domingo, 19 de março de 2006

Claudette Albino expõe fotografias

“Patrimónios”
na
Galeria Morgados da Pedricosa
Na Galeria Morgados da Pedricosa, em Aveiro, está patente ao público, até ao dia 4 de Abril, a exposição de fotografia “Patrimónios”, da autoria da artista aveirense Claudette Albino.
A mostra apresenta diversas fotografias, de grandes dimensões, impressas sobre tela, que retratam, em imagens de grande beleza natural, a força do mar contra rochosas falésias, algures numa praia.
A par dessas, esta mostra fotográfica é ainda constituída por dezenas de fotos, de menores dimensões, impressas sobre papel, que retratam puxadores, batentes, ferrolhos e “tramelas” de portas, o que forma um interessante conjunto de relevância para o estudo da evolução desses acessórios de portas e portões.
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Fonte: Correio do Vouga

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Em Vilnius o Cristo pensador
Karl Rahner, talvez o maior teólogo católico do século XX, deixou escapar um dia, numa aula, uma daquelas observações que nunca mais se esquecem: na Igreja Católica é obrigatório confessar os pecados graves e mortais, mas não estava a ver que algum bispo ou padre ou superior religioso, ministro ou professor católico se tenha confessado do pecado grave e, frequentemente, mortal, da ignorância culpada, da incompetência fatal, da inteligência irresponsavelmente menorizada.
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(Para ler todo o artigo, clique aqui)

Editorial de António José Teixeira, no DN

Atoleiro
Três anos após o início da invasão do Iraque, o mundo está mais perigoso. Pouco antes de ordenar o ataque, George W. Bush declarava: "Após a sua libertação, o Iraque poderá mostrar o poder que a liberdade tem para transformar aquela região vital, enchendo de esperança e progresso as vidas de milhões de pessoas." Três anos volvidos sobre a mentira das armas de destruição maciça, o Iraque é provavelmente o país mais inseguro do planeta. Ingovernável, apesar de já ter ido a votos, sem esperança nem progresso, tornou-se campo de batalha permanente, atoleiro terrorista por excelência. Não passou muito tempo para que boa parte da desesperada população iraquiana tenha chegado a sentir saudades da ditadura sádica de Saddam Hussein.
: (Para ler todo o Editorial, clique aqui)

AVEIRO: Imagens doutros tempos

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Aveiro: Avenida Dr. Lourenço Peixinho.
Ao fundo vê-se a Estação da CP (1928).

Gotas do Arco-Íris - 9

QUE AS FADAS SE CUIDEM...
Caríssimo/a:
Sempre fadas e contos infantis nos levaram para regiões de sonho... Um dos contos que marcaram, por muitos anos, o imaginário das nossas crianças terá sido aquele em que entravam os dez anõezinhos da tia Verde-Água... Creio que todos o recordamos e que a estória tem um fim que surpreende a nossa trabalhadeira:
: “– Ai, minha Tia, os seus dez anõezinhos fizeram-me um servição; trago agora tudo arranjado, e o meu homem anda muito meu amigo. O que lhe eu pedia agora é que mos deixasse lá ficar. A velha respondeu-lhe: – Deixo, deixo. Pois tu ainda não viste os dez anõezinhos? – Ainda não; o que eu queria era vê-los. – Não sejas tola; se tu queres vê-los olha para as tuas mãos, e os teus dedos é que são os dez anõezinhos. A mulher compreendeu a causa, e foi para casa satisfeita consigo por saber como é que se faz luzir o trabalho.”
: Mas a que propósito é que vêm aqui e agora os dez anõezinhos, perguntarás? Ali mesmo à minha frente, no outro banco do autocarro fascinam-me os dedos que percorrem o teclado do telemóvel: que maravilha! Sem olhos que os guiem, lá vão pousando delicadamente nas teclas e o trabalho deve estar perfeito, porque no rosto da jovem nem um músculo se mexeu... Passados alguns segundos, um toque introdutor de encantadora sinfonia;... ligeiro relance do olhar sobre o visor ...e lá voltam os dedos para a sua dança mágica. E digo mágica porque quase se não mexem, é um ligeiro movimento ondulante que afaga as teclas... E este bailado deve encantar quem está do outro lado, porque a melodia responde à dança... E vamos nisto toda a viagem. Saio na minha paragem, passada uma boa meia hora, e a moura encantadora continuava na sua dança... Mas pensando bem, afinal, ela fazia o bailado apenas com os cinco dedos da mão direita que a esquerda pegava no aparelho... E é aqui que eu digo: “que se cuidem as fadas que agora para que o serviço fique bem feito não mais do que cinco anões são necessários...” E neste dia do Pai, pois claro, que se cuidem os Pais, que as fadas já pouco ajudam. Manuel

DIA DO PAI: 19 de Março

Mensagem da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

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PAI: UM DOS BENS
MAIS PRECIOSOS
Um Pai é um dos bens mais preciosos que um ser humano pode ter.
O Pai representa a protecção e o amparo, contra os medos e perigos, reais ou imaginários, das crianças.
Através do Pai, os rapazes aprendem a ser homens, e as raparigas aprendem a ser mulheres. Os laços de afectividade e segurança que podem emanar de um pai são extraordinários.
Se todos os pais se apercebessem da importância do seu papel, é provável que não houvesse tantos órfãos de pais vivos.
Os órfãos de pais vivos são aqueles que, infelizmente, têm pai mas são por ele abandonados, esquecidos, ou rejeitados.
Órfãos de pais vivos são os filhos de casamentos desfeitos, de famílias destroçadas cuja cura é extremamente difícil. Vítimas de perda irreparável, os órfãos de pais vivos repetirão, muito provavelmente, o padrão de comportamento que viram no seu próprio pai.
Porque um pai presente é um pai que ensina os filhos homens pelo seu exemplo e pela sua presença. O seu exemplo e a sua autoridade podem fazer a diferença, quando se trata de afastar o filho de caminhos tortuosos como a criminalidade ou as drogas.
Também na educação da filha a presença do pai é fundamental. Ela aprende, através dele, a ter uma relação assexuada com o sexo oposto. Ou seja, aprende que é possível a amizade com um homem, sem implicar, necessariamente, mergulhar num tipo de relação que muitas vezes não deseja.
O Pai é um bem. É um tesouro. É uma certeza, para toda a vida.
Assim, a APFN deseja a todos os pais que se apercebam do seu importantíssimo papel na Família e que nunca desistam de educar os seus filhos, para que, um dia, eles também se tornem homens e mulheres saudáveis capazes de construir as suas próprias famílias.
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A APFN deseja a todos um excelente dia do pai!

sábado, 18 de março de 2006

CUFC apresenta outras religiões

“Conhecer
a Religião Bahá’í” No CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), vai ter lugar no próximo dia 22 de Março, quarta-feira, pelas 21 horas, a apresentação da Religião Bahá’í, em sessão aberta a todos universitários e demais pessoas interessadas em conhecer culturas e filosofias que dão corpo a outras espiritualidades. Mário Mota Marques, presidente da Comunidade Bahá’í de Portugal, será o convidado para desenvolver o tema “Conhecer a Religião Bahá’í” e para dialogar com os participantes.

Um poema de Miguel Trigueiros


DEUS NO SOFRIMENTO

Chamaste por mim, Senhor?
Há pouco, (a tarde era calma
E o dia
Empalidecia
Com a nostalgia da cor)
Ouvi passos no caminho
No meu caminho interior ...
E bateram de mansinho
À porta da minha alma.
Fui abrir.
Nesse momento (Foi um momento sem fim!)
Dei guarida ao sofrimento
Dentro de mim.
Talvez um lobo do Vício
(A quem Tu, Senhor, não dês
O orgulho do sacrifício)
Tivesse medo...
Talvez.
Mas eu que vivo a buscar-Te
E sei que moras na Dor,
Eu que Te amo em toda a parte
Não senti esse temor.
Venho apenas perguntar-Te: -
Chamaste por mim, Senhor?

AVEIRO: Imagens doutros tempos

Aveiro: Zona das Pontes - 1950
NB: Um amigo fez-me chegar, via Internet, algumas fotos antigas, da cidade de Aveiro. Aqui as publicarei, a partir de hoje, como documentos históricos, que os meus leitores saberão apreciar.
Aceito, como é óbvio, outras fotos, da região de Aveiro, para as partilhar com os cibernautas.
F.M.

Um artigo de Francisco Sarsfield Cabral, no DN

Confusão e batota na defesa do País
Ainda há empresas onde o Estado português deva participar? Com que finalidades? E como?
João Cravinho levantou estas interrogações no DN do passado dia 27, criticando a falta de clareza estratégica do Governo na matéria.
De facto, reina aí a confusão, sentida sobretudo quando as privatizações entram em jogo e os governos pensam antes de mais no encaixe financeiro. Mas a confusão vem muito de trás.
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(Para ler tudo, clique aqui)

Dificuldades técnicas

Depois de um dia de ausência, por dificuldades técnicas a que fui alheio, cá estou de novo com os meus fiéis leitores e amigos.
FM

quinta-feira, 16 de março de 2006

Ajuda na área da saúde

Aprovada rede nacional de apoio a idosos e pessoas dependentes
O Conselho de Ministros aprovou hoje o decreto que cria a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, que se destina a prestar apoio a pessoas idosas doentes e a cidadãos em situação de dependência. "Os cuidados continuados integrados destinam-se a prestar cuidados de saúde a pessoas idosas doentes e a cidadãos em situação de dependência, independentemente da causa ou idade, e será aplicado de um modo transversal, visando cobrir as necessidades dos beneficiários do Serviço Nacional de Saúde", lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.
O decreto "visa a prestação de cuidados continuados integrados e tem como objectivo eliminar uma das mais graves lacunas do Serviço Nacional de Saúde em articulação com os serviços da Segurança Social e com as instituições da rede solidária", segundo o Executivo.
O Governo afirma também que a rede será organizada em dois níveis de operacionalização - regional e local - e "é constituída por unidades e equipas de cuidados continuados de saúde (convalescença, média e longa duração), apoio social, e cuidados e acções paliativas com origem nos serviços comunitários de proximidade, abrangendo hospitais, centros de saúde, serviços distritais e locais da Segurança Social, a rede solidária e as autarquias locais".
"O programa é gerido em articulação entre os ministérios da Saúde e da Solidariedade, sendo os encargos partilhados entre ambos na proporção das suas responsabilidades directas na saúde e no apoio social", acrescenta ainda o comunicado do Conselho de Ministros.
Em conferência de imprensa, o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, disse que o diploma será apresentado ainda esta tarde, detalhadamente, na Assembleia da República pelo ministro da Saúde, Correia de Campos. :
Fonte: "PÚBLICO" online

Fórum Mundial da Água

ÁGUA: Recurso amplamente desperdiçado
Inicia-se hoje, 16 de Março, o IV Fórum Mundial da Água, que o México acolhe até ao próximo dia 22, procurando encontrar formas mais justas de distribuição de um recurso mal repartido e amplamente desperdiçado.
O evento é realizado conjuntamente com o Conselho Mundial da Água, sendo esperada a presença de mais de 130 ministros, bem como jornalistas e participantes de todo o mundo.
O Fórum Mundial da Água é o evento mais importante no mundo, nesta matéria, em que se adoptam políticas públicas para o adequado uso da água. Este é um fórum não-governamental que vai retomar a discussão sobre os avanços dos Objectivos do Milénio, da ONU e abordar questões como as secas, inundações, poluição, acesso à água potável, irrigação e distribuição de água.
“Acções locais para um objectivo global” é o lema do Fórum Mundial da Água, procurando privilegiar as acções locais que constituem exemplos de gestão adequada. São cinco eixos temáticos: água para o crescimento e para o desenvolvimento; instrumentalização da gestão integrada de recursos hídricos; água e saneamento para todos; água para a alimentação e o meio ambiente; e gestão de riscos.
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(Para ler mais, clique aqui)

"Os Evangelhos 2006 Comentados"

Evangelhos

devolvidos ao povo

O acesso fácil à leitura dos Evangelhos e à Bíblia é algo de muito recente. Tão recente que nos pode espantar que tenha sido possível viver tantos séculos sem proximidade à “feliz notícia”. Na verdade, a proximidade à Palavra da Vida era feita de outras formas que não a leitura individual. Era feita de audição dos pregadores e de visão das esculturas e imagens das igrejas. As catedrais, como é vulgar dizer, eram “Bíblias esculpidas”, tal era a profusão de figuras e cenas bíblias que explicavam em pedra o que estava escrito em letras inacessíveis para a maioria do povo. E, além das esculturas havia as pinturas, os frescos, os vitrais. Entre católicos, só a partir do século XX foi possível que o simples cristão pudesse ler a Bíblia no recanto da sua casa sem sobre ele pairar a suspeita de “protestante”. Compreende-se. A história estava ensanguentada pelas divisões que o princípio da livre interpretação das Escrituras provocou entre cristãos. Mas o reverso da não permissão (ou pelo menos do não aconselhamento) de leitura da Bíblia por parte do catolicismo teve outras consequências negativas, que até nem são propriamente espirituais. A leitura popular da Bíblia, nos países protestantes, fez com que o analfabetismo desaparecesse mais rapidamente do que nos países tradicional e maioritariamente católicos. E quem diz analfabetismo, diz subdesenvolvimento. : (Para ler mais, clique CV)

Um artigo de D. António Marcelino

FORMAÇÃO
DO CORAÇÃO Os jornais diários noticiaram-no à saciedade: andam carrinhas com gente da Segurança Social por esse país fora, a fim de ajudar os idosos de oitenta anos e mais a preencher os papéis, que lhes poderão aumentar em vinte e cinco euros mensais, a sua magra pensão social. Ouvi, aqui há umas semanas, remoques partidários sobre a facilidade e a dificuldade dos idosos porem nomes e cruzes em tais papéis. Também pude saber que nas paróquias se estavam disponibilizando voluntários para tal tarefa. Dei-me, por tudo isto, ao trabalho de ler jornais, recheados de episódios, que dedicaram páginas a esta tarefa. Comovi-me. Eu sei que há muitas situações dramáticas e sei o que algumas instituições da Igreja estão fazendo para pagar medicamentos necessários e cada vez mais caros. Mais gente a necessitar deste apoio do que se pode pensar. À volta das senhoras do Estado, vindas de longe, sempre com horas contadas e pouco tempo para ouvir e guardar o que se ouve, muitos idosos abriram a sua alma e a sua vida, como quem se confessa. Uns surdos, outros analfabetos, alguns sem família ou mal amados dos filhos que vivem longe ou que pouco aparecem, baralham os dados, esqueceram o óbvio, não sabem o nome da rua onde moram, nem o país onde estão os filhos emigrantes… “- Quanto recebe de pensão?” “275 euros. Metade vai logo para a renda de casa e para os remédios”. –“Quanto tem no banco?””Cinco mil euros, que venho poupando há muito tempo para o meu funeral.” -“Sendo assim, não tem direito a receber…” Pobres dos pobres! Eu sei que o país está mal de finanças, que tem de haver normas, que há gente que não precisa e recebe, que as senhoras da Segurança Social cumprem ordens e regem-se pelo que vem de Lisboa, que umas delas são frias no trato a todos por igual, e que outras também sofrem com o que ouvem e têm paciência para explicar… O mundo dos pobres, e mais ainda dos idosos marcados pela solidão e por muitas dores, não se trata só com burocracias. Trata-se com amor e com o olhar do coração…Tão poucos são capazes de compreender esta gente, ferida no seu pudor por ter de dizer o que nunca dissera dos filhos menos gratos, penalizada pela preocupação de poupar para o funeral, tirando à boca o pão do dia a dia, regressada, depois disto, à noite das necessidades, sempre maiores, só porque ainda não tem oitenta anos ou porque o seu caso, bem doloroso, não cabe nas normas do ministério… Gente que descontou, numa longa vida de trabalhos e sacrifícios (nem só o dinheiro é desconto para o Estado), para criar um rancho de filhos, muitos deles, gente que hoje enriquece o país com o seu trabalho e poupança, aqui ou além fronteiras. Mesmo quando, por exigência das normas, se lhes negam vinte e cinco euros, os idosos têm direito a um sorriso, a um carinho, ao respeito silencioso de quem fez abrir seu coração com perguntas secas e a contra relógio. Leio na encíclica de Bento XVI “Deus é amor!” que àqueles que servem os mais feridos da vida, são isso mesmo os muitos milhares de idosos sós e roídos por carências e saudades, seja gente das instituições do Estado, seja das particulares, para além da competência profissional, sempre exigida, se lhe deve requerer também a “formação do coração”, nunca dispensada. Vivendo e praticando o amor, afectivo e efectivo, se poderá fazer entrar no mundo dos que sofrem, a luz indispensável de Deus, traduzida em amor humano. Mesmo para preencher papéis a quem não o sabe fazer, não se pode dispensar o olhar do coração.

quarta-feira, 15 de março de 2006

Um artigo de Joaquim Franco, na SIC

O inexplicável que inquieta
Não há percurso sem obstáculos, nem obstá-culos sem uma "pas-sagem". Há sempre uma "passagem" num caminho sinuoso. E mesmo quando o obs-táculo se apresenta inultrapassável, há sempre um impulso no âmago da convicção, seja a teimosia do instinto ou uma qualquer inter-venção do transcendente.
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Os judeus evocam a Páscoa como a passagem do "anjo da morte" ao lado da casa dos filhos de Israel, poupando-os ao sacrifício. Mas fazem a festa como celebração da liberdade e encontro com a "terra prometida" após uma "passagem" pelas adversidades do deserto.
Os cristãos, moldados pela fé na vitória sobre a morte que é esperança de salvação do espírito, reenquadraram o sentido da "passagem" na inevitabilidade da própria vida. A Quaresma, vivida no contexto cíclico de uma natureza que tem de "morrer" para voltar a ser fértil, remete para o sentido das limitações. Para o óbvio das dificuldades vividas ou por viver.
"Morrer" nas contingências do quotidiano, para "nascer" de novo e descobrir a "passagem" dos obstáculos que atormentam. O deserto que os calendários religiosos lembram por estes dias é por isso uma metáfora da própria existência. No limite do inexplicável, a liturgia cristã deste tempo lembra o episódio de um homem que, no extremo do sofrimento, perdoa os que não o compreendem e lhe causam a morte.
Um absurdo? Embora transversal e inevitável nas relações, o "perdão" é hoje uma palavra gasta, um valor incompreendido. Implica dois sentidos. Só perdoa quem promove sinceramente a valorização do outro para voltar a fazer encontro. A paz, na dimensão utópica da plenitude ou na concretização pontual e verdadeira, é sempre uma "passagem" no final de um percurso com difíceis atalhos de perdão…

DIA MUNDIAL DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR: 15 de Março

Consumidores devem
informar-se sobre
os seus direitos
Celebra-se hoje, 15 de Março, o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, boa razão para que todos tomemos consci-ência dos nossos direitos. Não para simplesmente os ficarmos a conhecer, mas sobretudo para que saibamos exigir, na hora da aquisição de bens ou serviços, que nos respeitem enquanto consumidores. : O consumidor tem direito: a) À qualidade dos bens e serviços; b) À protecção da saúde e da segurança física; c) À formação e à educação para o consumo; d) À informação para o consumo; e) À protecção dos interesses económicos; f) À prevenção e à reparação dos danos patrimoniais ou não patrimoniais que resultem da ofensa de interesses ou direitos individuais homogéneos, colectivos ou difusos; g) À protecção jurídica e a uma justiça acessível e pronta; h) À participação, por via representativa, na definição legal ou administrativa dos seus direitos e interesses. : Claro que esse conhecimento exige algum esforço na procura do conhecimento e das leis que regem o consumo. Há literatura sobre isso e há, nas autarquias, gabinetes especializados para prestarem todos os esclarecimentos aos consumidores, quando estes se sentem prejudicados, mas sobretudo antes, a fim de se evitarem problemas. Para que isso não aconteça, importa conhecer, no mínimo, a legislação sobre o assunto, que está resumida em desdobráveis postos à disposição das pessoas. Só que, raros são os consumidores que os procuram. Talvez fosse útil que as autarquias, associações e gabinetes do consumidor organizassem sessões de esclarecimento, no sentido de levarem ao maior número de pessoas os direitos do consumidor, mas lembrando-lhes que também têm obrigações.
F.M.

Um artigo de Jorge Pires Ferreira, no Correio do Vouga

Para não deixar sabotar o Concílio
"Talvez Bento XVI seja verdadeiramente o primeiro papa pós-conciliar. E isso pode ter várias interpretações: significar que o Concílio está devidamente assimilado, por-tanto não será preciso a ele voltar; ou significar que é preciso esquecê-lo, relegá-lo para um lugar secundário, voltar a trás ou, quem sabe, dar um passo em frente e convocar um Vaticano III." : (Para ler mais, clique aqui) :
"Vaticano II, 40 anos depois"
Organizador: Ângelo Cardita
Textos de: Ângelo Cardita, José Eduardo Borges de Pinho, José Carlos Carvalho e João Duque.
Ariadne Editora
156 páginas

Efeméride aveirense: Convento das Carmelitas

1905: Os aveirenses dirigiram-se a El-Rei, pedindo-lhe que obstasse à projectada demolição do Convento das Carmelitas, "que redundaria em ofensa ao amor com que a cidade quer respeitar as suas tradições e quanto lhas pode lembrar".
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Fonte Calendário Histgórico de Aveiro

Séneca: Citação

A Sabedoria e a Alegria
Vou ensinar-te agora o modo de entenderes que não és ainda um sábio. O sábio autêntico vive em plena alegria, contente, tranquilo, imperturbável; vive em pé de igualdade com os deuses. Analisa-te então a ti próprio: se nunca te sentes triste, se nenhuma esperança te aflige o ânimo na expectativa do futuro, se dia e noite a tua alma se mantém igual a si mesma, isto é, plena de elevação e contente de si própria, então conseguiste atingir o máximo bem possível ao homem! Mas se, em toda a parte e sob todas as formas, não buscas senão o prazer, fica sabendo que tão longe estás da sabedoria como da alegria verdadeira. Pretendes obter a alegria, mas falharás o alvo se pensas vir a alcançá-la por meio das riquezas ou das honras, pois isso será o mesmo que tentar encontrar a alegria no meio da angústia; riquezas e honras, que buscas como se fossem fontes de satisfação e prazer, são apenas motivos para futuras dores. Toda a gente, repito, tende para um objectivo: a alegria, mas ignora o meio de conseguir uma alegria duradoura e profunda. Uns procuram-na nos banquetes, na libertinagem; outros, na satisfação das ambições, na multidão assídua dos clientes; outros, na posse de uma amante; outros, enfim, na inútil vanglória dos estudos liberais e de um culto improfícuo das letras. Toda esta gente se deixa iludir pelo que não passa de falacioso e breve contentamento, tal como a embriaguez, que paga pela louca satisfação de um momento o tédio de horas infindáveis, tal como os aplausos de uma multidão entusiasmada - aplausos que se ganham e se pagam à custa de enormes angústias! Pensa bem, portanto, no que te digo: o resultado da sabedoria é a obtenção de uma alegria inalterável. A alma do sábio é semelhante à do mundo supralunar: uma perpétua serenidade. Aqui tens mais um motivo para desejares a sabedoria: alcançar um estado a que nunca falta a alegria. Uma alegria assim só pode provir da consciência das próprias virtudes: apenas o homem forte, o homem justo, o homem moderado pode ter alegria.
: Séneca, in 'Cartas a Lucílio'
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Fonte: Citador