quarta-feira, 11 de março de 2015

Postal Ilustrado — Igreja de São Pedro da Cale da Vila

Igreja de São Pedro da Cale da Vila

Para melhor servir o povo de Deus que vivia no lugar da Cale da Vila, iniciou-se em outubro de 1970 a celebração da eucaristia, aos sábados, à noite, num armazém da empresa de João Maria Vilarinho, Sucessores, sendo pároco o Padre Domingos Rebelo dos Santos. Foi uma situação provisória e sete anos depois, numa assembleia que se seguiu à missa, foi constituída uma comissão, integrada por Manuel Sardo, António Fernandes Teixeira, Manuel Sarabando Bola, César Ramos, Manuel Lourenço Rodrigues Vareta, Fausto, Fernando Teixeira das Neves, Manuel dos Santos Anastácio, José Martins de Oliveira Silva, Carlos da Silva Mariano, José Branco das Rocha, Maria da Glória, Calete Cristo, Preciosa Cristo, Maria Luísa, Maria Henrique e Ludovina Caçoilo das Neves, que ficaria encarregada da construção da nova igreja, conforme se lê na Monografia da Gafanha de Nossa Senhora da Nazaré, de Manuel Olívio da Rocha e Manuel Fernando da Rocha Martins. Esta comissão foi, entretanto, alterada por circunstâncias várias, com a saída de uns membros e entrada de outros.

terça-feira, 10 de março de 2015

Parabéns para a minha Lita



Hoje apeteceu-me ficar indiferente ao mundo agitado que nos envolve. Pus de lado políticos e políticas, tricas de quem nos governa e dos que querem governar-nos. Atirei para trás das costas tristezas e mágoas, vaidades e mexericos, histórias de maldizer e anedotas sem graça. Fugi da banalidade e procurei a tranquilidade. Deixei à margem sonhos irreais e fixei-me no real. A minha Lita fez hoje 75 anos e com ela recordei quase meio século de vida em comum. Que Deus a proteja, porque ela bem merece.

Fernando

Praia de Espinho — 1963




Há anos comprei um lote de livros antigos, não tantos quantos desejaria, mas que me deram um prazer especial. Tenho destas coisas que mexem com a minha sensibilidade. Ponto final.
Dentro de um desses livros vinha um postal da praia de Espinho datado de 11 de agosto, enviado para Aveiro, Rua Direita, de alguém que esteve hospedado no Hotel Mar Azul, quarto 101. Convidava a sua amiga, referenciada no endereço, para ir a Espinho «passar uma tardinha», até porque «o tempo estava bom». Assinava o postal uma tal Fernanda… Presumo que o ano, segundo o selo utilizado, seria 1963.

José Luís Cacho deixa Administração do Porto de Aveiro

Direcção liderada por José Luís Cacho 
deixa Administração do Porto de Aveiro 
com «liquidez confortável»


José Luís Cacho


José Luís Cacho anunciou esta segunda-feira ter cessado funções como presidente da Administração do Porto de Aveiro e do Porto da Figueira da Foz, devendo suceder-lhe Pedro Braga da Cruz.
“Cessámos esta segunda-feira as funções que desempenhámos na Administração do Porto de Aveiro (APA, S.A.), desde maio de 2005, e na Administração do Porto da Figueira da Foz (APFF, S.A.), desde dezembro de 2008, com o sentimento do dever cumprido”, anuncia José Luís Cacho em texto enviado à Lusa.

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Fonte: Porto de Aveiro

domingo, 8 de março de 2015

Dia Internacional da Mulher

Isabel do Carmo: 
"Continua a haver uma hierarquia masculina"


Isabel do Carmo

A propósito do Dia Internacional da Mulher, a médica e mulher revolucionária, Isabel do Carmo, recorda  no PÚBLICO de hoje  que na sociedade «Continua a haver um hierarquia masculina». E sobre o chamado Estado Islâmico afirma o seguinte:

 “Quando se fala no Estado Islâmico, penso tanto no Portugal de há 50 e de há 60 anos! Eu vi tantas doentes que não conseguiam tirar o lenço da cabeça para a consulta! Senhoras que vinham ao hospital e não conseguiam tirar o lenço. Uma mulher não podia apresentar-se em cabelo nos anos 1960 e 1970 em Portugal.”

Também sei desses hábitos ancestrais que se perpetuaram até quase aos nossos dias. Nas igrejas e fora delas, as mulheres andavam regularmente de lenço. Nas igrejas, as mais finas (letradas, formadas, ricas, jovens, etc,..) usavam o véu; as outras o lenço. E quando dele se esqueciam, aproveitavam o lenço de assoar para cobrir a cabeça. Outros tempos...

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Uma flor para cada mulher



Para todas as que riem e para todas as que choram...
Para todas as que trabalham e para as desempregadas…
Para todas as que foram mães e para as que o não puderam ser…
Para todas as que sofrem injustiças e para todas as justas…
Para todas as perseguidas e ofendidas…
Para todas as que amam e para as não amadas...
Para todas as artistas que fazem o mundo mais belo…
Para todas as que rezam pelos que não rezam...
Para todas as que sofrem com o sofrimento dos outros…
Para todas as que partilham alegrias com os tristes...
Para todas as que lutam por um mundo melhor…
Para todas as MULHERES


Dia Internacional da Mulher

"Ser mulher é algo difícil, já que consiste 
basicamente em lidar com homens"

Joseph Conrad (1857-1924), escritor inglês

A missa como antidepressivo

Crónica de Frei Bento Domingues no Público 



1. Sei que o título deste texto contraria a experiência de muitos católicos que se confessam ”não praticantes”, precisamente porque o velho preceito de assistir à Missa se lhes tornou impraticável. Um bom passeio, uma prática desportiva, o contacto com a natureza, um convívio com amigos, pelo bem que faz ao corpo e ao espírito, louva mais a Deus do que o aborrecimento de uma Missa enfadonha. Se aquilo era a festa da fé, preferiam ir ao café.
Apesar de tudo isso e de muito mais, mantenho o título, porque julgo que a celebração cristã do Domingo – se a comunidade celebrante encarnar e encenar hoje a significação da sua origem e da sua verdade – torna-se um divino antidepressivo semanal, um dispositivo contra o medo neste mundo carregado de ameaças e seguranças, um belo processo de refazer a vida e enfrentar os desafios de uma nova semana.
Não digo isto apenas porque os textos do domingo passado - o de S. Paulo, “se Deus está por nós, quem será contra nós” (Rm 8,31-34) e o de S. Marcos, sobre a transfiguração, quando Jesus se começa a sentir cercado (Mc 9, 2-10) - são evidentes e poderosas fontes de energia espiritual.
Não alinho, no entanto, com liturgias destinadas a provocar estados de descontrole emocional, lavagens ao cérebro, simulações de curas milagrosas ou qualquer outra tática para atrair clientes. Não me parece que seja esse o bom caminho para acabar com as missas consideradas uma seca, um aborrecimento ou um sacrifício inútil.

sábado, 7 de março de 2015

Engenharias dos nossos homens da Ria



As engenharias dos nossos homens da ria estão bem patentes nesta imagem que há dias registei de passagem pela Gafanha d’Aquém. O dia estava primaveril com céu limpo e temperatura amena, em contraste com dias anteriores de chuva, vento e frio. A laguna parecia usufruir de uma soneca tranquila, ao jeito de quem espera por alguém que prometeu vir mas não veio. 
Gosto da ria assim, muito embora o vento dê um contributo formidável para a navegação à vela, com quilhas a postarem-se na posição de desafio aos fotógrafos, sejam eles da terra, profissionais ou mesmo amadores. 
Pois as engenharias, sem cálculos complicados e sem réguas nem esquadros, mostram como os homens sabem pura e simplesmente ultrapassar os obstáculos com que se deparam no acesso aos seus barcos atracados na borda-d’água em maré de descanso.

Sobre sexo e género (2)

Crónica de Anselmo Borges no DN

Anselmo Borges


Como escrevi aqui no sábado passado, o historiador Yuval Harari, na obra De Animais a Deuses, escrevendo sobre as injustiças da História, que estabelece arbitrariamente hierarquias imaginadas, refere-se a uma que "tem sido de suprema importância: a hierarquia de género". Em quase toda a parte, os homens sobrepuseram-se hierarquicamente às mulheres, que ficaram numa situação de subordinação e humilhação. Porquê? Seja como for, "durante o último século, os papéis dos géneros passaram por uma tremenda revolução".

Nesta transformação, tiveram, entre outros, papel determinante dois factores: por um lado, por causa das guerras, o acesso das mulheres ao trabalho dos homens que partiam para combater e a consequente autonomia económica e, depois, o acesso ao ensino, e, por outro lado, a revolução operada pela chamada "pílula", que deu a possibilidade mais fácil de separar actividade sexual e procriação.