sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Em Assis: Paz, culturas e religiões



Os crentes e os que procuram
Rui Jorge Martins 

O Papa Bento XVI viajou hoje de comboio do Vaticano até Assis para um encontro que reuniu cerca de três centenas de responsáveis de mais de 150 religiões e tradições religiosas. 
A iniciativa, que decorreu sob o lema “Peregrinos da verdade, peregrinos da paz”, assinalou o 25.º aniversário do encontro inter-religioso que João Paulo II promoveu também na cidade italiana. 
Na parte final da sua intervenção, Bento XVI falou das pessoas que procuram Deus e da sua relação com os crentes. 
«[Existem] no mundo do agnosticismo em expansão (...) pessoas às quais não foi concedido o dom de poder crer e todavia procuram a verdade, estão à procura de Deus. 
Tais pessoas não se limitam a afirmar «Não existe nenhum Deus», mas elas sofrem devido à sua ausência e, procurando a verdade e o bem, estão, intimamente estão a caminho d’Ele. São “peregrinos da verdade, peregrinos da paz” (...). 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Painéis cerâmicos: Gafanhões na diáspora

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Aqui fica um painel cerâmico muito expressivo e realista. Como dá a entender, trata-se de uma família da Rua São João de Brito, na Gafanha da Nazaré, com ligações internacionais, o que prova à evidência como os gafanhões, à semelhança de muitos outros portugueses, certamente, andam espalhados pelo mundo, com as suas devoções. Ao lado da informação e pedido, estão as imagens do Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora de Fátima com os pastorinhos.

Se não formos capazes de ser inteligentes e colaboradores, a crise será cada vez maior


Clamor dos pobres numa sociedade de ricos? 
António Marcelino 

«A situação económica é grave, muitas pessoas, por vezes as mais débeis, estão fortemente atingidas, a classe média, que antes vivia com um certo desafogo, embora com regras, encontra-se em derrapagem. Os problemas multiplicam-se, tanto mais quando não se enfrentam em conjunto. Quem tem de decidir encontra-se ante forças antagónicas que ou apoiam ou nada encontram de válido nas decisões anunciadas ou tomadas.» 

terça-feira, 25 de outubro de 2011

POPULAÇÃO PORTUGUESA VIVE SITUAÇÃO DE POBREZA

Vasco Lagarto, Ana Margarida, Jorge Ferreira, Maria José Santana,
 Luís Loureiro, Rogério Cação, João Seabra e Sandra Araújo

“O papel da comunicação social na criação de representações, atitudes e comportamentos face à pobreza e exclusão social” foi tema de debate, ontem, no salão nobre da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, promovido pela EAPN Portugal – Rede Europeia Anti-Pobreza. A ação foi organizada em parceria com a Amnistia Internacional e com o Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações do ISEG, no âmbito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que ocorreu no passado dia 17 deste mês. Na mesa redonda, moderada por Sandra Araújo, diretora executiva da EAPN, participaram Ana Margarida Almeida (Universidade de Aveiro), João Seabra (ligado a cidadãos em situação de vulnerabilidade social), Jorge Pires Ferreira (Correio do Vouga), Luís Miguel Loureiro (RTP), Maria José Santana (Diário de Aveiro), Rogério Cação (FENACERCI) e Vasco Lagarto (Rádio Terra Nova). 
Esta iniciativa teve como objetivos contribuir para a informação e sensibilização do público em geral sobre a natureza dos fenómenos da pobreza e da exclusão social, destinando-se a profissionais e voluntários que desenvolvem a sua atividade junto das comunidades locais, bem como da comunicação social e da população em geral. 


Quase metade da população portuguesa vive em situação de pobreza e essa realidade tende a aumentar nos próximos cinco anos, revelou Sandra Araújo, citando um estudo com data de 2009 sobre a perceção da pobreza em Portugal. E sublinhou que o inquérito não se enganou, como hoje está provado, sendo as causas atribuídas ao Governo, ao Estado e à UE. Curiosamente, os inquiridos não se autorresponsabilizaram pela pobreza no nosso país.
Considerando que se apontaram como fatores desta situação a falta de água, luz e quarto de banho em suas casas, quando é certo que o conceito de pobreza diverge de país para país e de continente para continente, foi realçado que cabe à comunicação social (CS) a denúncia daquelas realidades, fundamental na luta pela erradicação da pobreza, na certeza de que todos temos, referiu Sandra Araújo, de nos assumir como atores estratégicos nessa luta, até porque «é possível fazer muito com pouco dinheiro». 
Vasco Lagarto defendeu a ideia de que a questão em análise não deve ser abordada apenas pela aposta na erradicação da pobreza, mas sim pela criação da riqueza, tendo em consideração que se não pode repartir o que não há. Afirmou que «a ajuda que está a chegar a África mata a criatividade e impede o crescimento». Adiantou a moderadora que «crescimento económico não significa menos pobreza». 

Por sua vez, Rogério Cação disse que é urgente «distribuir melhor a riqueza que temos» e salientou que somos, realmente, «uma sociedade geradora de desigualdades, porque não vivemos numa sociedade em que a regra seja a igualdade». Denunciou que «há negócios à volta da pobreza» e referiu que «não é pobre quem quer», frisando que «a riqueza não é hereditária, mas que se herda». 
Luís Loureiro esclareceu que os media tornam visível o que existe no espaço público, mas logo afirmou que «há tanta luz no espaço visível que até já nem vemos nada». Denunciou «a batalha» que existe entre os diversos órgãos da comunicação social (OCS) que espalham ideias, tornando-se urgente fazer mais «alguma coisa»; se não se faz mais, é porque na CS «tempo é dinheiro». 
Jorge Pires Ferreira denunciou que a TV reproduz o que «durante o dia vem nos jornais», duvidando da influência que as televisões exercem sobre as pessoas. Referiu a necessidade de se «apresentarem casos positivos» e divulgarem «boas ideias». 
Maria José Santana considerou as limitações de tempo e de espaço em alguma CS, enquanto pediu mais «diálogo entre mediadores sociais», diálogo «nem sempre fácil». E para João Seabra, o papel dos media é preponderante na luta contra a pobreza. Adiantou, nessa linha, que o trabalho rápido que é feito pelos OCS «nem sempre é correto», o que contribui para «influenciar negativamente a opinião pública». 
Ana Margarida Almeida disse que o papel da CS «num futuro próximo pode ser radicalmente diferente», já que as gerações que estão a caminho «terão comportamentos também radicalmente diferentes». Adiantou que os efeitos da CS nas populações «não se podem medir em dois ou três anos», havendo «défice na formação da pessoa humana» a vários níveis. 
Sandra Araújo frisou ainda que o combate à pobreza não pode apoiar-se «só a partir da ação mais assistencialista e mais caritativa», sendo imperioso «dar condições às pessoas para a participação [na construção do seu futuro] sem as formatarmos». E partindo do princípio de que os media «não mudam nada», admitiu que «podem influenciar». 
Para Vasco Lagarto, «ganhámos liberdade [com o 25 de Abril], mas não perdemos a dependência do Estado». E para Jorge Ferreira, os órgãos de CS «são servidores da sociedade, mas não podem preocupar-se apenas com a erradicação da pobreza». 

Fernando Martins 

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A hipocrisia política

Eu imagino quão difícil deve ser governar um país. Quantas vezes, por razões de Estado, é preciso conviver ou lidar com ditadores e tiranos. Foi assim com Khadafi e com outros, ao longo dos tempos. O petróleo e o gás natural, a par de outros interesses empresariais, levaram governantes de todos os quadrantes a receber o ditador líbio, com palmadinhas nas costas e sorrisos de orelha a  orelha. Mas quando o tirano caiu em desgraça, não faltaram antigos amigos a denunciar as suas atrocidades e a pedir a sua derrota. Razões de Estado, dizem. Ou melhor: passar para o outro lado da barricada, porque o petróleo continua por lá em abundância.A hipocrisia sempre me chocou, esteja ela onde estiver. Neste caso, o melhor seria os políticos ficarem caladinhos...

domingo, 23 de outubro de 2011

Novo livro de José Rodrigues dos Santos questiona imagem de Jesus transmitida pela Igreja





«O escritor e jornalista português José Rodrigues dos Santos apresentou hoje em Lisboa o seu novo livro, intitulado ‘O último segredo’, afirmando que os textos do Novo Testamento, os mais importantes do cristianismo, incluem várias “fraudes”.
Aos jornalistas, o escritor declarou que muita desta informação está fechada em “ambiente académico”, que não é do conhecimento do grande público.
José Rodrigues dos Santos acredita ter apresentado “uma imagem diferente de quem era Jesus” com base nos textos da própria Bíblia.
“Nem um único autor do Novo Testamento conheceu Jesus pessoalmente”, disse, no lançamento da obra, perante mais de 500 pessoas, antes de acrescentar que os Evangelhos “são textos anónimos”.
No livro, o autor diz basear-se em “informações históricas genuínas” para apresentar uma obra em que procura “a verdadeira identidade de Jesus Cristo”, fruto de uma investigação que o levou, por exemplo, a Jerusalém.
Esta tarde, Rodrigues dos Santos assinalou que o seu livro “não é um fim, um ponto final, mas um ponto de partida, misturando ficção com não ficção, permitindo aos leitores irem investigar”.»
Ler mais aqui e aqui

Ainda Santa Joana Princesa, Padroeira da Cidade e Diocese de Aveiro



Texto de Monsenhor João Gaspar

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Princesa Santa Joana há trezentos anos venerada num precioso mausoléu


No dia 23 de Outubro de 1771, os restos mortais de Santa Joana foram trasladados para o túmulo desenhado por João Antunes. Monsenhor João Gaspar assinala com este texto o tricentenário de um acontecimento marcante na então vila de Aveiro


Em 1595-1597 e em 1599-1602, exerceu o cargo de prioresa do Mosteiro de Jesus, em Aveiro, a madre Inês de Jesus ou de Noronha, senhora activa, disciplinadora, renovadora e empreendedora. A sua nobreza de carácter não lhe consentiu que os despojos da Princesa D. Joana continuassem guardados em modestíssima osteoteca, embora patente no meio do coro de baixo, para onde haviam sido transferidos à volta do ano de 1578, depois de exumados da campa rasa. Por 1602-1603, o caixão interior, que continha as relíquias, foi encerrado noutro cenotáfio, de forma sepulcral, de maior grandeza e artifício, além do material ser mais condigno – ébano, coberto e ornado por marchetes de bronze dourado. O ataúde, ostentando o brasão da Princesa, foi colocado no mesmo lugar, agora sobre um supedâneo de pedra de Outil, e cercado de grades torneadas, com semelhantes ornatos de bronze.
Decorrido pouco mais de um século, após um minucioso processo canónico nas respectivas instâncias da Santa Sé, o papa Inocêncio XII, em 04 de Abril de 1693, mandou publicar o breve da beatificação equipolente “Sacrosancti Apostolatus cura”; por tal documento foi oficialmente confirmado o culto imemorial de Santa Joana. Na sequência do faustoso acontecimento, logo sucederam celebrações festivas em vários lugares. O Paço Real, em Lisboa, por ordem de el-rei D. Pedro II, foi dos primeiros a dar exemplo. Em Junho, no Mosteiro de Jesus, D. João de Melo, bispo de Coimbra, que apelidava a Princesa como a “sua Santa”, celebrou Missa pontifical, prometendo participar nas solenidades da beatificação, que viriam a realizar-se no ano seguinte de 1694. E assim aconteceu. De Coimbra vieram a Aveiro os cantores da Capela da Catedral para o oitavário, que culminou, em 12 de Maio, com a faustosa celebração da Eucaristia e com uma imponente procissão; nesta foi levada a primeira imagem da Santa Princesa, em bela escultura em madeira, para a qual se levantou um sumptuoso altar lateral no interior da igreja de Jesus.

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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Poema para este domingo



O funcionário cansado
 
   A noite trocou-me os sonhos e as mãos
   dispersou-me os amigos
   tenho o coração confundido e a rua é estreita
   estreita em cada passo
   e as casas engolem-nos
   sumimo-nos
   estou num quarto só num quarto só
   com os sonhos trocados
   com toda a vida às avessas a arder num quarto só
 
   Sou um funcionário apagado
   um funcionário triste
   a minha alma não acompanha a minha mão
   Débito e Crédito Débito e Crédito
   a minha alma não dança com os números
   tento escondê-la envergonhado
   o chefe apanhou-me com o olho lírico na gaiola do quintal em frente
   e debitou-me na minha conta de empregado
   Sou um funcionário cansado dum dia exemplar
   Porque não me sinto orgulhoso de ter cumprido o meu dever?
   Porque me sinto irremediavelmente perdido no meu cansaço?
   
   Soletro velhas palavras generosas
   Flor rapariga amigo menino
   irmão beijo namorada
   mãe estrela música
   São as palavras cruzadas do meu sonho
   palavras soterradas na prisão da minha vida
   isto todas as noites do mundo uma noite só comprida
   num quarto só
    
António Ramos Rosa,
in "Viagem através duma nebulosa", 1960

 Nota: Sugestão do Caderno Economia do EXPRESSO

Reflexão para este domingo


O AMOR, ACIMA DE TUDO

Georgino Rocha

A esplanada do Templo é palco de novo episódio. Os responsáveis dos grupos influentes mexem-se com grande persistência e à-vontade. Aproveitam-se de questões progressivamente mais delicadas e comprometedoras. Depois da política, vem a religião. Agora é o sistema e a hierarquia das verdades que se buscam. Assunto sério, se não houvesse uma segunda intenção: a de experimentar Jesus, a de ver como se posiciona face ao complicado conjunto legal - os peritos apontam 613 mandamentos –, a de saber a qual deles que dá prioridade, que parecer tem sobre o núcleo central da vida dos judeus fiéis à Lei recebida de Moisés.
Os novos contendores pertencem aos fariseus, alegres por saberem que os saduceus se tinham remetido ao silêncio, após a disputa sobre a ressurreição. Era a sua vez e querem “marcar pontos” aproveitando-a com mestria porque têm reduzida influência junto do povo – virão a aumentá-la progressivamente e chegam a constituir a classe preponderante por volta do ano 70 da nossa era, após a destruição do Templo.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 260

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 43 



HISTÓRIA COM BICICLETA DENTRO 

Caríssima/o: 

Curioso este escrito de António Mota, no Diário de Notícias, e que nos transporta mais uma vez ao reino dos galináceos sem nos afastarmos das bicicletas: 

«Quem é que não te uma história para contar com uma bicicleta metida nesse enredo? 
Eu tenho várias. E para não perdermos tempo ponho-te já à disposição uma. Assim: 
O meu pai tinha uma bicicleta, roda vinte e oito, muito antiga, muito pesada e muito resistente. Nesse tempo ter uma bicicleta era um luxo. Para ir à feira da vila não era preciso fazer a caminhada. Só era necessário pôr os pés nos pedais e fazê-los dar voltas. E nos sítios em que os caminhos eram muito a pique ou estavam cheios de pedregulhos ou buracos andava-se com ela pela mão. 
E eu fartava-me de namorar a bicicleta, mas o meu pai, por causa das tentações, mal chegava a casa, a primeira coisa que fazia era esvaziar o ar que havia nos pneus. E eu suspirava. 

sábado, 22 de outubro de 2011

A produção não está nas fábricas, mas na vida toda



AS REVOLUÇÕES POSSÍVEIS
Anselmo Borges

Na perplexidade em que nos encontramos, dentro do abalo de um mundo incerto e perigoso, aí está um tema que obriga a pensar. Foi disso que tratou o Simpósio deste ano em Santa Maria da Feira, organizado pela autarquia local, no sábado passado. Foram exactamente quatro horas de debate, no dia em que nas ruas de 951 cidades de mais de 80 países milhares manifestavam a sua indignação.
O que aí fica são apenas impressões, perplexidades, interrogações.
Quem primeiro falou foi Mona Prince, professora de Literatura Inglesa na Suez Canal University. Uma muçulmana liberal - foi bom podermos brindar com um copo de vinho - que participou nas manifestações da Praça Tahrir, obrigando à queda de Mubarak. E contou, exuberante, como tudo se passou em crescendo. Primeiros pedidos: liberdade, pão e trabalho. Depois: não queremos este regime. E os egípcios uniram-se e partilhavam e cristãos e muçulmanos rezavam juntos e todos cantavam a uma só voz e "isso mexe com o corpo". A vida era na Praça Tahrir. A experiência maior: o poder de estar juntos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

JORGE DE JESUS E OS NOSSOS POLÍTICOS




Jorge de Jesus, treinador do Benfica, disse hoje que, "Se os nossos políticos fossem treinadores, estavam pouco tempo a governar". Se calhar tem razão, porque, no mundo da bola, se os bons resultados não surgirem, os primeiros a abalar são os treinadores. Já no campo da política não é assim: um ministro, por exemplo, pode andar por ali a encher derrotas que nada lhe acontece...

A IGREJA CELEBRA AMANHÃ A MEMÓRIA LITÚRGICA DE JOÃO PAULO II

A Igreja Católica celebra este sábado, pela primeira vez, a memória litúrgica de João Paulo II (1920-2005), Papa polaco que foi beatificado em maio deste ano pelo seu sucessor, Bento XVI, no Vaticano.
A data assinala o dia de início de pontificado de Karol Wojtyla, em 1978, pouco depois de ter sido eleito Papa.

QUANTO VALE UM VOLUNTÁRIO?



No próximo dia 02 de Novembro, no salão do CUFC, decorrerá a segunda Tertúlia à Quarta do ano lectivo 2011/2012. Desta vez, e com a presença do Pe. José Martins Maia, o ISCRA abre as portas à reflexão sobre o Voluntariado. Afinal, quanto vale um Voluntário? Mais ainda, quanto valoriza a sociedade o papel fundamental daqueles que, sem preço nem medida, dão de si para o bem dos demais e da sociedade?
Numa fase histórica em que o dinheiro parece ser o eixo de toda a actuação social, é bem oportuna esta reflexão pois ela apresenta um novo estilo de vida e de relação com os bens e com as pessoas.
O encontro decorrerá às 21h e, como habitualmente, a entrada é livre.

"O Último Segredo" de José Rodrigues dos Santos

Mais um livro com tema polémico à procura de leitores...



«O autor mais lido em Portugal nega que pretenda abalar a Igreja Católica com O Último Segredo. Em entrevista, garante que é Cristo o tema e pede para que, antes de o acusarem, o leiam e ponderem sobre as provas que apresenta - abundantemente - sobre as fraudes que estão na base do cristianismo.
A ficção e a realidade fundem-se perfeita e escabrosamente nas 563 páginas no novo livro de José Rodrigues dos Santos: O Último Segredo.
Livro? É melhor chamar-lhe desde já best-seller, porque é o único termo que define a edição anual das torrentes de escrita deste autor, tal é o sucesso junto dos leitores portugueses. Ficção? Parte do argumento pode ainda não ser plausível nos tempos que correm, mas, passem alguns anos, e poderá tornar-se realidade fazer que até um Jesus Cristo clonado volte ao reino dos vivos... Escabroso? A demolição que faz do cristianismo ao longo das primeiras 300 páginas deixa até o católico mais empedernido de pé atrás sobre a Bíblia...»

No DN de hoje

Nota: Não li o livro nem sei se o poderei ler tão cedo. Tenho ainda tanta literatura à espera de tempo... De qualquer forma, aqui fica uma referência a um livro que já esgotou a primeira edição. Outras se seguirão, tal como as polémicas que não faltarão, ou não mexesse o livro de José Rodrigues dos Santos em temas tão sensíveis, como é Jesus Cristo e a Igreja Católica. Para uma elucidação oportuna, o melhor é ler as considerações de Jorge Pires Ferreira aqui.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Com a morte de Khadafi, os líbios estão livres






Com a morte de Khadafi, os líbios ficam livres para uma nova vida, apostando numa Líbia sem ditadores. Espero que democrática, embora admita que tal não será fácil de conseguir de um dia para o outro. A morte de um ser humano, pela violência, não pode fazer-nos sorrir. Mesmo quando se trata de um ditador sanguinário como foi Khadafi. Preso e com vida, poderia responder pelos seus crimes, num tribunal justo.
Poderiam  alguns esperar e pensar que a morte violenta e sem julgamento do tirano viesse a servir de exemplo para os ditadores ainda em exercício. Mas não creio. Os ditadores continuarão convencidos de que estão na posse da verdade absoluta, sendo donos de um poder legitimado pelo povo ou pelos deuses. Um dia, contudo, quando o povo se cansar da opressão, da vilolência e da corrupção que os cerca, soará a hora da verdade e terão, então, o destino que os espera, como aconteceu com Khadafi. Contudo, à luz dos direitos humanos, ninguém pode fazer justiça pelas suas próprias mãos. 

Vencimentos antes e depois de estar no Governo

Só como curiosidade, já que toda a gente sabe que ter estado no Governo é muito bom para muita gente. Veja alguns exemplos elucidativos no EXPRESSO.  

No próximo domingo: Peregrinação ao Santuário de Schoenstatt


Santuário de Schoenstatt (foto de arquivo)


FRATERNIDADE DE FAMÍLIAS 
CONFIRMA A ESPERANÇA


No próximo domingo, 23,  o Santuário de Schoenstatt, situado na Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré, vai acolher cristãos de toda a diocese para mais uma peregrinação diocesana. A peregrinação, que se realiza apenas da parte da tarde, não deixará de ser uma boa razão para os crentes e devotos de Nossa Senhora se encontrarem entre si, consigo mesmos e com Deus. 
O acolhimento, pelas 14.30 horas, será animado pelo coro de jovens da paróquia da Gafanha da Nazaré e a partir das 15 haverá um painel com a participação de um casal ligado ao movimento das Equipas de Nossa Senhora, um casal de Schoenstatt e um jovem. 
Às 16.15 horas será rezado o terço e pelas 17 celebrar-se-á a Eucaristia, presidida por D. António Francisco, Bispo de Aveiro, havendo um momento de consagração das famílias. 
A peregrinação tem como lema “Família, santuário vivo, esperança no mundo”, aliando o lema diocesano (“A Igreja diocesana: fraternidade de famílias confirma a esperança”) com a preparação que o Santuário tem vindo a fazer para os cem anos da fundação de Schoenstatt, em 2014.

Um sacristão que nunca sonhou desempenhar tal função

Pedro Fidalgo

Pedro Fidalgo, um sacristão 
sereno e responsável 

Pedro Fidalgo, 49 anos, solteiro, comerciante de produtos alimentares no mercado da Praia da Barra, é sacristão da paróquia de Nossa Senhora da Nazaré desde janeiro de 2010, conseguindo conciliar as duas atividades. No mercado, de terça a sábado, das 8 às 13 horas, e da parte da tarde está disponível para a paróquia. Ao domingo está envolvido em pleno, para que as cerimónias decorram como está estabelecido. 
O Pedro, que vive com sua mãe, Maria da Conceição, de 91 anos, é uma pessoa serena, generosa, de sorriso franco e aberto, mas é, ainda, um homem disponível para os seus compromissos. Antes de ser sacristão, fez parte do Conselho Económico, com a função de tesoureiro, mas também é tesoureiro da Irmandade de Nossa Senhora da Nazaré. 
Confessa que «nunca lhe passou pela cabeça» assumir as funções de sacristão. Mas no domingo da Sagrada Família, depois da missa, o Prior da Gafanha da Nazaré, Padre Francisco Melo, chamou-o para falar com ele. «Mal podia imaginar que dessa conversa resultaria o convite para ser sacristão», garante-nos o Pedro.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A evangelização não dispensa testemunhos comunitários




O MAIOR DESAFIO FEITO À IGREJA
António Marcelino
Gostaria de perguntar a muitos cristãos, leigos e clérigos, dos mais diversos meios e idades, qual consideram ser o grande, senão mesmo o maior, desafio que a Igreja enfrenta hoje. Admito que uns falariam da crise das vocações, do desnorte das famílias, da idade avançada dos padres, da evangelização, assim em geral, como que a dizer tudo e a não dizer nada. Também se poderiam ouvir as dificuldades da linguagem usada para comunicar o Evangelho, os diminutos passos dados no diálogo com o mundo e a cultura emergente, da crise da vida comunitária das pessoas e das estruturas pastorais. Talvez ainda, apesar dos ecos favoráveis das Jornadas Mundiais da Juventude, em Madrid, falariam do desafio que os jovens constituem. Todos estes e muitos outros temas, em campo, constituem, por certo, problemas e desafios incómodos e difíceis. Mas qual o maior?

Reabilitação do Forte da Barra com carácter de urgência

Nota saída da reunião de hoje do executivo camarário 



Plano de Intervenção para a Requalificação 
do Forte da Barra

«O Executivo Municipal tomou conhecimento do inicio do procedimento de elaboração de um Plano de Intervenção para a Reabilitação do Forte da Barra, numa parceria CMI/APA e numa lógica de desenvolvimento das muitas intervenções de qualificação desta zona do Município de Ílhavo, da qual se destaca a obra do Jardim Oudinot inaugurada em Agosto e 2008, no seguimento de uma proposta da CMI e como resultado de uma reunião de trabalho entre a CMI e a Administração do Porto de Aveiro realizada a 17 de Outubro de 2011. Esta tarefa será executada por uma equipa de Gestores e Técnicos das duas entidades até ao final do mês de Janeiro de 2012, com a devida ligação ao Igespar de forma a procederse à exacta referenciação dos valores patrimoniais a salvaguardar, destacando-se desses o “Forte da Barra”, que se assume como um elemento a requalificar com carácter de urgência.»

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Forte da Barra e casario envolvente degradados


Já há bastante tempo que neste meu espaço denunciei o estado de degradação em que se encontra o Forte da Barra, edifício de interesse público devidamente registado como tal, e todo o casario  envolvente. O ilhavense António Angeja também se preocupou imenso com o assunto e disso mesmo deu conta a diversas entidades, que lhe responderam no sentido de que a questão seria analisada. Tanto quanto sei, não se passou, infelizmente, da promessa. Soube hoje que a APA e a Câmara Municipal de Ílhavo vão analisar o problema, porque o que se vê é muito triste. Não vale a pena esconder esta realidade, porque o Forte Novo ou Castelo da Gafanha merecem mais atenção. Confio no envolvimento da autarquia e da APA, para este assunto se resolver de uma vez por todas. Como aquilo está parece mal e envergonha-nos perante quem nos visita. 

MUSEU DE ÍLHAVO: 10.º Aniversário da sua ampliação e remodelação



O Museu Marítimo de Ílhavo vai ter o seu dia aberto no próximo dia 21, sexta-feira, estando previstas atividades do Serviço Educativo, relacionadas com as comemorações do 10.º aniversário das obras de ampliação e remodelação do edifício. Nesse dia, haverá a oportunidade de partilhar a história do museu e do seu património marítimo, com diversas oficinas de expressão plástica, oral e dramática, ações estas dirigidas aos alunos do pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico, Secundário, Público Sénior e famílias, mediante marcação prévia.
No sábado, 22, vai acontecer a sessão comemorativa do aniversário, com apresentação do programa dos 75 anos do Museu Marítimo de Ílhavo, inauguração da exposição "Os Navegadores - Pintura de Costa Pinheiro", exposição da peça "A Barca dos Apóstolos", depósito da família Pires da Rosa, apresentação do livro "Bateiras da Ria de Aveiro: Memórias e Modelos", de António Marques da Silva e Ana Maria Lopes.

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