quarta-feira, 3 de abril de 2019

Primeira chamada via telemóvel

Martin Cooper, o homem que revolucionou a história das comunicações
A primeira chamada telefónica via telemóvel aconteceu a 3 de abril de 1973. Nesse dia, o engenheiro da Motorola Martin Cooper fez uma chamada para o seu maior rival no setor das telecomunicações, Joel Engel, dos Bell Labs, a partir de um telemóvel. “Sabes de onde te estou a ligar?” foram as primeiras palavras que proferiu, decerto muito feliz. 
Dirigia-se ele para uma conferência onde iria anunciar a sua extraordinária invenção, talvez a mais revolucionária do século XX.

Um poema de Vitorino Nemésio para variar...



SEMÂNTICA ELECTRÓNICA 

Ordeno ao ordenador que me ordene o ordenado 
Ordeno ao ordenhador que me ordenhe o ordenhado 
Ordinalmente 
Ordenadamente 
Ordeiramente. 
Mas o desordeiro 
Quebrou o ordenador 
E eu já não dou ordens 
Coordenadas 
Seja a quem for. 
Então resolvo tomar ordens 
Menores, maiores. 
E sou ordenado, 
Enfim — o ordenado 
Que tentei ordenhar ao ordenador quebrado. 
— Mas — diz-me a ordenança — 
Você não pode ordenhar uma máquina: 
Uma máquina é que pode ordenhar uma vaca. 
De mais a mais, você agora é padre, 
E fica mal a um padre ordenhar, mesmo uma ovelha. 
Velhaca, mesmo uma ovelha velha, 
Quanto mais uma vaca! 
Pois uma máquina é vicária (você é vigário?): 
Vaca (em vacância) à vaca. 
São ordens... 
Eu então, ordinalmente ordeiro, ordenado, ordenhado, 
Às ordens da ordenança em ordem unida e dispersa 
(Para acabar a conversa 
Como aprendi na Infantaria), 
Ordenhado chorei meu triste fado. 
Mas tristeza ordenhada é nata de alegria: 
E chorei leite condensado, 
Leite em pó, leite céptico asséptico, 
Oh, milagre ordinal de um mundo cibernético! 

Vitorino Nemésio, Limite de Idade (1972)

Reflexão sobre o edifício do Seminário de Santa Joana


Sublinhando que nos seminários a educação integral deve tender a que os alunos se formem no sentido de se tornarem “verdadeiros pastores de almas à imitação de Nosso Senhor Jesus Cristo, Mestre, Sacerdote e Pastor», no dizer do Concílio Vaticano II, o Bispo de Aveiro, António Moiteiro, acaba de criar uma comissão para refletir sobre o modo como “o edifício do nosso Seminário de Santa Joana, em Aveiro, pode servir para residência de uma comunidade de seminaristas, ter espaços para o Centro de Formação D. António Marcelino, os Secretariados Diocesanos e outros serviços que nele se possam instalar”. Nessa linha, espera-se que a comissão proceda à reflexão que se impõe, apresentando propostas que venham a ser analisadas nos próximos Conselhos Presbiteral e Pastoral.

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Abertura da Barra de Aveiro - 3 de abril de 1808



Carta de Luís Gomes de Carvalho dirigida ao príncipe, futuro D. João VI

Celebra-se hoje, sem pompa, que não estamos em  número redondo, a abertura da Barra de Aveiro. São 211 anos, muitos dos quais, cerca de 80, com os meus olhos a contemplarem o fascínio da boca da barra, de horizontes largos, a desafiar os nossos sonhos. Fica a carta, na qual,  Luís Gomes de Carvalho garante tratar-se de  "hum segundo dia de creação" para estes povos...
Luís Gomes de Carvalho, o grande responsável por tão importante obra, acabou por cair no esquecimento... e somente há poucos anos mereceu a honra de figurar com o seu nome numa rua da nossa terra. Injustiças próprias de rivalidades políticas. Há mais de 200 anos, como agora. E a barra, em constantes readaptações às circunstâncias, aí está aberta ao futuro. 

FM

terça-feira, 2 de abril de 2019

Todos aprendemos todos os dias

Clara Magalhães, da UA: 
“No ensino o que mais me fascina é ver a mente dos alunos a funcionar" 


Gosto de visitar, com alguma frequência, o site da UA (Universidade de Aveiro) porque há sempre motivos interessantes e fundamentais à ação formativa. Todos aprendemos todos os dias, se quisermos. 
«Clara Magalhães, professora do Departamento de Química, ligada durante 20 anos à formação de professores, afirma: “No ensino o que mais me fascina é ver a mente dos alunos a funcionar". E garante: “Para se ser bom professor, em primeiro lugar, tem que se dominar bem o conhecimento científico da área que está a ensinar. Obviamente que gostar do que se faz ajuda muito, mas não chega. Um professor excecional é aquele que alia o conhecimento com o prazer de ensinar – que faz os alunos apaixonarem-se!”» 

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segunda-feira, 1 de abril de 2019

Pe. João Gonçalves recebe prémio «Gente de Paz e de Justiça»



«O coordenador nacional da Pastoral Penitenciária, padre João Gonçalves, vai receber o prémio "Gente de Paz e de Justiça" no encontro internacional de Causas e Valores da Humanidade que decorre em Fafe (Arquidiocese de Braga) de 03 a 06 deste mês». Li esta notícia na Agência Ecclesia e fiquei agradado com o reconhecimento do mérito de um bom amigo, pelo seu trabalho, a nível local e nacional, no âmbito da pastoral aberta aos reclusos. Para além de outras tarefas diocesanas, o Pe. João Gonçalves tem mostrado à saciedade uma rara capacidade de intervenção social e eclesial, bem como uma vocação especial para se entregar a causas de justiça e de atenção aos outros, em especial aos mais débeis da sociedade.
O Padre das Prisões, como é sobejamente conhecido, não sabe ignorar quem  sofre, quem está excluído, quem está carente de bens e afetos, quem foi rejeitado pelos poderes públicos ou outros, quem cai na lama e não consegue levantar-se para continuar a caminhada.
Daqui o saúdo com um abraço muito reconhecido pelo seu exemplo de vida.

Fernando Martins

Sociedade Civil de Aveiro mobiliza-se para o combate pela modernidade


As organizações, empresas e instituições da sociedade civil, chamadas pela “Plataforma Cidades” a pensar e projectar o futura da cidade e região de Aveiro, “mostraram-se preparadas para integrar vários processos de mudança”, salientou Júlio Pedrosa, no final da sessão, ontem realizada na Casa de São Sebastião, em Aveiro.
O antigo reitor da Universidade de Aveiro (UA) e ex-ministro da Educação sumariou que da primeira reunião de trabalho ficou a convicção de que um mundo em transformação tecnológica acelerada exige a activação de “respostas” a novos desafios, através da educação e da formação. Acrescentou que a carência de quadros e de mão-de-obra se resolverá pela qualificação de recursos humanos, assim como pela atracção de pessoas, incluindo migrantes, num processo que –sublinhou – exige um comba­te à burocracia também por parte dos actores da sociedade local.

No Diário de Aveiro de ontem, domingo.