terça-feira, 26 de agosto de 2025

«Não podemos ficar quietos, tranquilos e calados»



"Ninguém investido em autoridade neste país, seja a nível central seja a nível local, pode ficar quieto, tranquilo, descansado, limitando-se uma vez mais a voltar a dizer que agora sim, agora é que vamos pensar e levar a sério a desertificação do interior do nosso belo país, dotando as pessoas que lá vivem com os mesmos direitos, meios e estruturas que todos os outros cidadãos.”

"Quando vemos a terra à força enviuvada, e o sol e a lua, nossos irmãos, vestidos de sangue carregado, não podemos fechar os olhos e as mãos, as entranhas e o coração. Quando ouvimos os gritos angustiados de tantos de nós que veem os seus bens arrebatados pelas chamas e o futuro ali à sua frente trucidado, não podemos apagar a dor que nos sufoca e continuar a dormir um sono sossegado.”

António Couto, Bispo

Li aqui

ROSITA FACICA

A minha querida mãe


O meu parente e amigo Manuel Olívio da Rocha teve gentileza de homenagear a minha querida mãe, Rosa da Rocha, nascida em 23 de Fevereiro de 1910 e falecida em 15 de Maio de 1994, com 84 anos. E diz:

"Ti Rosita:

Parece que a estou a ver com o seu sorriso e os olhos vigilantes. Os rapazes íamos visitar o seu mais velho, mas era você que nos abria a porta.
Com o rodar dos anos, fomos dando conta de que, como o seu Armando andava no bacalhau, ali, na vossa casa, tudo passava por si; afinal o que sucedia em muitas das famílias da nossa terra, onde as mães organizavam, dirigiam e mandavam e todos lhes obedeciam!
Acredite que, como todos os rapazes, muito a admirava o


Obrigado, Olívio, pela tua amizade.

Fernando Martins

Recordando Mestre Mónica

«Parece-me que respiro melhor, quando vou à Gafanha benzer os barcos de Mestre Mónica. Mas não é só o ar da ria que tem o dom de nos abrir os pulmões. É não sei que fulgor de abundância, de riqueza nacional, de vitorioso progresso que por ali passa e nos bate em cheio no peito. É um milagre de beleza que Mestre Mónica sabe extrair de troncos rudes, de matéria informe. Quando passam os carros a gemer sob o peso morto daqueles pinheiros, quem imagina a elegância e a majestade, a doçura e a força, a maravilha e arte que dali vão sair!
Vai Ilhavense; vai Santa Joana; vai, Santa Mafalda; vai, Avé-Maria, desce imponente a húmida calha, entra nas águas, encanta os mares, recolhe a presa, e depois, ao regresso, entra airosa na barra, ao som da orquestra, ao flutuar das bandeiras, à alegria das multidões!


Aveiro, 5 de Abril de 1957

+ João Evangelista,
Arcebispo-Bispo de Aveiro»

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

A FLOR EM SILÊNCIO



Procuro o lento cimo da transformação
Um som intenso. O vento na árvore fechada
A árvore parada que não vem ao meu encontro.
Chamo-a com assobios, convoco os pássaros
E amo a lenta floração dos bandos.
Procuro o cimo de um voo, um planalto
Muito extenso. E amo tanto
A árvore que abre a flor em silêncio.

Daniel Faria


In DOS LÍQUIDOS

Recordando um amigo

António Augusto Afonso

Ó gafanhões da minha terra
De cá de longe, eu vos saúdo!...

Ó terra que eu amo, eu te saúdo.
Ó terra da boa gente!...
É o que diz quem o sabe,
E muito mais quem o sente.

Ó gafanhões da minha terra
De longe, vos venho saudar.
Com vossos apelidos e alcunhas
Mas a todos respeitar.

Com seus apelidos e alcunhas
Que já lhes vêm de seus avós,
Ninguém sabe donde lhes vieram,
E muito menos quem lhos pôs.

Alguns bastante engraçados
E até originais e bizarros
Tais como Cigarras ou Grilos
Salsas, Vinagres ou Cigarros

Bolas que não rolam nas Relvas,
Fidalgos sem fidalguias nem brasão
Reis, Condes e Marqueses
E até Frades sem gabão.

E que siga a Rusga e viva a Alegria
Com Guitarras e Violas, Fadistas e Cantadores
E Estanqueiros, Cordeiros e Parceiros,
E Carapelhos, Coelhos e… Caçadores.

Teixeiras, Casqueiras e Ferreiras
Camões, Camarões e Calções
Os Ribeiros, os Ribaus e os Maus
Esgueirões, Carranjões e Gafanhões.

Vergas, Peixotos e Calhotos
Caçoilos, Palhaços e Palhaças
Tavares, Tarrincas e Petingas
Mateiros, Mónicas e Margaças.

Páscoas, Dias e Santos
Rochas, Facicas e Barricas
Marques, Varetas e Maguetas
Piorros, Pônas, Laricas e Janicas.

Brancos, Louros e Russos,
Vechinas, Bichos e Bichões
Alhos, Labregos e Cagarutos
Pintos, Retintos e Cagões.

Patas, Penitates e Lourenços
Valentes, Vicentes e Ritos
Torres, Píncaros e Ramos
Cravos, Flores e Bonitos.

Alcatrazes, Maçaricos e Gaivotas
Melros, Piscos e Cucos
Roques, Rolas e Rolos
Raposas, Zanagos e Zucos.

Albuquerques, Alves e Almeidas
Catraios, Catarréus e Catarinos
Serrões, Guerras e Serras
Tomazes e Ferrazes, Cirinos e Marcelinos.

Sousas, Soares e Sardos
Guinchos, Gulaimos e Perselhas
Sarabandos, Estudantes e Galantes
Anastácios, Garcês e Garrelhas.

Carecas, Caleiros e Calistos
Barba Azul, Pinhos e Gandarinhos
Mateus, Matias, Matos e Ratos
Vidreiros, Vieiras e Vilarinhos.


Calores, Neves e Geadas
Covas, Calatrós e Serafins
Bisas, Brióis e Serapões
Martinhos, Martelos e Martins.

Caixotes, Loureiros e Monteiros
Marçalos, Arrais e Morais
E com Lopes, Lés e Cafés,
Serão ainda muitos mais.

E ainda Silvas e mais Silvas
Com Carvalhos, Nogueiras e Pereiras
Figueiras, Macieiras e Salgueiros,
E a grande floresta de Oliveiras.

Não é possível contar-vos a todos
Por ser elevado o número. Contudo…
Ó gafanhões da minha terra,
Com todo o respeito, daqui de longe, vos saúdo.


António Augusto Afonso


NOTA: Recordando um amigo já no seio de Deus

Faleceu o diácono António Delgado

É com pesar que registo o falecimento do diácono António Delgado.
Nascido a 2 de agosto de 1943, na freguesia do Fundão, Guarda; foi ordenado diácono a 15 de agosto de 1993, na Sé de Aveiro, por D. António Baltasar Marcelino.
O diácono Delgado esteve ao serviço da Pastoral Familiar e Socio-Caritativa, mas também foi colaborador da Pastoral do Apostolado do Mar e da paróquia da Gafanha da Encarnação.
Evoco-o com saudade pela sua amizade pessoal e pelo seu exemplo de amor à Igreja.

domingo, 24 de agosto de 2025

Em Piódão em 2005


De Arganil, rumei a Piódão, uma Aldeia Histórica que é uma referência nacional. Foram 41 quilómetros, por estrada que serpenteia a Serra do Açor, do cimo da qual se pode apreciar um panorama único, pela verdura que o enche e pelos desfiladeiros que atemorizam o viajante mais destemido. Por aqui e por ali, casebres abandonados, de xisto, e, lá no alto, as torres que aproveitam a energia eólica. Nem vivalma pelo caminho. Apenas a serenidade e a beleza do ambiente, o ar puro que desentope os brônquios e a alma a sentir-se livre e a querer voar para chegar ao infinito. Depois, ao longe, ao virar de uma esquina serrana, meta à vista, com o casario da aldeia, como um bloco único de xisto.
Piódão é uma aldeia que não pode deixar de fazer parte de qualquer roteiro turístico para quem busca raízes ancestrais. A fundação do povoado data de 1676 e mantém, ainda hoje, as características da região, com uma fidelidade que impressiona. Povoamento concentrado de montanha, numa encosta e em ladeira, casas de xisto, ruas pedestres estreitas e tortuosas, regatos que escorrem por leito de pedra, flores e hortas em recantos aproveitados, tudo nos mostra o labor harmonioso de gente que através de séculos e séculos ali se fixou.

Nota: De uma visita a Piódão em 2005

sábado, 23 de agosto de 2025

Para falar, ouvir o Silêncio

Crónica semanal
de Anselmo Borges

Para falar, ouvir o Silêncio

Mesmo correndo o risco de repetições, volto ao tema, porque a ameaça temível da verborreia oca não cessa de aumentar... Sim, é verdade. Quando comparamos o ser humano e os outros animais, notamos que a linguagem duplamente articulada é característica decisiva dos humanos. Foi sobretudo a partir do século XVIII que se deu essa compreensão: até encontramos caricaturas com um missionário no meio da selva africana dizendo a um macaco: “Fala, e eu baptizo-te”. Se falasse, era humano. Evidentemente, esta fala refere-se ao que é próprio do ser humano: dupla articulação da linguagem.
Pela palavra, abrimo-nos ao mundo e o mundo abre-se a nós. Falando, damos razão disto ou daquilo, argumentamos, comprometemo-nos, formamos comunidade. Sendo a razão humana linguisticizada, só podemos compreender-nos a nós próprios em corpo, com outros e na História.

terça-feira, 19 de agosto de 2025

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

PORTUGAL - Um dos primeiros no turismo

“Portugal virá a ser um dos primeiros países do turismo”. O prognóstico de 1911, feito pelo arquiteto francês Henri Martinet, estava certo. De acordo com o Fórum Económico Mundial, Portugal encontrava-se, em 2015, entre um dos vinte destinos turísticos mais competitivos do mundo. O sector tem tido direito a lugar de honra no espaço público e gozado de uma enorme cobertura mediática. Em 2013, a Lonely Planet colocou o Porto como o melhor de entre dez lugares de férias de eleição na Europa. Nesse mesmo ano e em 2014, praias, paisagens, gastronomia e simpatia do povo português levaram os leitores da edição espanhola da revista Condé Naste Treveller a escolher Portugal como o melhor país para visitar; “especial encanto que é visível nas tradições do país, com cidades que combinam a modernidade com o peso visível da história, paisagens e praias que nos reconciliam com a Natureza”.

Em Introdução do livro “Turismo em Portugal” de Vera Gouveia Barros

Arte Xávega


A Arte Xávega, que muitos conhecem pela utilização de juntas de bois que puxam a rede para a praia, não começou assim. O padre João Rezende diz, na sua Monografia da Gafanha, que “Até cerca de 1887 estava ainda em uso o processo de pesca no mar pelo arrasto ao cinto, que consistia em cada um dos pescadores prender, por uma laçada especial, a corda do cinto às duas cordas especiais da rede (o rossoeiro e a corda barca) e assim ligados, ou atrelados se quiserem, arrastarem a rede para fora da pancada do mar.” Diz o mesmo autor que foi Manuel Firmino, proprietário de companhas e político de Aveiro, quem primeiro substituiu, naquele ano, o arrasto ao cinto pela tracção do gado bovino.

domingo, 17 de agosto de 2025

Costa Nova do Prado


O postal andava por aqui esquecido. Acontece-me frequentemente, mas hoje resolvi dar-lhe vida. Para todos os que gostam deste recanto das nossas terras, com votos de saúde e alegria.

sábado, 16 de agosto de 2025

PÁRA E PENSA - Acontecimento Trágico

Crónica semanal
de Anselmo Borges
ACONTECIMENTO TRÁGICO


Esta é a notícia trágica: nos últimos cinco anos suicidaram-se na Índia pelo menos 13 padres católicos — em média, um a cada seis meses; nos primeiros cinco meses deste ano de 2025, já se suicidaram dois... Evidentemente, a situação é alarmante e obriga a Igreja na Índia, e não só, a uma reflexão profundíssima.
Não vou entrar directamente no tema. Mas, aproveitando este acontecimento trágico e o facto de estarmos ainda no início de um novo pontificado, deixo aí três momentos de reflexão inevitável, que não pode de modo nenhum continuar a ser adiada, tanto mais quanto, mesmo entre nós, o número de padres está em queda vertiginosa, aumentando sem cessar o número de paróquias sem padre.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

PORTO DE AVEIRO EM DESTAQUE



"Já se iniciaram os trabalhos da cátedra não académica entre o CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, unidade de investigação da Universidade de Aveiro (UA), e o Porto de Aveiro. Esta iniciativa pioneira no contexto nacional visa aprofundar o conhecimento científico na interface entre a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento económico ligado ao setor portuário.
O desenvolvimento do Porto de Aveiro implica intervenções na melhoria das suas acessibilidades marítimas e infraestruturas portuárias. Estes projetos, a par dos efeitos esperados das alterações climáticas — como a subida do nível do mar, o aumento da erosão costeira ou o assoreamento — exigem um conhecimento aprofundado que permita compatibilizar o crescimento do Porto com a zona envolvente. Os trabalhos da Cátedra vão incidir, assim, sobre temas como a modelação hidrodinâmica, a avaliação dos impactes ambientais das operações portuárias e a sua adaptação às alterações climáticas, com especial atenção à Ria de Aveiro, um ecossistema classificado como Zona de Proteção Especial (ZPE)."


Das Redes Sociais 

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Dogma definido por Pio XII em 1950, 
mas celebração tem vários séculos 
e é feriado nacional em Portugal


É das nossas devoções o carinho que os portugueses têm por Nossa Senhora. Aos crentes sugiro que conversem com Ela uns momentos neste dia que lhe é dedicado.

CONVITE - A NATUREZA ESPERA POR NÓS

 

Em época de veraneio é importantíssino usufruir a riqueza da natureza.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

BARRA E COSTA DE PRATA


Postal antigo para comparar com a atualidade.

O gafanhão humanizou a duna


“Quem surriba chão de areia não encontra onde enterrar raízes de esperança e quem irriga duna virgem sabe que mija numa peneira! Quem lança a semente em ventre que é maninho não pode ter esperanças de fecundação. E, por isso, o Gafanhão, antes de cultivar a lomba, teve de corrigir-lhe a esterilidade servindo-se da Ria que lhe passa à ilharga, procurando nela a nata que amamentou a semente que deixou cair, amorosamente, naquele chão danado. E humanizou a duna.”

Frederico de Moura

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

FESTIVAL DO BACALHAU

 

É "pecado", sem perdão, faltar ao Festival do Bacalhau que escancara portas hoje na Gafanha da Nazaré, capital do "fiel amigo". Depois não digam que eu não avisei.

terça-feira, 12 de agosto de 2025

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Dia de fogos e guerra


Dias de fogos e guerra que o mundo nos oferece. Contudo, teremos de agir na esperança de que dias melhores virão.

Açores - Queda de água

 

Se não posso nem devo viajar, que as forças já não o permitem, vou recordando férias que me enriqueceram a muitos níveis. Já não é mau!

"Os pescadores" de Sousa Lopes

 Tantas vezes confirmei e admirei a tenacidades dos homens de mar!

domingo, 10 de agosto de 2025

Flor do nosso quintal


Uma flor do nosso quintal para começar este domingo de guerras e calamidades de toda a ordem.

Um poema de Pedro Mexia

Pedro Mexia


INIMAGINÁVEL

A casa sem os avós
quem a pôde alguma vez
imaginar?, a casa sem
os tios, vejam como é,
a casa um dia sem os pais,
inominável, a casa sem nós,
um dia imortais. E os que sucedem
achando-nos todos inimagináveis,
quando formos fotografias mal
identificadas a feltro algures numa gaveta.

Pedro Mexia

“Uma vez que tudo se perdeu”


sábado, 9 de agosto de 2025

PÁRA E PENSA - Onde está o Homem?

Crónicas semanal 
de Anselmo Borges

Onde está o Homem?


Perante os horrores do nosso mundo — só exemplos: Gaza, Ucrânia, Sudão, Myanmar... —, como a gente entende o clamor vertiginoso, infinito: Onde está Deus? Mas este grito não pode de modo nenhum dar ao esquecimento outro grito mais urgente, próximo e terrível: Onde está o Homem? Como é possível tanto horror, tanta monstruosidade!...
Sim, onde está o Homem?

Anselmo Borges

Padre e Professor de Filosofia

Sábado, 9 de Agosto de 2025

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Capela de São João da Barra

1880, Junho, 15


Autos de revista da Capela de São João Baptista mandada construir nas areias da Barra por João Pedro Soares, natural da freguesia da Senhora da Glória de Aveiro.
Ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e oitenta aos quinze dias de Junho, nesta Câmara Episcopal de Aveiro, a petição que adiante faço termo, eu José Pereira de Carvalho a escrevi a assino.

João Pedro Soares morador nesta freguesia de Nossa Senhora da Glória de Aveiro, por sua particular devoção para com São João Baptista mandou construir uma Capela em terreno seu nas areias da Barra de Aveiro, freguesia de São Salvador de Ílhavo; e por que muito desejo que se celebre nela o santo sacrificio vem requerer a V. Ex.a se digne conceder licença para benção da dita Capela que tem o ornato necessário, com V. Exd.a pode mandar averiguar por que julgar conveniente, ficando capela de uso público. Pede deferimento.

60.º aniversário do nosso casamento

 7 de Agosto de 1965



7 de Agosto de 2025



O nosso compromisso mantém-se, dia a dia renovado. Uma saudação especial para todos os nossos familiares e amigos.

Lita e Fernando

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Festival do Bacalhau vem a caminho



O Festival do Bacalhau 2025 está a chegar ao Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, onde já decorrem os preparativos para aquele que é o maior evento anual do Município de Ílhavo, contando, para isso, com um investimento de, aproximadamente, de 475 mil euros. Este ano, o festival está marcado para 13 a 17 de agosto.

terça-feira, 5 de agosto de 2025

FÉRIAS - De uma passagem pelo Caramulo


Em tempo de férias, para muitos, aproveito o ambiente para recordar momentos agradáveis que passei pelo nosso país. As fotos são de minha autoria.

Eça na Costa Nova


...Filho de Aveiro, educado na Costa Nova, quase peixe da ria, eu não preciso que mandem ao meu encontro caleches e barcaças. Eu sei ir por meu próprio pé ao velho e conhecido "palheiro do José Estêvão".

Cartas a Oliveira Martins, 1884

NOTA: Texto e foto de Imagens do Portugal Queirosiano, de Campos Matos

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

PRAIAS


Não sei a razão por que não gosto de praias. Passo por elas como gato por cima das brasas. Admito que tal se deve ao facto de ter sido doente pulmonar na juventude. Dizia-se na altura que os ares das praias eram frescos e alimentavam constipações, que poderiam ser fatais. Praias, só de passagem.
Os tempos evoluíram e ainda hoje não sou pessoa para me estender no areal para tostar o corpo. Mas gosto de passar para apreciar as ondas que se estendem de mansinho sobre o areal, refrescando o pessoal. A minha ida à praia resume-se a algumas caminhadas, não muito grandes, que as pernas não dão para mais.
A Gafanha da Nazaré tem praias para todos os gostos, quer de mar, quer de ria, qual delas a melhor. Contudo, para mim, só de visitas curtas. Mas admiro quem as frequente com regularidade no Verão.

Pinheiro no meu quintal


 A ideia dos pinheiros no nosso quintal partiu da minha mulher, a Lita, mas eu preferia árvores de fruto. Ela ganhou e lá surgiram os pinheiros. Acabei por aceitar. O verde permanente já me convenceu. E quando passo lá fotografo um ou outro. O verde não purifica o ar?

domingo, 3 de agosto de 2025

SERRAZES - Solar dos Malafaias


Quando passei férias em Serrazes, num parque de campismo, com Lita e filhos (Fernando, Pedro, João Paulo e Aidinha), tive a sorte de poder visitar este palacete dos Malafaias, graças a um amigo que velava por este edifício. O livro deve andar por aqui perdido, mas tenho de o encontrar para reler um crime que nele vem registado.

Ler mais aqui

FÉRIAS - Chaves

CHAVES: Ponte romana

Em tempo de férias, que Agosto nos oferece, tenho a sorte de poder andar por aqui, ao sabor das marés. Prefiro as marés cheias de águas que refletem o céu e os arvoredos que as circundam. Já lá vai a azáfama de carregar a tralha para que nada faltasse nos parques de campismo, onde assentávamos arraiais para um viver diferente e muito descontraído. Procurávamos chegar nos primeiros dias de Agosto porque a procura era grande. Presentemente, são raros os puros campistas.
Havia vagar para descobrir as redondezas e para visitar monumentos, mas também para saborear os petiscos regionais. E agora, vida mais parada, que as forças físicas nos sugerem a tranquilidade. Evoco recordações que tenho à mão nos meus blogues. E com que frazer o faço!

sábado, 2 de agosto de 2025

Um Barco

Um barco divaga
sonolento
sob as ondas
redondas
do mar.

Um barco único,
minúsculo,
como uma estrelinha
brilhando
no imenso crepúsculo.

Um barco…
sem remos,
sem velas,
sem asas…

Um barco sereno,
como a brisa do mar.

Norberto Rosa

In Timoneiro,

Setembro/Outubro de 1980

Sortilégio da Montanha

Serra do Caramulo

Como homem do mar e da ria, pisando chão plano, sempre sonhei, desde menino, com a magia da serra. Anos e anos olhava para as silhuetas das montanhas, bem visíveis em dias claros, com sonhos de um dia sentir ao vivo a paz dos montes, rodeado do silêncio e da verdura da floresta virgem. Já crescido, recordo os meus primeiros contactos com a serra e senti muitas vezes, ao longo da vida, o sortilégio da montanha, onde vou quando posso. E o mais curioso é que, quando a visito, novas sensações me invadem a ponto de alimentar, nem sei porquê, projectos inviáveis de me fixar nos montes de vidas mais calmas e da tranquilidade absoluta que me aproxima de modo diferente do espiritual.

Nota: Escrito há anos.

PÁRA E PENSA - Como sabem os crentes que "Deus falou"?

Crónica semanal 
de Anselmo Borges

Como sabem os crentes que Deus falou?


É-me por vezes difícil e até penoso ter de participar em certos debates sobre a fé e a ciência. Porque os cientistas têm frequentemente a ideia de que a fé tem a ver com umas crenças indiscutíveis, porque cegas, em coisas e “verdades” abstrusas, de tal modo que quanto mais abstrusas mais religiosas e a fé seria tanto maior quanto mais cega.
A culpa nem sempre é deles, mas dos crentes que passam essa ideia. Pensa-se, de facto, de modo geral, que as religiões caem do céu, havendo até quem julgue que Deus revelou directamente verdades nas quais é preciso acreditar sem razões. Ora, não é assim nem pode ser. Tudo o que é autenticamente religioso é resposta humana a questões e perguntas profunda e radicalmente humanas. Resposta verdadeiramente humana.

A flor branca


A flor branca na pureza verde do seu ambiente.

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

FOGOS FLORESTAIS

Portugal é o segundo país da UE mais afetado pelos fogos florestais.

Experiência


Confesso que não gosto de rotinas. Penso que as rotinas são nocivas ao progresso. Daí o meu desejo de inovar. Se não resultar, haverá sempre soluções a caminho.

Fernando Martins