quarta-feira, 20 de março de 2024

PRIMAVERA


Começa hoje, 20 de março, a Primavera que nos trás temperaturas mais amenas e flores por todo o lado. Há mais alegria, mais partilha de emoções, mais convívios.
Por tudo isto e pelo que fica por dizer sobre a mais bonita estação do ano, partilho com todos os meus amigos e leitores uma flor do nosso quintal.
Outras marcas da Primavera, do tempo, dos ambientes e pessoas, terão neste meu recanto um lugar reservado, com votos de muita saúde, paz e harmonia.
Lá fora, às 9 horas desta manhã, o sol brilha. 

Ser Pai não é um posto

"Ser pai não é um posto, é um lugar que se merece. A escolha do dia de São José para celebrar o Dia do Pai é um dos momentos iluminados da Igreja. Celebrar o pai no dia do mais famoso padrasto da história da humanidade é dizer claramente que o que define um bom pai não é necessariamente o sangue, mas o afeto e o cuidado, a proteção e a segurança que dá ao bebé, à criança, ao homem ou mulher em que aquela criatura se vai tornar."

Isabel Stilwell e Ana Stilwell

No PÚBLICO de 19 de Março de 2024

terça-feira, 19 de março de 2024

Memórias da Pesca do Bacalhau

Fábrica das Ideias
da Gafanha da Nazaré

Manuel Mário Bola

Inaugura-se no dia 23 de março, pelas 18h, na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré, a exposição da Coleção Manuel Mário Bola, adquirida pelo município em 2021. O conjunto de peças, destacando-se modelos de navios, carrega “a memória da pesca do bacalhau e da Gafanha da Nazaré”, refere a autarquia. A exposição integra-se na Semana do Turismo Industrial, que inclui espetáculos no Navio-Museu S.to André e visitas a empresas do bacalhau.

Ler mais aqui

Arte na Natureza


 Quando viajamos, a pressa estraga tudo. Pensamos na urgência da chegada ao destino e nem olhamos para o lado, sobretudo nas autoestradas. Aqui fica uma amostra de um monumento com muitos milhares de anos. Encontrei-o no Google.

O meu pai

O meu pai era um homem bom, sereno e afável. Recordo-o com muitíssima saudade. Nunca o vi zangado. E quando a nossa mãe ralhava connosco (eu e o meu irmão), ele não gostava. Muitas vezes pensei que ele era assim por andar no mar, na pesca do bacalhau, mas não. Era o seu temperamento.
Foi adulto muito cedo. Começou a trabalhar aos 9 anos. O seu pai e meu avô faleceu com diabetes, deixando cinco filhos por criar. Todos tiveram de ganhar o sustento. Na altura, não havia, como hoje, a segurança social. Eram tempos inimagináveis!
Deixando isso, quero apenas sublinhar, neste dia, que o meu pai morreu cedo, com 61 anos, no dia 26 de fevereiro de 1975, mas o seu amor e serenidade jamais me abandonarão.

Efemérides gafanhoas

Farol em construção

Se pensarmos um pouco, descobriremos que uma terra, qualquer que ela seja, tem sempre efemérides que preenchem a sua história. E a Gafanha da Nazaré está carregada de eventos que ouso lembrar de quando em vez.
Em março, no dia 12 de 1860, foi iniciada a construção da primeira estrada que atravessou a região da Gafanha até ao Forte e que foi batizada, em data posterior, com o nome de Av. José Estêvão. Contudo, é justo lembrar que esta estrada, bem como outras que se construíram naquela época, se ficou a dever à influência de José Estêvão.

segunda-feira, 18 de março de 2024

O que quero recordar?



Quero recordar que o mundo dos afetos é sempre muito bonito e muito expressivo.

Nota: A pergunta do título surgiu numa plataforma onde tinha publicado, na altura dos incêndios, esta fotografia.

domingo, 17 de março de 2024

A ética, as vítimas inocentes, Deus

Crónica de Anselmo Borges
Padre e professor de Filosofia


Pela tomada de consciência da finitude e da pergunta que constitutivamente lhe está associada — de pergunta em pergunta, o ser humano deparar-se-á com a pergunta pelo Fundamento último de tudo e pelo Sentido último —, Deus virá sempre à ideia.
A questão de Deus impõe-se igualmente por causa da ética, das vítimas inocentes e da esperança. Lá está sempre Immanuel Kant — celebra-se este ano o terceiro centenário do nascimento — com as suas perguntas, as de qualquer ser humano atento: “O que posso saber? O que devo fazer? O que é que me é permitido esperar?” A última está vinculada à religião: cumprindo o seu dever, o Homem torna-se digno da salvação de Deus.
A autonomia da razão prática, que vincula universalmente todos os homens, e para a qual Kant deu um contributo decisivo, é uma conquista definitiva da Humanidade: a moral é uma forma de auto-obrigação. Mas a questão ergue-se em todo o seu abismo, quando somos confrontados com a questão ética no seu limite. Edward Schillebeeckx apresenta precisamente o exemplo dramático do soldado que, numa ditadura e sob pena de morte, recebe a ordem de matar um inocente, só porque ele é judeu, comunista ou cristão. Por motivos de consciência, o soldado recusa executar a ordem, ficando assim numa situação que toca as raias do absurdo: de facto, ele próprio será morto e outro matará o inocente. Aparentemente, ninguém beneficiou desta acção ética absolutamente digna.

Santa Joana, Princesa de Portugal


Gosto muito desta imagem de Santa Joana, que foi princesa de Portugal. É uma imagem muito mais natural, com expressão de mulher determinada. A mais conhecida, julgo eu, é uma  jovem inexpressiva, na minha ótica. Porque é que a Igreja Católica nos apresenta imagens de santos que nada têm de natural? Algumas até estão em êxtase!

"Operação Maré Negra" no Porto de Aveiro



O Porto de Aveiro foi palco de um episódio da série “Operação Maré Negra", li hoje numa notícia que me chegou. As filmagens decorreram no Terminal Norte, em junho de 2023, envolvendo elementos da Administração Portuária. Mais diz a notícia que Pedro Lemos, Diretor da Coordenação Portuária, esteve presente na antestreia da terceira e última temporada da série “Operação Maré Negra”, no passado dia 6 de março, na Sociedade de Geografia de Lisboa.
A série, com produção da Ukbar Filmes com a RTP e a Ficcion Producciones, é protagonizada por Jorge López, contando ainda com Soraia Chaves, Pêpê Rapazote, Bruno Gagliasso e Oscar Jaenada no elenco principal.
O primeiro episódio da terceira temporada passou  na RTP no dia 15 de março, num total de cinco episódios.

Um poema de Oliveiros Louro


VAGA A ORIGEM, FUTURO INCERTO

Ur-Mesopotâmia, talvez a origem...
Talvez a origem dos barcos moliceiros.
Talvez Tartessos dos velhos marinheiros,
Névoas de génese que não me afligem.

Mais me atormenta o porto da viagem,
O passado recente das Gafanhas, Murtosas,
Os painéis e legendas, ingénuos, escabrosas,
Cisnes, patos bravos, maçaricos, miragens.

O chiste, os pés doridos, a vela, a gaivota,
Moliço, maresia, o lodo e o patacho,
Ancinho na lama mole... Mas eu acho
Que tão vária imagem meus sonhos enxota.

Como a um bando de belos flamingos
Tão leves, esbeltos, talvez comendo crico.
E as viagens-miragens passam e eu fico
A cismar no futuro... desses barcos lindos.

Oliveiros Louro

NOTA: Já não via o Oliveiros Louro há muito. Pandemia e inverno obrigaram-me ao abrigo da minha residência. Daí um certo afastamento. Há dias cruzei-me com ele e perguntei-lhe como ia a poesia. Sem parar, sorriu, como que a dizer que já lá vai o tempo dela. Tive pena, mas daqui lhe desejo saúde. E talvez um dia  a musa lhe segrede uns  poemas lindos.

quinta-feira, 14 de março de 2024

CURIOSIDADES - Imposto sobre o vinho

Segundo informação que me veio, há anos,   do Domingos Cardoso, graças às pesquisas que tem feito nos arquivos da CMI, o nosso conterrâneo Manuel Cravo Júnior desenvolvia uma atividade curiosa. Diz assim:

«Arrematou os impostos sobre o vinho e num ano deu 135 contos à Câmara por esse imposto. A "coisa" fazia-se assim: o arrematante entregava o dinheiro à Câmara de uma só vez e adiantado e depois andava o ano inteiro a cobrar os impostos (neste caso sobre o vinho) aos vendedores. No fim do ano poderia ganhar ou perder dinheiro, dependendo do consumo e da eficiência do controlo e da cobrança do dito imposto.»

POSTAIS ILUSTRADOS - Rio Douro

“Nenhum outro caudal nosso corre em leito mais duro, encontra obstáculos mais encarniçados, peleja mais arduamente em todo o caminho… Beleza não falta em qualquer tempo, porque onde haja uma vela de barco e uma escadaria de Olimpo ela existe.” 

Miguel Torga, 
in “Portugal”

quarta-feira, 13 de março de 2024

Amaro Neves condecorado pelo Presidente da República

Amaro Neves, historiador aveirense, é agora Comendador da Ordem de Mérito. Foi condecorado no dia 29 de fevereiro pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com o grau de Comendador da Ordem de Mérito. 
Ao "Correio do Vouga", Amaro Neves mostrou-se sensibilizado pela homenagem e também pelo facto de Marcelo Rebelo de Sousa ter conhecimento da sua atividade. "Deve saber mais da minha vida do que eu", já que invocou a "minha atividade e a minha responsabilidade de entidades e organismos de Ação Social, das Artes, da Investigação e da Cultura", disse o homenageado ao nosso jornal. 
O historiador aveirense realçou também a existência de diversas obras suas no espólio da Biblioteca Nacional. Em Aveiro, Amaro Neves desenvolveu um notável trabalho de sensibilização para a defesa do património cultural e natural, tendo desempenhado um papel relevante na fundação, em 1979, da ADERAV (Associação de Defesa e Estudo do Património Cultural e Natural da Região de Aveiro", associação que dirigiu durante vários anos. A par disso, e como investigador, publicou dezenas de livros sobre História, Património, Cultura e Personalidades Aveirenses, não só de Aveiro, mas também da região.

Texto do semanário diocesano, Correio do Vouga

NOTA: Congratulo-me com a condecoração de Amaro Neves, um historiador de renome e um cidadão exemplar  e culto. Felicito vivamente Amaro Neves. 


FADOS NA PRAIA DA BARRA

Há FADOS E MUITO MAIS

A Paróquia da Sagrada Família, Praia da Barra, promove no dia de 6 de abril, pelas 21h30, uma “Noite de Fados”, com Ana Rita Arez, Tomás Marques (vozes), Daniel Gomes e Fernandes Tona (guitarras). Os bilhetes (“6 fados” dos 5 aos 10 anos e “12 fados”), disponíveis na paróquia, dão direito a caldo verde, petisco e bebida.
Importa não esquecer que estes convívios proporcionam encontros com gente conhecida e amiga.

POSTAIS ILUSTRADOS - MARVÃO


Marvão ficou registado na minha memória. Por ali andámos há anos. Dois dias para me deliciar com as paisagens lindíssimas a perder de vista. Eram tempos sem cansaços e da curiosidade de gente, como nós, que vê água ao virar da esquina. Se eu pudesse, lá voltaria com todo o gosto.

terça-feira, 12 de março de 2024

COSTA NOVA DO PRADO - Zé Penicheiro

 

A Costa Nova, recanto simbólico da nossa região, merece a atenção de artistas. Tinha esta imagem guardada e não sei quem foi o seu autor, mas que ficou um conjunto bonito, lá isso ficou.

´´´´´´´
NOTA - Vejam como eu ando... completamente distraído. Disse em cima que não conhecia o autor! E não é que o tenho na sala onde estou agora a escrever? Peço desculpa pelo meu lapso.

GOSTO PELAS ALTURAS



 A Lita sempre gostou de desafios. De todo o grupo familiar que por ali passou, só ela mostrou que gosta das alturas. Subiu e sorriu. E ninguém a imitou.

A MULHER ADÚLTERA

Cristo e a acusada de adultério, Bruegel, o Velho, 1565


A MULHER ADÚLTERA

O que escreveu na areia?,
ainda hoje se pergunta,
e são várias as vozes
dos que depois vieram,
legislando,

como os que estão aí,
calçados e erguidos
acima do degrau

Conseguiriam ler o que dizia a areia,
os que ali estavam?,

Soube-o ela?, as suas mãos cruzadas
sobre o ventre, a cabeça inclinada
gentilmente

Ou souberam-no as pedras
que se veem ainda pelo chão?,
aos pés dos fariseus
e dos escribas

as pedras, que não morrem,
mas possuem o poder de
matar

mulheres

ainda hoje


Do Livro ÁGORA de Maria Luísa Amaral

segunda-feira, 11 de março de 2024

GAFANHA DA NAZARÉ - BRASÃO

Data da adoção do atual brasão: 
16 de janeiro de 2004


Descrição: Escudo de prata, navio bacalhoeiro de azul vestido do mesmo, mastreado e encordoado de negro e realçado do campo, acompanhado em orla de uma grinalda de flores de vermelho, bordadas de outro e folhas de verde. Coroa mural de prata de cinco torres. Listel branco, com a legenda a negro: Gafanha da Nazaré.
O primeiro brasão foi adotado em 1992, com a coroa de 4 torres representativas da vila, que mais tarde se tornou cidade, o que motivou a alteração do brasão em 2004, passando este a ter uma coroa de 5 torres. Denota uma identidade mais específica à pesca do bacalhau, perpetuando o contributo desta freguesia para tal atividade ao longo dos tempos. Os motivos florais recordam a ligação igualmente importante com a Ria de Aveiro, sugerindo a decoração tradicional dos moliceiros, os barcos mais conhecidos desta região.