sábado, 23 de julho de 2011

Tolerância Positiva


RELIGIÃO NA RESPONSABILIDADE

Anselmo Borges

A caminho dos 93 anos, é um dos últimos sobreviventes daquela plêiade de gigantes políticos europeus que reconstruíram a Europa, souberam lidar com a Guerra Fria, contribuíram, sem tibieza, para o desanuviamento mundial, estabeleceram as bases da União Europeia. Quando a política não era mera Realpolitik, pois ainda se apoiava em saber e se movia por ideais. Foi ministro da Defesa, da Economia e das Finanças, chanceler federal. A sua influência continua hoje forte através do seu semanário DIE ZEIT. Falo de Helmut Schmidt.
Acaba de publicar Religion in der Verantwortung. Gefährdungen des Friedens im Zeitalter der Globalisierung (Religião na responsabilidade. Perigos da paz no tempo da globalização), reunião de textos de conferências em várias partes do mundo. Ficam aí algumas ideias marcantes.

Amália nasceu neste dia em 1920



sexta-feira, 22 de julho de 2011

Figueira da Foz: “Cais da Memória I”



INAUGURAÇÃO AMANHÃ, SÁBADO, NO CAE

O Porto da Figueira da Foz e a cidade revisitados em fotos de outros tempos, numa exposição a inaugurar amanhã, sábado, 23 de julho, pelas 18 horas,  no CAE — Centro de Artes e Espectáculos. A exposição ficará patente até 21 de Agosto. Trata-se de um “primeiro episódio de uma viagem pela Figueira da Foz de outros tempos, olhando o vigor dos Homens que lhe ofereceram um porto, que lhe sangraram o belo estuário, pese a força indómita dos temporais que também por cá insistiram em esculpir ferrete”.
A exposição integra perto de uma centena de fotografias do Arquivo Histórico-Documental do Porto da Figueira da Foz (APFF, S.A.), num projeto desenvolvido por Bárbara Lopes da Fonseca.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Costa Nova: arte na esplanada


O bom gosto manifesta-se de muitas maneiras e em toda a parte. Oferecido pela natureza ou pelos artistas, populares ou eruditos. E quando assim, a vida tem outro sabor. Durante este verão, procure identificar motivos artísticos. E se quiser partilhar os seus registos comigo e com os meus visitantes, muito melhor.

Portugal está na ribalta




Forças ocultas 
numa sociedade distraída
António Marcelino

De vez em quando somos publicamente surpreendidos por notícias variadas que nos deixam perplexidades, desconfianças e até fundados receios. O mundo das pessoas não é transparente e os interesses em campo entrechocam-se. Há sempre vítimas destes jogos escuros. São os mais fracos, pessoas e países, os que, numa vida de muitas dificuldades, tentam sobreviver, sem que saibam depois quem lhes põe pedras no caminho ou mesmo quem lhes fecha o caminho para que não possam ir mais longe.
Quando tudo se passa às claras há sempre alguma possibilidade de prevenção e de defesa. Não, porém, quando se cultiva o secretismo e, à superfície, não aparecem senão boas intenções, propaladas competências e mesmo gestos de solidariedade. Normalmente gestos vistosos e publicitados de muitas maneiras. Em sociedades democráticas, nas quais ninguém deverá recear ninguém, o secretismo é incómodo e preocupante, mesmo que não se consigam vislumbrar os contornos das manobras em campo.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Educação para a Cidadania

Jean Jacques Rousseau

Educar com o coração e não com o compêndio
Maria Donzília Almeida

A educação do homem começa 
no momento do seu nascimento; 
antes de falar, antes de entender, 
já se instrui. 
 Jean Jacques Rousseau 


Com o fim do ano, ficaram para trás as avaliações, os Planos de Recuperação, Planos de Acompanhamento, reuniões de Departamento, a rigidez dos horários e o burburinho dos alunos, que constitui a música de fundo de qualquer escola. 
Com dias maiores, plenos de sol e as nortadas a fustigarem-nos o rosto, apetece fazer as malas e partir para destino incerto. É salutar a mudança de ambiente geográfico, para melhor retemperarmos forças e para nos libertarmos do stress do dia-a-dia docente. 
Neste período intermédio entre a cessação das atividades letivas e o início de férias, a mente ainda é invadida por, ideias e questões relacionadas com a educação. 
Um dos pensamentos mais recorrentes, prende-se com o binómio sucesso/insucesso. Da minha experiência com a malta miúda, uma das coisas mais facilitadoras da aprendizagem, é o comportamento, em sala de aula. Quando a postura do aluno é de infração permanente às regras estabelecidas pelo Regulamento Interno da Escola, a aula funciona mal, há um enorme desperdício de energia, por parte do professor e todos saem prejudicados. 

Faça férias cá dentro


A falta de recursos não pode ser justificação para não gozarmos férias. Se optarmos por fazer férias cá dentro, mesmo ao pé da porta, haverá muitos centros de interesse, tanto de âmbito cultural como social  e desportivo. Por exemplo: se escolhermos o tema "descoberta do azulejo", teremos muito que fazer. Aqui fica uma simples amostra. Onde poderemos encontrar este painel, na cidade de Aveiro? Bom desafio...

Passagem por Fátima: desafio à nossa reflexão



Pedro Rolo Duarte passou por Fátima e não gostou muito do que viu. Um cético em relação a Fátima, deixou-nos a necessidade de refletirmos sobre algumas imagens que o Santuário revela ao mundo: muitos crentes, convictos, mas também muitos que ali vão em simples passeio, que não em peregrinação. Jamais esquecerei uma jovem que foi a Fátima com a família, num domingo, para cumprir uma promessa, mas não participou na eucaristia porque não constava da dita promessa. Depois de paga, em dinheiro vivo, seguiu-se o piquenique.
Pois Pedro Rolo Duarte ficou um tanto desiludido com o que viu. E lá mostrou a placa onde se anunciava a bênção dos veículos, como se eles precisassem de ser abençoados. Seria melhor, muito melhor, na minha ótica, se a bênção fosse dirigida aos condutores e passageiros. Pode ser que um dia alterem os dizeres da placa.
Mas vejam o texto do jornalista aqui.

FÉRIAS




Picasso: paisagem, paz

Vá para fora por dentro!
Margarida Alvim

Tempo de férias, tempo de paragem. Tempo de passear, de ler, de fazer o que se quiser. Ir à praia, fazer uma viagem, ir visitar os amigos, encontrar alguém da família. Também pode ser um tempo para ficar simplesmente em casa, de arrumar tudo o que se foi acumulando ao longo do ano, de fazer limpezas a fundo, de pôr as coisas de novo em ordem. Talvez este ano seja mesmo um tempo em que muitos ficarão mais por casa.
“Vá para fora cá dentro!”, ouvimos nos anúncios de promoção do turismo em Portugal. Em tempo de crise, esta é capaz de ser mesmo uma grande oportunidade de passear mais no nosso país, de descobrir toda a sua beleza, por vezes ali mesmo ao virar da esquina. Oportunidade para valorizar a serenidade de dias com tempo, sem pressas.
Férias são sobretudo um tempo de descanso, de reparação, de ganhar forças. Por isso, talvez fosse bom encarar estes dias não com a urgência de conseguir encaixar tudo o que se ansiou e sonhou ao longo do ano de trabalho, mas com a expectativa do que nos pode trazer cada dia, deixando-nos levar sem pressas. Em que é que descansamos? O que é que nos descansa de verdade? Pensava como por vezes estamos tão cansados interiormente, tão dispersos, com tanto ruído, com tantas preocupações que nos consomem e tiram ânimo, liberdade, lucidez. Nada que uns dias na praia não resolvam, pensamos nós. Sim, é verdade, os dias na praia com certeza que ajudam a acalmar. Mas o verdadeiro descanso precisa também de uma paragem e de um reencontro interior.

Ler mais aqui

terça-feira, 19 de julho de 2011

Schoenstatt na mata da Gafanha


Schoenstatt (Foto do meu arquivo)

Recanto de tranquilidade

Neste mundo de problemas, mais ou menos participados por todos nós, não há como uma fuga para um recanto de tranquilidade, que ainda é possível encontrar, por aqui e por ali, sem ser preciso pagar nada. Na Colónia Agrícola da Gafanha, no meio da mata, há um desses recantos, bafejado pela espiritualidade de Schoenstatt, nascido em 18 de outubro de 1914.
No santuário, cópia fiel do santuário original, em Schoenstatt, na Alemanha, pode sentar-se um bocadinho, depois de olhar o jardim cuidado, verdejante e florido, e experimentar como é bom estar ali. Depois, quando sair, sentirá que valeu a pena. Se não sentir nada da paz que por lá se respira, tente mais umas vezes. E mais uma. Até descobrir o que o impede de ser feliz.