domingo, 10 de novembro de 2019

"Os últimos terranovas portugueses"

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Um livro para todos os ilhavenses e para todos os que precisam de conhecer a saga da Faina Maior. Para além da excelente edição, esta obra de Senos da Fonseca oferece-nos conhecimentos nem sempre ao alcance do nosso povo. A não perder. 

Os cristãos são discípulos de um condenado à morte

Crónica de Anselmo Borges -  A pena de morte e o inferno (1)


Em 2017, celebrou-se os 150 anos da abolição da pena de morte em Portugal. Tive então na Universidade de Coimbra, a convite de José de Faria Costa, ex-Provedor de Justiça, uma intervenção sobre o tema, com o título "Teologia e Pena de Morte". O que aí fica é uma síntese dessa intervenção, com alguns acrescentos posteriores, e gostaria, à maneira de intróito, de lembrar que os cristãos são discípulos de um condenado à morte, executado na cruz...

1. O que diz a Bíblia sobre a pena de morte? Há o mandamento: "não matarás", com o sentido de "não assassinarás". Mas, no Antigo Testamento, estavam sujeitos à pena de morte não apenas o assassinato, mas muitos outros delitos, como a idolatria, a blasfémia, a violação do Sábado, o homicídio, vários actos do domínio sexual, como o adultério, o incesto e a homossexualidade... "Se um homem cometer adultério com a mulher do seu próximo, o homem adúltero e a mulher adúltera serão punidos com a morte". "Se um homem coabitar sexualmente com um varão, cometeram ambos um acto abominável; serão os dois punidos com a morte". Etc. Mas, note-se, no Antigo Testamento, também se pode ler que a justiça de Deus é diferente da dos homens e, por exemplo, Caim, que matou o irmão, Abel, vai para o exílio e é marcado para que ninguém o mate.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Gastronomia de Bordo



Inicia-se hoje, 8 de novembro, a edição deste ano do Festival Gastronomia de Bordo de Ílhavo, estendendo-se até 17 deste mês. Aderiram a este projeto 19 restaurantes do município ilhavense, estando garantida a promoção de ementas com sabores (e saberes) ancorados na cozinha tradicional e bacalhoeira. São cerca de 60 experiências gastronómicas e outras tantas especialidades inspiradas em pratos emblemáticos de bacalhau e seus derivados.

Ler mais na CMI 

Para Deus, todos estão vivos

Reflexão de Georgino Rocha 


«Para Deus, todos estão vivos. Alegre notícia a comunicar a todos. Verdade sublime a envolver-nos em tudo. “A partir de Deus, (os que morrem) acompanham-nos, ajudando-nos, e podem interceder por nós junto d’Ele”... “No amor de Deus, os defuntos tem um coração muito maior do que tinham antes, aqui na Terra. Reconciliaram-se com o Senhor e também com eles próprios e com aqueles a quem não foi feita justiça”. Assim, igualmente os nossos falecidos pais continuam a ajudar-nos: “O nosso pai pode continuar a apoiar-nos a partir do Céu, a nossa mãe converte-se na imagem de amor e de segurança que Deus nos oferece” (A. Grün).»

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Catarina Oliveira — Eco-Embaixadora


Tenho 17 anos e, logo após ter terminado o 11.º ano, na Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes, Ílhavo, entrei num avião, a 17 de agosto, com as memórias de uma infância e adolescência feliz numa cidade “à beira mar plantada” guardadas na mala, e voei até à Índia. 
Hoje, estudo num lugar a que já chamo casa, o Mahindra United World College of India, onde vou passar os próximos dois anos, a crescer. É uma grande e importante viagem que começou há muito tempo… 
Chamo-me Catarina Semedo Madaíl de Oliveira e nasci a 25 de fevereiro de 2002. Nasci, cresci, estudei e convivi em Ílhavo, cidade que, com orgulho, faço questão de exibir em todos os cantos do mundo por onde vou passando. Apaixonada pelo verde da natureza, o cheiro a maresia, o som das ondas a bater nas rochas, sou feliz a trabalhar para proteger o planeta! 
Em pequena, tinha o sonho de aparecer, um dia, n’O Ambúzio, a revista do Município que todas as crianças faziam questão de ler e aprender como ser “amigo do ambiente”. Nunca chegou a acontecer, mas nada que tenha impedido a pequena Catarina, introvertida e sorridente, de continuar a trabalhar nesse objetivo. 

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Semana de quatro dias de trabalho


«A Microsoft testou uma semana de quatro dias de trabalho nos seus escritórios no Japão. Resultado: a felicidade dos trabalhadores aumentou, mas também a sua produtividade.
O programa envolveu 2.300 trabalhadores que tiveram as sextas-feiras de folga. O Work-Life Challenge Summer 2019 decorreu durante o mês de agosto, avança o The Guardian. 
As semanas de quatro dias levaram a reuniões mais eficientes, trabalhadores mais felizes, com a produtividade a disparar 40%, concluiu a empresa. 
Os trabalhadores não têm dúvidas: 92% disseram gostar da semana mais curta. Durante o programa, o salário dos trabalhadores não sofreu qualquer redução.»

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NOTA: Confesso que nem imagino o que seria, em Portugal, uma semana de trabalho de apenas quatro dias. Se calhar, a tendência será mesmo essa. Os trabalhadores ficariam com mais horas livres para o descanso, para a cultura, para o estudo, para o lazer, para a família, etc. Ou aproveitariam o facto para outras tarefas profissionais, por conta própria ou noutras empresas? Neste caso, a ideia sairia frustrada porque, afinal, o trabalho continuaria. E será que as empresas suportariam a contratação de outros trabalhadores para continuarem a laborar? 
Eu sou do tempo em que se trabalhava de sol a sol, Isto é, desde o nascer do sol ao pôr do sol. Nas secas, na lavoura, nas marinhas, na pesca, na construção civil, etc. E o progresso foi impondo as suas leis, reivindicadas pelos trabalhadores de vários setores. Mas daí a saltarmos  para quatro dias de trabalho por semana... O futuro o dirá. 

Raul Brandão na Praia da Barra?

Raul Marçal Brandão

Há dias tive o prazer de conversar com um conterrâneo nosso, Joaquim Soares, sobre temas relacionados com a nossa terra e região, de que é um estudioso apaixonado. Veio à baila uma célebre foto que circula nas redes sociais, que, segundo se diz, retrata uma viagem de Raul Brandão, jornalista e escritor conceituado, à praia da Barra, com farol à vista. 
Na altura da sua visita tive a oportunidade de sublinhar que, segundo o que tenho lido de Raul Brandão, nunca vi nos seus escritos qualquer referência ao nosso Farol, o mais alto de Portugal, apesar de o escritor ter andado pela Ria de Aveiro, de que fez inúmeros registos de uma beleza ímpar. E não viu o Farol? Parece que não… ou então não lhe achou graça nem importância, o que é estranho. 
Pois o Joaquim Soares fez pesquisas e chegou à conclusão de que a foto se refere a Raul Marçal Brandão que viria a ser vereador da Câmara Municipal do Porto, adiantando que teria visitado a Praia da Barra em 1909, mas não a Raul Brandão, escritor com lugar de destaque no Jornalismo e na Literatura. 
Muito obrigado, meu caro Joaquim Soares, pela partilha. 

F. M. 

NOTA: A foto foi editada por Joaquim Soares.