segunda-feira, 13 de março de 2006

Doutrina Social da Igreja indica vias para a paz

Cardeal Renato Martino encerrou Semanas Sociais em Braga A paz plena compreende
a verdade, a liberdade e a justiça
O presidente do Conselho Pontifício para a Justiça e Paz (CPJP) espera que o Compêndio da Doutrina Social da Igreja seja lido em Portugal, inspirando as pessoas a modificarem a sociedade, através do seu pensamento e da sua acção.
O Cardeal Renato Martino, que esteve ontem no encerramento das Semanas Sociais Portu-guesas, em Braga, recordou que o Catecismo Social encara a paz como «vida plenamente huma-na».
Nesta perspectiva, a paz plena compreende a verdade, a liberdade e a justiça, sendo a única que permite chegar à ausência de guerra. O Cardeal defendeu ainda que «o agir humano em relação à natureza deve ser orientado eticamente».
A propósito das Semanas Sociais, o Cardeal Renato Martino referiu que elas são «um instrumento muito importante que deve ser plenamente valorizado para facilitar uma abordagem correcta dos numerosos problemas sociais, económicos e políticos que o nosso tempo propõe à consciência humana e para dar a esses problemas respostas culturais adequadas, inspiradas pelo Evangelho e pela Doutrina Social da Igreja».
O orador disse que o Compêndio da Doutrina Social da Igreja «dá o seu aval à organização» destas iniciativas, que «são uma escola qualificada onde os fiéis leigos podem exprimir-se e crescer» e são capazes «de oferecer um contributo específico para a renovação da ordem temporal».
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Livro sobre as Semanas Sociais
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O presidente da Comissão Coordenadora Nacional das Semanas Sociais, Manuel Porto, revelou ontem que a organização da iniciativa vai editar em breve um livro com as comunicações proferidas durante os vários dias de reflexão. O responsável sublinhou que diversas intervenções proferidas pelos convidados foram escritas propositadamente para o evento.
Fazendo um balanço da iniciativa, que, desde quinta- feira e até ontem, decorreu em Braga, Manuel Porto disse que passaram pelas Semanas Sociais cerca de 500 pessoas, o que é motivo de «regozijo». O responsável destacou a presença verificada em termos de número, mas também de «qualidade».
Neste evento, promovido pela Comissão Episcopal do Laicado e Família da Conferência Episcopal Portuguesa, estiveram representados «todos os distritos e Dioceses, incluindo as regiões autónomas, e pessoas de diferentes entidades e qualificações », disse Manuel Porto, que focou o «alto nível das comunicações».
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, destacou o interesse que, através da sua presença, as Dioceses portuguesas tiveram no sentido do «conhecimento e da necessidade de concretizar a Doutrina Social da Igreja».
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Fonte: Ecclesia e Diário do Minho

domingo, 12 de março de 2006

As minhas escolhas

Pós-modernidade? Uma cosmovisão outra
O homem é no tempo, melhor, é temporal, pois o tempo é o modo como o ser finito se realiza. Somos seres históricos e, também para melhor nos situarmos, dividimos a História em épocas: a Antiguidade, a Idade Média, a Modernidade. Não falta quem fale já em pós-modernidade - outros dirão modernidade tardia, segunda modernidade... Não vamos entrar nesse debate. Partimos apenas do entendimento de que, com esse termo, se quer exprimir uma crise e que precisamos de uma nova cosmovisão.
(Para ler todo o artigo de Anselmo Borges clique aqui)

APRECIEM, POR FAVOR

COMENTÁRIOS PARA QUÊ?
NB: Enviado por João Caniço

Citação

“O retiro quaresmal não é para preparar a ressurreição futura. O importante é captar os fluxos de vida espiri-tual que percorrem o universo em novas experiências de trans-figuração da existência do quotidiano. Lamenta-se, e com alguma razão, que os grandes meios de comunicação social engordam quase só com notícias de desgraças e com a exibição de banalidades. Em vez de engrossar essas queixas, é preferível um longo jejum dessas imagens em troca da fruição da natureza, de boa música, de leitura, de meditação e oração, de partilha com os pobres, da presença aos doentes e idosos. Por aí corre a vida que mais vale. A surdez metafísica, poética e musical perde-nos do mundo da beleza. A falta de justiça e compaixão perde-nos de Deus e dos seres humanos.” : Frei Bento Domingues, in PÚBLICO

A foto do dia

Aveiro: Zona de lazer
junto ao Canal de São Roque
Quem resiste, com este lindo dia de sol, a ficar em casa? Depois do frio e da chuva, o sol voltou a brilhar, para nos convidar a uns passeios, em espaços que convidam ao encontro com a natureza.
Neste caso, de um lado está o Canal de São Roque, com pontes, água mais límpida e barquinhos. Do outro fica o IP5, com todo o movimento, que hoje não deve ser pouco, a caminho das praias. No centro fica uma zona de lazer, por onde se pode caminhar, enquanto se conversa.
Experimente e depois diga se vale ou não a pena esta minha sugestão para sair de casa.

Carta por Acabar, do Ir. Roger

P r o c u r a r a Reconciliação e a Paz “Procurar a reconciliação e a paz supõe uma luta interior. Não é um caminho de facilidade. Nada de duradouro se constrói na facilidade. O espírito de comunhão não é ingénuo, é coração que se alarga, é bondade profunda que recusa dar ouvidos à desconfiança. Para sempre portadores de comunhão, será que avançaremos, nas nossas vidas, pelo caminho da confiança e de uma bondade do coração sempre renovada? Nesse caminho encontraremos por vezes contratempos. Lembremo-nos então que a fonte da paz e da comunhão está em Deus. Em vez de nos desanimarmos, invocaremos o seu Espírito Santo sobre as nossas fragilidades. E, ao longo de toda a vida, o Espírito Santo ajudar-nos-á a retomar o caminho e a ir, de começo em começo, em direcção a um futuro de paz…” : Excerto da Carta por Acabar, Ir.Roger Mote para o Encontro Europeu de Taizé-Milão 2006 :
NB: Texto retirado do ROADBOOK – Caminhada de Quaresma
> Páscoa SDPJ, pág 23

Um artigo de Tiago Mendes, no Diário Económico

Deficiências
Um desejo:
que o tema dos direitos dos deficientes não fique apenas na agenda da Primeira Dama. Há uma magistratura de influência por cumprir
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Muitas coisas separam Portugal de Inglaterra. Uma é evidente: a forma como os deficientes se integram na sociedade. Algo que põe à prova, mais do que o sentido de justiça social, o valor da cidadania de um país. Em Oxford, não se sente o ostracismo relativamente aos deficientes que há em Portugal. Apercebemo-nos disto um pouco por toda a parte: das universidades aos teatros, das discotecas aos ginásios. E, claro, na rua, onde reaprendemos a olhar o deficiente como um cidadão igual aos outros. Sem qualquer reacção especial. Sem a escolha angustiante entre olhar e não olhar. A ”normalidade” no tracto social é um dado adquirido. O exemplo maior? Enquanto o português discute o politicamente correcto da denominação ”pessoa com deficiência” face a ”deficiente”, os ingleses têm, na famosa série ”Little Britain”, um personagem que anda de cadeira de rodas sem precisar dela, divertindo-se à custa do amigo. Já dizia Pessoa que um dos traços distintivos entre os homens é a qualidade da ironia, marca superior da civilidade.
O sentido de justiça para com os deficientes diz muito do país que somos. Sobretudo em relação aos que não têm qualquer responsabilidade pela deficiência que possuem. Em Portugal, existe uma miríade de leis por cumprir. Na Inglaterra, não. Os edifícios têm acessos adequados e os passeios estão rebaixados. As universidades garantem igualdade de oportunidades no acesso, na frequência e na avaliação dos estudantes. É comum vermos cadeiras de rodas mecanizadas e cães-guia pela cidade. Um cão-guia custa três anos de treino e cerca de 20 mil euros. As cadeiras não serão baratas. A diferença nos níveis de vida é real, mas acaba por ser uma questão menor: o importante é a igualdade de oportunidades na sociedade em que se vive.
Na política portuguesa há pouco interesse no tema, não obstante a minoria silenciosa de 500 mil portugueses com algum tipo de deficiência poder mudar uma eleição. Três razões ajudam a perceber o porquê disso. Primeira: a inveja, pouco convidativa a olharmos para aqueles que têm menos ”projecção social” do que nós. Segunda: uma débil consciência cívica, favorável à continuação do estado das coisas. Terceira: a dependência do Estado, uma forma de alívio rápido para as consciências de muitos. A Inglaterra notabiliza-se também aqui, por ter visto crescer, a par da liberdade, um forte espírito de comunidade, onde a participação do cidadão no espaço público é uma imagem de marca. E onde os ‘lobbies’ têm um papel natural, havendo alguns que lutam pelos direitos dos deficientes, algo pouco visto em Portugal. O que nos leva - no contexto da tomada de posse do novo Presidente da República - a juntar ao desejo de ”boa sorte”, este outro: que o tema dos direitos dos deficientes não fique apenas na agenda da Primeira Dama. Há uma magistratura de influência por cumprir.
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Publicado no Diário Económico, a 8 de Março de 2006

GOTAS DO ARCO-ÍRIS - 8

E DEUS FEZ UMA ALIANÇA!...
Caríssimo/a:
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Andávamos nós muito divertidos, quando fomos confrontados com a doença... Ainda bem que tudo parece ultrapassado pois, de repente, surge-nos um texto que responderá ou não às nossas inquietações e perplexidades: traz-nos a própria voz de DEUS.
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“DEUS disse a Noé e seus filhos: Estabelecerei a minha aliança convosco, com a vossa descendência e com todos os seres vivos que vos acompanham: as aves, os animais domésticos, os animais selvagens que estão convosco, todos quantos saíram da arca e agora vivem na terra...
DEUS disse ainda: Este é o sinal da aliança que estabeleço convosco e com todos os animais que vivem entre vós, por todas as gerações futuras: FAREI APARECER O MEU ARCO SOBRE AS NUVENS, QUE SERÁ UM SINAL DE ALIANÇA ENTRE MIM E A TERRA. Sempre que eu cobrir a terra de nuvens e aparecer nas nuvens o ARCO, recordarei a minha aliança convosco e com todos os seres vivos e nunca mais as águas formarão um dilúvio para destruir todas as criaturas.”
E se DEUS disse, está dito!...
Sobre a semana que passou apenas duas pequenas gotas que, na sua frescura, me permitam prestar homenagem sentida a João Cidade e à Mulher.
João Cidade, português, mais conhecido no Mundo por S. João de Deus, é um exemplo vivo de louco pelo Homem! Arco altaneiro que abrigou e continua a abrigar os mais de menos que a sociedade enjeita e repele...A sua obra aí está para quem quiser ver.
À Mulher e da Mulher outros dirão o que é bom que se diga; por mim, levanto aqui o meu arco a todas as Mulheres que me têm ajudado (e continuam a ajudar) a crescer. E se as actuais o permitirem, gostaria de trazer para junto de nós aquelas heroínas que, na sua humildade e no seu labor silencioso, fizeram a nossa Terra. Bem hajam!
Manuel

Uma reflexão do padre João Gonçalves, pároco da Glória

Oferta estranha
Há quem dê do que sobra; há quem dê do que faz falta - já custa mais. Mas há quem se dê a si mesmo - em tempo, em presença, em vida por vida. Ao Patriarca Abraão foi pedido que oferecesse o próprio filho; a sua atitude interior foi de disponibilidade ainda que, certamente, de interrogações e sofrimento.
Deus fez o mesmo; quando entendeu necessário para nós, ofereceu-nos o Seu Filho Jesus. E se a Abraão Deus dispensou do acto da oferta de Isaac, com Jesus não fez o mesmo: deixou que o processo fosse até ao fim, e acabou em oferta de cruz.Era preciso salvar a Humanidade e recriar no Homem o sentido da esperança; e, quando se ama, faz-se tudo pelo amado, nem que vá até ao Calvário ou à morte.
Deus está por nós; está do nosso lado, apesar das nossas infidelidades; vem ao nosso encontro, por ruas e avenidas, pelos montes e vales; e não desiste de procurar quem se perdeu, e oferece sempre novas oportunidades, a maior das quais foi a oportunidade de Se fazer encontrar connosco, no Seu Filho muito amado, entregue em oferta por todos nós.
Da nossa parte há-de ficar sempre lugar para a gratidão, gentil e delicada. Afinal, amor paga-se com amor!
: In "Diálogo", 1065 - II DOMINGO DA QUARESMA - Ano B

sábado, 11 de março de 2006

AVEIRO: Feira de artes e ofícios

FEIRA ARTES E OFÍCIOS
12 DE MARÇO DE 2006
A Feira das Artes e Ofícios vai ter lugar no próximo Domingo, dia 12 de Março de 2006, das 8 às 19 horas, nas Praças 14 de Julho e Joaquim Melo Freitas.
De realçar que a Feira das Artes e Ofícios tem por objectivos reavivar tradições e mostrar o que de melhor se faz em artesanato, transmitindo cultura e saberes às gerações mais novas.

Presidente da CNIS aplaude José Sócrates

Rede Nacional de Equipamentos Sociais
vai ser alargada O Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) está satisfeito com as medidas hoje anunciadas por José Sócrates, para o Programa de Alargamento da Rede Nacional de Equipamentos Sociais (PARES). Este Sábado, o primeiro-ministro apresentou, no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, o programa que prevê um investimento de 450 milhões de euros, verba a aplicar nos próximos quatro anos, e que irá criar mais de 15 mil postos de trabalho e 45 700 vagas em creches, centros de actividades ocupacionais, lares residenciais, serviço de apoio domiciliário a pessoas com deficiência, centros de dia, lares de idosos e serviço de apoio domiciliário a idosos.
Para o presidente da CNIS, Pe. Lino Maia, “estas medidas são muito oportunas”, disse à Agência ECCLESIA, sublinhando que “serão estas as áreas em que é mesmo preciso apostar”.
O Programa PARES vai-se realizar através de parcerias com as câmaras municipais e com as instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e também com os privados.
Segundo o Pe. Lino Maia, não se trata de “apoio a instituições lucrativas” que, faz questão de salientar, “têm também um trabalho grande a desempenhar na área” mas, explica, “o que está em agenda é apoiar fundações que têm intervenção na área social e que não são propriamente lucrativas”. Esta foi, pelo menos, a explicação que o presidente da CNIS obteve do ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, num encontro que tiveram recentemente, revelou. “Do encontro que tive com o senhor ministro fiquei agradado e acho que está no caminho certo”.
O programa que José Sócrates hoje apresentou foi referenciado pelo próprio a 24 de Fevereiro no Parlamento, e sobre este o Pe. Lino Maia tinha manifestado à Agência ECCLESIA dúvidas em saber se os apoios anunciados para os equipamentos sociais contemplavam, ou não, as instituições com fins lucrativos. “Foram feitas afirmações que pareciam indiciar a disponibilidade para apoiar organizações lucrativas. Não houve um esclarecimento do que se pretendia de facto dizer”, comentou hoje o Pe. Lino Maia.
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Fonte: Ecclesdia
Foto de Dinis Alves, do Solidariedade

As minhas escolhas

No DN, pode ler "O Iraque e a revolução falhada", um artigo deFranc isco Sarsfield Cabral. No mesmo jornal, sugiro a leitura de mais este texto: "O que vai mudar nas nossas cidades" .
No Diário de Aveiro, há este texto que vale uma reflexão: "Sócrates pede a Aveiro para 'puxar pelo país'".

Desemprego não pode deixar-nos tranquilos

Consciências não podem sossegar perante a falta de emprego
O presidente da Comissão Coordenadora das Semanas Sociais Portugueses considera que as consciências não podem ficar sossegadas perante o drama do desemprego, que afecta pessoas de todas as idades.«Por respeito para quem está em situações dramáticas de falta de colocação, não é sério ficarmos agarrados a ideias feitas ou atribuindo responsabilidades a quem, com realismo, não pode resolver todos ou a maior parte dos problemas», afirmou Manuel Porto.
Este responsável manifestou algumas inquietações, ao falar do «orgulho » com que os europeus falam do seu modelo social. «Temos o direito de o manter sem nenhuma alteração quando as estatísticas mostram que na “eurolândia” a taxa de desemprego é de 8,3 por cento, com uma taxa de crescimento que se queda por 1,6 por cento? », interrogou.
Em contraponto, apontou o bloco norte- -americano «criticável a muitos propósitos, “desconhecendo” incompreensivelmente carências básicas de tantos cidadãos, mas com índices de crescimento anual muito mais elevados – 3,6 por cento – e uma taxa de desemprego de 4,9 por cento, quase metade da “eurolândia”». «Talvez o caminho correcto esteja de permeio, numa sociedade com uma ampla cobertura social que permita, por isso mesmo, uma flexibilidade e uma participação maiores», afirma.
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Fonte Ecclesia

A foto do dia

Praia da Barra
O mar é sempre reconfortante. Quando o stresse nos invade, com o corre-corre da vida, vale sempre a pena deixar tudo, por uns simples momentos, e procurar a paisagem marítima que nos leva, quantas vezes em sonhos, para paraísos tranquilizantes. Neste fim-de-semana sugiro esta experiência, que não custa dinheiro.

sexta-feira, 10 de março de 2006

4º Lugar para padres futebolistas portugueses

2.º Liga Europeia de Padres Católicos em Futsal Sacerdotes futebolistas oferecem troféu
ao Santuário de Fátima A selecção portuguesa de sacerdotes futebolistas ofereceu ontem, 9 de Março, ao Santuário de Fátima o troféu obtido pela participação no campeonato europeu de padres futebolistas, realizado em Zabreb, na Croácia, a 7 e 8 de Fevereiro. Recorde-se que a selecção portuguesa trouxe de Zagreb um honroso 4.º lugar, após uma competição entre dez países europeu, e com o troféu a ficar em casa, para a equipa croata. A taça e um quadro com uma fotografia da equipa portuguesa foram entregues ontem ao Reitor do Santuário de Fátima, Mons. Luciano Guerra, na presença do Bispo de Diocese de Leiria-Fátima, D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, após um almoço/convívio oferecido pelo Santuário aos sacerdotes futebolistas. Durante a tarde, os sacerdotes visitaram a exposição “Fátima Luz e Paz”, mostra representativa das ofertas feitas ao Santuário ou a Nossa Senhora de Fátima. No local, puderam apreciar outras ofertas de devotos desportistas, como as camisolas do futebolista Romário e do campeão de ciclismo Joaquim Agostinho. O grupo dirigiu-se depois à Capelinha das Aparições, para uma oração individual, e visitou o local onde estão sepultados dos três Videntes de Fátima, na Basílica do Santuário.
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Fonte: Santuário de Fátima

Enciclopédia de Fátima

Mais de cem artigos na Enciclopédia sobre Fátima
O próximo volume da Documentação Crítica de Fátima sairá no próximo mês de Maio. Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Carlos Azevedo, presidente da Comissão Científica para a Documentação Crítica de Fátima, referiu também que em relação à Enciclopédia sobre Fátima “os artigos estão todos entregues e metade da colaboração já chegou”. Ao todo esta obra terá mais de uma centena de artigos.
Em 2007, publicar-se-á também uma bibliografia e cronologia de Fátima.Com muita documentação, o próximo volume abrange cinco anos (1922-27): “do processo canónico até à criação da capelania” – realçou. O primeiro tomo do volume abrange de 4 de Maio de 1922 até 12 de Outubro de 1922. “Há muita documentação nesta fase porque há a primeira grande peregrinação onde vão cerca de 40 mil pessoas e dá muito brado na imprensa” – disse D. Carlos Azevedo.
Na reunião da Comissão Científica para a Documentação Crítica de Fátima ficou também decidido que o Santuário iria contratar um técnico superior de arquivo para ajudar na preparação do trabalho para a beatificação da Irmã Lúcia. “Recolher todas as cartas e catalogá-las para ser mais fácil o acesso aos documentos” – salientou.
Como serão digitalizados os primeiros mil números do jornal a «Voz da Fátima», no próximo dia 22 de Março haverá uma reunião com a participação da Biblioteca Nacional (BN), o Santuário de Fátima e a empresa responsável pela digitalização.
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Fonte: Ecclesia

Citação

"Os ventos não parecem favoráveis, mas o novo Presidente vislumbra 'brisas propícias', como Cabral quando partiu para o Brasil num mesmo dia de Março."
António José Teixeira, no "Diário de Notícias" de hoje
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(Para ler todo o editorial do director do DN, clique aqui)

As minhas escolhas

No DN, pode ler um artigo de Maria José Nogueira Pinto, intitulado "De ser mulher". No semanário Voz Portucalense, há uma boa entrevista ao padre Victor Melícias, intitulada "Multiculturalidade, unidade nas diferenças", na secção Especial.

ROTA DA LUZ CONSOME-SE A SI PRÓPRIA

Sede da Rota da Luz

Novo presidente da Rota da Luz, em entrevista ao Diário de Aveiro "A Rota da Luz tem um lado
autofágico e consome-se a ela própria"
Sente que é presidente de uma instituição fragilizada, já que os municípios têm dado sinais de descontentamento com o funcionamento da Rota da Luz e falam até na necessidade de criar outra entidade?
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Este é o momento em que os municípios, as administrações regionais e a administração central estão a pensar na reformulação do modo de encarar o turismo. Não é um exclusivo das autarquias – todos estamos a pensar quais os novos modelos adequados. É um momento importante porque os modelos se estão a definir. As regiões de turismo, por força de novas entidades que surgem mas também por causa dos novos paradigmas, têm de repensar a sua maneira de intervir. Estamos todos de acordo quanto a isso. O turismo é cada vez mais uma componente importante do PIB e percebemos que este modo de agir tem de ser muito mais bem organizado do que o foi até hoje.
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(Para ler toda a entrevista, clique aqui)

quinta-feira, 9 de março de 2006

CAVACO SILVA toma posse como Presidente da República

Presidente da República reafirma disponibilidade para cooperar com o Governo
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, reafirmou hoje, durante a cerimónia de tomada de posse, que está a decorrer no Parlamento, a sua total disponibilidade para cooperar com o Governo de José Sócrates. Cavaco Silva propôs cinco desafios à sociedade portuguesa. O primeiro é a criação de condições para o crescimento mais rápido da economia, com o objectivo de proporcionar mais emprego aos portugueses e aproximar Portugal dos parceiros europeus.
O segundo desafio compreende a qualificação dos recursos humanos, tanto ao nível da educação dos jovens como da qualificação dos trabalhadores.
A terceira proposta feita por Cavaco Silva reside no reforço da credibilidade do sistema de justiça, com o intuito de criar um sistema de justiça "mais eficaz, credível e responsável".
O quarto ponto é a sustentabilidade do sistema social e a necessidade de se encontrar uma fórmula que permita manter o actual apoio social aos mais desfavorecidos, aos desempregos e aos reformados.
Por último, Cavaco Silva apontou a credibilização do sistema político como o quinto desafio a que Portugal tem de responder. "Os agentes políticos têm de ser um exemplo de cultura da honestidade, de transparência, de responsabilidade, de rigor na utilização dos recursos do Estado, de ética do serviço público, de respeito pela dignidade das pessoas, de cumprimento de promessas feitas", sublinhou.
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(Para ler mais, clique PÚBLICO)

Um artigo de Bagão Félix, no Correio do Vouga

SER E TER
Fazem parte dos verbos fundamentais da nossa existência. Andam de mãos dadas e de pés atados: o ser e o ter. Às vezes sós, muitas vezes acompanhados do saber, do fazer, do dar, do amar. O nosso viver confronta-se invariavelmente entre a liberdade de se ser, a necessidade de se ter, a responsabilidade de se dar, a capacidade de se fazer, a exigência de se saber, o impulso de se amar. Mas, num tempo impulsionado cada vez mais pelas tecnologias poderosas e pela obsessão da circunstância, é entre o ser e o ter que nos vemos constantemente desafiados. É de tal modo assim, que na linguagem corrente nos deixamos aliciar pela hegemonia do ter, mesmo se com isso apenas estamos a ser. Usa-se e abusa-se do ter, para se expressar uma acção, um movimento, um processo, um estado de alma até. Já não sói dizer-se “penso”, mas “tenho uma ideia”, “quero” mas “tenho vontade”; ou um “tenho um desejo”, quando nos bastaria tão simplesmente a conjugação do verbo desejar. E, não raro, até nos damos conta de que, em vez de “sermos”, dizemos que “temos uma vida”… Este tipo de linguagem denuncia a supremacia quase inconsciente e perigosamente alienante do ter sobre o ser, no nosso quotidiano. Até os problemas que nos consomem em cada dia já não são do domínio do ser mas do ter. Por isso, dizemos “Eu tenho um problema” o que significa que transformamos a percepção do problema em qualquer coisa que passamos a possuir: o próprio problema!... E este vinga-se passando de possuído a possuidor. :
(Para ler mais, clique aqui)

ROTA DA LUZ VAI MUDAR DE NOME

A Região de Turismo da Rota da Luz deverá mudar a sua designação, revelou o novo presidente da instituição, Pedro Silva. Em entrevista ao Diário de Aveiro, a publicar nos próximos dias, o responsável adiantou que está em marcha um projecto de renovação da imagem institucional do organismo, de que faz parte a alteração do nome. «As regiões de turismo no país foram mudando o seu nome para que pudesse haver uma maior identificação geográfica», afirmou, acrescentando: «Qualquer pessoa em Espanha ou França percebe onde está Leiria-Fátima, ou o Alto Tâmega, ou a Serra da Estrela... São referências geográficas». «A Rota da Luz deve ser a única no país que não tem uma referência geográfica específica. Para melhor identificar a região, temos de mudar», salientou ao Diário de Aveiro, advertindo que a alteração da designação carece de aprovação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. O novo nome – que Pedro Silva não revela – será encontrado em conjunto com as autarquias que integram a Região de Turismo da Rota da Luz, de quem terá partido a ideia de alterar a designação da instituição. «Estamos a fazer contactos com as câmaras municipais e tenho encontrado muita sensibilidade», finalizou. Águeda, Albergaria-a-Velha, Arouca, Aveiro, Castelo de Paiva, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga, Vagos, Vale de Cambra e São João da Madeira são os municípios que integram a Rota da Luz.

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Fonte: Um texto de Rui Cunha, no Diário de Aveiro

Um artigo de D. António Marcelino

COMPAIXÃO,
GRANDEZA
DE UM SENTIMENTO
FRATERNO Aqui há uns anos, quando disse, perante uma situação, então ainda dolorosa e difícil de compreender e de aceitar, que o sentimento mais respeitador e estimulante era a compaixão, rasgaram-se as vestes pelo escândalo de uma tal opinião. Tratava-se de um programa de televisão, preparado com grande publicidade, na qual não faltava pimenta suficiente para estimular, convidar a ver e a não perder. A compaixão não é nem dó nem pena, mas sintonia interior com a situação e os sentimentos do outro ou dos outros, que leva ao gesto fraterno de fazer o que é possível para ajudar, a fim de que a pessoa não se sinta só e perceba que há sempre um ombro amigo que se pode encostar ao seu, dividir o peso da sua cruz e convidar a prosseguir. O Deus de Israel teve compaixão do povo, escravizado no Egipto. Jesus Cristo mostrou a sua compaixão para com a multidão que, no deserto, estava esvaída de cansaço e de fome, sem meios para responder à sua necessidade. Este sentimento divino encontrou resposta para um e outro caso. A mensagem quaresmal do Papa fala deste sentimento de compaixão, porque, no mundo de hoje, há multidões famintas de pão, de saúde, de alegria, de paz, de amor, de respeito, de justiça, de apreço. Onde não houver atenção a esta realidade e consideração pelo que ela tem de doloroso, nada muda, a não ser para pior, no sentimento e na dor de quem se sente marginalizado, desatendido, não amado nem respeitado. Um irmão sente a dor do irmão e partilha-a, é cireneu de quem se verga ao peso da cruz e, como o samaritano da parábola, muda projectos pessoais para ser alívio consolador e eficaz. Um irmão não passa ao lado de quem sofre, nem é indiferente aos esforços de quem vai avançando na vida com confiança e esforço Um irmão não julga nem condena, antes compreende e ama. É esta a grandeza e a beleza da compaixão fraterna, da solidariedade aberta para com aquele, de perto ou de longe, que precisa de estima e de apoio. A pobreza da nossa sociedade está no egoísmo que torna estéril o espaço das relações pessoais, mata os sentimentos nobres, capazes de compaixão e de partilha, e estabelece, a partir de critérios pouco honestos e falíveis, que não reconhecem dignidade, nem direitos e deveres, a todos por igual. O calor da fraternidade, afectiva e efectiva, humaniza a sociedade. A frieza egoística que só tem lugar para os interesses pessoais, satisfeitos a qualquer preço, é um vendaval selvagem que destrói a justiça, mina a verdade, levanta muros de divisão e discórdia, torna impossível os sentimentos gratuitos. O amor compassivo traduz a procura serena do bem do outro, mormente quando ele já o não consegue por si ou encontra fechadas todas as portas de acesso para o poder alcançar e desfrutar. Para um crente, o projecto de Deus, revelado em Jesus Cristo, é um desafio que o leva a pôr os pés na terra de todos os que sofrem e a cultivar um coração fraterno. Ao crente, verdadeiro e sincero, amarga o pão da abundância, quando cruza os seus olhos com os olhos incómodos e o rosto desfigurado do faminto. A compaixão, expressão de amor e de caridade efectiva, não dispensa nem ilude a justiça. Porém, a vida do dia a dia vai-nos mostrando como é difícil a justiça para um coração que não sente a dor do próximo e é incapaz de compaixão e de sintonia com quem quer que seja, tanto nos momentos de sofrimento, como das pequenas alegrias. A Quaresma, bem compreendida e vivida, molda o coração ao bem, um coração de carne não de pedra. No respeito sem condições e na partilha generosa, permite e alimenta relações fraternas, as únicas que humanizam o mundo das pessoas e dão gosto à nossa vida em sociedade.

quarta-feira, 8 de março de 2006

SEMANA SOCIAL, EM BRAGA, de 9 a 12 de Março

Carta Aberta aos cristãos e «a todos os homens de boa vontade» a propósito das Semanas Sociais Portuguesas
"Uma Sociedade
Criadora
de Emprego"
Vai realizar-se em Braga, de 9 a 12 de Março, nova edição das Semanas Sociais Portuguesas, uma iniciativa da Conferência Episcopal Portuguesa, através da sua Comissão do Laicado e Família.
Em boa hora, a organização decidiu debater nesta edição o problema do emprego - um tema da maior importância e da maior actualidade, particularmente para Portugal. A este propósito, tenham-se em presença, pela preocupação que provocam, as mais recentes estatísticas publicadas por diversos organismos públicos nacionais e internacionais.
Na senda da inspiração do Papa João XXIII, este fórum destina-se certamente aos cristão e «a todos os homens de boa vontade» que, por exigência de consciência, estão preocupados com as implicações éticas, políticas e sociais do problema em causa no cumprimento da missão do Homem.
Estimula-se, pois, a viva participação de todos! Esta participação concretiza-se certamente pela presença nas sete sessões programadas, que contam com reflexões de várias personalidades com mérito reconhecido nacional e internacionalmente. Entre elas estão Renato Cardeal Martino, Jacques Delors, António Guterres, António Borges, Victor Constâncio, Jorge Braga de Macedo, Augusto Mateus, Daniel Bessa, Manuel Braga da Cruz, Eduardo Marçal Grilo e Roberto Carneiro. Concretiza-se, também, pelo posterior testemunho vivo da participação, nos diversos contextos da realidade social e da realidade eclesial.
Para esse efeito, mais que a discussão no âmbito das análises puramente científicas, instrumentos sempre exigíveis para o esboço de soluções possíveis, o fórum procurará criar, também, espaço para uma dinâmica de responsabilidade e de iniciativa, podendo cada um dar contributo relevante - pelo menos motivar os demais.Portanto, para além do convite que vos é dirigido, solicita-se que divulguem esta iniciativa e seus resultados nos contextos das vossas vivências, motivando as pessoas das vossas relações a participar no desenvolvimento e divulgação das soluções que aí se gizem para a questão do emprego, para bem de todos.
Com o maior empenho e que haja uma grande participação do vosso meio, junto os meus melhores cumprimentos,
Braga, 8 de Março de 2006
Pedro da Cunha-Sottomayor
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Um artigo de José Tolentino Mendonça

Bíblia, literatura e beleza
Quando Santo Agostinho, no seu De Doctrina Christiana, escrevia que quem folhear a Bíblia «encontrará muitos géneros de locução de tanta beleza», ousava temerari-amente equiparar os Livros Sagrados à excelência literária dos textos clássicos, reconhecendo que a qualidade espiritual é também enunciada por uma qualidade estética. Para Agostinho, a Bíblia era, claro, fonte de experiência religiosa, mas também, e de um modo irresistível, uma escola de escrita e de leitura. O seu século, porém, estava encravado num estreito cânone de beleza: se um jovem quisesse aprender a surpresa e perfeição do estilo devia unicamente beber na tradição retórica ou poética tradicional, que é como quem diz greco-latina. A Bíblia era apenas um suporte religioso. Uma língua de trapos acusada de ‘rusticitas’. As coisas que contava tinham um sentido, mas descritas de um modo irrelevante numa sociedade que se amotinava em torno aos filósofos, aos dramaturgos ou aos tribunos. As palavras de Agostinho falando de «tanta beleza» a propósito da Bíblia representariam, aos ouvidos do seu tempo, não um juízo, mas uma provocação. Hoje não sei bem o que são.
O entendimento da Bíblia, como repertório avulso de verdades, leva a que ainda um grande número de abordagens ao texto bíblico se interesse mais pelas ideias de homem, de alma ou de escatologia, negligenciando as ditas ‘palavras’, isto é, os dados da expressão, muitas vezes considerados como aspectos menores ou estranhos ao estudo de um documento essencialmente religioso. Embora, nos últimos anos, se vá consolidando a verificação de que a verdade bíblica é solidária com o seu suporte estético expressivo, pois fé e linguagem intrinsecamente se reclamam. E esteja a alterar-se uma certa conjuntura intelectual que remetia a Bíblia para o restrito domínio do religioso, esquecendo que a condição teológica da Bíblia é inseparável da sua natureza propriamente literária.
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