segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

Apostolado do Mar em encontro ibérico


Clube Stella Maris de Aveiro, na Gafanha da Nazaré

Está a decorrer, desde hoje até 2 de Março, no clube "Stella Maris" de Leça da Palmeira (Matosinhos), o III Encontro Ibero-Francês do Apostolado do Mar, subordinado ao tema "Educar a afectividade da família do mar". Esta iniciativa tem por finalidade partilhar e reflectir a vivência da religiosidade popular, no contexto marítimo português. 
Devoções, procissões, ex-votos, arte popular, tradições a cair em desuso, registos e superstições, de tudo se falará um pouco neste encontro. Certamente não serão esquecidas, também, as novas realidades ligadas às pescas, impostas pela UE, que muito têm afectado as zonas piscatórias e as suas gentes, com as quais se tem preocupado o Apostolado do Mar, em especial através dos clubes "Stella Maris". 
Os encontros anteriores tiveram lugar em Orense (Espanha), em 2003, e em Bayonne (França), em 2004. Uma delegação do Apostolado do Mar da Diocese de Aveiro participará, amanhã, no III Encontro Ibero-Francês, do qual daremos nota das conclusões que sobressaírem no final dos trabalhos.

Matriz Gafanha da Nazaré reinaugurada em Abril

Quem passa pela Avenida José Estêvão, na Gafanha da Nazaré, não pode deixar de constatar que a igreja matriz está em obras há meses, apresentando um aspecto de total remodelação. No entanto, essa remodelação respeita a traça original, o que lhe confere uma mais-valia, pois não foram ofendidas as marcas das construções dos templos do início do século XX, nesta região. 
Pelo que já se vê, trata-se de um trabalho que indicia muito cuidado e muito bom gosto, com total respeito pelos que, em 1912, com muita alegria, inauguraram a nova igreja matriz da paróquia, que havia sido criada em 1910, tendo como primeiro prior um gafanhão, padre João Ferreira Sardo. Tudo aponta para que a inauguração do remodelado templo seja em Abril deste ano.

Silêncio de ouro de Sócrates

José Sócrates
Estávamos habituados a saber, pela comunicação social, logo depois das eleições, quem eram os futuros ministros do novo Governo. Por linhas directos ou indirectas, tudo se sabia, e logo começavam as análises aos currículos dos propalados futuros membros do executivo, em que se sublinhavam os aspectos positivos e negativos de cada um. E quem sabe se não se iniciavam aí as pressões para que o indigitado primeiro-ministro optasse por este ou por aquele, respeitando as indicações dos jornais, rádios e televisões. 
Quantos políticos, que poderiam dar bons ministros, não terão ficado pelo caminho, por uma ou outra crítica dos politólogos dos nossos órgãos de informação. Porém, no domingo das últimas eleições, António Vitorino, o estratega do programa eleitoral do PS, lançou um alerta. "O próximo Governo não será feito na comunicação social, nem pela comunicação social; habituem-se", garantiu o ex-comissário europeu. E pelos vistos, Sócrates está mesmo a seguir à risca este princípio de não se deixar levar por quem tem tido o hábito de vender notícias à custa de uma táctica especulativa. 
O indigitado primeiro-ministro estará a trabalhar num clima tranquilo, sem pressões seja de quem for, seguindo, certamente, a sua consciência, com total liberdade e confiança do seu partido, na busca de quem tem de o ajudar a levar por diante o programa que referendou junto dos portugueses. Sócrates sabe que não pode perder esta oportunidade, mas também sabe que os portugueses estão à espera de quem lhes garanta uma vida mais tranquila e de mais futuro. Por isso, este silêncio em torno da formação do novo Governo é mesmo um silêncio de ouro. 

F.M.

LEITURAS

“A muita gente, incluindo não poucos cristãos, choca ver o Papa fisicamente diminuído e em sofrimento, como acontece há pelo menos sete anos. Alguém que, antes, irradiava vigor e praticava desporto. Porquê, então, manter tanto tempo um doente à frente da Igreja Católica?”. Esta é uma pergunta feita por Francisco Sarsfield Cabral, à qual ele responde na sua habitual coluna do DN:
 “Em Portugal, mais de dois terços dos indivíduos abrangidos pelo rendimento social de inserção são do sexo feminino. No Malawi, elas constituem 75 por cento dos pobres. E na Holanda são também mulheres que dirigem 60 por cento dos agregados que vivem situações de pobreza. Países e realidades tão diferentes são analisados num relatório do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan.” 

Para saber algo mais sobre pobreza, leia no PÚBLICO o artigo de Andreia Sanches.

domingo, 27 de fevereiro de 2005

Papa abençoou fiéis

Apesar do seu débil estado de saúde, João Paulo II apareceu hoje à janela do Hospital Gemelli e abençoou os fiéis. Devido à traqueotomia a que se sujeitou na passada quinta-feira, que o deixou temporariamente sem voz, o texto da mensagem do Santo Padre para o Angelus foi lido por Monsenhor Sandri, que conduziu a oração a Maria e deu, em nome do Santo Padre, a bênção apostólica aos fiéis na Praça de São Pedro. O Santo Padre juntou-se à oração no seu quarto do Hospital Gemelli. 
João Paulo II já foi hospitalizado nove vezes e submetido a sete intervenções cirúrgicas desde o início do seu Pontificado, em Outubro de 1978. Por todo o mundo católico sucedem-se as orações pelas melhoras do chefe da Igreja Católica. O próximo relatório médico oficial sobre o estado de saúde do Papa será divulgado segunda-feira.

Fonte: Rádio Renascença

Santa Sé propõe mercados mais justos

  

Cardeal Renato Martino diz que é preciso 
diminuir o número de pobres no mundo 

O Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, defendeu uma globalização "mais justa", baseada "no desenvolvimento integral sustentável e na protecção ambiental". O respeitado membro da Cúria Romana considera indispensável que sejam criados "mercados produtivos e regras justas, com oportunidade de acesso para todos, mas no respeito pelos diferentes ritmos de desenvolvimento". 
Falando sobre os Objectivos do Milénio, o Cardeal Martino alertou para a necessidade de se desenvolverem "laços de solidariedade e parcerias mais estreitas e um sistema mais eficaz nas Nações Unidas", bem como o aumento dos apoios públicos ao desenvolvimento, "para diminuir o número de pobres até 2015". 
O presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz apresentava o relatório intitulado "Uma globalização justa: criar oportunidades para todos", do qual é co-autor. "A globalização pode e deve ser mudada: o actual funcionamento da economia mundial sofre de desequilíbrios inaceitáveis do ponto de vista ético e politicamente insustentáveis", escreve. 
O Cardeal Renato Martino é muito crítico ao constatar que, "para a maioria dos homens e das mulheres, a globalização não responde às legítimas aspirações de ter um trabalho digno e um futuro melhor para os seus filhos". Como caminho de futuro, o relatório aponta a promoção de um comércio "équo e solidário" para assegurar uma justa compensação a quem produz materialmente os bens.

Octávio Carmo, da ECCLESIA

Guerra Junqueiro - Antologia

 

REGRESSO AO LAR 

Ai, há quantos anos que eu parti chorando 
Deste meu saudoso, carinhoso lar!...
Foi há vinte? ... há trinta?...
Nem eu sei já quando!... 
Minha velha ama, que me estás fitando, 
Canta-me cantigas para me eu lembrar!... 
Dei a volta ao mundo, dei a volta à Vida ... 
Só achei enganos, decepções, pesar... 
Oh! a ingénua alma tão desiludida!... 
Minha velha ama, com voz dorida, 
Canta-me cantigas de me adormentar!... 
Trago d'amargura o coração desfeito... 
Vê que fundas mágoas no embaciado olhar! 
Nunca eu saíra do meu ninho estreito!...
Minha velha ama que me deste o peito, 
Canta-me cantigas para me embalar!... 
Pôs-me Deus outrora no frouxel do ninho 
Pedrarias d'astros, gemas de luar... 
Tudo me roubaram, vê, pelo caminho!... 
Minha velha ama, sou um pobrezinho...
Canta-me cantigas de fazer chorar! 
Como antigamente, no regaço amado, 
(Venho morto, morto...!) deixa-me deitar! 
Ai, o teu menino como está mudado! 
Minha velha ama, como está mudado! 
Canta-lhe cantigas de dormir, sonhar!... 
Canta-me cantigas, manso, muito manso... 
Tristes, muito tristes, como à noite o mar... 
Canta-me cantigas para ver se alcanço 
Que a minh'alma durma, tenha paz, descanso, 
Quando a Morte, em breve, me vier buscar!...

Vamos ouvir LISZT

Liszt, um compositor que merece ser ouvido 
com mais frequência

Estando em casa, podemos ouvir um clássico da música. Liszt, talvez o maior músico de todos os tempos, como o classificou o seu genro Richard Wagner, foi, de facto, um genial pianista e um expressivo compositor, que muitas vezes compôs para si próprio. Como compositor e intérprete, explorou o piano até à exaustão. Nasceu em 22 de Outubro de 1811, na Hungria, e faleceu em Bayreuth, em 1 de Agosto de 1886, depois de uma vida artística e familiar bastante agitada. 
Deu concertos em todas as grandes cidades da Europa e no fim da vida exilou-se do mundo, tendo recebido ordens menores. O CD a que vou dedicar uma parte do dia de hoje oferece-nos dois concertos para piano e um poema sinfónico. São composições que nos envolvem pelo lirismo, por vezes rapsódico, que se enquadra no romantismo. 
O poema sinfónico revela a mestria de Liszt no domínio da orquestração e uma sensibilidade única.

LEITURAS

Com o frio, apetece ficar por casa. Por isso, vou sugerir algumas leituras. A primeira é, como habitualmente, de Frei Bento Domingues, no PÚBLICO, intitulada “A mulher de Samaria”, e a segunda, no mesmo jornal, é de António Barreto, e tem por título “Querer. Poder. E saber”. Do DIÁRIO DE NOTÍCIAS, sugiro “Nós, os povos europeus”, de Diogo Pires Aurélio.
No DIÁRIO DE AVEIRO pode ler "Amiais, a aldeia que vai entrar nos roteiros turísticos", um artigo de Rui Cunha.

sábado, 26 de fevereiro de 2005

Fórum da Juventude na Gafanha da Nazaré

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré 

A Câmara Municipal de Ílhavo inaugurou um Fórum da Juventude no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré. Trata-se de um espaço vocacionado para ocupação de tempos livres, com oferta de várias opções, nomeadamente ludoteca, mediateca e acesso à Internet. 
Este Fórum será, assim se espera, uma mais-valia para todos os jovens que apostam em tempos de lazer sadios.

BLOGAVEIRO dinamiza exposição itinerante

 
Aspecto da exposição

O BlogAveiro, que mora já em http://blogaveiro.blogspot.com, foi apresentado hoje, pelas 11 horas, no átrio de entrada do grande auditório do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro. Trata-se de um projecto coordenado por Dinis Pedro Alves, responsável pela aula de Fotojornalismo do ISCIA (Instituto Superior de Ciências da Informação e Administração).
Paralelamente ao lançamento do BlogAveiro, mais vocacionado para a fotografia artística, houve a exposição de diversos trabalhos fotográficos dos alunos do 4º ano daquela disciplina, muitos dos quais denotam uma sensibilidade bastante apurada. Esta mostra, que será enriquecida com muitas outras fotos, vai ser itinerante, apresentando-se, brevemente, no museu Etnográfico da Praia de Mira (5 de Março), em Coimbra (Abril) e em Arouca (Maio). 
Na Casa da Juventude de Aveiro podem ser apreciadas diversas fotografias dos alunos do ISCIA, durante mais uns dias. O BlogAveiro, que não se esgota na fotografia artística, vai ser ponto de encontro das pessoas que gostam de Aveiro e sua região, frisou Dinis Alves, que se apresentou apenas como "agente provocador", junto dos alunos do ISCIA, ajudando-os a ultrapassar barreiras.

LEITURAS

Hoje há muito para ler, porque há tempo e jornais e revistas a desafiarem-nos. O que eu achar melhor, aqui vou sugerindo. Para começar, um conjunto de textos, de António Marujo, publicados no PÚBLICO, sobre a situação clínica do PAPA, e não só. No mesmo jornal, de Helena Matos, "Eng., não nos desengane!" No Diário de Notícias, leia "E agora, José?"

"CONVERSAS" NO CUFC

Padre Alexandre Cruz e Dra. Margarida Cardoso
O BUDISMO aposta na serenidade plena Margarida Cardoso, da União Budista Portuguesa, esteve no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), na quarta-feira, à noite, para falar sobre Budismo. Com uma sala cheia, presidiu à "conversa" o Padre Alexandre Cruz, director daquele centro, que salientou a premência de todas as religiões e filosofias se unirem para a defesa de uma ética universal. Moderou António Martins, docente da Universidade de Aveiro, que sublinhou a importância de conhecermos outras formas de pensar, para convivermos com os outros, sendo mais tolerantes. O primeiro desafio para se perceber o Budismo partiu de um convite, original entre nós, lançado pela palestrante: "Sentados comodamente, mãos sobre os joelhos, olhos fechados; vamos sentir o ar a entrar e a sair pelas narinas; vamos ouvir o barulho da sala... e agora o silêncio; deixemos entrar os pensamentos...". Isto, porque o Budismo é essencialmente uma filosofia de vida, uma prática enriquecida por experiências de meditação, um estado de consciência límpido, luminoso, de compaixão e de sabedoria, frisou Margarida Cardoso. A convidada do CUFC recordou que Buda, meio milénio antes de Cristo, abandonou os prazeres para procurar a iluminação, que só será conseguida através da atenção que prestarmos a "grandes verdades", as quais nos conduzem à libertação interior absoluta. Disse que o sofrimento tem origem no desejo, que a eliminação do desejo leva ao fim do sofrimento, e que, quando atingirmos esta fase, ao longo de uma caminhada de intenções, acções, recolhimento e concentração puros, alcançaremos o nirvana, ausência total da dor, meta perseguida pelos budistas. Questionada sobre o dia-a-dia, entre os ocidentais, da vivência budista, Margarida Cardoso referiu que todos têm "vidas normais, com casa, família e trabalho". Reúnem-se para meditar, para se tornarem "mais conscientes do momento presente", tendo sempre em conta a busca das "boas relações com as pessoas", o interesse por tudo quanto os rodeia, segundo uma ética assente na positiva. "Não basta não roubar; temos de ser generosos", adiantou. "Os budistas ultrapassam com mais facilidade as situações de stresse, porque aprendem a relaxar nos encontros de meditação, também conhecidos por yoga", disse. Sobre a vida para além da morte, Margarida Cardoso afirmou que defendem o renascimento, que definiu como "ciclos de existência sem fim". Referiu que, quando nós morremos, "se é que morremos", o que vai permanecer são "marcas, fluxos de energia e de consciência, que são a nossa continuidade, o nosso renascimento". Não aceitam Deus, nem qualquer ente criador, "porque o grande arquitecto é a mente humana", sublinhou. Mas também não são dogmáticos, até porque há imensos mestres e escolas budistas que têm, como matriz comum, tão-só a procura da perfeição, que conduzirá à iluminação, ao nirvana, que é, afinal, a serenidade plena. Fernando Martins

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005

Renúncia não entra nos planos de João Paulo II

João Paulo II continua a comunicar por escrito, tendo manifestado a intenção de levar a sua missão, como Papa, até ao fim. O porta-voz do Vaticano revelou que, após a operação, João Paulo II escreveu num bilhete "eu sou sempre Totus tuus(todo teu)", o lema do seu Pontificado, que figura nas armas pontifícias e que remete para a sua devoção a Nossa Senhora. "Que é que me fizeram?", escreveu ainda. Joaquín Navarro-Valls disse que este foi o primeiro gesto do Papa assim que saiu da sala de operações, ainda sob o efeito da anestesia. Enquanto o Papa está doente, a gestão dos assuntos correntes do Vaticano e da Cúria ficam a cargo do Cardeal Angelo Sodano. Vários especialistas em Direito Canónico foram unânimes em afirmar que, mesmo a partir de um hospital, é possível a quem governa a Igreja exprimir a sua vontade, dar ordens e disposições. Para saber mais, clique aqui.

ANTOLOGIA

Cesário Verde Ave Maria Nas nossas ruas, ao anoitecer, Há tal soturnidade, há tal melancolia, Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia Despertam-me um desejo absurdo de sofrer. O céu parece baixo e de neblina, O gás extravasado enjoa-me, perturba; E os edifícios, com as chaminés, e a turba Toldam-se duma cor monótona e londrina. Batem carros de aluguer, ao fundo, Levando à via-férrea os que se vão. Felizes! Ocorrem-me em revista, exposições, países: Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo! Semelham-se a gaiolas, com viveiros, As edificações somente emadeiradas: Como morcegos, ao cair das badaladas, Saltam de viga em viga os mestres carpinteiros. Voltam os calafates, aos magotes, De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos; Embrenho-me, a cismar, por boqueirões, por becos, Ou erro pelos cais a que se atracam botes. E evoco, então, as crónicas navais: Mouros, baixéis, heróis, tudo ressuscitado! Luta Camões no Sul, salvando um livro a nado! Singram soberbas naus que eu não verei jamais! E o fim da tarde inspira-me; e incomoda! De um couraçado inglês vogam os escaleres; E em terra num tinir de louças e talheres Flamejam, ao jantar alguns hotéis da moda. Num trem de praça arengam dois dentistas; Um trôpego arlequim braceja numas andas; Os querubins do lar flutuam nas varandas; Às portas, em cabelo, enfadam-se os lojistas! Vazam-se os arsenais e as oficinas; Reluz, viscoso, o rio, apressam-se as obreiras; E num cardume negro, hercúleas, galhofeiras, Correndo com firmeza, assomam as varinas. Vêm sacudindo as ancas opulentas! Seus troncos varonis recordam-me pilastras; E algumas, à cabeça, embalam nas canastras Os filhos que depois naufragam nas tormentas. Descalças! Nas descargas de carvão, Desde manhã à noite, a bordo das fragatas; E apinham-se num bairro aonde miam gatas, E o peixe podre gera os focos de infecção! NB: Para recordar Cesário Verde, na celebração dos 150 anos do seu nascimento

O que se espera de José Sócrates?

* Que dê prioridade a reformas estruturais, sempre adiadas; * Que o ministro das Finanças tenha capacidade e determinação para combater, de uma vez por todas, a fuga ao Fisco; * Que o ministro da Economia saiba atrair investimentos para o País; * Que aposte nos melhores políticos e nos melhores técnicos, do PS e independentes; * Que acabe com a burocracia e com o Estado escandalosamente gastador; * Que não siga a política do clientelismo; * Que não substitua gente competente, só porque não pertence ao PS; * Que não adie para amanhã, o que pode fazer hoje. O povo está farto de esperar; * Que não esqueça que a Educação e a Cultura são fundamentais à sobrevivência de uma nação; * Que tenha sempre em conta a luta contra a pobreza e que olhe mesmo para os que passam fome; * Que respeite os princípios que enformam a sociedade portuguesa.

LEITURAS

No EXPRESSO pode ler que Portugal é um país pouco inovador. No mesmo jornal, pode ler um artigo de José António Lima, intitulado Colapso Absoluto.

BlogAveiro já está à nossa espera

A partir de amanhã, sábado, dia 26, o BlogAveiro passa a esperar por todos os amigos de Aveiro e da sua região na morada . Gerado na turma de Fotojornalismo 2004/2005 do Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA), não se fica pela cidade da Ria, mas vai saltar por mar e serra à cata do que é belo. Mas também do que constitui a matriz cultural das nossas gentes. Como se lê em texto de apresentação, que nos chegou através do ciberespaço, ali se encontram "Viagens encantatórias pelas aldeias perdidas da Serra da Freita, retratos das gentes do Caramulo, mail'o Senhor Manuel, as moreias mais as pedras-parideiras; gotas que se contam e outras que se esparramam pixéis fora; fotos-miradouro para delícias paisagísticas várias, e outras brotando de espelhos-de-água; fotos pintadas com luz, penumbras e neblina; mordendo o chão para fotografar o repuxo, engolindo poeira para abocanhar a cratera, voando sobre carris, acariciando as nervuras do desenho azulejado". Vale a pena visitá-lo, com regularidade, para melhor conhecermos a nossa terra e a nossa gente. Também para nos conhecermos a nós próprios. A apresentação oficial do BlogAveiro, projecto coordenado por Dinis Manuel Alves, docente da disciplina de Fotojornalismo, decorrerá no próximo dia 26, pelas 11 horas, no Hall do Grande Auditório do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro. Foto: De Sónia Rebelo, no BlogAveiro Posted by Hello

PAPA foi submetido a uma traqueotomia

João Paulo II foi submetido a uma traqueotomia, que demorou 30 minutos e "correu bem". Segundo o porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls, o Papa encontra-se bem, e a operação, destinada a suprir insuficiências respiratórias, “decorreu e terminou de forma satisfatória".De acordo com o Vaticano, o Papa vai passar a noite no seu quarto e não nos cuidados intensivos.
O comunicado oficial dá conta de que “o Santo Padre foi informado sobre a necessidade de sofrer uma traqueotomia e deu o seu consentimento”.A intervenção começou pelas 20h20 (19h20 GMT, hora de Lisboa) e terminou às 20h50 (19h50 GMT), altura em que começaram a circular informações dando conta dessa intervenção. “O pós-operatório imediato está a correr como previsto”, diz a nota. Para informações mais desenvolvidas clique aqui.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

Leituras

No PÚBLICO, pode ler um artido do António Marujo sobre um novo livro do Papa, "Memória e Identidade". Nesta nova obra, de memórias, o Santo Padre condena, mais uma vez, o aborto e o holocausto. No SOLIDARIEDADE, mensário da Confederação das Instituições de Solidariedade Social, pode ler um artigo de José Maia, intitulado "Ruídos na Solidariedade...".

Novo CÓDIGO DA ESTRADA

Está já à venda a nova versão do Código da Estrada, com profundas alterações. Há novas regras relacionadas com as multas. Por exemplo, as multas terão de ser pagas no acto da infracção. No caso de o infractor pretender contestar a sanção, terá de fazer um depósito do mesmo valor, que só lhe será devolvido se conseguir provar que tem razão. Mas as alterações não se ficam por aqui. Por isso, aconselho os meus leitores a adquirirem um exemplar do Código da Estrada, para se informarem mais convenientemente. Não há dúvida de que os portugueses há muito andavam a "pedir" um novo Código da Estrada, por tão inconscientes serem quando conduzem, o que nos atirava para o cimo da tabela dos mais infractores na UE. Agora, como o Código da Estrada é a "doer", pode ser que haja mais cuidado quando se conduz.
Este novo Código entra em vigor no dia 26 de Março.
Para ficar a conhecer as principais alterações, clique aqui.

PAPA teve uma recaída

O Papa João Paulo II foi hospitalizado de novo na Clínica Gemelli, pelas 11.30 horas (10.30 horas de Lisboa), com uma recaída, segundo informou o Vaticano. As diversas agências noticiosas tornaram público que o Santo Padre está com febre e com dificuldades respiratórias, mas só amanhã é que será divulgado um boletim clínico. Tem sido sublinhado que o Papa se esforçou bastante no trabalho que teve durante o período de convalescença, com uma agenda muito sobrecarregada.
Para uma informação mais actualizada, consultar a ECCLESIA.

Governo de Salvação Nacional

Estou convencido de que os portugueses votaram em massa no PS, dando-lhe a maioria absoluta, porque estão cientes de que José Sócrates não vai obrigar ninguém a apertar o cinto, que foi a política levada a cabo pela coligação PSD/PP. Política necessária, porque o Estado estava a gastar muito mais do que tinha para gastar. Como em qualquer casa de família, se as despesas normais excedem os rendimentos mensais, é certo e sabido que o endividamento não pode deixar de surgir. Como é óbvio, o novo Governo vai ter como obrigação urgente controlar o défice das contas públicas, e isto vai reflectir-se na vida de toda a gente. Só com muitas dificuldades é que poderá ser evitado. Mas como ninguém faz milagres, atributo exclusivo de Deus, é certo e sabido que a política de apertar o cinto vai aparecer, mais dia, menos dia. Tenho para mim que os descontentamentos saltarão para a praça pública muito em breve, se o Governo não agir com determinação e com justiça social, nunca prejudicando as classes que vivem apenas do seu salário. José Sócrates tem muito por onde escolher, assim os mais competentes aceitem trabalhar num Governo como este, que é, sem sombra de dúvidas, um Governo de Salvação Nacional. É que Portugal ainda não deixou de estar de “tanga”, como um dia denunciou Durão Barroso. Mas também é verdade que um Governo de Salvação Nacional tem de contar com a colaboração de todos os portugueses. Trabalhadores e empresários, governantes e governados, funcionários públicos e dirigentes de todos os quadrantes. Caso contrário, permaneceremos na cauda da tabela da UE. F.M.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

É um ENFARTE?

Como detectar um enfarte... Eu não conhecia este procedimento tão simples para determinar se alguém está a sofrer um enfarte. Envio por considerar interessante. Às vezes os sintomas de um enfarte são difíceis de identificar. Infelizmente, a falta de conhecimentos provoca desastres irreversíveis. A vítima de um enfarte pode sofrer danos cerebrais, se as pessoas próximas não reconhecerem os sintomas e não as socorrerem a tempo. Agora os médicos dizem que um simples espectador pode reconhecer um enfarte, fazendo três simples testes à pessoa, um depois do outro: ~
1.- Peça à pessoa que sorria;
2.- Solicite-lhe que levante ambos os braços;
3.- Peça-lhe que repita uma frase simples.
Se a pessoa tiver algum problema para realizar qualquer uma destas três tarefas, ligue para as emergências ou para a ambulância imediatamente, e diga-lhes que há uma pessoa a sofrer de um enfarte, descrevendo à pessoa que o atender os sintomas que observou.
Depois de descobrir que um grupo de voluntários sem conhecimentos médicos podiam identificar a debilidade facial, a debilidade dos braços e problemas da fala, os investigadores convidaram o público em geral a aprender o procedimento e a diagnosticar o enfarte. Esta informação foi apresentada na reunião anual da Associação Americana contra o enfarte, em Fevereiro deste ano. O uso divulgado desta prova poderia produzir o diagnóstico e o tratamento a tempo de um enfarte e prevenir os danos cerebrais.
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NB: Um amigo enviou-me um e.mail com este texto, que me parece oportuno. Aqui fica, ao cuidado dos meus leitores.

Semana Cáritas, até domingo

PARTILHA O PÃO - CONSTRÓI A JUSTIÇA
Até domingo, está a decorrer a Semana Cáritas, este ano subordinado ao tema "Partilha o pão - constrói a justiça". Com esta iniciativa, a Cáritas Portuguesa, com a colaboração das diversas Cáritas Diocesanas e Paroquiais, pretende chamar a atenção para a urgência de todos nos envolvermos na luta contra a pobreza, que passa, indubitavelmente, pela partilha do pão, sobretudo com os que passam fome, e pela construção da justiça no dia-a-dia. Sendo certo que mais de um milhão de portugueses passam fome, neste tempo de tantas manifestações escandalosas de riqueza, e que outros tantos vivem no limiar da pobreza, urge, então, que façamos algo para que este estado de coisas se modifique. E também temos de reconhecer que não basta reclamar ao Governo que faça tudo, porquanto a sociedade tem iguais responsabilidades nas injustiças que provocam a fome e a miséria em tanta gente. Nos dias 24, 25 e 26, vai decorrer o Peditório Anual da Cáritas, sendo esta uma bela oportunidade para todos colaborarmos. Porém, não podemos ficar por aqui, dando uns simples trocos que nos pesam no bolso. Urge fazer muito mais. Por exemplo, colaborando, regularmente, com a Cáritas, com outros grupos sociocaritativos ou com instituições particulares de solidariedade social. Na política, nas comunidades, nos sindicatos, nas paróquias, nas organizações não governamentais, nas empresas, na comunicação social, nos grupos culturais, enfim, em toda a parte, podemos trabalhar para a erradicação da pobreza e por uma justiça social mais humanizada. Fernando Martins