Gosto de sentir que, entre gafanhões, há muitas ideias sobre a Gafanha da Nazaré, no sentido de a tornar mais apetecível para viver e usufruir. Ainda bem. Nas conversas informais, onde quer que estejamos, há sempre quem adiante sugestões interessantes que, se levadas a cabo, seriam uma mais-valia para o desenvolvimento de muitos setores.
A Gafanha da Nazaré tem diversas instituições que nasceram graças à visão de muitos conterrâneos nossos, quer de âmbito cultura e social, desportivo e religioso, académico e profissional, mas também económico e recreativo. Contudo, algumas delas raramente recebem por parte das pessoas um apoio declarado, uma atenção interessada ou um simples olhar de simpatia.
Acho, portanto, que temos de estar mais atentos ao que é nosso.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Passes Sociais
Tanto quanto sei, os Passes Sociais apenas se dirigem aos moradores de Lisboa e Porto. Destinam-se a famílias com fracos rendimentos, daquelas regiões metropolitanas. E só a elas, o que me parece injusto. Nas outras regiões do país, que eu saiba, também há famílias e pessoas carenciadas, que se deslocam nos transportes públicos. Julgo que para estas não há qualquer tipo de apoios nesta área. Estarei enganado?
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Serra da Boa Viagem: um passeio sempre apetecido
Capela de Santo Amaro
Praia de Quiaios
Farol inaugurado em 1858
A visita à Serra da Boa Viagem, na Figueira da Foz, é sempre
um passeio apetecido e saboroso. O arvoredo verdejante, as ruas sinuosas a
contornarem os montes em busca do mais acessível caminho, as paisagens de
montanha para montanha, as aldeias no sopé da serra e o mar à vista com o sol a
espelhar-se nas águas límpidas ficam na memória dos visitantes.
Quando lá vou, apetece-me logo chamar a atenção dos meus
amigos para estas belezas, porque é sinal de egoísmo guardarmos só para nós o
que é bonito. Aqui fica o convite.
Gafanhões em peregrinação a Fátima
Realiza-se, nos dias 3 e 4 de Setembro, pela quarta vez, uma peregrinação a Fátima, de bicicleta, com partida da Gafanha da Nazaré. O grupo de 28 “pedalantes”, acompanhado por dez apoiantes, parte das instalações do Stella Maris pelas 6h da manhã, prevendo chegar a Fátima pelas 17-18 horas. No santuário mariano, à noite, o grupo participa na procissão das velas e, no domingo de manhã, na Eucaristia, regressando novamente de bicicleta, com chegada prevista a casa pelas 20h do dia 4.
A peregrinação, coordenada pelo diácono Joaquim Simões, director do Stella Maris – Obra do Apostolado do Mar, nasceu com gente ligada ao Stella Maris e ao movimento de Schoenstatt, mas agora integra outras pessoas. Mantém-se o “espírito de peregrinação”, como refere Joaquim, Simões: “Começamos a peregrinação com uma oração e participamos nas cerimónias dos santuários, mas cada um oferece a viagem pelas suas próprias intenções”.
Fonte: Correio do Vouga
"Monumento do Centenário": Homenagem a tanta gente que criou esta terra
Bênção do Monumento à chuva
Pórtico
Foi inaugurado no dia 31 de agosto, pelas 19.30 horas, na
Cale da Vila, na rotunda da Avenida José Estêvão e Avenida dos Bacalhoeiros, o
“Monumento do Centenário”, evocativo dos 100 anos da criação da paróquia e
freguesia da Gafanha da Nazaré, culminando assim as celebrações iniciadas há um
ano. Presentes o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Ribau Esteves, o
prior da paróquia, Padre Francisco Melo, que benzeu o monumento, o presidente
da Junta de Freguesia, Manuel Serra, o autor do projeto, escultor Albano
Martins, e algumas dezenas de pessoas, que tiveram a coragem de enfrentar a
incomodativa chuva.
O presidente Ribau Esteves afirmou que este monumento é uma
homenagem a tanta gente que criou a Gafanha da Nazaré e a fez grande, «partindo
da pobreza da sua origem, muito pobre mesmo», tendo recordado que nesta cidade
«há gente que veio de todo o país e de todo o mundo, fazendo desta a sua
terra».
Disse que, por todos os que aqui se estabeleceram, «tivemos
de escolher o mar e a temática bacalhoeira, a grande marca desta paróquia e
freguesia», como propostas a apresentar ao escultor. Disse que a estrela e o
triângulo, no sopé do monumento, fazem parte do brasão da comunidade paroquial.
A Igreja continuará sempre necessitada de purificação
Livres ou facciosos e intolerantes?
António Marcelino
Compreende-se que alguns acontecimentos da Igreja, e a própria Igreja, em si mesma, provoquem incómodos aos laicos ateus e a às instituições que andam por esses caminhos. Quem quiser viver como cidadão livre num país democrático tem de fazer um esforço pessoal que lhe permita uma coabitação respeitadora e pacífica, incompatível com facciosismos e intolerâncias. Trata-se de uma exigência de bom senso e de lucidez, que o agir de alguns contraria a cada passo.
Fátima incomoda, as jornadas mundiais de juventude incomodam, as centenas de jovens voluntários que dão as suas férias à promoção de países com reduzidos meios de desenvolvimento incomodam, as instituições privadas de solidariedade social, que se desdobram, gratuitamente, na ajuda aos mais carenciados incomodam, a coragem do Papa ao denunciar os malefícios do relativismo intelectual e moral e ao apontar aos jovens caminhos de libertação interior incomoda… Mas tudo isto, porquê?
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Gafanha da Nazaré: 101 anos de vida
Celebra-se hoje, 31 de agosto, o 101.º aniversário da criação da paróquia. Motivo, sem dúvida, para todos os gafanhões se sentirem orgulhosos do seu passado e das marcas de trabalho e persistência que todos ostentam, como símbolo da herança que lhes legaram. Hoje também vai ser inaugurado o monumento do centenário, pelas 19.30 horas, na Cale da Vila, curiosamente o nome pelo qual era mais conhecida a nossa terra, nos seus primórdios.
Nesta data e com esta inauguração termina um ano de celebrações levadas a cabo pela paróquia, pela freguesia e pelo município, esperando-se que, tão breve quanto possível, apesar da crise e das restrições impostas pelas instâncias internacionais, as obras previstas para o centro da Gafanha da Nazaré sejam levadas a cabo. O centenário da nossa terra precisa dessa prenda.
De novo na Gafanha da Nazaré
Praia da Barra: Obelisco
Uns dias de férias, fora dos ambientes habituais, fazem sempre bem à mente e ao corpo. Longe dos meus livros e arquivos, mas também à volta com o iPad2, uma nova forma de lidar com o mundo virtual, não pude conviver com os meus leitores e amigos, como era meu gosto. Retomo hoje, na certeza de que continuarei atento ao mundo que me cerca, de raio sem limite.
Fernando Martins
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Monumento do Centenário: A inaugurar no dia 31 de agosto
Monumento evocativo dos 100 Anos da Criação da Freguesia e Paróquia da Gafanha da Nazaré
A inauguração do “Monumento do Centenário”, evocativo do Centenário da Criação da Freguesia e Paróquia da Gafanha da Nazaré (1910-2010), vai realiza-se no dia em que se assinalam os 101 anos dessa efeméride e como corolário das comemorações que ocorreram durante o ano de 2010.
Na próxima quarta-feira, dia 31 de Agosto, pelas 19.30 horas, na rotunda existente na intersecção da Avenida dos Bacalhoeiros com a Avenida José Estêvão na Gafanha da Nazaré, viveremos esta inauguração que marca também o encerramento das Festas do Município de Ílhavo 2011.
A obra de arte que tem o Mar, a Pesca e a Indústria do Bacalhau como tema de referência é da autoria do Escultor Albano Martins, teve a produção de “Nuno Sacramento – Galeria de Arte Contemporânea”, e é um investimento assumido na totalidade pela Câmara Municipal de Ílhavo no valor de 113 mil euros.
Nota: Informações cedidas pela CMI
domingo, 28 de agosto de 2011
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 252
BALADA DAS MENINAS DE BICICLETA
Caríssima/o:
Há
coisas que só um poeta pode fazer...
Vem
daí comigo e segue o conselho de Vinicius de Moraes: ... leva “a tristeza no
quadro da bicicleta”!
Meninas
de bicicleta
Que
fagueiras pedalais
Quero
ser vosso poeta!
Ó
transitórias estátuas
Esfuziantes
de azul
Louras
com peles mulatas
Princesas
da zona sul:
As
vossas jovens figuras
Retesadas
nos selins
Me
prendem, com serem puras
Em
redondilhas afins.
Que
lindas são vossas quilhas
Quando
as praias abordais!
E as
nervosas panturrilhas
Na
rotação dos pedais:
Que
douradas maravilhas!
Bicicletai,
meninada
Aos
ventos do Arpoador
Solta
a flâmula agitada
Das
cabeleiras em flor
Uma
correndo à gandaia
Outra
com jeito de séria
Mostrando
as pernas sem saia
Feitas
da mesma matéria.
Permanecei!
vós que sois
O que
o mundo não tem mais
Juventude
de maiôs
Sobre
máquinas da paz
Enxames
de namoradas
Ao sol
de Copacabana
Centauresas
transpiradas
Que o
leque do mar abana!
A vós
o canto que inflama
Os
meus trint'anos, meninas
Velozes
massas em chama
Explodindo
em vitaminas.
Bem
haja a vossa saúde
À
humanidade inquieta
Vós
cuja ardente virtude
Preservais
muito amiúde
Com um
selim de bicicleta
Vós
que levais tantas raças
Nos
corpos firmes e crus:
Meninas,
soltai as alças
Bicicletai
seios nus!
No
vosso rastro persiste
O
mesmo eterno poeta
Um
poeta – essa coisa triste
Escravizada
à beleza
Que em
vosso rastro persiste,
Levando
a sua tristeza
No
quadro da bicicleta.
UMA REFLEXÃO PARA ESTE DOMINGO
SABER SOFRER, O EXEMPLO DE PEDRO
Georgino RochaPedro fica perplexo com o que ouve a Jesus. Contrastava tanto com o que havia experimentado. Realmente, era frustrante. Sentia-se desiludido, ele que tinha recebido tão rasgado elogio: Feliz és tu, filho de Jonas, por teres descoberto que eu sou o Messias; ele, o porta-voz, do grupo apostólico, que recebe a promessa de ser o alicerce da construção da Igreja e de ficar com as chaves da entrada no Reino; ele, que deixa o nome de família, e aceita ser chamado de modo novo – o da missão que lhe é confiada.Perante o contraste, o impulso do coração leva-o a agir. A simples hipótese do sofrimento anunciado e do enfrentamento com os chefes religiosos e políticos poder conduzir à morte de cruz, constituía um verdadeiro tormento. Espontâneo e generoso, como era, resolve aconselhar o Mestre. Toma-o à-parte e contesta-o abertamente. A sós, pensava, seria mais fácil dizer-lhe tudo o que entendia ser prudente e sensato, ele que não largava a ideia de um Messias vitorioso, libertador, capaz de desarmar todos os seus inimigos e instaurar a nova ordem anunciada. À-medida que fala, dá conta que o semblante de Jesus se altera. Parece que transmite irritação profunda, fúria incontida. E de facto, a resposta ouvida é tão áspera e dura que o surpreende completamente. Fica em silêncio, sabe Deus com que amargura, a “gemer” a reprimenda e a tentar ouvir as instruções que Jesus ia dando aos discípulos. E por quanto tempo estas palavras o hão-de acompanhar: Põe-te no teu sítio, não queiras desviar-me do caminho traçado, tem em conta as coisas de Deus, não sejas ocasião de escândalo, retira-te, Satanás.
AO SABOR DA MARÉ - 2
1. Em época marcada por inúmeras dificuldades, com a derrocada do comunismo, do capitalismo e do Estado Social, que prometiam o paraíso na terra, toda a gente consciente vive com o coração na boca, sem saber o dia de amanhã.
Apesar disto tudo, impressiona a forma como a comunicação social nos apresenta, dia após dia, mas sobretudo aos fins-de-semana, hipóteses de programas de férias no país e no estrangeiro. Afinal, como se todos nadassem em dinheiro e livres de preocupações. Pensando bem, talvez a ideia não seja assim tão má, porque ao menos nos estimulam sonhos. Aliás, já dizia o Camões: "Imagine-o quem não puder experimentá-lo."
2. Mesmo longe, relativamente, da Gafanha da Nazaré, tenho seguido o entusiasmo que a nova direção da ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré) tem mostrado nesta fase de início de mandato. É um significativo sinal de que, desta vez, vai realmente por diante a ideia que de se pugnar, de forma organizada e pela positiva, por uma sociedade mais fraterna e mais dinâmica.
Como é natural, na ADIG haverá lugar para todos, quer na ação quotidiana, quer no apoio a que se dispõe a alinhar na primeira linha.
3. Sempre gostei de ler, ouvir e ver, na comunicação social, o que se distingue na nossa região. E por vezes até fico a conhecer realidades que me eram estranhas. Hoje, por exemplo, li no FUGAS do PÚBLICO uma notícia divulgada pela jornalista Maria José Santana, que diz seguinte: "Os amantes dos passeios náuticos têm, agora, a oportunidade de usufruir de passeios exclusivos na ria de Aveiro, a partir do cais da praia da Costa Nova. O novo produto turístico prevê o aluguer de lanchas (com tripulante) para cruzeiros ao pôr do sol, durante a noite, ou ao longo de todo o dia." A notícia continua, mas basta este naco para se perceber a importância da iniciatia.
FM
sábado, 27 de agosto de 2011
DIAS DA JUVENTUDE DE UM GAFANHÃO
Entretanto, enquanto esperava, peguei num livro que ia lendo aos pedaços, quando a disponibilidade de tempo mo permitia. Era “As Pupilas do Senhor Reitor” um livro leve e agradável, escrito por Júlio Dinis.
Terminado este, já punha o olho numa colecção de capas vermelhas que existia numa estante. Era uma extensa colecção do mesmo autor - Júlio Verne – vinte e tal livros, que resolvi, logo que tivesse tempo, começar a ler.
Ordenei as minhas ideias, e decidi que começaria pelo número um:
- “Da Terra à Lua”.
- Não se pensava em voar e ele descreveu “Cinco Semanas em Balão”
- Não se pensava no mundo submarino e ele descreveu com pormenor que impressionou, as “Vinte Mil Léguas Submarinas”.
Quem o leu nunca mais esquece o Capitão Nemo, o construtor e comandante do Nautilus.
Enfim, ler é viver quando não temos a possibilidade de viver, para depois escrever, e os outros lerem.
No entanto Júlio Verne descreveu sem viver. A sua imaginação prodigiosa parece nada ter inventado. Ele via antes de qualquer mortal o fazer. O futuro deu-lhe razão. Praticamente tudo o que ele escreveu se concretizou.
Estou a recordar um dos seus mais extraordinários livros “Miguel Strogoff”.
Custou-me a acreditar que, tendo ele sido mandado cegar, passando-lhe um sabre aquecido ao fogo sobre as vistas, se verificasse, mais tarde, que as lágrimas que ele chorava, arrefecessem a lâmina do sabre, o que lhe evitou a cegueira.
Este facto consta de um dos comentários que li, e foram vários, que aconteceram à personagem do livro. E estes comentários têm muito poucos anos.
S . TOMÉ: AVENTURA NO MAR
Um texto de Maria Donzília Almeida
A travessia do mar, nesse dia, fez lembrar as proezas dos nossos navegadores, quando sulcavam o Atlântico.
O dia estava cinzento, sem com isso significar desconforto na temperatura. Em S. Tomé as temperaturas são amenas, mesmo na estação que corresponde mais ou menos ao nosso Outono: nas aragens, que aqui são tépidas e até bem-vindas e na profusão de folhas que cai da imensa vegetação que contorna a estrada.
Entrámos para a lancha, movida a motor, e acomodámo-nos, como foi possível: uns na amurada da embarcação, a maior parte dos passageiros, no chão, bem juntinhos uns dos outros. Colocados os coletes salva-vidas, lá partimos com destino ao Ilhéu das Rolas. Como é típico dum clima tropical, começou a cair o que em Portugal se chama morrinha, ou chuva molha-tolos. As toalhas que nos acompanhavam para um banho no mar, do outro lado, foram dum préstimo enorme, para nos proteger dessa chuva imprevista. Entretanto, o barco ia sulcando o mar e balouçando ao sabor das ondas. Neste dia o mar estava agitado, no dizer dos naturais, habituados a estas andanças e a transportar turistas da Ponta da Baleia, para O Ilhéu das Rolas.
MAIS SERRAZES
Ao ler as tuas recordações do Parque de Campismo de Serrazes, lembro-me que me falaste dele. Um dia estava "a banhos" nas Termas e
uma tarde resolvi ir conhecê-lo. Foi no mês de Setembro. Ao aproximar-me do Parque apareceram no meio do caminho dois lobos! Parei o carro silenciosamente e aguardei que eles desaparecessem.
Só depois avancei e ao chegar ao Parque, deserto, dei a volta e regressei às Termas. Nunca mais voltei ao Parque de Serrazes.
Ângelo Ribau
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