sábado, 24 de setembro de 2005

CUFC: Apresentação do MJD em Aveiro

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AS PESSOAS É QUE CONTAM No dia 28 de Setembro, quarta-feira, pelas 21 horas, vai ser apresentado em Aveiro, no Centro Universitário Fé e Cultura (CUFC), junto ao Campus Universitário, o Movimento Juvenil Dominicano (MJD). Trata-se de uma apresentação aberta a toda a zona centro do País. O MJD é um movimento de grupos de jovens leigos que vivem o seguimento de Jesus, segundo o carisma de S. Domingos de Gusmão, dentro da Família Dominicana. Estes jovens, estando associados a comunidades de Frades ou Irmãs Dominicanas, procuram novas formas de fidelidade ao Evangelho, seguindo os passos de Domingos de Gusmão. Aquilo que pretendem é apenas mostrar a possibilidade de um mundo novo, em que a Paz a Justiça possam ter lugar, como instrumentos fundamentais nesta BUSCA DA VERDADE do mundo e no mundo, através do estudo, da pregação, da oração e da vivência da fraternidade... Não pretendemos esgotar as vias, mas apenas recriar aquelas que nos surgem no caminho, como dom de Deus. Juntos, leigos, frades e Irmãs, estamos presentes, como Família que somos, nos mais diversos sítios. Apostando na partilha, não receamos o sorriso, a festa, o poder amar sem entraves as pessoas, porque são elas que contam para nós. O MJD está presente e activo em 25 países do mundo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Media de inspiração cristã devem ter uma agenda própria

A POLÍTICA ESTÁ AO SERVIÇO DO BEM COMUM
As Jornadas da Comunicação Social, que hoje se concluíram em Fátima, deixaram um apelo aos Media de inspiração cristã para que não se tornem reféns da agenda mediática.
Num painel dedicado ao “tratamento da actualidade política” nos MCS de inspiração cristã, José Luís Ramos Pinheiro, gestor da RR, afirmou que os Media têm de procurar elaborar uma agenda própria de acontecimentos, e de ser responsáveis, na difusão de conteúdos de informação política.
Nesse sentido, lamentou que, “hoje em dia, os portugueses em geral surjam algo distanciados da Política. Das suas áreas de interesse não consta a vida política”.“A Comunicação Social e as conversas diárias confundem Política com alguns políticos e os seus comportamentos. Muitas vezes cai-se em generalizações injustas para a maioria dos políticos”, frisou.
Na mesma linha se pronunciou o Pe. João Aguiar que, durante muitos anos, desempenhou o cargo de director do “Diário do Minho”. O agora presidente do Conselho de gerência da RR defende que é necessário escapar à “desconfiança permanente” relativamente aos políticos.
“A política é uma nobre arte, uma vocação e uma missão ao serviço do bem comum. A saúde da democracia passa pela estima aos que assumiram a responsabilidade da vida política”, explicou.
Esta atitude faz com que os Meios de Comunicação Social de inspiração cristã tenham de saber “ser claros na opinião e objectivos na informação, independentes política e economicamente”.
Ramos Pinheiro indicou que a quantidade de informação multiplicou-se e que, “nessa avalanche informativa, é mais fácil denunciar do que anunciar; o debate sobre aspectos pessoais sobrepõe-se ao das ideias; a necessidade de agir sobrepõe-se à indispensabilidade de reflectir”. Para este responsável, é preciso evitar o “jornalismo de moda”, subordinado às audiências ou sensacionalismo.
Notícias/opinião
Os quatro intervenientes foram unânimes em afirmar que é imprescindível “não confundir notícias com opinião”. Francisco Sarsfield Cabral, comentador, assegurou que “uma informação credível e séria não implica que não haja posições”, desde que se saiba distinguir opinião e notícia. “A imprensa escrita terá excesso de opinião, mas o pior é misturar as duas coisas”; sustentou.
Na RR, explicou José Luís Ramos Pinheiro, “a opinião editorial tem peso, não é escondida, mas tem um espaço próprio para apresentar a visão cristã sobre a vida”.
Segundo o Pe. Armando Duarte, antigo presidente da Associação de Rádios de Inspiração Cristã (ARIC), as rádios locais são, neste contexto, as mais livres, “porque fazem o seu trabalho sem estarem subordinadas a pressões”.Essas “pressões” são particularmente sentido no período eleitoral, em que todos procuram um espaço privilegiado.
O Pe. João Aguiar apresentou vários episódios que revelaram a pressão a que o director de um jornal é sujeito e o Pe. Armando Duarte apontou o dedo a “tentações de domínio monopolista” que procuram afastar as rádios de inspiração cristã do seu dever de “esclarecer os eleitores e debater ideias”.
O antigo director do Diário do Minho defendeu, para este tempo de intensa actividade política, “um olhar sereno, sem preconceito, mas realista”.

Igreja deve assumir desafio do diálogo na actividade política

ACTIVIDADE POLÍTICA NOS MÉDIA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ
O arranque das Jornadas da Comunicação Social, promovidas em Fátima pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja, decorreu esta tarde sob o signo do debate relativo à “actividade política na comunicação social de inspiração cristã”.
Na introdução do encontro, o presidente da Comissão Episcopal para a Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, D. Manuel Clemente, começou por tecer “considerações cristãs sobre a actividade política”, partindo da “Nota sobre a participação dos católicos na vida política”, publicada pela Congregação para a Doutrina da Fé, então presidida pelo Cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI.O prelado defendeu um “sim à participação cívica” e um “não ao diálogo vazio (pós-modernismo light, relativismo moral, culturalismo, etc)”.
“As sociedades democráticas são as mais exigentes a nível da participação, com fundamentação permanente do que temos para dizer ou para propor”, alertou. Criticando o “seguidismo das modas” que vai atrás de “correntes que não estão pelo lado das realidades normativas prévias, naturais”, D. Manuel Clemente assinalou que temas como o aborto, a eutanásia, a defesa do embrião e da família, a liberdade de educação, a tutela social dos menores, a libertação de novas formas de escravidão, a liberdade religiosa, a paz construtivamente entendida ou a recusa da violência e do terrorismo são “exigências éticas fundamentais”.
Estas exigências partem de “uma base comum da natureza humana, da humanidade, ainda antes de serem valores confessionais propriamente ditos”.
Neste diálogo dentro da sociedade, a Igreja deve dizer “sim à laicidade, não ao laicismo”. Quem afirma que os propósitos religiosos não têm cabimento no debate social e político “deixa de fora uma componente fundamental de muitas vidas”.
(Para ler mais, clique ECCLESIA)

Um artigo de D. António Marcelino

Promessas eleitorais e dignificação das campanhas
Em clima de pré-campanha eleitoral, com a memória já requentada das últimas eleições para a Assembleia da República, justifica-se uma reflexão serena, mesmo que ela chegue tarde ou não chegue mesmo, a quem esta poderá interessar de perto. No fundo, tratando-se de um contributo à sanidade da vida política e ao exercício correcto da cidadania, uma opinião, apenas uma opinião livre, pode sempre interessar a mais pessoas.
Campanha sem promessas não dá votos, costuma dizer-se e repetir-se. Ouvi há poucos dias o Primeiro Ministro dizer que “os compromissos eleitorais são para cumprir”. Era uma justificação para o referendo sobre o aborto antes das presidenciais, fruto de uma promessa eleitoral. A verdade, porém, é que outros compromissos derivados de promessas eleitorais, não se cumprem, nem se podem cumprir. Quem nessa altura faz promessas sabe muito bem que assim é. Perante esta realidade, parece que o mais importante é reflectir sobre o que se promete e o seu interesse para o conjunto da comunidade. De quem se propõe governar, a qualquer nível, espera-se sempre e muito legitimamente, um testemunho de sensatez, de verdade, de respeito pelo eleitorado e pelos outros candidatos.
A democracia constrói-se com a aceitação respeitosa das diferenças, não com discursos sonantes, nem com ataques pessoais. A diferença pode sempre enriquecer. Falar do outro, como se fosse um inimigo a abater, divide sempre, fere inutilmente, levanta muros, promove suspeitas, inquina relações, destrói uma sociedade onde todos têm direito a viver e participar.
Uma campanha eleitoral é, entre nós, normalmente um espectáculo desagradável e nada edificante, pelo que se diz e como se diz e pelo que se promete. Contados os votos, lá vêm palavras de felicitação com sorrisos de circunstância, mas, para trás, ficaram feridas difíceis de curar e lama difícil de limpar. Vêm, depois, as promessas para cumprir. Então, se elas ainda se recordam, mudam-se leis, fazem-se acordos, multiplicam-se desculpas, arranjam-se culpados, para tentar responder. E o povo? Pelo que vamos vendo, conta pouco ou conta cada vez menos.
A pobreza, segundo a Oikos, uma organização não governamental, séria e prestigiada, ameaça 20% da população portuguesa. Acrescenta que “o desempenho das políticas sociais nos últimos anos não tem sido muito encorajador”. E, diz ainda que “ Portugal é também o país de toda a União Europeia onde é maior a desigualdade na distribuição de rendimentos”. Um fatalismo? De modo nenhum. É preciso dizê-lo alto e em bom som.
Em campanhas eleitorais, nacionais ou autárquicas, poucas vezes se ouve a leitura serena da realidade concreta e se fala de propostas de solução possível para deficiências e males. Temos mais vocações de tribunos argutos, que gente capaz de aterrar e de se comprometer apenas com o que faz falta. O que se vê então? Mais promessas para deslumbrar, que empenhamento no bem comum. Mais ânsia de prestígio pessoal e partidário, que espírito de serviço aos outros.
Felizmente não é sempre assim, nem sempre, nem com todos os candidatos. Mas o que fica no povo, pelo que viu e ouviu, não vai muito além desta imagem triste e empobrecida. A classe política tem o dever de se prestigiar. As campanhas eleitorais são uma boa ocasião. Não se diga que a respeitar os outros candidatos não se ganham eleições. Para ganhar e para perder é preciso dignidade e só esta vai para além do acto eleitoral.

FESTA DA SENHORA DA SAÚDE

Posted by Picasa Costa Nova Costa Nova em festa
É já tradição a festa da Nossa Senhora da Saúde, na Costa Nova, que se comemora há mais de 100 anos. Realiza-se anualmente, no último fim-de-semana de Setembro, e conta com a presença de milhares de visitantes, vindos de todo o país.Este ano, mantêm-se os moldes, só muda o reportório de espectáculos. Nas noites de hoje e amanhã, a partir das 22 horas, o recinto será animado pelos grupos «Século XXI» e «Diapasão», respectivamente. No domingo, a festa recomeça logo pelas 9 horas, com a missa religiosa, seguindo-se a procissão, tão bem conhecida pelos seus cerca de 500 metros. A romaria continua à tarde com o grupo «Estrelas Incomparáveis», a partir das 15 horas, e à noite com o «Liders», pelas 22 horas. Além disso, e para completar, não faltará o fogo de artifício, na Ria, pelas 23 horas. No último dia, segunda-feira, será a vez dos grupos «Solitários» e «Fax» subirem ao palco. O primeiro, pelas 15 horas, e o outro a partir das 22 horas.
(Para ler mais, clique Diário de Aveiro)

CUFC: UM NOVO ANO!

Posted by Picasa CUFC MENSAGEM DE BOAS-VINDAS
É a alegria do regresso, é a total novidade, é um novo ano! REGRESSO de quem vem continuar o seu curso no sempre exigente estudo, ou na retoma das actividades de quem faz da sua casa a Academia, no trabalho de leccionar (transmitir conhecimento e ajudar a FORMAR PESSOAS), ou nos múltiplos serviços que tornam viva a nossa cidade do conhecimento. Todos com a certeza de que cada ano é um desafio…à subida da ‘montanha’, onde a gestão sábia do caminho terá de criar oportunidades de encontro, uns com os outros, num desenvolver de horizontes para além do ‘canudo’, fazendo crescer a outra face da vida! NOVIDADE para quem começa esta aventura do Ensino Superior, ou para os que vêm dos Programas de Cooperação (PALOP) e os estudantes da mobilidade europeia, ERASMUS. As boas vindas especiais para quem chega à casa aveirense que os acolhe, em cidade onde o rasgar da ria, no diálogo criativo entre a terra e o mar, querem fazer de todos pessoas que procuram sempre ‘coisas novas’! O CUFC - Centro Universitário Fé e Cultura, no contexto da Diocese de Aveiro em complementar proposta humana e de Sentido de Vida para as Pessoas da Academia, como desde as suas quase duas décadas de existência, procurará acompanhar, propor, desafiar… dizendo que o caminho da felicidade está sempre acima daquilo que vemos, calculamos ou tocamos, que tem de haver algum tempo para algo mais, que, no fim de tudo, “Deus é o Futuro do Homem!” Cabe-nos saudar a força das parcerias múltiplas, aos mais variados níveis, num crescente gosto em ‘dar as mãos’, sintoma de Humanidade e algo que a todos nos fortalece na construção de COMUNIDADE diária. Um ano se (re)abre também nas pontes situadas com a Pastoral Juvenil, Vocacional, Educacional, Human(a)itária, viva! Um bom Ano Académico para todos! Vivamos a coragem da Fé! Tudo terá mais significado, as cores do curso terão maior beleza, a ‘causa’ de um mundo novo fará de todos incansáveis investigadores!
A Equipa CUFC

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

VERDADE E JUSTIÇA

Posted by Picasa Humanidade deve procurar «verdade e justiça», diz Bento XVI

Bento XVI disse ontem que Deus está presente “no meio do seu povo”, como um “cidadão que vive entre os outros cidadãos as contingências da história”, desde que a humanidade se compromete pela “verdade e a justiça”.
Na audiência geral da manhã de ontem, no Vaticano, o Papa apresentou uma catequese sobre o Salmo 131, na qual reflectiu, mais uma vez, sobre o tema da presença de Deus na história e na “vida social”.
Tomando como exemplo o juramento de David, Bento XVI explicou que “à promessa do dom de Deus, que não tem nada de mágico, deve responder a adesão fiel e actuante do homem, num diálogo que entrelaça duas liberdades, a divina e a humana”.
No final da catequese, o Papa acrescentou algumas palavras ao texto preparado, referindo que “no Salmo aparece e transparece o mistério de Deus que habita no meio de nós, que se revelará plenamente com a Incarnação. A sua fidelidade é a nossa confiança, a nossa alegria nas mudanças da história”.
Na saudação em língua portuguesa, o Papa cumprimentou os peregrinos “com votos de que esta romagem até à cidade dos Apóstolos Pedro e Paulo avive, em todos vós, o fervor espiritual e o zelo apostólico para fazerdes amar Jesus Cristo na própria casa e na sociedade”.
Fonte: Ecclesia

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Sócrates promete aumentar qualificações de um milhão de portugueses até 2010

O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo vai desenvolver o programa "Novas Oportunidades", que tem como metas principais aumentar as qualificações de um milhão de portugueses e triplicar a oferta de cursos técnicos e profissionais até 2010. José Sócrates fez este anúncio no seu discurso de abertura do debate mensal na Assembleia da República - o primeiro depois das férias parlamentares de Verão."É verdade que Portugal tem outros problemas que merecem a atenção e aos quais estamos a dar resposta - a crise orçamental, a reforma do Estado e a dinamização económica -, mas, verdadeiramente, o problema crítico para a competitividade de Portugal tem a ver com a qualificação das pessoas", sustentou o chefe do Governo.
De acordo com o primeiro-ministro, o programa "Novas Oportunidades" terá sobretudo dois eixos: o primeiro vocacionado para a educação de adultos; e o segundo dirigido ao objectivo de promover a "expansão das formações técnicas e profissionalizantes no sistema de ensino".
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

No Seminário de Santa Joana Princesa

LAICISMO E INDIFERENTISMO No anfiteatro do Seminário de Santa Joana Princesa, em Aveiro, vai decorrer, nos dias 28 e 29 de Outubro, uma Jornada sobre “LAICISMO E INDIFERENTISMO”, organizada pelo Secretariado Diocesano do Ensino Religioso nas Escolas, Centro Universitário Fé e Cultura, Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro e Correio do Vouga. Em torno do tema-base “Laicismo e Indiferentismo”, a reflexão debruçar-se-á ainda sobre “liberdade” ou “défice de liberdade”, contextos sociológicos actuais, compreensão da liberdade e transmissão da identidade cultural. Vasco Pinto de Magalhães, do Centro Universitário Manuel da Nóbrega, e Madalena Abreu, do ISCA – Coimbra, abordarão “Os contextos sociológicos, na liberdade atraiçoada?”, bem como “Indiferentismo social, laicismo militante … o vazio futuro?”. Manuel Alte da Veiga, do Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho, e D. António Marcelino, Bispo de Aveiro, dissertarão sobre “A verdadeira liberdade, na urgente trans-MISSÃO da Cultura, no sentido da vida e da fé”, incidindo sobre “Os valores, a educação, a cultura, que identidade na pluralidade?" e sobre “O horizonte profundo da vida, que lugar social hoje?”
A moderação é de Querubim Silva, director do Correio do Vouga, semanário diocesano que está a comemorar as suas Bodas de Diamante. As inscrições devem ser enviadas para Centro Universitário Fé e Cultura, Campus Universitário, Apartado 323, 3811-901 AVEIRO, ou pelo telefone 234420600.

D. António Marcelino em entrevista ao Correio do Vouga

Posted by Picasa D. António Marcelino "Sempre me norteou uma vontade de conciliação"
D. António completa os 75 anos, agora a idade limite para apresentar ao santo Padre a “carta de disponibilidade”. Sente-se em “fim de carreira”?
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Sinto-me sereno e tranquilo ao entrar nesta fase concreta em que os anos contam. Não é um “fim de carreira”, mas a preparação para viver, em igual dedicação a Deus e à Igreja, os meses ou anos que posso estar ainda à frente da Diocese. Um servidor do Evangelho, presbítero ou bispo, está marcado, por força da escolha e do dom de Deus, recebido na ordenação, por uma disponibilidade gratuita, total, sem condições e para toda a vida, à Igreja e aos irmãos. Por isso continua em missão, independentemente do lugar onde está, do cargo que exerce, dos anos e das capacidades que tem.
Em total comunhão com o Papa, nem outra coisa se pode esperar de um bispo, aguardo a expressão da sua vontade, como tradução do querer de Deus em relação à minha vida.
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Setenta e cinco anos de vida, cinquenta anos de Padre e trinta anos de Bispo. Um longo e diversificado percurso. Sente-se como quem deixa pegadas de paz e sementes de crescimento nas pessoas, nos grupos, nas instituições que fizeram estas suas vidas?
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Sempre me norteou uma vontade de conciliação, construção de paz e colaboração, entre as pessoas, as comunidades, as diferenças legítimas, religiosas, políticas, sociais. Não é sempre fácil permanecer neste projecto, mormente quando o campo em que nos situamos é apoiado por critérios antagónicos, porque vêem e julgam com critérios meramente humanos e eu, como não pode deixar de ser, com critérios evangélicos ou iluminados pela fé. Posso dizer que não tenho ressentimentos de ninguém e o meu interior está pacificado em relação a todos quantos passaram pelo meu caminho e, porventura, com momentos de tensão e de divergência.
O crescimento das pessoas esteve sempre em mim, como propósito e projecto de vida. Ainda na Diocese onde fui ordenado padre há 50 anos, empenhei-me em escolas de formação de leigos em Portalegre, Castelo Branco e Abrantes, em levar os documentos conciliares a toda a parte, em dar à formação lugar cimeiro nas actividades que me foram confiadas. Dei colaboração no pós-concílio a muitas diocese do país e dediquei, durante anos, as minhas férias a Moçambique, Angola e Guiné, em cursos de formação. Aproveitei a presidência das comissões episcopais para lançar as Jornadas Nacionais da Pastoral Social, da Pastoral Familiar e do Apostolado Laical, todas elas em vigor.
Na Diocese, todos sabem da minha preocupação nesse sentido. Estão nesta linha a criação do Instituto Superior de Ciências Religiosas (ISCRA), a formação básica, acção regular de formação junto dos agentes pastorais (catequistas, professores, chefes do CNE…) e a insistência “obsessiva” junto dos padres pela sua formação contínua. A semente foi lançada e continua a ser lançada. Da sua fecundidade só Deus sabe e a Igreja receberá os seus frutos. Assim espero.
(Para ler toda a entrevista, clique Correio do Vouga)

DIOCESE DE AVEIRO: Abertura do novo ano pastoral

A Igreja ao serviço das pessoas e da sociedade
Como vem sendo habitual, far-se-á a abertura do novo Ano Pastoral no próximo dia 5 de Outubro, com uma assembleia no Seminário, que inicia às 9h30, prevendo-se o encerramento pelas 17h.
Estão convocados para esta assembleia os presbíteros e diáconos, os consagrados, religiosos e leigos, e os responsáveis dos secretariados, serviços, movimentos apostólicos e instituições da Igreja, bem como os representantes dos conselhos económicos e pastorais e das equipas arciprestais. Outros diocesanos, que o desejem, podem também participar.
Depois de ouvidos os órgãos diocesanos de participação, optamos por um Plano de Pastoral Trienal com referência à continuidade do Ano Eucarístico e à comemoração dos 40 anos da Constituição Conciliar “Igreja no mundo contemporâneo”.
O tema geral para o Triénio será: “A Igreja ao serviço das pessoas e da sociedade”.Neste ano de 2005/2006, o lema do Ano foi assim formulado:
“ A Igreja serva e pobre, em estado de missão e conversão, que celebra e se alimenta da Eucaristia, dá testemunho de Jesus Cristo no mundo concreto, que cada dia procura conhecer e amar.”
O segundo ano pastoral será dedicado à evangelização da comunidade familiar e o terceiro à pastoral social, como serviço aos mais pobres.
Conto com a maior participação de todos os convocados, pois um plano diocesano de pastoral não só é orientador dos planos paroquiais e das outras instâncias da vida pastoral da Diocese, mas é também um instrumento de união e comunhão na vida e na acção da Igreja Diocesana.
António Marcelino,
Bispo de Aveiro

NATAL: Boas-Festas de amigos

Posted by Picasa DEUS CONNOSCO
Meu Caro Amigo:
Quando estamos prestes a celebrar o nascimento do Verbo que se fez Homem, em que somos convidados a reviver este novo aniversário do “Deus connosco”, num sentimento de esperança e alegria renovada, desejo-lhe expressar o meu reconhecimento fraterno pelo que tem feito, ao longo destes largos meses, através do blogue “Pela Positiva”, que, em boa hora, criou. Fazer um balanço do que foram estes meses do blogue, perspectivar e traçar novas etapas e objectivos para este, são, entre outros elementos, preocupações e desafios que, estou certo, o meu Amigo tem sempre presente. Neste momento, desejo que este reencontro com o Deus-Menino seja sinal de exultação da Sua Mensagem e um convite para a festa. “Alegrai-vos sempre no Senhor! Que a vossa mansidão seja conhecida de todos os homens. O Senhor está próximo!” ( Filipenses 4,5). Vítor Amorim

terça-feira, 20 de setembro de 2005

CINEMA: Classificação na TV

Posted by Picasa O espectador deve ter acesso à classificação prévia dos filmes que passam nas televisões
Há muito que os filmes estreados em Portugal são alvo de uma classificação etária, o mesmo acontecendo com os que são editados em vídeo, DVD, ou qualquer outro suporte. A excepção, desde sempre, situa-se no campo da televisão, que só a partir de 1998 passou a ser sujeita de forma consistente à obrigação de divulgar as classificações quando atribuídas anteriormente pela Comissão de Classificação de Espectáculos (CCE). Filmes estreados em televisão sem passagem anterior por outros meios têm apenas as limitações da Lei quanto ao limite horário de apresentação, aplicadas por cada canal sob sua própria responsabilidade, em função sobretudo do seu grau de violência. Tal tem levado, muitas vezes, a pesadas multas aplicadas pela Alta Autoridade para a Comunicação Social, por apreciação dos filmes a posteriori.
Numa iniciativa louvável de clarificação de um sistema tão limitado e de resultados irregulares, iniciou a TVI um processo de apreciação interna de todos os programas apresentados, permitindo que a classificação se estenda muito para além dos filmes e que o espectador tenha acesso a uma informação prévia do escalão etário para que cada programa se entende adequado.
Tudo leva a crer que esta iniciativa se virá a estender aos restantes canais de televisão, pelo menos aos de transmissão aberta, já que o cabo corre sobre estruturas menos flexíveis, com maiores dificuldades em adoptar medidas de fundo que envolvam um considerável volume de mão-de-obra.
Nesta primeira abordagem televisiva do complexo campo das classificações etárias a TVI adoptou uma grelha próxima da que se encontra em vigor na CCE, com ligeiras diferenças nos escalões e alguma influência do sistema em vigor nos Estados Unidos para o cinema, com a referência ao acompanhamento por parte dos pais para idades inferiores, com a indicação AP. Todos, 10, 12, 16 e 18 anos são os limites etários adoptados.
Francisco Perestrello
Fonte: Ecclesia

Um artigo de António Rego

Posted by Picasa António Rego O padroeiro dos políticos
Completam-se, no próximo mês de Outubro, cinco anos sobre a constituição e declaração por João Paulo II, de S. Tomás Moro como patrono dos governantes e políticos. Qualquer simples biografia nos dá a imagem dum homem culto, sagaz, com capacidades governativas e políticas singulares. Nascido em Londres soube, primeiro, governar a sua própria casa na família que constituiu e na forma como reunia filhos, genros, noras e netos.
Foi chanceler do Reino e, mais tarde, no reinado de Henrique VIII, eleito pela primeira vez para o Parlamento. Construiu uma carreira brilhante em serviços administrativos, missões diplomáticas, como Juiz Presidente dum importante tribunal e Presidente da Câmara dos Comuns. De moral indefectível, era aberto e divertido, de erudição extraordinária. Em momento particularmente difícil empenhou-se na promoção da justiça e travou com vigor os que procuravam os seus interesses em detrimento dos mais débeis. O texto do Papa que o constitui patrono dos políticos salienta a “firmeza inamovível com que recusava qualquer compromisso contra a própria consciência”. É sabido que entrando em conflito com Henrique VIII foi, primeiro, condenado à pobreza e ao abandono e depois, por sentença do tribunal, decapitado. Em 1535.
A chamada de atenção para este homem, canonizado quatrocentos anos após sua morte, reconduz-nos à observação da vida política como acto de nobreza, com todas os valores e energias que merece uma causa pública, um serviço à comunidade, a defesa de princípios, a integridade associada à liberdade interior.Não faz qualquer sentido colocar na primeira linha dos atributos políticos a ausência de escrúpulos, a habilidade para dizer e desdizer, ou mesmo a opacidade em ideias e princípios, por troca duma eficácia imediatista, com fins à vista sem reserva de meios.
Nesta operação complexa é tão importante o empenhamento ético dos políticos como das populações que elegem. Os políticos saem do povo e deles são reflexo. Por isso ambos constroem a cidade a partir da dignidade inalienável da consciência - ”o centro mais secreto e o santuário do homem”, como diz o Concílio. Exactamente para aqui é chamado S. Tomás Moro, como padroeiro dos políticos. E neste momento em que se definem e discutem perfis de elegíveis para diversas áreas do poder.

Eleições autárquicas

Gente disponível para servir a sociedade Como é sabido, vamos ter eleições autárquicas no próximo dia 9 de Outubro. As campanhas estão em marcha, com vivacidade, umas, e algo mornas, outras, mas suficientemente visíveis para nos garantirem que a democracia está saudável. Ao olhar para os cartazes e para os desdobráveis dos diversos Partidos, não posso deixar de reconhecer que o nosso País está cheio de gente disponível para defender os seus ideais e os projectos dos seus Partidos, que apostam, sem dúvida, num mundo mais justo e mais fraterno, numa mais alta qualidade de vida para todos. Gente conhecida e menos conhecida, gente jovem e menos jovem, uns pela primeira vez nestas andanças e outros há décadas em luta constante por uma sociedade mais democrática, de mais justiça social, de mais solidariedade, de menos desigualdades, todos aí estão dispostos a dar o seu melhor pelo bem da comunidade a que pertencem, sem esperar nada em troca, a não ser o gosto de servir. Ao respeito pelo dever cívico de votar, temos de juntar o respeito por todos estes cidadãos, homens e mulheres, que sacrificam, quantas vezes, a sua vida profissional e alguma tranquilidade familiar para servir o bem comum. É nosso dever e até obrigação, pois, votar nesse dia. Porém, nunca de olhos fechados, mas em obediência aos princípios que defendemos e aos valores que enformam a nossa sociedade, princípios e valores ligados ao bem, à justiça social, ao progresso sustentável, à verdade, à liberdade, à solidariedade e à paz. Eu sei que é difícil, por vezes, discernir onde está tudo isto nos manifestos eleitorais dos Partidos políticos. Mas há sempre a possibilidade de olhar para os candidatos e para a sua credibilidade, para a sua capacidade de trabalho, para a sua honestidade intelectual e cívica, para a sua disponibilidade para o diálogo e para saber ouvir as pessoas. Pegando em todos estes elementos, com calma, saberemos, no dia 9 de Outubro, votar em consciência. Fernando Martins

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

Vaticano defende mudança de rumo na ONU

A ONU TEM DE SE RENOVAR PARA ENFRENTAR OS DESAFIOS DO MOMENTO PRESENTE
O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Angelo Sodano, levou até à cimeira de chefes de Estado e de Governo na ONU um pedido de mudança de rumo na acção das Nações Unidas.
“Este organismo, como qualquer realidade humana, sofreu muito desgaste no decorrer destes 60 anos. Há agora uma convicção comum de que deve renovar-se, enfrentando os grandes desafios do momento presente”, disse em Nova Iorque.Explicando que a ONU “não é um supergoverno, mas o resultado da vontade política de cada um dos países membros”, o Cardeal Sodano classificou, em nome dos católicos de todo o mundo, as Nações Unidas “como uma instituição cada vez mais necessária para a paz e o progresso de toda a humanidade”.
A renovação, afirmou, deve oferecer a todos os povos “uma instituição moderna, capaz de proferir determinações e de fazê-las respeitar”. Nesse sentido, apelou à criação de instrumentos jurídicos internacionais para o desarmamento e para o controlo do armamento, para a luta contra o terrorismo e o crime transnacional e para a cooperação efectiva entre as Nações Unidas e os organismos regionais, a fim de resolver as situações de conflito.
“Este é um apelo importante que chega até nós por parte de homens e mulheres decepcionados por promessas feitas e não cumpridas, por resoluções adoptadas e não respeitadas”, lamentou.
(Para ler mais, clique ECCLESIA)

Um artigo de João César das Neves, no DN

Posted by Picasa Olha, afinal é fácil, Portugal!
Olha, Portugal, vou dar-te uma escolha. Podes optar entre estimular a economia, entrando em prosperidade, ou, em vez disso, irmos os dois beber uma cerveja e conversar de futebol. São duas coisas fáceis, sem dificuldades. É só escolher. Que me dizes?
Queres estimular a economia, sair da crise e ter abundância e riqueza? Muito bem! Nada mais simples! Vais ver que se consegue sem quaisquer problemas.
Quem faz a produção e a prosperidade são as empresas e os trabalhadores. E o que é que elas têm de fazer para isso? Muito simples precisamente aquilo que fazem todos os dias. Procurar oportunidades de negócio, investir, trabalhar e lançar os seus produtos. É a actividade normal e é desse esforço que sai a riqueza de todos os países. É uma tarefa exigente e complexa, mas muito simples de identificar. Faz isso e a crise acaba.
Não me venhas com desculpas! Nem a China, nem o preço do petróleo, nem os riscos do mercado, nem a incompetência dos políticos. Isso não são dificuldades, é a própria natureza do problema. Claro que é custoso! Achas que alguém te pagaria se a tarefa fosse agradável e elementar? Sempre foi assim e sempre será. Em todos os tempos existiram barreiras dessas; quando não era isto, era aquilo. O teu pai e o teu avô enfrentaram coisas muito piores, com instrumentos muito mais fracos que os teus.
Aliás, as épocas más, como esta, até são vantajosas. São os tempos em que os azelhas saem, os bons empresários e trabalhadores vêem as boas oportunidades e a necessidade aguça o engenho. Julgas que as empresas só existem para os anos prósperos? Se achares que o desafio da iniciativa, imaginação e trabalho é de mais para ti, podemos sempre ir à cerveja e à conversa.
Mas, se quem faz são as empresas, quem fala sobre progresso e recuperação é o Governo. Esse é que está aflito. E, afinal, é tão simples obter tal coisa! Quer o Governo estimular a economia? Quer ter um surto de crescimento económico? Nada mais fácil! Desça a sério os impostos. Corte os regulamentos estúpidos e os obstáculos à produção das empresas e trabalhadores. Faça isso e vai ver resultados imediatos. Muito mais rápidos e eficazes que os investimentos mirabolantes e programas pomposos que anda a congeminar.
(Para ler mais, clique Diário de Notícias)

MEDICAMENTOS GENÉRICOS MAIS CAROS?

A Associação Nacional de Farmácias diz que doentes estão a pagar mais pelos genéricos
O presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), João Cordeiro, vai fazer hoje um apelo ao ministro da Saúde para que clarifique "a confusão gerada entre os doentes sobre os preços dos medicamentos". Em conferência de imprensa, Cordeiro vai apresentar um estudo que dá conta que os doentes estão a pagar mais pelos medicamentos genéricos. A tomada de posição do líder da ANF acontece depois de, nos últimos dias, terem entrado em vigor dois diplomas que alteraram as regras de comparticipação e estabeleceram a descida de seis por cento dos preços dos medicamentos subsidiados pelo Estado.
Para provar que algumas das alterações vão ter um impacte negativo no bolso dos portugueses, João Cordeiro vai apresentar um estudo segundo o qual o fim da majoração de dez por cento na comparticipação dos genéricos custará "mais 4,2 milhões de euros", por trimestre, aos utentes.
Os genéricos tinham até agora uma comparticipação acrescida em 10 por cento, para estimular o seu consumo. A alteração das regras de comparticipação - que entrou em vigor no passado dia 10 - implicou o fim deste apoio.
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

domingo, 18 de setembro de 2005

Senhora dos Navegantes — Um pouco de história


Foto de arquivo: Senhora dos Navegantes preside à procissão. Partida do Porto Bacalhoeiro, pelas 14 horas de hoje, para o Forte da Barra, onde se celebra a eucaristia e há festival de folclore. A não perder

A procissão pela ria 
dá um outro encanto à festa 


Numa tentativa de sensibilizar os historiadores gafanhões, e não só, para se debruçarem, com entusiasmo, sobre o passado do nosso povo no que diz respeito à Festa da Senhora dos Navegantes, nada melhor do que começar por um pequeno texto que extraímos da Monografia da Gafanha do Padre João Vieira Rezende, que foi pároco da Gafanha da Encarnação. Diz assim: 
“No Forte, freguesia da Gafanha da Nazaré, começou a ser construída em 3 de Dezembro de 1863 a capela de Nossa Senhora dos Navegantes, sob a direcção do exímio engenheiro Silvério Pereira da Silva, a expensas dos Pilotos da Barra, sendo então piloto-mor um tal senhor Sousa. Custou 400$000 réis. Na parede está fixada uma lápide que diz: «Património do Estado». Há de interessante e invulgar nesta capela as suas paredes ameadas e a ombreira da porta principal, de pedra de Ançã, lavrada em espiral com arco em ogiva. Celebra-se a sua festa na última segunda-feira de Setembro com enorme concorrência de forasteiros das Gafanhas, de Ílhavo, Aveiro e Bairrada. 
Nesse dia Aveiro é um deserto por se terem deslocado para ali muitos dos seus habitantes. A procissão ao sair do templo segue por sobre o molhe da Barra e regressa pela estrada sul que vem do farol. A festa é promovida pela Junta Autónoma da Barra.” 

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Posted by Picasa Capela do Forte da Barra Capela de Nossa Senhora dos Navegantes
“No Forte, freguesia da Gafanha da Nazaré, começou a ser construída em 3 de Dezembro de 1863 a capela de Nossa Senhora dos Navegantes, sob a direcção do exímio engenheiro Silvério Pereira da Silva, a expensas dos Pilotos da Barra, sendo então piloto-mor um tal senhor Sousa. Custou 400$000 réis. Na parede está fixada uma lápide que diz: «Património do Estado». Há de interessante e invulgar nesta capela as suas paredes ameadas e a ombreira da porta principal, de pedra de Ançã, lavrada em espiral com arco em ogiva. Celebra-se a sua festa na última segunda-feira de Setembro com enorme concorrência de forasteiros das Gafanhas, de Ílhavo, Aveiro e Bairrada. Nesse dia Aveiro é um deserto por se terem deslocado para ali muitos dos seus habitantes. A procissão ao sair do templo segue por sobre o molhe da Barra e regressa pela estrada sul que vem do farol. A festa é promovida pela Junta Autónoma da Barra.”
In Monografia da Gafanha, do padre João Vieira Rezende

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Posted by Picasa Foto de arquivo: Início da procissão, rumo ao Forte da Barra

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Posted by Picasa Foto de arquivo: Andor transportado por pessoas vestidas com trajes etnográficos

sábado, 17 de setembro de 2005

CIÊNCIA VIVA EM AVEIRO

Posted by Picasa Fábrica - Centro de Ciência Viva reabre a 15 de Outubro
A Fábrica - Centro de Ciência Viva de Aveiro reabre ao público a 15 de Outubro depois de um período de paragem para concretizar a primeira fase de um conjunto de obras necessárias. A intervenção, em curso desde 15 de Agosto, consiste na substituição de parte do telhado do edifício, pintura exterior e instalação de um elevador, que servirá de complemento às escadas já existentes. As obras traduzem-se num investimento na ordem dos 500 mil euros.Paulo Trincão, director da Fábrica, conclui que a intervenção visa «tratar da aparência de parte do edifício» que noutros tempos albergou a Companhia Aveirense de Moagens.Na próxima temporada, a Fábrica contará também com uma nova sala, onde é permitido fazer teatro e espectáculos de música. A obra começou antes do encerramento temporário das instalações e está quase concluída.Para o dia da reabertura do espaço está prevista uma sessão solene que incluirá a assinatura de um protocolo com o patrocinador principal do Centro de Ciência Viva, designadamente a empresa Pascoal.Numa segunda fase, o edifício deverá ser sujeito a outras obras que não carecem do seu encerramento temporário, assegura Paulo Trincão.
(Para saber mais, clique Diário de Aveiro)

POBREZA E EXCLUSÃO SOCIAL

Sociedade Civil deve assumir responsabilidades na luta contra a Pobreza e Exclusão Social
O Convento da Arrábida recebeu esta semana mais um “Encontro da Arrábida”, dedicado ao papel das instituições da sociedade civil na luta contra a pobreza e a exclusão social.
O coordenador do encontro, Edmundo Martinho, explica ao programa Ecclesia que estes dias “demonstram a importância nuclear das organizações cívicas nesta área, promovendo políticas de inclusão”.
A iniciativa foi uma oportunidade para se analisar e reflectir em torno dos objectivos da ONU de reduzir para metade o número de pobres no Mundo até 2015. Só em Portugal estima-se que haja cerca de um milhão de pobres, ou seja, 20% da população, situação agravada pelos fluxos migratórios dos PALOP e, também, do Leste Europeu.
Edmundo Martinho aponta para o “potencial imenso” que as organizações da sociedade civil representam em Portugal, “sobretudo se pensarmos que este conjunto representam milhares e milhares de pessoas que voluntariamente oferecem o seu esforço para que a vida dos portugueses seja melhor”.
Este responsável admite a existência de dificuldades “no relacionamento entre instituições do sector social e do Estado, as questões do voluntariado e do profissionalismo, os modelos de financiamento”. Acima destes problemas, contudo, o coordenador do encontro aponta a “vontade destas instituições em continuarem a sua luta contra a pobreza e a exclusão”.
Sobre os vários programas direccionados para estas áreas, Edmundo Martinho sugere que todo o esforço “seja orientado no sentido da qualificação e do combate à exclusão”.“Os recursos têm de ser canalizados, cada vez mais, para as pessoas que deles necessitam verdadeiramente”, acrescenta.
As organizações representadas na Arrábida apresentavam uma configuração variada no que diz respeito à “qualidade da intervenção”, podendo-se detectar uma qualificação crescente no modo como as mesmas trabalham. “Embora em muitas circunstâncias o estilo inicial tenha muito que ver com a vontade de bem fazer, é certo que progressivamente as organizações vão percebendo que é preciso acrescentar outros tipos de métodos, capacidade técnica, qualificação”, conclui Edmundo Martinho.
A 1 de Outubro acontece o Encontro "Instrumentos de Gestão para o Terceiro Sector”. O objectivo deste encontro é fornecer a todos os que nele participarem uma abordagem geral da gestão de instituições sem finalidade lucrativa, orientada para a aquisição de instrumentos e o aperfeiçoamento dos métodos de actuação dos seus responsáveis. Pretende-se atingir um público-alvo que já tenha algum contacto com este sector (funcionários, voluntários, dirigentes, etc.), contribuindo para o esclarecimento de dúvidas que se colocam todos os dias em sectores chave da gestão destas instituições.Mais informações em www.foriente.pt/pt/encontros
Fonte: ECCLESIA

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

EFEMÉRIDE AVEIRENSE: D. Manuel de Almeida Trindade

  D. Manuel de Almeida Trindade



Há 43 anos, João XXIII nomeia D. Manuel de Almeida Trindade Bispo de Aveiro Em 1962, concretamente no dia 16 de Setembro, faz hoje 43 anos, o Papa João XXIII, de saudosa memória, nomeou para Bispo de Aveiro D. Manuel de Almeida Trindade. 

Na bula de nomeação, o Santo Padre considerou o novo bispo aveirense como “sacerdote de verdadeira e sólida piedade e de invulgar talento e experiência”. A ordenação episcopal ocorreu em 16 de Dezembro do mesmo ano, tendo resignado em 20 de Janeiro de 1988. Sucedeu-lhe o então Bispo Coadjutor, D. António Marcelino. Com o título de Bispo Emérito de Aveiro, foi residir para o Seminário de Coimbra, onde havia sido aluno, professor e reitor. Ali continua, ainda hoje, mantendo-se, como sempre o fez, ao serviço do Povo de Deus, colaborando em tudo o que lhe é possível fazer. 
No entanto, é justo sublinhar o dom de escrever e de publicar livros, sobre temas variados, que nos levam a reviver acontecimentos e pessoas que o marcaram durante a sua permanência entre nós, e não só. Ainda recentemente, como aqui já divulgámos, publicou mais uma obra, “Fundo de Baú”, que reflecte vivências, enquanto nos mostra a sua cultura teológica, pastoral e humana, a sua capacidade de entender o mundo e de compreender e admirar os que com ele se cruzaram na vida. 
D. Manuel, apesar da sua avançada idade, não pára de trabalhar, ensinando a todos que, em todas as idades, não nos podemos nem nos devemos acomodar, alinhando com os que nada fazem. Um dia, antes da cerimónia de lançamento de mais uma obra sua, perguntei-lhe o que é fazia quando acabava um livro. “Começo logo outro” – respondeu-me prontamente. Deste meu espaço, felicito D. Manuel por tudo quanto nos deu, por tudo quanto continua a dar-nos. 

Fernando Martins