sábado, 29 de junho de 2013

Bucólica



Cada vez, estou mais cética! Quase poderia engrossar os seguidores de Sócrates, o filósofo, quando proferiu, para grande espanto dos seus contemporâneos, a frase lapidar – “Eu só sei que nada sei!”
Vem isto a propósito da negação daquilo que sempre assumi como verdadeiro: Não há afetos, no mundo vegetal!
Na verdade, começo a ter dúvidas muito insistentes, sobre uma “cena” que vi na horta e que refuta, por completo a afirmação acima transcrita – um feijão de trepar, completamente abraçado a uma couve galega! Nem sequer escolheu couve portuguesa, preferindo o produto nacional. Também não se agarrou a uma sevilhana... cheia de salero, mas sim a uma galega!
Lá diz o povo, que “De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento!”, mas o descarado feijão enroscou-se todo dengoso, em volta do corpo elegante da sua vizinha couve.
Era o que estava ali, mais à mão de semear! – dirão os mais céticos como eu, que até à visualização deste requebro, não acreditava em afetos ou sentimentos, no mundo vegetal. Ou... será a minha paixão pela Botânica, que desde tenra idade me encantou e absorveu, no seu estudo académico, me faz criar estes “romances” na horta que cuido e alimento com carinho?
Desde que vi estas criaturas tão embevecidos, num tão estreito amplexo, que passei a confirmar a minha suprema ignorância e a dar razão ao nosso amigo Sócrates!
Eu... que até pensava que sabia alguma coisa do mundo das plantas, rendo-me à filosofia socrática e atesto: só sei, que nada sei!

Mª Donzília Almeida
28.06.2013



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A entrega total


Livres para seguir Jesus



«Livres para servir, sem o peso da memória nem a angústia da profecia. Livres para seguir os passos do Mestre e pautar a vida pelos seus ensinamentos. Livres para amar Deus e o seu Reino, já presente nas situações humanas, mas em germinação constante até à maturação plena.»

Georgino Rocha


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Envelhecimento ativo



«Complementar a tudo quanto se possa dizer e fazer, penso que é pertinente dar mais vida à vida dos idosos. Deixá-los entregues a si próprios, marginalizados ou esquecido, é um crime de lesa-humanidade. Será difícil, em alguns casos, motivar os mais velhos para que continuem ativos, envolvidos nas suas comunidades, mas não será impossível. Tenho para mim que os mais velhos são autênticos livros abertos que é preciso ler. As suas vivências profissionais, culturais, sociais, desportivas, espirituais ou outras têm de ser partilhadas, na perspetiva de que ninguém será tão pobre que não tenha nada para dar, nem tão rico que não tenha nada para receber.»

Ler todo o texto aqui

Nota: Texto elaborado para a revista "Comunicar" da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo do mês de junho de 2013.


quarta-feira, 26 de junho de 2013

“NAU XXI”

Uma revista sobre o mar




Iniciei no domingo a leitura de uma nova revista dedicada aos assuntos relacionados com o mar, de valor indesmentível. Trata-se da revista “NAU XXI”, que se apresenta de periodicidade mensal ao preço de 5 euros, apostando em áreas tão importantes como ciência, desporto, ambiente, arquitetura, moda, debate, cultura e viagens. 
A sua oportunidade surge numa altura em que Portugal, que tem andado, por imposição da UE, de costas voltadas para o oceano e suas indiscutíveis riquezas, se questiona sobre o regresso às nossas origens marítimas, como forma de recuperar o tempo perdido, por razões políticas, difíceis de compreender. Aliás, o diretor, Ricardo Serrão Santos, em editorial intitulado “Portugal ao reencontro das graças do mar”, considera-se «um privilegiado por estar a viver numa época em que Portugal reconsiderou a sua relação com o mar». 

"FRANCISCO"




"Quando um homem chamado Jorge se apresentou ao mundo como "Francisco", muitíssima gente pareceu esperançada com aquela escolha onomástica. Um milénio antes, um homem chamado Giovanni tinha-se chamado "Francesco", talvez por amor às coisas francesas. E a sua mensagem ainda ecoa entre crentes e não-crentes, de tal modo que há três meses parecia que éramos todos franciscanos."

Pedro Mexia, no EXPRESSO


Pode ler aqui

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terça-feira, 25 de junho de 2013

O verão aí está

Costa Nova do Prado
Andava eu a queixar-me do verão que tardava... quando ele, afinal, estava mesmo a chegar. E chegou realmente com calor escaldante. Penso que para ficar. De tal forma chegou, que as águas e as aragens refrescantes já nos convidam apressadas para visitas frequentes. As nossas praias aguardam-nos.

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ANTONI GAUDÍ no Google





«Antoni Gaudí, arquiteto catalão, é o homenageado do Doodle desta terça-feira (25). Conhecido pelas obras de estilo único, Gaudí deixou um grande legado em áreas urbanas, como os edifícios emblemáticos em Barcelona, além importantes marcas para a Art Nouveau. As figuras que estão substituindo as letras do Google são inspiradas nas obras Casa Milà, Parque Güell e Casa Batlló e marcam o dia que o artista completaria 161 anos.»


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Folclore na Gafanha da Nazaré

XXX Festival Nacional 
de Folclore da Gafanha da Nazaré

Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (foto de arquivo)

Vai realizar-se, no dia 6 de julho, o XXX Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré, com organização do Grupo Etnográfico da nossa terra. Trata-se de uma iniciativa, ano após ano repetida, mas sempre diferente, porque diferentes são os grupos participantes, representativos de várias regiões do país. Este ano, os admiradores da cultura popular, tão importante como a erudita, vão poder apreciar o Rancho Folclórico de Minjoelho — Tomar, Rancho Folclórico de Quintã — Soalhães, Grupo Folclórico de Santa Cristina do Couto — Santo Tirso, Rancho Folclórico de Vila Nova da Erra — Coruche e Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré.
A receção aos grupos convidados será às 17 horas com visita à Casa Gafanhoa, cerimónia de Boas-Vindas e entrega de lembranças logo a seguir. O jantar oferecido aos membros dos grupos e entidades vai ter lugar às 18.30 horas na Escola Preparatória da Gafanha da Nazaré, seguindo-se o desfile às 21 horas. A abertura do festival está agendada para as 21.30 horas, no Jardim 31 de Agosto.

RIA DE AVEIRO

Há mais do que peixe na Ria



«O Ria de Aveiro weekend (RAW) pretende posicionar-se como um dos principais eventos de animação turística de pré-época alta, com caráter regional, tendo como principal objetivo o de dinamizar e desenvolver a atividade económica associada à Ria de Aveiro e diversificar a oferta, com vista à captação de diferentes públicos-alvo, envolvendo os agentes e seus representantes, e as entidades públicas e privadas que desenvolvam atividade no setor turístico e cultural, tendo como evento âncora a realização da “Grande Regata dos Moliceiros da Ria de Aveiro”.»


Segredo de começar


"O segredo de começar é dividir as tarefas árduas e complicadas 
em tarefas pequenas e fáceis de executar."

Mark Twain (1835 – 1910)


Nota: Talvez por desconhecermos esta regra tão simples é que muitas vezes complicamos a nossa vida e a dos outros...


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Novo Órgão da Sé

INAUGURAÇÃO A 12 DE JULHO



«A Paróquia de Nossa Senhora da Glória lança mais uma campanha de angariação de fundos para o novo órgão de tubos intitulada “Dó ré mi dá só lá um tubo”.
Agora que se conclui a primeira fase da implementação do novo instrumento, esta é mais uma forma de fazer face às despesas do novo órgão da Sé de Aveiro que entra esta semana na fase da entonação e depois afinação e será benzido e inaugurado a 12 de Julho.
O prospecto desta campanha apresenta sucintamente as motivações para a instalação do órgão novo na igreja paroquial de Nossa Senhora da Glória, assim como a sua composição e características, bem como os encargos financeiros com a empresa Pécsi Orgonaépítö Manufaktúra kft, sediada em Pecs (Hungria).»

Li aqui


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domingo, 23 de junho de 2013

A MAIOR LUA DE 2013





Hoje tivemos a maior Lua de 2013, um espetáculo que se deve ao facto de o nosso satélite natural estar mais próximo da Terra.

ver mais aqui



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Gafanhões vistos por outros — 1

Família Ribau 
Não podemos ignorar que os primeiros povoadores das dunas da Gafanha eram pessoas simples, pouco ou nada afeitas a letras e leituras, muito menos a qualquer tipo de cultura académica. O seu saber era de experiência feito à custa de muita labuta de sol a sol. Viviam do que cultivavam, porque não havia dinheiro para compras fora da terra que iam conquistando, palmo a palmo, adubando as areias estéreis com o suor que lhes caía do rosto queimado pelo sol salgado da maresia.
Frederico de Moura, que foi médico em Vagos, escritor, político e homem da cultura, conhecedor profundo da alma e da determinação da nossa gente, em frases realistas, quais pedras preciosas buriladas, diz assim:

«O gafanhão — ou o avô do gafanhão — quando se foi às lombas para as cultivar sabia que ia investir contra vidro moído totalmente carenciado de matéria orgânica que desse qualquer quentura ao berço de uma planta. Ele bem via a mica a faiscar-lhe no lombo e bem sentia o vento a transmutar-lhe, de momento a momento, o versátil.

«Não se foi a ela com a esperança do filho que se achega ao colo maternal e ao seio opíparo que destila o leite da humana ternura. Nada disso! Ao invés, investiu com ela como enteado que não espera da madrasta a carícia rica de promessas, nem a generosidade que dá o pão milagroso…

«Quem surriba chão de areia não encontra onde enterrar raízes de esperança e quem irriga duna virgem sabe que mija numa peneira! Quem lança a semente num ventre que é maninho não pode ter esperanças de fecundação. E, por isso, o gafanhão, antes de cultivar a lomba, teve de corrigir-lhe a esterilidade servindo-se da Ria que lhe passa à ilharga, procurando nela a nata com que amamentou a semente que deixou cair, amorosamente, naquele chão danado. E humanizou a duna.
(…)
«… Homens da terra a pentear o leito da laguna para fertilizar as dunas — vidro moído ainda há poucos anos estéril, ainda há poucos anos maninha — terra que parecia gafada, a terra da Gafanha! Foi o moliço ou foi o suor humano que fecundou as areias picotadas de mica espelhante? Foi o lodo, a Ria ou a fadiga dos homens que realizou o milagre que, agora, reverdece sobre o nosso olhar, nos batatais viçosos (“negros de verde”, dizem os gafanhões) e nos feijoais delicados como placas de Jardim?» 

Na revista "Aveiro e o seu Distrito", n.º 5

Nota 1: Foto cedida há anos pelo Ângelo Ribau Teixeira, de saudosa memória.

Nota 2: Aos domingos, "Gafanhões vistos por outros"

Dia de São João

24 de junho de 2013




Eu te rogo, S. João
Que convertas o Governo!
A vida desta nação
Para o povo é um inferno!


Quem alguma vez trabalhou na “Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto♥, já teve o privilégio de assistir a uma das maiores manifestações populares de confraternização, sob a égide dum santo da igreja católica. O S. João do Porto é a mais genuína e mobilizadora festa de verão que congrega um mar de gente e a que alguma vez assisti.
Nesta noitada, o povo irrompe na baixa, esquece as suas mágoas e engrossa a multidão que vai desaguar às Fontainhas.