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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

RUMO PARA UMA RENOVAÇÃO NECESSÁRIA


Um artigo de António Marcelino

«O Papa traçou para a Igreja o caminho do Concílio: na fidelidade a Deus, unir e não separar; acabar com condenações; marcar uma presença no mundo, inspirada no amor e conduzida pelo diálogo, nunca desprezar este mundo, das pessoas e da natureza criada, antes ver nele a antecipação de Deus, que o criou e viu que era bom e repleto de beleza. Esta dimensão nova, proposta à Igreja, gerou uma expectativa não esperada, por parte de muitos, mesmo não cristãos.»

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Vaticano II: textos conciliares


No dia 25 de dezembro passaram 50 anos da publicação da constituição apostólica “Humanae salutis”, na qual o papa João XXIII convocaria o Concílio Ecuménico Vaticano II para 1962. O encontro terminaria a 8 de dezembro de 1965 mas as suas implicações na vida da Igreja Católica permanecem atuais meio século depois.

O Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura recorda excertos dos documentos conciliares.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

ACONTECIMENTO DESEJADO E ESPERADO

Um texto de António Marcelino

O Concilio Vaticano II foi, no século XX, o maior acontecimento da história da Igreja. Passados cinquenta anos, é importante voltar atrás, ver o que, então, se passou, avaliar os avanços alcançados e, ao mesmo tempo, tentar perceber porque muitas orientações conciliares estão por cumprir, e se nota um lamentável retrocesso em alguns campos pastorais importantes e concretos.
Soube-se que Pio XII já tinha pensado em convocar um concílio. Porém, os influentes da Cúria Romana, que depois se vieram a mostrar como travões nos trabalhos conciliares, levaram-no a desistir desse intento. As razões então aduzidas, traduzem-se nestes pontos: um concílio não é necessário, só viria trazer problemas à Igreja, muitas coisas controladas agora, se tornariam incontroláveis, pela dificuldade de se conseguir uma visão comum com bispos vindos de todo o mundo…

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Bispo Emérito de Aveiro vai levar o Vaticano II aos leitores


Um ciclo que termina e outro que se inicia
António Marcelino

«O Concílio Vaticano II, o maior acontecimento da Igreja no século XX, com vocação para continuar, dadas as linhas de renovação que comporta e aponta, ainda não chegou ao povo. E muitos dos que dele devem beber todos os dias, já arrumaram, quiçá, os seus documentos na prateleira, se é que ainda sabem onde eles se encontram.
Porque me dói esta situação, vou tentar levar o Concílio aos leitores. Seja para confirmarem o que sabem e por onde caminham, seja para acordar novos e velhos, para caminhos de esperança e rumos novos de acção. Não deixarei de andar a olhar a rua, nem de levantar os pés no chão, pois aí se passa tudo o que pode dar sentido e valor à nossa vida.»

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Bento XVI: “há mundo a mais e Espírito a menos”



Resistências à mudança 

António Marcelino 

«As maiores recriminações de Cristo foram feitas aos conservadores interessados do seu tempo, que não queriam andar, nem deixavam que outros andassem. Parece que a história se repete, com prejuízo irreparável das pessoas e da sociedade. Ao repensar a acção da Igreja hoje, há que estar atento porque, em alguns casos, os falar-se de renovação e ao dar exemplo de coisas novas, o horizonte é muito curto, o que não admira pelo pouco que se estuda, lê e reflecte, se escuta, avalia e inova. Os que querem de verdade são sonhadores e utópicos. Os que parece que querem são agentes promovidos.» 

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Efeméride:Concílio Vaticano II encerrou a 8 de Dezembro



Começa a fazer falta o Vaticano III

O Concílio Vaticano II, iniciado por João XXIII e concluído com Paulo VI, revolucionou a Igreja Católica, que entrou no mundo com outros olhares. Foi em 1965, na Praça de S. Pedro, que os trabalhos conciliares foram  dados por encerrados. A partir daí, as constituições, decretos e declarações passaram a ser lei a seguir por todos os católicos do mundo. Porém, há quem diga que o Vaticano II ainda não entrou, em força, em muitos sectores da Igreja e mesmo da vida dos crentes. E também se diz, decerto com alguma lógica, que começa a fazer falta o Vaticano III.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Actualidade do Vaticano II

Neste artigo, o Padre Georgino Rocha «mergulha» no II Concílio do Vaticano e apresenta alguns pontos pertinentes sobre o «maior evento eclesial do século XX». Pode ler todo o texto aqui "2. Situada no tempo e sentindo o seu impacto, a Igreja aprofunda a consciência do seu ser mistério de comunhão em ordem a configurar de forma mais adequada o seu ser sacramento de salvação. A fidelidade a Jesus Cristo impele-a a estar atenta à cultura, aos contextos, às linguagens e a procurar inserir-se para melhor servir. Sendo una e única, realiza-se numa pluralidade de comunidades dispersas, mas em comunhão orgânica e dinâmica; sendo santa e apostólica, traz consigo a marca das limitações e deficiências humanas acumuladas ao longo da história; sendo católica está aberta ao universal e condensa num local os meios indispensáveis à salvação. Esta auto-compreensão eclesial manifestou-se de forma significativa em iniciativas emblemáticas como os Sínodos e a criação de órgãos reconhecidos de participação: assembleias e conselhos, designadamente. Mas expressa-se igualmente em gestos e atitudes eloquentes, embora discretas, como a solidariedade espiritual, a partilha de bens, o apostolado de vizinhança, o voluntariado social e missionário. A consciência assumida desta realidade contrasta radicalmente com a lentidão de processos de renovação global, com a raridade de projectos comunitários, com a debilidade da rede de comunicações no interior das comunidades e destas com a sociedade envolvente e distante."

terça-feira, 11 de outubro de 2005

II Concílio Ecuménico do Vaticano

D. Manuel de Almeida Trindade:
“Os ventos conciliares não foram captados em toda a parte
e por todas as pessoas da mesma maneira”

 Em 1962, faz hoje precisamente 43 anos, iniciaram-se em Roma os trabalhos do II CONCÍLIO ECUMÉNICO DO VATICANO, em que tomou parte, desde a primeira sessão, D. Manuel de Almeida Trindade, então Bispo de Aveiro. Sem pretender, aqui e agora, sublinhar a importância deste concílio, que foi, sem dúvida, o maior acontecimento eclesial do século XX, ocorre-me, no entanto, recordar duas ou três passagens de “O Vaticano II no seu tempo”, um testemunho do nosso Bispo Emérito, publicado em Maio de 1984.
Diz D. Manuel, que, “Ao passar agora, não como turista mas como bispo, por entre peças de museu – lápides seculares, vasos etruscos, múmias egípcias, estátuas de mármore que há cerca de dois milénios haviam servido de elementos decorativos nos átrios das casas patrícias ou nos templos de Atenas ou de Roma – ao passar por entre aquelas testemunhas mudas e quedas do passado, tive a sensação de um certo desajuste.
Que a Igreja não queria ser objecto de museu estava hoje ali a prova evidente naquele cortejo de bispos, de arcebispos, de patriarcas e de cardeais que, em fila de quatro, desfilavam pelos corredores do museu a caminho da praça de S. Pedro e da basílica vaticana”.
Depois, D. Manuel evocou grandes liturgistas, biblistas e patrólogos “que já conhecia dos livros” e que iam participar no Concílio, nomeadamente Chenu e Congar, da Ordem dos Pregadores; Carlos Rahner, Henrique de Lubac, Daniélou, da Companhia de Jesus; Rogério Schutz [falecido há pouco] e Max Thurian, da Comunidade de Taizé; e o Professor Óscar Cullmann, “de quem havia lido não só o Pierre, apotre et martyr, mas também a Christologie du Nouveau Testament e Christ et le temps. Este livro levava-o eu na minha bagagem de Padre Conciliar.
Embora não fosse caçador de autógrafos, não me contive, um dia que me encontrei com o célebre professor de Basileia, que não lhe pedisse um autógrafo para o exemplar deste livro, que julgo ser a sua obra mais significativa”.
No final do primeiro dia, o então Bispo de Aveiro escreveu no seu caderno este apontamento: “O Papa impressionou-me pelo ar de modéstia e de piedade que ressalta da sua fisionomia. Uma nota de religiosidade nos penetra a todos. Vê-se bem que não se trata de qualquer congresso ou assembleia parlamentar. O protagonista principal de todo este acto está presente mas é invisível. Só a fé o descortina. É o Divino Espírito Santo. A Ele se dirigem o louvor e as súplicas da celebração eucarística.”
Já no final do seu testemunho, D. Manuel refere que “O Papa João XXIII, optimista por temperamento e por imperativo da fé, falava no início do Concílio de uma nova primavera na Igreja. A verdade é que não era ainda a primavera. Os ventos conciliares não foram captados em toda a parte e por todas as pessoas da mesma maneira.
Há ainda hoje muitas pessoas a propósito de quem se poderia repetir a queixa formulada por S. João Crisóstomo a propósito das Cartas de S. Paulo: nem sequer o número delas conhecem”. E porque decerto haverá muitos católicos nessa situação, aqui fica uma simples proposta: procurem ler, quantos antes, o CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, para então não se ouvir a queixa de S. João Crisóstomo.

Fernando Martins