segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Novo bispo de Porto quer ser “apóstolo da bondade, da proximidade e da simplicidade”

Li na Rádio Renascença online
Texto de Eunice Lourenço


D. António Francisco dos Santos despede-se de Aveiro 
com gratidão e vai para o Porto com alegria e confiança 

D. António Francisco (Foto FM)



“Servir a todos a chegar a todos, com simplicidade”, são as prioridades de D. António Francisco dos Santos, o bispo de Aveiro escolhido pelo Papa Francisco para liderar a diocese do Porto. Em entrevista à Renascença, conta como vive esta surpresa, dá graças pela Igreja do Porto e começa a despedir-se da diocese em que, diz, aprendeu a ser bispo e serviu durante oito anos. 


Como é que recebeu esta nomeação?
Como uma surpresa. Perante a decisão do Santo Padre, só consegui colocar-me de joelhos diante de Deus e colocar-me nas mãos de Deus. Esta surpresa inquieta e ao mesmo tempo desafia.
Por outro lado, sentia-me e sinto-me tão feliz em Aveiro, ao ver esta Igreja de Aveiro caminhar. Aqui vivi e trabalhei e servi como bispo durante oito anos, senti esta Igreja crescer na alegria do Evangelho, mobilizar-se para a missão nessa experiencia extraordinária que foi a missão jubilar. 
Diante de mim, nos projectos humanos, tinha desafios a envolver toda a comunidade cristã e toda a diocese, mas esta surpresa de Deus obriga-me e desafia-me a colocar-me nas suas mãos, como é o meu lema episcopal. 
Apesar da dor da separação desta igreja de Aveiro, agora é tempo de olhar o futuro com confiança e partir com alegria ao encontro da Igreja do Porto.


Salva-Vidas

Salva-Vidas Comandante Afreixo (foto de FM)

No Jardim Oudinot está, em exposição, junto ao Navio-museu Santo André, uma embarcação que, durante anos, serviu o Instituto de Socorros a Náufragos. Conhecido como Salva-Vidas, não sei, mas gostaria de saber, quantas vidas puderam ser salvas graças a este barco a motor. Foi batizado com o nome de Comandante Afreixo, em homenagem decerto ao ministro do mesmo nome, que também teve um papel preponderante na criação do município da Murtosa.

Alimentação da Praia da Barra


«O Executivo Municipal tomou conhecimento da informação emanada do Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente referente à autorização da abertura do procedimento concursal da empreitada de alimentação artificial da Praia da Barra, uma intervenção que visa minorar o défice que na mesma se verifica.
A obra será da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente.»

Fonte: CMI

Nota: Vamos apostar numa praia "reconstruída"  para a próxima época balnear. E, já agora, que essa melhoria perdure no tempo, se o temporal nos não incomodar. E mais ainda: Que os técnicos descubram forma de dominar o mar bravo.

Ainda a transferência do Bispo de Aveiro para o Porto

Texto de João Paulo Costa no JN

Transferência de D. António Francisco 
indignou a região de Aveiro

D. António na Gafanha da Nazaré
(foto do meu  arquivo)


Um dia antes do anúncio oficial da transferência do bispo de Aveiro para a Diocese do Porto, quatro padres de Aveiro foram a Lisboa falar com o Núncio Apostólico, o diplomata da Santa Sé em Portugal, a quem manifestaram a "surpresa, indignação e tristeza pela saída de D. António Francisco", confirmou ontem o JN. A conversa com o monsenhor italiano Rino Passigato foi uma última tentativa para evitar a mudança de D. António, mas a decisão estava tomada, pois nesse mesmo dia já tinha aceite o convite do Papa para assumir o Porto.
Esta iniciativa dos padres espelha a tristeza que a transferência de D. António está a provocar nos 10 municípios que compõem a Diocese de Aveiro. "Amado pelo seu povo", como o próprio afirmou anteontem na primeira despedida, D. António deixa saudades não apenas nas 101 paróquias que governava.
"Estou triste pela saída de D. António, apesar de compreender a sua importância para um distrito amigo como o do Porto", afirmou ao JN o presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA). Ribau Esteves lembra a preocupação que "este bispo do povo sempre mostrou junto dos órgãos do Poder para ajudar quem mais precisa", levando a CIRA a convidá-lo para integrar o seu Conselho Consultivo. "Aceitou e marcou presença, numa atitude inédita em Portugal, e que mostra a excecionalidade de D. António", acrescenta o também autarca de Aveiro.

 "Levam-nos o que é bom"

Também os fiéis não escondem o mau momento. "Levam-nos tudo quanto é bom. É um bispo que cativa muito, é dinâmico e foi incansável nas celebrações da Missão Jubilar", diz Lucília Teiga, de Ílhavo. A proximidade com que lidava com os jovens, nas celebrações eucarísticas, é também ressalvada. "A minha neta fez o crisma com ele e todos os jovens adoraram a forma como ele os abordou e cativou", conta ao JN Dina Vidal.

Com Salomé Filipe

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Reforma Financeira


«Uma reforma financeira que tivesse em conta a ética exigiria uma vigorosa mudança de atitudes por parte dos dirigentes políticos, a quem exorto a enfrentar este desafio com determinação e clarividência, sem esquecer naturalmente a especificidade de cada contexto. O dinheiro deve servir, e não governar! O Papa ama a todos, ricos e pobres, mas tem a obrigação, em nome de Cristo, de lembrar que os ricos devem ajudar os pobres, respeitá-los e promovê-los. Exorto-vos a uma solidariedade desinteressada e a um regresso da economia e das finanças a uma ética propícia ao ser humano.»


Papa Francisco, 
em A Alegria do Evangelho

JUSTIÇA

«Há pessoas neste mundo que gastam todo o seu tempo à procura da justiça, não lhes sobrando tempo algum para a praticarem»

Henry Billings Brown 
(1863-1913),
 juiz norte-americano 

QUEM SÃO OS ZELOTAS?

Crónica de Frei Bento Domingues 
no PÚBLICO

1. Reza Aslan (1) nasceu no Irão, vive nos USA e é apresentado como um investigador, um académico e um escritor de renome internacional. A sua obra, O Zelota, surge com o propósito de recuperar o Jesus da história, o Jesus antes do cristianismo. A tese é simples: Jesus foi um revolucionário judeu que, há dois mil anos, atravessou a província da Galileia reunindo apoiantes para um movimento messiânico, com o objectivo de estabelecer o Reino de Deus, mas cuja missão falhou quando, após uma entrada provocatória em Jerusalém e um ataque descarado ao Templo, foi preso e executado por Roma pelo crime de sedição.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Com D. António Francisco

Um testemunho do Padre Georgino Rocha

D. António Francisco e Padre Georgino Rocha
(Foto FM)

COM DOM ANTÓNIO FRANCISCO

Desde a sua chegada, surpreendeu-me o seu modo de olhar as nossas "coisas". Era um olhar diferente, transparente, assertivo. Depois, esse olhar fez-se proximidade, amizade. ajuda e serviço que mobilizava energias um pouco adormecidas. Veio a seguir a visão do futuro próximo da diocese, do seu seminário, da Casa Sacerdotal, do seu plano de pastoral e da missão jubilar que coroava a festa dos 75 anos da restauração. Via-se claramente que a adesão ia crescendo e os dinamismos surgidos germinavam e exigiam continuidade e novo suporte. A reorganização das estruturas, a actualização das normas pastorais e a renovação de procedimentos... surgiam como garantia do espírito novo. Acompanhei e participei, também pela rede virtual, esta onda crescente.
A Dom António devo uma atenção especial pela sua compreensão, carinho e presença insistente e paciente. Gostei sinceramente de colaborar com Ele de modo habitual e nas tarefas específicas que me pediu. Guardo no coração a pedagogia vivida: chegar como quem aprende, observar como quem se maravilha, acompanhar como quem aceita ritmos diferentes, ponderar como quem quer tomar decisões acertadas, situar-se à frente, no meio ou atrás como quem preza sobretudo a comunhão, rasgar horizontes como quem sonha com o futuro emergente no quotidiano e no modo como é vivido.
Com Dom António Francisco. o presente faz-se um hoje que importa apreciar e viver. Bem-haja. E que continue a ser Bispo que entre nós se manifestou de forma tão qualificada. Um abraço amigo!

D. António Francisco e as portas da fé

Novo Bispo do Porto acredita 
que diálogo entre Igreja e sociedade
passa pelos «umbrais da arte»




«O diálogo entre a Igreja e a Sociedade passa, mais vezes do que imaginamos, pelos umbrais da arte e aí se abrem as portas da fé, porque a arte e a cultura transportam em si um ministério profético», sublinhou o prelado em 2013 no texto de apresentação da exposição “Diocese de Aveiro – Presente e Memória”.

Para o até agora bispo de Aveiro, uma das poucas dioceses portuguesas com um setor da Pastoral da Cultura formalmente instituído, a relação dos católicos com outras perspetivas atravessa «necessariamente» os «caminhos abertos da Cultura, em que a Igreja soube tantas vezes ser pioneira».

«Estejamos também nós disponíveis para fazer deste diálogo franco um serviço e um tesouro sem esquecer nunca que a arte transporta em si um ministério profético», apelou então D. António Francisco dos Santos.

Ler o texto de Rui Jorge Martins aqui 

O que pensam os católicos sobre a Igreja?

Crónica de Anselmo Borges 



1- A Bendixen & Amandi realizou, entre Dezembro de 2013 e Janeiro de 2014, com 12 038 fiéis adultos de 12 países maioritariamente católicos dos cinco continentes, para a Univisión, a principal televisão em espanhol dos Estados Unidos, uma sondagem sobre temas importantes na e para a Igreja. Fiabilidade: 95%.

Alguns resultados, com dissonâncias entre a doutrina e a opinião e vivência dos fiéis. a) Anticonceptivos: 78% a favor; 19% contra; 3% não responderam. b) Ordenação sacerdotal das mulheres: 45% a favor; 51% contra; 4% não responderam. c) Casamento dos padres: 50% sim; 47% não; 3% não responderam. d) Aborto: 8% deve permitir-se sempre; 65% nalguns casos; 33% nunca; 2% não responderam. e) Quanto ao casamento homossexual, há acordo com a doutrina: 66% contra; 30% a favor; não responderam 4%. f) Como avalia o trabalho do Papa Francisco? 41% excelente; 46% bom; 5% medíocre; 1% mau; 7% não responderam.