sexta-feira, 21 de março de 2008

Carlos Borrego fala ao Correio do Vouga

Como pode o cristianismo ser mais verde?

A Fé em Jesus Cristo, que se definiu a Si mesmo como o “caminho, a verdade e a vida”, exige aos cristãos o esforço de se empenharem mais decididamente na construção de uma cultura humanista, inspirada no Evangelho, que reponha o património de valores e conteúdos católicos. É esta Fé que se pede aos cristãos na defesa do Ambiente, nos pequenos e grandes gestos do dia a dia, como veremos ao longo das conversas que vamos ter nos 3 dias do Ciclo de Conferências.

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FEIRA DE MARÇO PARA ALEGRIA DO POVO


A Feira de Março, o multi-secular certame que renasce todos os anos, aí está para alegria do povo, de todas as condições sociais. No Parque de Exposições de Aveiro, as diversões para miúdos e graúdos, mais as bugigangas e o comércio a retalho, mais as exposições da indústria, mais as barracas de comes e bebes, mais o artesanato, de tudo um pouco haverá no amplo, arejado e funcional recinto.
Espera-se este ano que os visitantes ultrapassem o meio milhão. Se lá não se chegar, não haverá problemas. A Feira de Março continuará no próximo ano, para atingir, então, um número certo: 575.ª Feira de Março. Bonita idade!
Já me esquecia de dizer que passarei por lá. Nem que seja só para comer uma fartura quentinha.

DIA MUNDIAL DA POESIA


Ainda ontem pensava que não era
mais do que um fragmento trémulo sem ritmo
na esfera da vida.
Hoje sei que sou eu a esfera,
e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim.

Eles dizem-me no seu despertar:
"Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia
sobre a margem infinita
de um mar infinito."

E no meu sonho eu respondo-lhes:
"Eu sou o mar infinito,
e todos os mundos não passam de grãos de areia
sobre a minha margem."

Só uma vez fiquei mudo.
Foi quando um homem me perguntou:
"Quem és tu?"

Kahlil Gibran
Areia e Espuma
Coisas de Ler

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

Não é verdade que a maçã podre contamina as maçãs sadias?
Vi hoje, no telejornal, a brutalidade de alunos de uma turma contra um professora. Não eram crianças, mas jovens com idade para terem juízo. À falta de juízo, tinham em dobro os sinais da má educação que receberam, ou espelharam, pura e simplesmente, o mundo em que vivem. Um mundo sem princípios, sem regras e sem respeito pelos mais velhos e pelos professores. Neste caso, por uma professora indefesa. Tem-se falado muito em educação para a democracia e para a liberdade, mas os resultados estão à vista, com milhares de registos de violência nas escolas, durante o último ano lectivo. Que eu saiba, pouco ou nada se fez de positivo, não obstante o Procurador-Geral da República já ter dito que estes crimes não podem ficar impunes. Sou do tempo em que o professor era respeitado como um pai. Bem me recordo de ser educado no sentido de cumprir certos rituais com os professores: quando ele entrava na sala, todos se levantavam e em silêncio esperavam sinal para se sentarem; na rua, se estávamos sentados, à passagem do professor todos se levantavam… e por aí adiante. Podem dizer-me que tais atitudes seriam exageradas, mas a verdade é que incutiam em nós hábitos de respeito por quem ensinava. Com todas as liberdades que se têm dado, liberdades sem peso nem medida, temos jovens (alguns apenas, certamente) capazes de agredir os professores, verbal e fisicamente. Afinal, que sociedade estamos a construir? De liberdades ou de libertinagens? De gente educada ou malcriada? De pessoas respeitadores de valores ou de insurrectos insensíveis ao bem e à verdade? De pessoas de bem ou de diabos à solta? De alunos disciplinados ou indisciplinados? Eu sei que a maioria dos nossos jovens são alunos educados, cumpridores e respeitadores. Mas também sei que, se não houver medidas que cerceiem a má educação de alguns energúmenos, as escolas poderão transformar-se em antros de violentos e de criminosos. Não é verdade que a maçã podre contamina as maçãs sadias? FM

quinta-feira, 20 de março de 2008

Boa pergunta!


As comemorações dos 200 anos da chegada da família real ao Rio de Janeiro, para manter a soberania nacional, face às invasões francesas, muito se disse pró e contra essa decisão. No fundo, fixei uma observação que defendia a vantagem e a importância da mudança da familia real para o Brasil. Essa observação lembrava, a meu ver com razão, que o estabelecimento da corte na então colónia portuguesa, contribuiu, fortemente, para a unidade das várias regiões do Brasil, ajudando a construir o sentido de nação, o que facilitou a independência.
E a boa pergunta?
Lembra a "Visão" que um estudante brasileiro interpelou o embaixador português, Francisco Seixas da Costa, para lhe dizer que o Brasil seria melhor se tivesse tido outros colonizadores, os holandeses, por exemplo.
O embaixador, depois de o aconselhar a debruçar-se sobre a história do seu país, disse-lhe com a desarmante naturalidade brasileira: “Queria ver você cantar "Garota do Ipanema" em holandês?!”

AVEIRO ATRAI TURISTAS ESPANHÓIS



Aveiro atrai turistas espanhóis e outros. Quem sai à rua nesta quadra pascal sente isso, tão explícitos são os linguajares que se cruzam connosco. É bom que isto aconteça, porque Aveiro e sua região bem o merecem. Há cartazes que justificam esta preferência. Tradições, cultura, monumentos, ambiente, natureza e a simpatia das gentes aveirenses.
Há muitos anos que a Rota da Luz tem investido na “venda” da nossa região turística, chamando a atenção para o muito que há para ver e admirar. E também para comer e saborear.
Sei que muitos desconhecem esta realidade e este esforço da Rota da Luz e das autarquias que lhe estão associadas. Mas é preciso que nos habituemos à ideia de que é importante corresponder aos desafios que daí advêm. Temos de cooperar com todas as entidades envolvidas pelo turismo, pela razão simples de que este sector, de importância económica, cultural e social, é fundamental para o nosso desenvolvimento.
Paisagens, património histórico, cultural e monumental, tradições, gastronomia, artesanato, artes e o espírito de partilha e de acolhimento, tudo precisa de ser divulgado e experimentado. E se isso fizermos, já será muito bom.

FM

DEPOIS DA TRISTEZA DA QUARESMA A ALEGRIA DA PÁSCOA



Publiquei neste meu espaço diversos temas ligados à Quaresma e à Páscoa. O meu blogue, não sendo um blogue católico, não deixa de ser um blogue feito por um católico. Aqui se procura reflectir e ler a vida com olhares marcados pelos ideais lançados há dois mil anos por Jesus Cristo. Sem sectarismos, mas com a coerência de quem acredita que a Boa Nova então anunciada se mantém actual e a necessitar de ser mais divulgada e vivida.
Sempre vi a Páscoa como sinal indelével de ressurreição e de vida nova. Por isso tantas vezes a ilustro com flores e árvores floridas, sinal de renascimento e de início de florescente caminhada, rumo à verdade por que todos ansiamos. Porque é a essência de um mundo muito melhor.
Aos meus amigos aqui deixo a promessa de que esse também será o meu caminho, de preferência de mãos dadas com toda a gente, crente ou não crente. Sem esse princípio, a vida, para mim, não terá sentido. E a todos convido a partilharmos, nesta quadra, um bom folar, com ovos a enfeitá-lo e a desafiar-nos.
Boa Páscoa para todos.

FM