terça-feira, 2 de novembro de 2010

Goethe na sua residência romana

A janela

José Tolentino Mendonça


Vi há uns anos na Casa Goethe, em Frankfurt, uma imagem que me tem acompanhado. É uma aguarela de J.H.W. Tischbein que representa Goethe na sua residência romana, situada na conhecida Via del Corso. Vemo-lo de costas, a partir do interior da casa, trajado com a informalidade das horas domésticas. E está à janela. Na verdade, esgueira o corpo e a curiosidade por meia janela apenas. Mas mesmo meia janela, por vezes, é como se fosse o mundo todo. Gosto daquela mistura de descontração e atenção que atravessa a sua figura, daquele estar debruçado (dir-se-ia mergulhado) para uma coisa que só ele vê. Gosto da luz azulada ou branca desse exterior, talvez a luz de uma manhã já alta.
Teixeira de Pascoaes escreveu: «Ai, se não fosse a névoa da manhã/ E a velhinha janela onde me vou/ Debruçar para ouvir a voz das cousas,/ Eu não era o que sou». Eu sei que isso é verdade. Quando fecho os olhos e penso nas janelas que frequentei (nas janelas da infância e da adolescência, donde o visível se avista com um intacto esplendor; nas janelas da vida adulta; nas janelas de lugares próximos ou distantes; nas janelas de passagem; nas janelas fechadas contra a noite ou para ela abertas, numa espécie de silêncio ou súplica…), reconheço a certeza do verso de Pascoaes: «eu não era o que sou».

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Centro Cultural: Música e Dança

Centro Cultural


Participei, ontem, domingo, num espectáculo musical, com organização da Escola de Música Gafanhense e da Casa do Povo da Gafanha da Nazaré. Aconteceu no Centro Cultural, à tarde, e mostrou mais uma vez o que se vai fazendo na nossa terra, ao nível das artes. Neste caso, da música e da dança.
Na impossibilidade de captar imagens do evento, no respeito pelas normas da casa, limitar-me-ei a simples comentários, sobretudo para enaltecer a importância destes espectáculos, não apenas pelo nível alcançado por crianças e jovens, mas ainda pelo valor humano bem patente no que vi.
Vi jovens de ambos os sexos, músicos e dançarinos, que mostraram à evidência o trabalho daquelas duas instituições da nossa terra, garantidamente ao longo de muito tempo, como sinal de que na Gafanha da Nazaré não falta vontade e determinação, quer de quem dirige, quer de quem ensina, quer, ainda, de quem aprende com gosto.
Penso que não é fácil nos dias de hoje pôr de pé projectos desta natureza, em favor da nossa juventude, sendo certo que é preciso ultrapassar outras solicitações da sociedade, qual delas a mais desafiadora. Fúteis muitas delas, sem sentido outras tantas, mais cómodas algumas. E estimular os nossos jovens para as artes, durante o ano inteiro, e mais uns anos e mais outros, será digno de louvor.  Decerto com a colaboração dos pais, mas também de entidades e pessoas, porque tudo ali o pude apreciar.
Os meus parabéns.

Fernando Martins 

A medida do olhar de Deus não é a nossa



O NOSSO JUÍZO FINAL
António Rego

O facto é que para a nossa experiência de corpo, tempo e afecto, a morte tem sempre o tom de corte, fim, decomposição, repulsa, medo

A festa de Halloween não é popular entre nós nem importa torná-la apenas por motivos de contestação. Vem dos Celtas, foi levada pelos colonos para a América e celebra-se numa mistura de mistério, fantasma, bruxaria e jogo infantil, exactamente na véspera de todos os santos. O seu próprio nome tem a ver com os santos. Foram as crianças que a tornaram mais popular não apenas pelos medos e fantasias de que se revestem nestes dias, mas porque é uma forma de se relacionarem com os adultos, espécie de pão por Deus, em estilo mais americano. Por cá vai-se fazendo festa de salão com os medos e surpresas de trajos exóticos. Ou porque a imaginação já não é muita para quebrar as rotinas.

Terramoto de 1755


1 de Novembro: Terramoto de 1755 destruiu Lisboa

Sobre esta efeméride estará tudo dito e redito. Permitam-me, contudo, que a recorde, para sublinhar a visão e a capacidade necessárias para construir uma nova cidade, alicerçada nas mortes e destruições. Nós, os portugueses, soubemos pôr mãos à obra com sentido de futuro. Pensemos nisto no Dia de Todos os Santos, quando milhares de lisboetas pereceram no terramoto seguido do maremoto. Há, precisamente, 255 anos.

HOJE É DIA DE TODOS OS SANTOS

 
 

Hoje é dia de todos os santos: dos que têm auréola
e dos que não foram canonizados.
Dia de todos os santos: daqueles que viveram, serenos
e brandos, sem darem nas vistas e que no fim
dos tempos hão-de seguir o Cordeiro.
Hoje é dia de todos os Santos: santos barbeiros e
santos cozinheiros, jogadores de football e porque
não? comerciantes, mercadores, caldeireiros e arrumadores
(porque não arrumadoras? se até
é mais frequente que sejam elas a encaminhar o espectador?)
Ao longo dos séculos, no silêncio da noite e à
claridade do dia foram tuas testemunhas;
disseram sim/sim e não/não; gastaram palavras, poucas, em rodeios, divagações.
Foram teus imitadores e na transparência dos seus gestos a
Tua imagem se divisava. Empreendedores e bravos
ou tímidos e mansos, traziam-te no coração,
Olharam o mundo com amor e os
homens como irmãos.
Do chão que pisavam
rebentava a esperança de um futuro de justiça e de salvação
e o seu presente era já quase só amor.
Cortejo inumerável de homens e mulheres que Te
seguiram e contigo conviveram, de modo admirável:
com os que tinham fome partilharam o seu pão
olharam compadecidos as dores do
mundo e sofreram perseguição por causa da Justiça
Foram limpos de coração e por isso
dos seus olhos jorrou pureza e dos seus lábios
brotaram palavras de consolação.
Amaram-Te e amaram o mundo.
Cantaram os teus louvores e a beleza da Criação.
E choraram as dores dos que desesperam.
Tiveram gestos de indignação e palavras proféticas
que rasgavam horizontes límpidos.
Estes são os que seguem o Cordeiro
porque te conheceram e reconheceram e de ti receberam
o dom de anunciar ao mundo a justiça e a salvação.


Maria de Lourdes Belchior

In SNPC

domingo, 31 de outubro de 2010

I GALA DA FUNDAÇÃO PRIOR SARDO


Depois dos parabéns à FPS, o bolo

Troféu para João Pires

TROFÉUS PARA OS MELHORES DO ANO

Na sexta-feira, 29, à noite, no Centro Cultural de Ílhavo, realizou-se a I Gala da Fundação Prior Sardo (FPS), com momentos especiais de alegria. Para além da música, a Gala distinguiu pessoas e instituições do concelho de Ílhavo que, pelas suas capacidades e intervenções, merecem ser apontadas como exemplos a seguir.
Os troféus, pela primeira vez atribuídos pela FPS, foram para João dos Santos Pires (Empresário), Domingos Lopes (Educação e Formação), Atendimento Social Integrado da Câmara Municipal de Ílhavo (Inovação) e Ana Maria Lopes (Mar e Ria).
João dos Santos Pires veio de tenra idade para a Gafanha da Nazaré e aqui se radicou, tendo crescido em idade e em capacidade de trabalho. Passou pelos Estaleiros Mónica e João Maria Vilarinho, para além de outras empresas e instituições. Criou a sua própria empresa, tendo-se caracterizado pela sua honestidade e generosidade, com ajudas dirigidas a instituições desportivas e de bem-fazer.

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues


(Clicar para ampliar)

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 208

PELO QUINTAL ALÉM – 45



AS REQUELINAS

 
A
meus Amigos
a quem Deus levou este ano


Caríssima/o:

a. Não podia deixar de vos apresentar uma das flores que por esta altura embelezam o alegrete.
Verdade seja que antes, florescem os raquéis que são mais altaneiros e as suas flores conservam-se muito tempo.
Quando os raquéis vão murchando, terminando a sua floração, surgem as suas hastes frágeis encimadas pelas flores rosas.

e. É provável que agora apareçam pelos jardins da Gafanha, mas não me recordo de as ver...aliás ainda hoje o nome me intriga e até nos livros é difícil de encontrar...

i. Como flor que se preza, cumpre à perfeição: os arranjos ficam encantadores.
E já se vê que nesta altura dos Fiéis, as jarras e as floreiras agradecem a sua colaboração, tendo sido durante muitos anos a preferida.

o. Sendo planta para flores de decoração e enfeite não vislumbrei qualquer nota ou apontamento sobre uso medicinal; também não deve ser flor tóxica pois não se encontram referenciados cuidados ou prevenções.
Todos sabemos que oferecer flores é um sinal de carinho, cuidado e atenção. Contudo, em alguns hospitais e maternidades, começam a pôr restrição à entrada de plantas e flores, devido ao risco de infecção que elas podem representar. Logo...

u. Curiosidades:

1. A requelina também é conhecida por “mini-amarílis”.

2. Ao que se supõe terá a sua origem no Sudeste e parte do Sul do Brasil.

3. É da família de amarílis ou açucena, bem como as raquéis.

4. Estes últimos, ao que consta, no Alentejo, são chamados 'Sogras e Noras' por estarem sempre de costas voltadas!

A todos/as desejo belas e abundantes flores nos vossos canteiros que vos permitam embelezar as vossas lágrimas e orações!

Manuel

O sentido de Estado

Confesso que não gostei nada da guerrilha partidária de políticos que devim pôr dignidade em tudo quanto fazem, quando estão ao serviço do país. Brincam com coisas sérias, desdizem o que anteriormente afirmaram como imutável e assinam acordos para aprovação do OE, com o selo da fotografia tirada pelo telemóvel, ao jeito  do menino que o trata como um brinquedo.

sábado, 30 de outubro de 2010

A morte é o mais próprio do ser humano, mas, ao mesmo tempo, o mais estranho


OS FINADOS

Anselmo Borges

Característica essencial do nosso tempo é fazer da morte tabu, talvez o último tabu. Nunca tinha acontecido na história da humanidade.
De qualquer modo, as nossas sociedades ainda mantêm dois dias por ano (1 e 2 de Novembro) em que permitem a visita dos mortos. Os cemitérios enchem-se e as pessoas ali estão ou por ali andam, numa recordação, talvez numa prece, num choro íntimo ou exteriorizado, e interrogando-se sobre o mistério da morte, esse mistério absolutamente opaco e laminante.
A morte põe-nos em confronto com o nada e abala-nos desde e até à raiz. Martin Heidegger foi o filósofo do século XX que levou mais fundo o pensamento sobre a morte. O homem é o ser da possibilidade, o existente para quem no seu ser a questão é esse mesmo ser, isto é, a quem o seu ser é dado como tarefa, como poder ser. Ora, a morte é a sua possibilidade "mais própria", pois é a que mais o caracteriza, "irreferível", pois corta a relação com tudo o resto, remetendo-o para si próprio, "intranscendível", pois, enquanto possibilidade da impossibilidade, é a possibilidade extrema, a que se não pode escapar. A tentação permanente é distrair-se e não assumir a morte como essa possibilidade mais própria, irreferível e intranscendível, escapando-lhe pelo palavreado, pelo recurso ao "toda a gente morre", mas não propriamente eu. O homem cai então no esquecimento de si mesmo e perde-se numa existência inautêntica.
Frente à morte, debatemo-nos com paradoxos, que o filósofo Gabriel Amengual sintetizou.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Faleceu o cardiologista Rogério Leitão




Soube hoje, pelo Diário de Aveiro, do falecimento do médico cardiologista Rogério Leitão. Foi presidente da Assembleia Municipal de Aveiro e chefe dos Serviços de Cardiologia do Hospital Infante D. Pedro. Sem dúvida, Rogério Leitão foi sempre um aveirense respeitado e ouvido com atenção, tanto quanto falava de política como quando abordava problemas médicos e sociais.
Católico envolvido na defesa de princípios que considerava fundamentais para a construção de uma sociedade mais fraterna, era no trato uma pessoa singularmente afável e serena. Entrevistei-o algumas vezes na Rádio Terra Nova, onde constatei isso mesmo. Também em Maio, costumava dinamizar o Mês do Coração, tarefa que desempenhava com grande entusiasmo.
Há muitos anos, uma tia de minha esposa, residente em Pardilhó, sofreu um ataque cardíaco. Pelo telefone, já noite, contactei-o e pedi-lhe que a fosse ver o mais depressa possível. Indicado o endereço, frente às escolas primárias de Pardilhó, lá se dirigiu. Chegou primeiro que eu e minha esposa. Nada pôde fazer, infelizmente, mas jamais esqueceremos a sua prontidão.
Há gestos que definem o carácter e a bondade das pessoas. Mas quando se trata de médicos, com a noção completa do valor da vida, mais facilmente sentimos a sua importância na linha da humanização da sociedade. Paz à sua alma.

Fernando Martins

Brincalhões: Há políticos com graça!


SERÁ PRECISO COLETE DE SALVAÇÃO?

Alguns políticos são uns brincalhões. E chegam a ter graça, mas às vezes assustam-nos. Vem isto a propósito dos “filmes” que retrataram as negociações para o Orçamento do Estado passar, gesto fundamental, junto dos nossos credores internacionais, para repor a nossa credibilidade.
Face ao aparente corte de relações entre o PS e o PSD, muita gente ficou assustada. Que vai ser de nós e do nosso país, se entrarmos em bancarrota? Vozes que chegaram até mim, traduzindo alguma angústia ou dúvidas sérias com vista ao futuro.
Horas depois, os chefes ou produtores destes filmes, quais salvadores, passaram a actores nas últimas cenas. As sondagens a isso obrigaram. Santas sondagens! O OE vai passar, não vai haver problemas. Já se está a elaborar uma proposta.
A crise vai continuar? Estamos convencidos de que sim. Mas, para já, o barco ainda continua a navegar, com procelas no horizonte. Mas navega. Será preciso colete de salvação? Talvez não. Pelo sim pelo não, valerá a metê-lo num saco, com um farnel para uns tempinhos.

FM

“Um SIM decisivo — Padre Miguel Lencastre e Schöenstatt em Portugal”

Um livro de Helena Valente



Um trabalho indispensável
para o conhecimento
da entrada  de Schoenstatt em Portugal

No dia 21 de Outubro, no Centro Tabor, Movimento Apostólico de Schoenstatt, foi lançado o livro “Um SIM decisivo — Padre Miguel Lencastre e Schöenstatt em Portugal”, da autoria de Maria Helena Saraiva e Castro Valente, com prefácio de D. Serafim Ferreira e Silva, Bispo Emérito de Leiria-Fátima. A cerimónia foi precedida de uma eucaristia, celebrada pelo Padre Miguel, comemorativa do 31.º aniversário da inauguração do Santuário na Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré.
A publicação é da Paulus Editora e a autora é uma conhecida schoenstattiana, que milita, desde 1978, na Família do Patriarcado.
Helena Valente diz, no Prólogo, que o seu trabalho surgiu como resposta à necessidade sentida, neste ano jubilar, de «um levantamento histórico do que se terá passado, ao certo, na Fundação de Schöenstatt em terras Lusitanas, bem como do desenrolar dessa mesma História.»
Quis, e bem, aproveitar «o que nos podem contar aquelas testemunhas que felizmente ainda se encontram entre nós», sendo certo que o Padre Miguel Lencastre é «uma dessas preciosas testemunhas», porque viveu «essa Fundação na primeira pessoa».

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Orçamento de Estado: O impasse...

O optimismo de muitos portugueses esboroou-se. Governo e PSD não se entenderam. Por meias frases ditas durante os encontros, adivinhava-se este desfecho. Contudo, continuam as promessas, feitas de palavras repetidas, de que ainda é possível fazer passar o Orçamento de Estado. Esperemos que sim.
Sem pretensões a comentador político, atrevo-me a dizer que a guerrilha provocada por interesses partidários e, quiçá, patrióticos, vai continuar enquanto for possível. Depois, o PSD deve abster-se, por duas razões: primeira, porque não quer ficar associado ao OE do PS, que considera mau; segunda, porque sabe da gravidade da situação económica do país e não quererá arcar com parte das responsabilidades da crise que não deixará de surgir em força. Vamos então ter fé na inteligência de alguns dos nossos políticos.

FM

NO SEIO DAS TUAS ONDAS



Ao Mar

Visto o fato original,
Espelho-me nas tuas águas
E mergulho nos teus braços
Sem pudor.
Sinto o sol que te devassa
E me abraça
Com amor.

Tu, mar,
Devolves a pureza
Ao meu corpo cansado,
Conspurcado
Pela vida
Intensamente sentida,
Ao acaso.


No seio das tuas ondas,
Ao sabor do teu sal,
Encontro a minha certeza:
Sinto que vale a pena viver
E preencher,
Com o desejo final,
Este vazio
Do inverno passado.

"Lena de Tróia"
Foto de Carlos Duarte

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré: música e dança

Domingo, 31 de Outubro, às 17 horas



A Escola de Música Gafanhense (EMG) e a Casa do Povo da Gafanha da Nazaré (CPGN) apresentam um espectáculo pioneiro de música e dança. A Orquestra Juvenil da EMG acompanhará as classes de ginástica rítmica da CPGN onde, em simbiose, será exibida uma combinação harmoniosa de música e movimentos criativos de ginástica. Organização: Escola de Música Gafanhense e Casa do Povo da Gafanha da Nazaré.
Apoio: Câmara Municipal de Ílhavo

A utopia não nos deixa morrer


UMA TRAPALHADA QUE NÃO CONSTITUIU UMA SURPRESA


António Marcelino

Chegamos onde há de muito se esperava. Dolorosamente. Sem horizontes de esperança e sem nesga de luz, com o povo dorido e dividido. Com nuvens negras que pressagiam fome, revolta, violência. A fome não é boa conselheira. A violência já anda por aí à solta. Culpa de poucos, o sofrimento de muitos.
As premissas estavam postas. A conclusão de há muito não oferecia dúvidas. O forte do povo português está mais no coração onde cabe a revolta pelas desilusões, mas cabe também a perda fácil da memória, quando se ouvem de novo os discursos inflamados e fogosos dos trapaceiros de ontem. Não falta quem fale de fatalismo. Não vou por aí e não vou sozinho.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Comemorações dos 50 Anos da Freguesia da Gafanha do Carmo


No próximo sábado, dia 30 de Outubro, pelas 21h00, vai ser inaugurado um Monumento no Jardim Central, que assinalará o encerramento das comemorações dos 50 anos da freguesia da Gafanha da Carmo.
Pelas 21h30, terá lugar uma peça de teatro apresentada pela Associação Cultural da Gafanha do Carmo, no Salão Cultural da Freguesia, encerrando assim o programa comemorativo, numa acção de parceria entre a Câmara Municipal de Ílhavo e a Junta de Freguesia da Gafanha do Carmo.

Entendimento entre PSD e Governo tarda em aparecer

Sempre me convenci que a equipa do PSD, com Eduardo Catroga, e a do Governo, com o ministro Teixeira do Santos, se entendessem depressa, dada a urgência de mostrar ao mundo que somos capazes de resolver os nossos problemas. Não foi assim, mas as conversações vão continuar.
Ninguém sabe se tem havido cedências de ambas as partes ou se persiste a teimosia, com cada um a querer impor a sua versão. O que penso é que o fumo branco tarda  em aparecer, com eventuais prejuízos para o país. O pior estará em não encontrarem uma solução, o que levará a que venham por aí os que mandam no mundo das Finanças para ditarem as suas leis, obrigando toda a gente a comer e a calar. E o mais certo, segundo tenho ouvido e lido, é que o OE, que eles ditarem, ainda será mais exigente do que o actual.