segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Stella Maris organiza almoço solidário

Solidariedade em acção
O Clube Stella Maris está a organizar um Almoço Solidário, a ter lugar na sua sede, no dia 20 de Dezembro, pelas 13 horas. Esta é uma iniciativa destinada a alguns utentes de três instituições, os quais vivem uma certa solidão. O Stella Maris conta sentar à mesma mesa 120 pessoas, com destaque para famílias que precisam da nossa solidariedade, durante momentos difíceis das suas vidas.

Museu de Aveiro vai reabrir

Depois de profunda remodelação, o Museu de Aveiro vai reabrir as suas portas, em pleno, na próxima quinta-feira, 18 de Dezembro. Agora, com novos espaços para exposições, este museu, que preserva a memória de Santa Joana, merece ser mais visitado e mais divulgado, para se tornar mais conhecido, entre os aveirenses, e não só.

Efeméride aveirense: Posse do primeiro reitor da UA

: 15 de Dezembro de 1973 Neste dia, em 1973, o ministro da Educação Nacional, Prof. Doutor José da Veiga Simão, conferiu a posse ao primeiro reitor da Universidade de Aveiro, Prof. Doutor Vítor Gil, em sessão soleníssima realizada no salão de conferências do Museu de Aveiro, junto ao túmulo da Princesa Santa Joana. In Calendário Histórico de Aveiro

As Mulheres das Secas

Mulheres das secas, com uns bacalhaus a sério. Daqueles que caíam bem na mesa de Natal de qualquer um
Em Marintimidades, os meus leitores podem ler mais um tema sobre assunto que nos diz respeito. Ana Maria Lopes, especialista em assuntos do mar e da ria, escreve sobre As Mulheres das Secas. As da foto são, com certeza, das Gafanhas. Quem as identifica?

domingo, 14 de dezembro de 2008

Natal: Adeste Fideles

Santa Maria Manuela

Ilustração do convite para a visita
Maqueta do "Santa Maria Manuela", ainda no estaleiro. Plano original
A empresa Pascoal, armador do SPS* ”Santa Maria Manuela”, com sede na Gafanha da Nazaré, apresentou ontem o navio a um grupo de interessados inscritos antecipadamente para o efeito. Esta disponibilidade foi oferecida e divulgada através do blogue do navio. Apesar da chuva, ao evento compareceram pessoas das mais variadas procedências e que têm acompanhado os trabalhos de recuperação do navio pelo citado blogue. Entre estes encontravam-se antigos tripulantes, membros da Aporvela, fotógrafos, mas sobretudo apaixonados por esta arte que se vai extinguindo. O armador começou por mostrar uma maqueta do navio segundo o seu plano original, informando que já está em elaboração outra de igual dimensão mas respeitando a actual configuração do navio. Seguiu-se uma exaustiva descrição das profundas alterações internas do navio, sistema propulsor e aparelho vélico, bem como da integração das novas tecnologias nos sistemas de comunicação e lazer. Foi ainda explicada a futura funcionalidade desta unidade e a sua interacção com organismos de ciência, turismo de aventura, intercâmbio cultural, seminários, congressos e até banquetes. Um factor que despertou muita curiosidade foi a notícia da possibilidade do navio passar pelos antigos pesqueiros dedicando algum tempo à pesca de bacalhau, apenas como motivo de lazer e recriação do seu passado. Ainda este mês o navio seguirá a reboque para Marín, Espanha, onde sofrerá os acabamentos internos e externos. Espera-se estar pronto em Outubro.
*Special Purpose Ship (navio com finalidade especial) João Marçal

Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz - 1 de Janeiro

Combater a pobreza, construir a paz
"Em tal perspectiva, é preciso ter uma visão ampla e articulada da pobreza. Se esta fosse apenas material, para iluminar as suas principais características, seriam suficientes as ciências sociais que nos ajudam a medir os fenómenos baseados sobretudo em dados de tipo quantitativo. Sabemos porém que existem pobrezas imateriais, isto é, que não são consequência directa e automática de carências materiais. Por exemplo, nas sociedades ricas e avançadas, existem fenómenos de marginalização, pobreza relacional, moral e espiritual: trata-se de pessoas desorientadas interiormente, que, apesar do bem-estar económico, vivem diversas formas de transtorno. Penso, por um lado, no chamado « subdesenvolvimento moral » 2 e, por outro, nas consequências negativas do « superdesenvolvimento ».3 Não esqueço também que muitas vezes, nas sociedades chamadas «pobres», o crescimento económico é entravado por impedimentos culturais, que não permitem uma conveniente utilização dos recursos. Seja como for, não restam dúvidas de que toda a forma de pobreza imposta tem, na sua raiz, a falta de respeito pela dignidade transcendente da pessoa humana. Quando o homem não é visto na integridade da sua vocação e não se respeitam as exigências duma verdadeira «ecologia humana »,4 desencadeiam-se também as dinâmicas perversas da pobreza, como é evidente em alguns âmbitos sobre os quais passo a deter brevemente a minha atenção."
Ler toda a Mensagem aqui

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 107

O EXAME DA ADMISSÃO
Caríssima/o: Bem, entramos num assunto muito difícil para as actuais gerações; fazem lá ideia que para continuar na escola para além da quarta classe ou quarto ano era preciso outro exame, não era suficiente o que se tinha feito em Ílhavo! É lá possível?, perguntarão surpresos e com espanto. Mas era assim e muitos de nós, à cautela, fazíamos dois: um ao liceu e outro à escola industrial e comercial. Pois é!..., podia acontecer chumbar num e ficava a possibilidade de continuar os estudos no outro... Quer isto dizer que havia um grupo muito razoável que fazia três exames sobre as mesmas matérias, de princípios de Julho a meados de Agosto! A preparação para este exame, ou exames, era feita pelo Professor da 4.ª classe a pedido dos pais, mediante uma quase simbólica retribuição, e algumas vezes era o próprio Professor que «pedia» aos pais para deixarem que o filho continuasse a estudar, 'que era uma pena, o rapaz ou a rapariga, era bom aluno e esperto... seria bom que fizesse a admissão...', 'mas a vida está difícil; onde vamos arranjar...?', 'não se preocupem com nada, e eu ajudo em tudo o que puder'... E assim foi comigo e com tantos outros que ficámos a dever aos nossos Mestres mais este grande favor de motivarem os nossos Pais e de os convencerem numa época de fome a apertar ainda mais o cinto para que o filho fosse estudar! Bem hajam! Só depois da Páscoa é que começava a preparação a sério... e prosseguia depois do exame da 4.ª, continuando os alunos juntos na Escola da Ti Zefa. As provas tinham um grau de dificuldade mais exigente e o critério de classificação também mais apertado, pelo que a reprovação era encarada com alguma naturalidade e batia a muito boas portas. Na escrita lá estava o famigerado ditado, mas o número de erros permitido era muito menor e a redacção que se fazia na segunda página era como um discurso com um número mínimo de palavras; a aritmética e a geometria também puxavam bem mais pelos conhecimentos e pelas capacidades dos alunos; ainda o desenho não era a brincar... Curiosamente é desta última prova que me recordo com um sorriso de complacência: o meu Professor Salviano até arranjou um espião que foi espreitar qual o modelo e logo ali o esboçou e exemplificou para mim, que visse como era fácil... Não consigo explicar, mas o lado direito do jarro que estava empoleirado até ficou jeitoso com as curvas todas direitas, agora o lado esquerdo... eu inclinava-me para ver se ficava igual ou parecido com a outra metade, mas qual quê, fazia apagava fazia apagava... cansado e qual artista cubista, puxo do lápis e zás! Um traço a direito como que a dizer a quem corrigisse a prova que pelo espelho que era esse traço visse a outra metade! Mas escapei e fui à oral, onde apareceram três senhores doutores que depois conheci muito bem: Rocha, Patrício e Orlando. O do meio, também em Geografia e História, ouviu, ouviu e no fim sai-se: “p'rò ano temos que falar para esclarecer umas coisas!” (sempre a duvidarem do que tinha aprendido no tal quarto!...) Esta oral foi no Liceu Velho, no Zé 'Stêvão, na Praça, numa sala esquisita, com escadas; vim a saber no ano seguinte que era o Anfiteatro! Lá estava o quadro preto onde foi proposto e resolvido um problema com seis operações! Creio que fica bem aqui um aparte: houve no Liceu um professor famoso em Matemática, o Doutor Carneiro; na Escola Industrial não lhe ficava atrás o Doutor Damas. Para verem a capacidade dos alunos pespegavam-lhe com a tabuada dos 11 (depois ensinavam-lhes o truque!...) e com problemas fáceis mas... “Vais daqui até à Barra e dás, por hipótese, 1001 passos. Quantos passos dás numa viagem de ida e volta?” “2002!...” “Errado!” “Errado? Então 1001+1001...” “Pois é, mas esqueceste-te que tens de atravessar a rua!...”
Manuel

sábado, 13 de dezembro de 2008

Gafanha da Nazaré e Costa Nova com Unidade de Saúde Familiar

A Gafanha da Nazaré e a Costa Nova vão passar a ter em funcionamento, a partir de segunda-feira, uma Unidade de Saúde Familiar (USF), para servir dez mil utentes. Foi baptizada com o nome “Beira-Ria” e não vai funcionar em edifício próprio, como seria de esperar, mas nas já existentes Extensões de Saúde. Segundo Humberto Rocha, coordenador da Sub-Região de Saúde de Aveiro, este novo serviço conta com uma equipa de seis médicos, sete enfermeiros e cinco administrativos, trabalhando todos os dias úteis, das 8 às 20 horas, para consultas normais e ambulatório. Aquele responsável garante que serão atendidos “casos agudos, sendo que as situações de gravidade extrema continuarão a ser enviadas para o Hospital de Aveiro”. E acrescenta que esta USF pretende contribuir para que “todos os utentes sejam vistos no dia em que forem à consulta”. Este novo serviço obrigou a algumas adaptações, ao nível de uma redistribuição de espaços no Centro de Saúde da Gafanha da Nazaré, em ordem a uma melhor funcionalidade, com a criação, nomeadamente, de duas novas secretarias e gabinetes. No Posto da Costa Nova também houve algumas alterações, informou Humberto Rocha à comunicação social.

Ano Novo

Os votos de Ana Maria Lopes vieram assim, desta forma tão expressiva. Que o barco da vida continue a alimentar sonhos bonitos, são os meus desejos sinceros.
Fernando Martins

DEUS ESTÁ CONNOSCO

O Natal está à porta. Este é sempre um tempo em que a luz, a alegria e a proximidade estão mais presentes no nosso dia-a-dia. O Natal é isto mesmo: LUZ. A luz de Cristo, com a sua proposta, o seu jeito de viver que pode dar um sentido seguro à vida e capaz de iluminar os tantos sem-sentido da nossa existência. O Natal é ALEGRIA. A de Maria, de João Baptista e de tantos homens que sentem em Cristo a presença e a realização de uma esperança que não engana. No meio das contrariedades, dores e sofrimentos da vida, aí está esta alegria da presença de Cristo que se torna a estrela da esperança. O Natal é PROXIMIDADE. Isto é, Emanuel, que quer dizer Deus connosco. Em Cristo podemos sentir o carinho, proximidade de Deus. Em Cristo experimentamos a paixão de Deus por cada um de nós e pela humanidade inteira. Jesus Cristo é o presente de Deus à humanidade. Celebrar o Natal é construir no coração de cada um o presépio vivo que fará Cristo nascer na vida de cada um de nós. Desejo a todos um feliz e Santo Natal. Que o ano de 2009 seja repleto das graças de Deus. Francisco Melo, Prior da Gafanha da Nazaré

Efeméride: Falecimento de Egas Moniz

Egas Moniz recordado no Hospital de Aveiro
13 de Novembro de 1955
Nesta data, faleceu em Lisboa o Prof. Doutor Anónio Caetano de Abreu Freire Egas Moniz, insigne cientista de fama mundial, galardoado em 1949 com o Prénio Nobel da Fisiologia e da Medicina, que, em 29 de Novembro de 1874, nasceu em Avanca, actual concelho de Estarreja, Distrito de Aveiro.

O FÓRUM CATÓLICO-MUÇULMANO

Após a tragédia da Índia, em Bombaim, ganha urgência maior o princípio de Hans Küng: não haverá paz entre as nações, sem paz entre as religiões; não haverá paz entre as religiões, sem diálogo entre elas e sem um novo ethos - uma nova atitude ética - global. Lembro, pois, pela sua importância, o encontro inédito e histórico entre 29 muçulmanos, representando várias correntes do islão, e igual número de católicos, que teve lugar no Vaticano entre 4 e 6 de Novembro passado. Quem não se lembra do célebre discurso de Bento XVI em Ratisbona, em Setembro de 2006, e da indignação por ele causada no mundo islâmico por alegadamente associar islão e violência? Foi assim que, em Outubro de 2007, um ano depois, 138 académicos, clérigos e intelectuais islâmicos do mundo inteiro, numa Carta a Bento XVI, com o título Uma Palavra Comum entre Nós e Vós, declararam que, apesar das suas diferenças, o islão e o cristianismo - as duas maiores religiões: juntas, representam mais de 55% da população mundial -, partilham a mesma Origem Divina, a mesma herança abraâmica e os mesmos mandamentos essenciais: o amor a Deus e o amor ao próximo. Também afirmavam que, se não houver paz entre os cristãos e os muçulmanos, não haverá paz no mundo. A esta mensagem respondeu o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal T. Bertone, em Novembro de 2007: "Sem ignorar nem diminuir as nossas diferenças, podemos e portanto deveremos olhar para o que nos une." Os contactos entre as autoridades católicas e muçulmanas conduziram, em Março deste ano, à instituição do Fórum Católico-Muçulmano e à organização do referido encontro no Vaticano. No fim do Seminário, houve uma Declaração comum, em 15 pontos. Logo no primeiro, mostra-se como a concepção de um Deus, fonte de amor, é partilhada pelas duas religiões. Afirma-se depois que "a vida humana é o dom mais precioso de Deus a cada pessoa. Portanto, deveria ser conservado e honrado em todas as suas etapas". A pessoa requer "o respeito pela sua dignidade original e a sua vocação humana". Defende-se, por isso, uma legislação civil que assegure "a igualdade de direitos e a plena cidadania" de todos, e há o compromisso conjunto de "assegurar que a dignidade humana e o respeito se estendam a uma igualdade de base entre homens e mulheres". O respeito da pessoa e suas opções em assuntos de consciência e religião "inclui o direito de indivíduos e comunidades praticarem a sua religião em privado e em público". Também "as minorias religiosas têm direito a ser respeitadas nas suas convicções e práticas religiosas". "Nenhuma religião nem os seus seguidores deveriam ser excluídos da sociedade." A criação de Deus na sua pluralidade de culturas, civilizações, línguas e povos é "uma fonte de riqueza e portanto não deveria nunca converter-se em causa de tensão e conflito". É necessário promover uma informação exacta sobre as religiões e proporcionar uma "sã educação em valores humanos, cívicos, religiosos e morais aos seus respectivos membros". Católicos e muçulmanos estão chamados a ser "instrumentos de amor e harmonia entre crentes e para a humanidade em geral, renunciando a qualquer tipo de opressão, violência agressiva e terrorismo, sobretudo quando se cometem em nome da religião". Sem justiça para todos, não haverá paz. Por isso, a Declaração apela aos crentes para que trabalhem em ordem a criar "um sistema financeiro ético no qual os mecanismos reguladores tenham em conta a situação dos pobres e deserdados, tanto indivíduos como nações endividadas". No termo do Seminário, Bento XVI recebeu os participantes, apelando veementemente a que as religiões se tornem artífices da paz e a liberdade religiosa seja respeitada "por todos e em todos os lados". Certamente, pensava também nas minorias cristãs perseguidas em países de maioria muçulmana. A Declaração conclui com o compromisso de realização de um segundo Seminário do Fórum dentro de dois anos "num país de maioria muçulmana". Oxalá! Anselmo Borges

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Borboletas vão fugir para o Norte?

Uma notícia de hoje, publicada no PÚBLICO, diz que as alterações climáticas na Europa vão obrigar borboletas a migrar para o Norte, por causa do calor. "A maioria das espécies vai ter de alterar radicalmente a sua distribuição. A forma como as borboletas mudam vai indicar a possível resposta de muitos outros insectos, que em conjunto totalizam dois terços de todas as espécies", diz um comunicado, baseado num atlas de Josef Settele, do Centro de Helmholtz para a investigação do Ambiente, na Alemanha. Todos sabemos que este fenómeno não deixará de ter impacto no ecossistema, pelo que se torna necessário pensar em tudo o que possa provocar danos na natureza. Ela não perdoará.

CONSERVADORES

Uma sociedade democrática é, normalmente, enriquecedora. Os cidadãos, directa ou indirectamente, tomam parte nas decisões que lhes dizem respeito. De tempos a tempos escolhem quem possa tomar posições por eles, mas nem sempre estão de acordo. Vêm, então, os protestos, as manifestações, as acusações, enfim, os sinais de desagrado. E surgem, necessariamente, as promessas de que, no futuro, ninguém os engana. Claro que isto são, por norma, desabafos de ocasião. Na hora de votar, nós, os portugueses, somos reconhecidamente conservadores. Os partidos dos Governos chamam-se PS e PSD. Os outros vivem a sonhar que talvez um dia o povo resolva fazer a experiência, numa atitude drástica, de mudança radical. Tenho dúvidas de que isso alguma vez possa acontecer. Isto porque somos, de facto, conservadores. Outro sinal de conservadorismo está na manutenção de regalias ou privilégios, que ninguém quer perder. Há professores que talvez não estejam de acordo com as avaliações, porque é melhor atingir o topo da carreira por antiguidade, há militares que lutam pela manutenção de um estatuto especial, há médicos que contestam qualquer alteração ao statu quo, enfim, a comunicação social está cheia de profissionais que clamam, constantemente, a urgência de se fazerem reformas no País, porque precisamos de deixar a cauda da Europa, desde que não se mexa nos seus interesses, por mais inadequados que estejam numa sociedade democrática, que se quer justa e solidária. Fernando Martins