terça-feira, 4 de novembro de 2008

Noite de expectativa

Esta noite vai ser, para muitos, de longa expectativa. O mundo ocidental e até o outro estão de atalaia, com a curiosidade de saber quem será o próximo presidente dos EUA. Não é por acaso que isto acontece, pois trata-se da eleição do presidente da mais poderosa nação da Terra. Quer queiramos quer não, esta expectativa prende-se com o facto de muitos esperarem, ansiosamente, uma mudança radical na política americana. Deseja-se, praticamente, desde a tomada de posse do presidente Bush, que dos EUA venha uma política mais condizente com o mundo de paz que imensa gente sonha. Um mundo mais fraterno e sem guerras. Afinal, os homens e mulheres do nosso mundo, sobretudo os que amam a liberdade em paz, acreditam que o terrorismo e a violência não se combatem com as mesmas armas. Querem, no fundo, um presidente que proponha uma nova ordem social, que conduza toda a gente nos caminhos da felicidade. É este sonho, a meu ver, que provoca esta expectativa. Se os povos da Terra votassem, por aquilo que tenho lido e ouvido, Obama seria o vencedor. Mas como os norte-americanos é que escolhem o seu presidente, vamos acreditar que o eleito, Obama ou MacCain, seja capaz de oferecer ao mundo a esperança num futuro melhor. Um futuro de paz, de progresso e de fraternidade para todos.
FM

O Fio do Tempo

O vulcão dos bairros-de-lata
1. A mobilidade populacional, na procura de uma vida melhor, foi-se e vai-se concentrando nas cidades. Quantos postais denunciadores das desigualdades mostram as grandes torres ao fundo e as barracas e favelas da pobreza ao perto. A prestigiada revista Além-Mar (já no seu ano 52 – http://www.alem-mar.org/) traz no rosto da última edição (nº 575, Novembro 2008) uma dessas imagens do estendal da pobreza nos subúrbios da grande cidade. O título perplexo diz: Bairros-de-lata, vulcões prestes a explodir. Vem, assim, um complexo conjunto de problemáticas, em difícil conjuntura, desinstalar aqueles que vivem instalados numa concepção de bem-estar só para alguns… 2. O acentuado êxodo rural (do abandono da interioridade), as calamidades naturais que arrastam populações na luta pela sobrevivência, as guerras e perseguições que ainda existem em muitos países do mundo e que geram multidões de refugiados, a grave crise económica e financeira actual que aumenta tremendamente o fosso, o decrescer para a pobreza das classes médias… conjunturas de um renovado (e velho) mapa de preocupações. O avolumar das incertezas, das precariedades, a ausência de oportunidade justas como trampolim para o auto e heterodesenvolvimento trazem para a praça pública das ideias e cidades o desafio da sobrevivência que, no fundo, se transforma numa nova aprendizagem do exercício da subsidiariedade (do ensinar/aprender a pescar) e da solidariedade (do pão e água da sobrevivência diária). 3. Sente-se, também diante da conjuntura de crise financeira (que espelha a crise e a necessidade reguladora de ética mundial), que são necessários novos paradigmas globais de resposta para as novas problemáticas universais. Os múltiplos mecanismos sociais (da ciência às religiões, das economias às políticas) haverão de saber mais construir o fortalecer do “dar as mãos” na busca de inspiradas e humanísticas soluções. Ou teremos de aguardar até às reuniões dos G7, G8, 10… terem de fugir para a lua?!

Sabia que...

O GPS nasceu em 1995
O GPS (Global Positioning System), hoje tão em moda, nasceu apenas há 13 anos, concretamente, em 1995. Graças à conjugação de diversos satélites lançados pelos EUA, desde essa altura o planeta que habitamos tornou-se mais pequeno. O GPS guia Aviões, barcos, automóveis ou simpesmente um normal cidadão nos caminhos da vida, levando-o, com rigor, ao ponto desejado.

Efeméride aveirense

João Jacinto de Magalhães
No dia 4 de Novembro de 1722 nasceu em Aveiro e aqui foi baptizado em 22 deste mês, na igreja de São Miguel, o ilustre aveirense João Jacinto de Magalhães, que professou na Congregação dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, com o nome de D. João de Nossa Senhora do Desterro. Secularizado, fixou-se na Inglaterra, onde faleceu. insigne pelo saber, pela independência de espírito e pela nobreza de carácter, foi um dos mais famosos cientistas do século XVIII, considerado em todo o mundo culto. Há em Aveiro uma Fundação que o tem por patrono.
Fonte: Calendário Histórico de Aveiro

Gafanha do Carmo – reabilitação da engrenagem de uma moagem

Foi restaurada uma Mó que se encontra no Jardim Central da Gafanha do Carmo, junto à Igreja Matriz, num investimento de cerca de 3300 euros, mais a mão-de-obra oferecida pela Câmara Municipal de Ílhavo. Esta Mó foi pertença de Silvino da Silva Troca, antigo proprietário do terreno onde a mesma se encontra. Foi nos anos 60 que Silvino da Silva Troca, ourives de profissão, mandou construir uma moagem industrial para processamento do centeio, milho e trigo, que depois vendia. Há cerca de nove anos, a Câmara Municipal de Ílhavo adquiriu o terreno aos herdeiros de Silvino Troca e transformou-o em Jardim, um espaço privilegiado de encontro para a população da Gafanha do Carmo, preservando a Mó como memória da moagem tradicional.

O remendo em pano novo

É surpreendente como toda a liturgia dos mortos se envolve na esperança da vida para além da vida. Dir-se-ia que é a coragem máxima perante o maior dos obstáculos e a mais cruel das objecções. Vencida a morte nada derrota definitivamente o homem. Os sobressaltos da história com o seu somatório de injustiças, as acumulações do mal como que se diluem diante dessa realidade proclamada por Jesus, repetida pelos Apóstolos, levada ao extremo por Paulo:”Eu sou a ressurreição e a vida…” “Aquele que ressuscitou Jesus, também nos há-de ressuscitar.” Depois disto nenhum desespero tem cabimento nos que professam a fé cristã. E não apenas para a morte de cada um, mas da própria humanidade. Por isso cada momento tem de ser lido com este olhar. Que não esconde a crueza do real mas não admite a derrota como desfecho da vida. Quando toca a nossa vez o mundo do passado e do futuro parece desabar sobre toda a lógica da esperança. Isso quer apenas dizer que podemos ter depositado as nossas esperanças num imediato fútil, insignificante, num agora sem passado nem futuro. Ao querermos uma solução imediata para a crise financeira e económica que sobre todos se abate, podemos perder-nos deixando o essencial para último plano. A cultura, a arte, as humanidades, os grandes valores patrimoniais, a própria expressão de fé como significação última da vida, podem ser eternamente adiados em troca do urgente. Como se apenas de pão vivesse o homem. Como se todas as premências se resumissem na aquisição de meia dúzia de objectos que adornam o nosso estatuto e que a moderna orquestra do ter propôs como imprescindíveis, invertendo o sentido das prioridades, salvando as finanças, a economia, os teres e haveres, com esquecimento total do grande ser. Importa pois perceber que não é qualquer solução que interessa para a crise. Precisa ter a dimensão do homem no seu todo muito mais que um receituário breve para ficar tudo como dantes. Também aqui o cristianismo, recentrando tudo no homem, separa o trigo do joio. Se a morte foi vencida, as pequenas mortes são como que insignificantes. Para que não fiquemos com remendo novo em pano velho.
António Rego

Solidariedade

No dia 23 de Outubro de 2008, teve lugar, aqui, numa das Escolas da Gafanha, um encontro de pessoas, unidas pelo mesmo objectivo: prestar homenagem a uma colega. Acometida por uma doença insidiosa, teve que se retirar do serviço e por força das circunstâncias vai viver para longe da nossa terra. Nisto há a salientar o factor humano que se sobrepôs a tudo o resto. Cansados das suas lides docentes, que os absorvem até à exaustão, souberam renunciar ao seu descanso e à comodidade dos seus lares, para estarem perto e confraternizarem com a colega demissionária. Sentia-se algum pesar pela situação inesperada da colega em destaque, mas vivenciou-se uma transmissão de carinho e afecto numa onda de calor humano, que de todos emanava. Ainda estamos todos vivos e é importante que estas manifestações não se percam. No fim, foi entregue, em nome de todos, uma lembrança composta por objectos de bricolage, num apelo directo à vida e a uma vida nova que a colega vai ter na sua nova casa. Eram utensílios de jardinagem, com que irá ocupar-se, nos longos tempos livres, que irá ter pela frente e que se augura sejam longos. Estava emocionada, comovida com a adesão em massa, pela resposta ao chamamento feito pelos promotores da iniciativa. E das profundezas do meu ser pensante e reflexivo tirei estas notas. Por mais prepotentes que sejam as forças políticas, sociais e outras que nos condicionam, nos atrofiam, nos anulam, nada há que consiga fazer estiolar a nossa força anímica, de professores, de pessoas, de seres humanos sensíveis, altruístas e solidários. Muita energia, muita vida, muita alegria... te desejam todos os teus colegas e amigos. E… vai-nos dando o feedback da utilização que vais dando à nossa prendinha. Queremos sabê-la… profusamente rentabilizada, usada… e sê ousada a tirar partido da vida, com ela! Nós cá estamos à espera!
Madona

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

AVEIRO: Poesia na Biblioteca Municipal

No próximo dia 7 de Novembro, sexta-feira, pelas 21.45 horas. Se puder, não falte. Entrada livre.

O Fio do Tempo

Magalhães: O antes e o depois?
1. Talvez o magalhães resista ao choque ou à água, mas não resistirá ao utilizador. Qualquer dia alguém escreve uma peça teatral e dá-lhe o nome “no princípio era o Magalhães”! Entre o mérito e o excesso, entre a oportuna aposta estratégica no futuro das tecnologias e uma “magalhenite” vai muita distância. Está provado que os portugueses agarram facilmente as novidades das tecnologias, que o diga a rápida massificação que o telemóvel atingiu. Por isso, mais que o publicitar até ao rubro da nova conquista tecnológica lusa, terá de haver lugar para a formação do seu utilizador. Para já não falar de qualquer dia a imagem de marca de um país ser o magalhães novo numa escola onde chove ou há frio que congela os dedos e os teclados. 2. Compreende-se, para nós que estamos habituados ao pessimismo de velhos do restelo, um certo puxar para cima apologético como eixo de motivação ou distracção. Mas, vale a pena perguntar pelo antes e pelo depois, e se o que está em causa é mesmo consistente ou é passo maior que a perna educativa. Seja claramente dito que uma boa parte da percentagem da crise financeira actual (para já não falar da última de um banco português apanhado em falsos negócios…), verdadeiramente, provém de áreas sábias no manusear das mil e umas tecnologias virtuais da comunicação. Como todas as coisas, o magalhães pode ser óptimo ou péssimo. Como em todos os instrumentos, tudo depende do utilizador e a verdade é que há uma desproporção como se de uma falésia se tratasse. Investe-se tudo na máquina, pouco no Ser. 3. É incontornável que o futuro passa pelas comunicações em processo de megamassificação. Mas esta, antes que seja tarde demais, para um dignificante futuro verdadeiramente humano, precisa do grande investimento numa rede humanista onde o utilizador assim como cresce rapidamente na aprendizagem da “coisa” cresça no patamar das responsabilidades. Ainda vamos a tempo? Sejamos realistas, atentos em prevenção…

O Riso de João Paulo II

Será que os Papas também sabem rir? Veja o riso de João Paulo II. Proposta do meu amigo Manuel Olívio.