela falta de sucesso de uma candidatura eleitoral não é inédita. Já havia sido manifestada, de forma chocante, por Manuel Maria Carrilho, após a derrota na corrida à Câmara de Lisboa. Não é uma reacção saudável. Convém que os apoiantes de Soares se lembrem de que ele, dois meses antes de se candidatar, considerava tal hipótese "uma loucura", mesmo numa situação-limite (que não é o caso). Não admira que muita gente julgue insensata a decisão de Soares.

QUERCUS DE AVEIRO PRECISA DE VOLUNTÁRIOS

RUI CUNHA ESCREVE NO DIÁRIO DE AVEIRO SOBRE A URGÊNCIA DE SE COLABORAR COM A QUERCUS
«Quercus Aveiro. Infelizmente, por falta de voluntários, não é possível neste momento o atendimento pessoal». É uma gravação que responde à chamada para o 234425072, número de telefone do núcleo regional de Aveiro da associação ambientalista Quercus, que segunda-feira assinalou 20 anos de existência.Durante todo o dia de ontem, o Diário de Aveiro procurou falar com a presidente do núcleo, Teresa Páscoa, ou outros dirigentes locais da instituição, mas em vão, o que diz muito sobre as dificuldades sentidas pela Quercus em Aveiro.A falta de voluntários afecta a actividade local da associação, mas não a anula. Um exemplo do empreendedorismo dos ambientalistas aveirenses são as frequentes visitas organizadas a locais de interesse ecológico, como a que no próximo sábado vai ser realizada a Belazaima do Chão, no concelho de Águeda.O objectivo da iniciativa é «contribuir para minimizar o impacto das extensas monoculturas de eucaliptos que, sem ordenamento nem limitação, ocuparam praticamente todo o espaço não agrícola da região», lê-se no sítio da Quercus na Internet (www.quercus.pt).
(Para ler mais, clique Diário de Aveiro)

Um artigo de D. António Marcelino

PARAÍSOS EFÉMEROS E ÂNSIA DE FELICIDADE O contexto social e religioso destes dias de recordação e saudade, dado os sentimentos pessoais que suscita, como as experiências dolorosas, fruto das tragédias naturais dos últimos meses e dias, conhecidas e vividas, ao longe e ao perto, deram-me ensejo para esta reflexão. A ânsia de viver e de ser feliz comanda a vida de qualquer pessoa normal. “Experimentar” passou a projecto motivador de muitas vidas de jovens e adultos. Fazem-se poupanças, parte-se à procura de terras e mares distantes que a publicidade vende chamando-lhes “paraíso”, exorcizam-se medos de repetição de cataclismos e, sabendo, embora, que tudo é efémero, a decisão de ir mais longe, ainda que apenas geograficamente, não se deixa vencer facilmente por perigos vividos. De um momento para o outro, todos ficamos a saber mais de ciclones e maremotos em terras de outros, fustigadas por forças incontroláveis, que provocaram morte e destruição. É a ânsia de felicidade, de bem-estar, de poder dizer e contar, de novas sensações e experiências, se exóticas tanto melhor, que vai comandando a vida. E parte-se, assim, um mês depois, para terras e situações que se haviam já riscado da lista das vivências desejadas e possíveis. A vida, com o seu fascínio, ainda que a estadia no paraíso seja de dez ou de quinze dias. Nesta semana houve multidões de gente nos cemitérios. Um misto de gosto e de desgosto, de dor e de saudade, de lembrar e de esquecer. Os ingredientes parecem de festa: muita gente, muitas flores, muitos abraços, encontros de um ano que cada ano se repetem, comunicação pessoal bem diferente da do velório, de há muito ou pouco tempo. Como nos ritos de festa, tudo passa depressa. Pouco ou nada se fala de morte, porque a morte incomoda sempre e é página a virar, sem demora, para não perturbar a vida. Muitos vão ao cemitério, lugar de mortos, sem passagem pelo templo, lugar de vivos. Alimento de uma nostalgia ou avivar de uma esperança, ou apenas a ilusão de uma ânsia que não se consegue abafar e a que não se pode dar muito tempo nem alimento, porque há sempre recordações para esquecer e cálices difíceis de beber até ao fim. Nem o efémero dos paraísos sonhados, nem o rito que anualmente se repete nos cemitérios, por mais que sejam longos os caminhos andados, parece convidarem a parar para ler a vida, descobrir o seu valor e penetrar no segredo, tão profundo, como incómodo, do sentido da vida e da morte. Será que depressa volta tudo ao mesmo, neste frenesim que se vive e onde é preciso ter a coragem de parar, para poder viver melhor e com mais sentido? Quando os mortos deixam de nos falar no silêncio dos cemitérios, a vida dos vivos já tem pouco de vida e nada de esperança. Quando a catástrofe deixa de interpelar quem podia ter sido vítima ou quando o inesperado para outros, que a todos nos pode tocar, está arredado de qualquer reflexão com mais sentido, é sinal de que a correria da vida nos foi enchendo de nada. O paraíso não pode ser efémero, porque ele faz parte inseparável da ânsia pessoal de felicidade. A morte não atrai a morte, porque também é mestra de vida. Parar para reflectir não é tempo perdido, porque o sentido do que se faz, dá sempre valor novo ao tempo que nos resta.

Concordata e tribunais eclesiásticos preocupam Bispos

A aplicação da nova Concordata entre Portugal e a Santa Sé foi um dos assuntos tratados na reunião dos Bispos da Província Eclesiástica de Braga, que decorreu segunda-feira nessa cidade
As exigências, problemas e dúvidas suscitadas pela revisão daquele tratado, nomeadamente quanto à área fiscal, foi o tema mais falado nesta reunião, a par do funcionamento dos tribunais eclesiásticos. Aquele assunto será tratado também na assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que decorrerá em Fátima de 14 a 18 de Novembro.
Um dos problemas em foco está relacionado com a actuação de algumas comissões de festas e/ou de angariação de fundos para obras da Igreja. Além dos procedimentos, a independência manifestada por algumas em relação ao Conselho Económico Paroquial, que é sempre presidido pelo pároco, e às orientações da hierarquia eclesiástica, tem suscitado divergências e conflitos nas comunidades paroquiais.
Quanto aos tribunais eclesiásticos, os bispos do Norte e Centro de Portugal conversaram ontem sobre a possibilidade de, sem recorrer a mais meios materiais e pessoais, o seu funcionamento ser melhorado. O problema dos divorciados recasados foi debatido.
A reunião dos bispos da Província Eclesiástica de Braga acontece duas ou três vezes em cada ano. A próxima terá lugar em Viana do Castelo, no dia 6 de Fevereiro do próximo ano. Ontem estiveram presentes os bispos de Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Bragança-Miranda, Lamego, Porto, Coimbra e Aveiro. Do Porto vieram os Bispos Auxiliares. D. António Marto, Bispo de Viseu –que também faz parte da Província Eclesiástica de Braga –, faltou devido ao falecimento de um sacerdote na sua diocese.
Com estes encontros, explicou o Arcebispo de Braga em declarações ao Diário do Minho, pretende-se «intensificar a comunhão entre as dioceses». São «encontros informais », esclareceu D. Jorge Ortiga, «sem acta nem comunicado », e por isso sem conclusões ou tomadas de posição colectivas, mas com tempo para os bispos constatarem «as preocupações e alegrias» de cada diocese em particular, e da Igreja em geral. E também para se falar do actual momento político, tanto ao nível local como nacional.
Fonte: ECCLESIA

terça-feira, 1 de novembro de 2005

HALLOWEEN: Será que isto tem algum interesse para os portugueses?

NÃO É PRECISO IMPORTAR TRADIÇÕES
Vai-se enraizando, nas escolas portuguesas, o hábito de importar tradições que nada têm a ver connosco. Ontem, por exemplo, crianças das nossas escolas vieram a minha casa pedir um contributo para o Halloween, sem saberem lá muito bem o porquê deste peditório. Tanto quanto sei, esta iniciativa foi estimulada, entre os alunos, pelos professores de Inglês, talvez com base em projectos pedagógicos. E à partida penso que tais projectos poderiam muito bem ter por base tradições portuguesas. Portugal, em geral, e a nossa região, em particular, têm tradições riquíssimas que mereciam ser mais aproveitadas pelos professores e pelas escolas, de todos os graus de ensino, não se justificando, a meu ver, qualquer recurso ao que se faz e ao que existe no estrangeiro, nesta linha. Há anos, ainda tentei explicar às crianças que havia tantas coisas interessantes, de matriz regional, para se envolverem e para mostrarem as suas capacidades criativas, mas senti que estava a malhar em ferro frio. A professora de Inglês é que sabe e estava tudo dito. Ora, eu penso que os professores, sejam eles de que disciplina forem, devem informar-se, quando chegam a uma escola de uma região diferente das suas, quais são as tradições que urge reviver, para que o património cultural que nos tem servido de matriz não se perca. Agora, andar a importar tradições, em tempos da necessidade de preservar as riquezas que herdámos, não me parece muito bem. Fernando Martins

DIA DE TODOS OS SANTOS

OS SANTOS NÃO SÃO GENTE QUE ESTÁ FORA DO MUNDO Celebra-se hoje, 1 de Novembro, a festividade do Dia de Todos os Santos. A Igreja Católica recorda todos os que, pelos seus méritos, mereceram ser acolhidos no seio de Deus, para aí gozarem da felicidade eterna. O número desses santos, que ultrapassa, de longe, o número dos que a Igreja Católica designou para ocuparem lugares especiais nos altares, não tem limites, tantos devem ser eles. E desses, quantos não serão nossos familiares e amigos… É bom, pois, que os recordemos e que os seus testemunhos de arautos do bem e da verdade nos estimulem, para no dia-a-dia contribuirmos para a construção de um mundo mais fraterno. E também é correcto pensarmos e dizermos que afinal a santidade não é qualquer coisa de extraordinário, porque está ao alcance de todos nós, na vivência dos acontecimentos de todos os dias. Os santos não são gente que está fora do mundo e da vida, exibindo rostos macerados pelas penitências e pelos sacrifícios, mas são gente que trabalha, que luta pela verdade, que vive ideais nobres, que procura construir uma sociedade mais justa, que é solidária, que experimenta a caridade, que dialoga com Deus e com todos, que cultiva o bem. Os santos estão connosco e são muitos de nós; os santos caem e levantam-se, renascendo constantemente; os santos alegram a vida pela felicidade que espalham à sua volta. Por isso, os celebramos hoje, na certeza de que um dia estaremos com eles, e com Deus, para gozarmos a alegria plena. Fernando Martins

MÊS DE NOVEMBRO - MÊS DAS ALMAS

“Bem-aventurados os que morrem no Senhor, que repousem dos seus trabalhos, porque as suas obras os acompanham (Ap 14,13)”No mês de Novembro encontramo-nos em pleno Outono, esta estação do ano que tanto me fascina, pelo encanto da natureza que se recolhe para o Inverno, das folhas que se revestem dos mais belos tons antes de caírem, como a mostrar a nobreza do entardecer da vida, que se recolhe e se despede serenamente antes de repousar no silêncio do mistério!... E mesmo o nevoeiro denso que em muitos dias de Outono nos envolve, também isso é um convite ao recolhimento, mesmo ao mistério que diz a nossa existência.
Talvez tenha sido por isso que a Igreja, na sua admirável pedagogia da fé que respeita os ritmos da natureza, tenha escolhido o mês de Novembro para nos recordar o mistério da morte, com a celebração dos fiéis defuntos logo no início, a 2 de Novembro, e dedicando todo o mês à meditação da morte e à contemplação do purgatório. Novembro é o mês das almas!É assim que o recordo, desde a minha infância: ‘mês das almas’. A missa era muito cedo, lá pelas quatro ou cinco da manhã, para que também os lavradores pudessem participar antes de irem para o leite.
(Para ler todo o texto, clique ECCLESIA)

segunda-feira, 31 de outubro de 2005

PORTUGUESES MAIS PESSIMISTAS

Sondagem revela que portugueses estão mais pessimistas
A confiança dos portugueses na situação económica pessoal e do país para 2006 está no nível mais baixo dos últimos dois anos, segundo o Barómetro de Outubro da Marktest para o DN e TSF, divulgado esta segunda-feira. Invertendo a tendência de subida registada em Setembro, o estudo de opinião relativo a Outubro mostra que 56,8% dos inquiridos acha que a situação económica do país vai estar pior no próximo ano, contra 14,6% que considera que ela vai melhorar. Para 23,7% a economia do país vai ficar na mesma no período que se prolonga até ao próximo ano. Em termos de finanças pessoais e familiares, o pessimismo ainda é maior, com 58,2% a considerar que a situação vai estar pior durante o próximo ano. Pelo contrário, 10,3% dos inquiridos acha que vai estar melhor em 2007, enquanto para 23,7% não vai haver alteração. O Barómetro de Outubro da Marktest para o DN e TSF foi realizado entre 18 e 21 de Outubro, com 805 entrevistas, sendo de 3,45% a margem de erro.

Não há Vida Boa sem Autodomínio

O HOMEM FAZ-SE OU DESFAZ-SE A SI MESMO
O homem faz-se ou desfaz-se a si mesmo. O homem controla as suas paixões, as suas emoções, o seu futuro. Consegue-o canalizando os seus impulsos físicos para conseguir realizações espirituais. Qualquer animal pode esbanjar a sua força realizando os impulsos físicos sempre que os sente. Compete ao homem canalizá-los para fins mais produtivos que a satisfação dos impulsos. Ninguém se tornou ilustre por fazer o que lhe apetecia. Os homens insignificantes fazem o que querem - e tornam-se nuns Zés-Ninguém. Os grandes submetem-se às leis que regem o sector em que são grandes.
O autodomínio é sempre recompensado com uma força que dá uma alegria interior inexprimível e silenciosa que se torna no tom dominante da vida. O autodomínio é a qualidade que distingue os mais aptos para sobreviverem. O mais importante atributo do homem como ser moral é a faculdade de autodomínio escreveu Herbert Spencer. Nunca houve, nem pode haver, uma vida boa sem autodomínio; sem ele a vida é inconcebível. A vitória mais importante e mais nobre do homem é a conquista de si mesmo.
Alfred Montapert, in 'A Suprema Filosofia do Homem'

FILARMONIA DAS BEIRAS ENCERRA FESTIVAIS DE OUTONO

Sábado, 5 de Novembro, 21.30 horas, Teatro Aveirense Esta semana chega ao fim os «Festivais de Outono». Para além de três recitais de canto e piano e um de música ibérica, poderá ainda assistir ao Concerto de encerramento, no próximo Sábado, 5 de Novembro, no qual a Orquestra Filarmonia das Beiras apresentará mais um dos seus fabulosos espectáculos, desta vez acompanhada pelo Coro da Fundação Conservatório Regional de Gaia e por Valerian Shiukaschvili, o vencedor do 1º Prémio da 1ª edição do Concurso Internacional de Piano «Helena Sá e Costa» em 2004. Iniciativa da Universidade de Aveiro e da Fundação João Jacinto de Magalhães, com o apoio da Câmara Municipal e do Teatro Aveirense, os Festivais de Outono estão a inundar Aveiro com uma série de concertos de diferentes géneros, épocas e estilos musicais e juntar artistas de grande relevo nacional e internacional.

Um artigo de Francisco Sarsfiel Cabral, no DN

INDEPENDÊNCIA
As greves dos juízes e magistrados deram que falar, mas não tiveram grande importância. Primeiro porque, como notou há tempos Miguel Sousa Tavares, são irrelevantes alguns dias perdidos numa justiça que demora eternidades a dar qualquer passo. Depois, porque as greves não abalaram o prestígio da justiça portuguesa, pelo simples facto de que esse prestígio já não existe.
As greves foram estimuladas pelo primeiro-ministro, quando demagogicamente anunciou, logo no discurso de posse, a redução das férias judiciais. A coisa foi apresentada como se os profissionais da justiça gozassem dois meses de férias, quando se tratava de os tribunais fecharem dois meses. Os juízes e magistrados que trabalham no duro ficaram indignados. A partir daí, a questão situou-se no mero plano sindical. Apesar do estado lamentável em que se encontra a justiça em Portugal, não se viu grande preocupação dos grevistas em melhorá-la. Pior ouviram-se vozes bramando estar ameaçada a independência dos tribunais.
Decerto que a independência judicial é um valor básico do Estado de direito. Mas, por cá, ela tem significado sobretudo a autogestão pelas corporações do sector, cómoda para o poder político. O resultado está à vista - e, assim, o cidadão não tem a quem pedir contas pelo péssimo funcionamento da justiça. Por isso é positivo que se vá cumprir finalmente o preceito constitucional que atribui aos órgãos de soberania a definição da política criminal. Ao Ministério Público cabe participar na execução dessa política, não defini-la. Não chega, porém. O poder político precisa de ter uma intervenção mais activa na organização do sector. Para que a justiça portuguesa não continue a absorver meios humanos e financeiros acima da média europeia, sem lograr um mínimo aceitável de eficácia.

MAIS DE 234 MIL DOENTES EM LISTA DE ESPERA PARA CIRURGIA

Número continua a subir O número de doentes que esperam por uma cirurgia continua a subir, com os últimos dados do Ministério da Saúde a indicarem que mais de 234 mil portugueses estão nesta situação, dos quais 7785 não têm resposta nos hospitais públicos. Em entrevista à Lusa, o coordenador do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), Pedro Gomes, justificou que o elevado número de doentes em lista de espera resulta da entrada em funcionamento do SIGIC, que abrange todo o país desde o início de Outubro."Quando se cria um sistema deste género, começa por haver um aumento de doentes que, à partida, não se sabia que estavam em espera", argumentou.
Dado que o SIGIC permitiu criar "mecanismos que obrigam os hospitais a registarem" as pessoas com indicação para cirurgia, "o que dantes não era efectuado de uma forma exaustiva", é expectável que cresça o número de doentes, afirmou o coordenador.
Criado pelo anterior ministro da Saúde Luís Filipe Pereira, o SIGIC entrou em funcionamento no final de 2004 a título experimental nas regiões do Alentejo e do Algarve, tendo vindo a ser alargado ao resto do país.A região centro foi a última a ser abrangida pelo SIGIC e, dado que têm surgido algumas dificuldades na integração técnica dos sistemas informáticos de alguns hospitais com este sistema de gestão das listas de espera, o número actual de portugueses identificados como aguardando por uma cirurgia é de 168.471.
Porém, Pedro Gomes estima que, incluindo os doentes dos hospitais que falta integrar tecnicamente no SIGIC, como é o caso dos Hospitais da Universidade de Coimbra, o número real de utentes em espera seja de 234.463.
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

Uma reflexão de Alexandre Cruz, do CUFC

Uma carta para a humildade Porque falas tão duro na Tua palavra de hoje, Senhor? Porque te indignas de maneira tão forte na Tua crítica? Que se passa para que insistas em não seres conformista, porque Te mexes tanto derrubando a passividade humana, enchendo-nos de inquietação com a Tua inquietude em postura que tão fortemente desinstala todo o mau hábito humano?!... Vendo mais fundo, lendo com olhos de ver, tens toda a razão. Era preciso ir até ao fim, chamar as coisas pelos nomes, retirar da “cadeira de Moisés” o espírito farisaico, a sua visão de Deus e do Homem. Apagar essa ‘ideia-prática’ imatura, tão desigual, turba, paralisante. Vieste até nós para recompor pela justiça o que o mundo nas suas sociedades não conseguia e não consegue. Queres purificar o autêntico Rosto de Deus (que és), queres sentar na cadeira importante os que mais sofrem, deitando por terra aqueles iludidos que, com os pés do barro da vaidade, julga(va)m-se importantes e gosta(va)m de ser tratados acima da sua própria verdade. Enche-nos de comoção, depois de tudo, a Tua insistência renovada de que “somos irmãos” e que a vida só tem significado quando tudo o que se pensa e faz é pelo serviço ao bem comum. Dizes-nos que a “prova dos 9” dos grandes sonhos e causas é a total dedicação amorosa a este mundo, onde todos somos importantes do mesmo modo e “tudo” terá de ser responsabilidade e serviço. Não nos retiras do mundo, antes pelo contrário, queres que no mundo sejamos Teu sinal… Pelo caminho do Teu exemplo e seguimento apercebemo-nos de que temos de ser servos de todos, pois todas as exaltações de poder e vanglória das coisas do mundo cairão em humilhação perdedora… Obrigado, Senhor, por nos chamares à Tua Verdade e nos fortaleceres com a Tua humilde coragem, sendo sempre mais simples ‘cientistas’ e instrumentos da Civilização do (Divino) Amor! Como um dia partilhaste connosco, será pelo poder da simplicidade e humildade que possuiremos a terra! Nessa pureza é que veremos a Deus. É por aqui!...