sábado, 8 de fevereiro de 2020

O nosso mar a preto e branco



O nosso mar, na Praia da Barra, a preto e branco para aguçar a imaginação dos meus leitores e amigos. Bom fim de semana.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Crítica Construtiva e Endurecer Divergências


“Há uma grande diferença entre a crítica construtiva que preparará o caminho para um consenso e a mera invectiva que tende a endurecer as divergências” 

Nelson Mandela 
(1918-2013), Nobel da Paz


NOTA: 

1. Li em Escrito na Pedra, jornal PÚBLICO;
2. Uma verdade tão simples que os políticos, mas não só, teimam em ignorar. 

Uma oportunidade única para o Forte da Barra

Do discurso proferido na cerimónia 
de lançamento do concurso REVIVE
por Fátima Lopes Alves,
Presidente da APA

«É uma honra poder referir-me a um elemento tão importante do património local edificado da Ria de Aveiro – o Forte da Barra – porque este espaço que vai a concurso, no âmbito do Programa REVIVE, faz parte das minhas memórias de infância e de família e atualmente da minha vida profissional.
Quando nasci, no Forte da Barra, havia apenas um edifício de hospedagem, com caráter turístico que era pertença dos meus avós maternos (Germano e Aldegundes) – na época chamava-se Pensão Jardim – assumida na sua designação o elemento urbano relevante do lugar do Forte da Barra – o Jardim -, ladeado pelas casas maiores, pela capela da Nossa Senhora dos Navegantes, onde os meus pais casaram há 60 anos, e pelos edifícios pertença do Porto de Aveiro (Direção Geral dos Portos / JARBA/ APA).
O Jardim, era um lugar privilegiado de convívio, recreio e lazer dos que por cá passavam e dos que por cá viviam o ano todo.
Neste pequeno aglomerado viviam cerca de 10 a 12 famílias que conviviam intimamente com Porto de Aveiro, representado neste conjunto urbano pelo interessantíssimo edifício JARBA, onde funcionavam as oficinas. Muitos dos que aqui moravam acabaram por se tornar trabalhadores do Porto, trazendo muitas vezes outros membros das suas famílias para cá trabalhar.»

Ler todo o discurso aqui ou aqui 

NOTA: O discurso proferido na cerimónia acima citada  por Fátima Lopes Alves, presidente do conselho de administração da APA, merece ser conhecido e lido pelos que, direta ou indiretamente, estão ligados à nossa região. Evoca recordações das suas vivências neste recanto, que são, também, de muitos de nós. Muito obrigado. 

Fortaleza da Barra

Para quem aprecia sinais do nosso passado. O Forte da Barra, também conhecido por Castelo da Gafanha, já foi designado  por Fortaleza da Barra. 

FUTEBOL – “Suspeitas de fraude e lavagem de dinheiro”

Suspeitas de fraude e lavagem de dinheiro estão a ser investigadas pelo Ministério Público e pela Autoridade Tributária no mundo dos milhões do Futebol. Segundo a revista Sábado, estão na mira dos investigadores o empresário Jorge Mendes e sua mulher, bem como os presidentes do Benfica, do Porto e, ainda do Braga, Guimarães, Marítimo, Estoril e Portimonense. Outros poderão engrossar a lista. Até prova em contrário, estão inocentes... Mas deste mundo louco e sem valores éticos e morais, o que poderemos esperar? É óbvio que há imensa gente que se rege por princípios de honestidade. 

A Força do Sal, o Brilho da Luz

Reflexão de Georgino Rocha 
para o V Domingo do Tempo Comum


"A presença dos cristãos na sociedade exige que formemos a nossa consciência e saibamos contribuir, com o nosso trabalho e empenhamento, para uma sociedade mais justa e fraterna."

Jesus “lança mão” de duas parábolas, muito acessíveis aos seus discípulos, para desvendar, de forma assertiva, quem eles eram e, consequentemente, qual a missão que lhes seria confiada. Mt 5, 13-16.
Condensa, deste modo, o ensinamento maravilhoso das bem-aventuranças e traça o perfil de quem as vive. Previne quanto ao risco de desvirtuar a novidade que comportam e adverte quanto à “sorte” esterilizante que advém da corrupção e do engano. Realça, com notável satisfação, a força do sal e o brilho da luz, símbolos qualificados dos discípulos e selo inconfundível do ser cristão ao longo dos tempos. Também, hoje!
O nosso Bispo fez uma Nota Pastoral para ser lida nas assembleias cristãs deste domingo e que pretende ajudar-nos na missão que Jesus confia aos seus discípulos. Diz assim:

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

A felicidade por uma janela

João Gonçalves 
«Por uma janela, nem que seja estreito postigo, limitado por qualquer grade ou desgosto, queremos sempre deixar e proporcionar a entrada da Luz, da Vida e da Esperança... Janelas com horizonte, donde se espreite e criem, com o auxílio de mãos e de corações, certezas de Felicidade!» 

Há dias, num encontro internacional da Pastoral Penitenciária Católica, realizado em Roma, e onde Portugal também se fez presente, o Papa Francisco lançou um forte convite às Pessoas em privação de liberdade, convidando-as a que não desistam de aproveitar o vidro das janelas para espreitar horizontes de liberdade!
Todos sentimos e vivemos a certeza de que não é possível mudar de vida, para melhor, se não se vê um horizonte que aponte caminhos de mais felicidade, de melhor e maior realização pessoal e social.
Nunca temos como exagerada a referência frequente, e sempre necessária, do "código da Felicidade", tão bem desenvolvido e concretizado no capítulo das Bem-aventuranças, onde o Mestre chama Felizes a todos os que aceitam fazer percursos por caminhos muito contestados por tantos...
A missão do Pastor - e da Igreja, na sua bela tarefa de Mãe e de Pastora - não é empurrar nem forçar o rebanho a prosseguir caminhos nem critérios; oferece e aponta, e pode apresentar provas do que traz melhores resultados. Ainda assim, as fragilidades do barro que somos nem sempre deixam a liberdade suficiente para uma actuação correcta e consentânea com o Evangelho, aceite como critério de vida.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

O coronavírus até pode ser bom?

«O coronavírus “até pode ter consequências bastante positivas” para as exportações portuguesas do setor agroalimentar para os mercados asiáticos. A afirmação  é da ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque.» 

Li aqui 

Confesso que não gostei desta afirmação da nossa ministra da Agricultura... Soa-me mal pensar e dizer que a morte ou doença  dos outros até podem ser boas para as nossas exportações. Francamente... Mais valia ficar calada.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Morreu George Steiner aos 90 anos


Morreu ontem, em Cambridge, George Steiner. Tinha 90 anos e foi um dos mais influentes intelectuais da segunda metade do século XX, conforme li no PÚBLICO. Crítico literário, professor, linguista, filósofo, ficcionista e melómano disse um dia que podia prescindir de tudo na vida, menos da música. E considerou, em entrevista que concedeu à revista LER, que Lobo Antunes «era um gigante e o maior escritor português da actualidade». 
Citando de cor, lembro-me que lhe perguntaram se alguma vez se tinha encontrado com ele... que não, respondeu, porque não ousaria perturbar o seu labor. E a revista LER conseguiu levar Lobo Antunes a Inglaterra para o primeiro, e porventura único, bate-papo entre os dois grandes intelectuais. A fotografia mostra um momento desse encontro. A revista LER dedicou-lhe dois números.

Para ler é preciso silêncio:

«Para ler seriamente é preciso silêncio. Não ponha música, tire a rádio e a televisão do quarto. Tem de saber viver, e conviver, com o silêncio. (Cada vez menos jovens querem viver com o silêncio. Na realidade, têm-lhe medo. O silêncio tornou-se, de resto, muito caro. Uma casa como esta, com um jardim sossegado, é uma exorbitância para um casal jovem, que vai possivelmente viver para um prédio, com paredes tão finas, que é possível ouvir tudo! Vivemos num inferno de ruído constante.)»

Ler mais aqui  e aqui 

A zona da Igreja é a mais completa centralidade da nossa terra


A nossa igreja matriz foi construída e inaugurada em 14 de janeiro de 1912 no centro da freguesia, por decisão, feliz, da comissão constituída para o efeito, liderada pelo Pe. João Ferreira Sardo, que veio a ser o nosso primeiro prior. Decisão acertada, como veio a comprovar-se e está hoje patente aos olhos de todos. 
Com o decorrer dos anos, tudo se conjugou para que outras instituições e serviços optassem pelo mesmo espaço, equidistante dos diversos lugares da freguesia, nomeadamente, Chave, Cale da Vila, Cambeia, Bebedouro e Marinha Velha. E pouco tempo depois, o cemitério é implantado no sítio certo. 
Posteriormente, outros decisores, também com visão, avançaram com a sede da Junta de Freguesia, os CTT, a Igreja Evangélica, um banco, o posto do Serviço Nacional de Saúde e o Centro Cultural, mais tarde rebatizado com o nome de Fábrica das Ideias, com ofertas de um anfiteatro, Rádio Terra Nova,  polo da Biblioteca de Ílhavo e apoio a jovens. 
Nesta centro, não faltam cafés, pastelarias, restaurantes, supermercados, lojas diversas, farmácia e parques de estacionamento. E até o mercado, com estrutura própria, ali serviu os gafanhões, e não só, até ser transferido para uma zona mais ampla, com estruturas funcionais e modernas, adequado ao desenvolvimento demográfico e económico da nossa terra. 
A estabelecer a unidade, como ponto de chegada ou de partida para os diversos serviços, o Jardim 31 de Agosto, nome que homenageia a criação da paróquia pela ereção canónica do Bispo de Coimbra, D. Manuel Correia de Bastos Pina, honra, com estátua, nosso primeiro prior, Pe. Sardo. 
Sem sombra de dúvidas, esta é, realmente, a mais completa centralidade da Gafanha da Nazaré, nascida pela determinação de quem através dos tempos teve poderes para isso. E na sombra da memória ficaram alguns centros de convívio de tempos idos. 

Fernando Martins