segunda-feira, 3 de abril de 2023

BICICLETAS NAS GAFANHAS


 Acho que ainda não perdemos o título da região do país onde mais se utiliza a bicicleta. Quando passo pela escola secundária fico espantado com tantas bicicletas dos alunos, sobretudo. Contudo, posso garantir que os mais idosos também as usam. Como prova disso, aqui está, junto à Igreja Matriz, uma senhora na hora do descanso.

Nota: Do livro experimenta  ÍLHAVO  da CMI

ABERTURA DA BARRA - 3 DE ABRIL DE 1808

 hum segundo dia de creação 




Carta de Luís Gomes de Carvalho dirigida ao príncipe, futuro D. João VI

PARALISAR A TEOLOGIA? (2)

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

1. Por mero acaso, depois de publicada a crónica do passado domingo, com a declaração de João Paulo II “a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja”, deparei com um texto que eu tinha publicado em Agosto de 1994. A declaração papal era de Maio desse ano. Procurei responder-lhe sem a nomear.
Com efeito, em 1994, escrevi: “Não falta por aí quem diga – não eu – que o grande ministério das mulheres seria ou ocupar a Igreja ou abandoná-la. Creio que há algo de novo a fazer, tirando as conclusões certas da Lumen Gentium, n.º 10, onde se faz do sacerdócio comum a todos os baptizados o sacerdócio próprio da vida cristã (Rm 12,1), mas também onde acaba por ser neutralizado, ao valorizar de forma desequilibrada o chamado “sacerdócio” ministerial, deixando na sombra o principal. É a ambiguidade inerente a fórmulas de compromisso.

domingo, 2 de abril de 2023

EM AVEIRO HÁ TRIGUEIRAS COMO EM PARTE NENHUMA

GARANTIU JÚLIO DINIS 

Nas horas vagas, as tais que sobram do quotidiano da minha vida, gosto de visitar escritos antigos. Desta feita, volto à passagem de Júlio Dinis por Aveiro, para sublinhar que o escritor simpatizou com as trigueiras aveirenses. Diz ele: "em Aveiro há trigueiras como em parte nenhuma." Tem razão, sim senhor!

FEIRA DE MARÇO

A Lita, há anos, nos  Ovos Moles

Está a decorrer, em Aveiro, a Feira de Março, com programa variado. Gostava dela desde a minha meninice e juventude. O seu espaço, durante nem sei quantos anos, era o Rossio. E era nessa Feira de Março que eu ia comprar os livrinhos da edição Figueirinhas. Penso que não estou enganado. Baratinhos, mas de papel tão fraquinho que acabaram no lixo.
Curiosamente, os divertimentos nunca me seduziram, embora tenha passado por alguns. E os anos decorreram e a Feira começou a perder interesse. Só lá ia para comer umas farturas e visitar algumas exposições.
Caminhar muito já não posso e para ficar sentado em qualquer canto para, apenas, ver quem passa, talvez não valha o sacrifício. É certo que me sabe bem reencontrar amigos, mas tenho de pensar bem. Pelo sim pelo não, ainda vou pensar.

sábado, 1 de abril de 2023

A FROTA PORTUGUESA DO BACALHAU


 


Hoje revi o livro de imagens - A FROTA Portuguesa do Bacalhau de Jean-Pierre Andrieux, uma edição da CMI e MMI - que me transportou ao tempo da minha infância e juventude. Na minha idade, passados tantos anos, evoco com saudade o movimento que a pesca do fiel amigo gerava na nossa Gafanha da Nazaré. E aqui ficam as fotos da última página do livro com as legendas que transcrevo:

1 - O fim de atividade de dois arrastões na Gafanha da Nazaré. Após terem sido vendidos a uma grande empresa de pesca holandesa, o Brites e o Praia de Santa Cruz aguardam pelo desmantelamento. Coleção do autor.
2 - A bandeira portuguesa do Praia de Santa Cruz foi retirada e substituída por uma de uma nação africana. (Togo). Coleção do autor.

SOMOS LIVRES? E ENTÃO?

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias 

Vem-me à memória aquela estória. Diante do avô morto, o menino perguntou à mãe: "E agora?" A mãe: "O avô morreu e a alma foi para Deus e o corpo vai para a terra; quando a mãe morrer, também é assim: o corpo vai para a terra e a alma vai para Deus; quando tu morreres um dia, também é assim: o teu corpo vai para Deus e a tua alma vai para Deus." E o miúdo: "E eu?"
Aí está o enigma maior: o enigma do eu. Nestes tempos líquidos, não se pensa, mas é urgente pensar nesse enigma, mistério mesmo, que é o eu. Eu...
E a esta gigantesca questão está ligada uma outra pergunta decisiva: somos realmente livres? De facto, se não somos livres, o que se chama dignidade humana pode ser uma convenção, mas não tem fundamento real.
Mas quem nunca foi assaltado pela pergunta: a minha vida teria podido ser diferente? Para sabê-lo cientificamente, seria preciso o que não é possível: repetir a vida exactamente nas mesmas circunstâncias. Só assim se verificaria se as "escolhas" se repetiam nos mesmos termos ou não.